O presente no mínimo foi inusitado - "Mãe, quero uma bíblia"- Bíblia?? Como assim??
-Nao vai me pedir algo do 'Jonas Brother', 'Camp Rock' et cetera??
-'Não, mãe, prefiro a bíblia!
Fui la e comprei o livro mais vendido do mundo.
E dediquei assim: " Filha, que este livro te livre do pecado, ou o pecado te livre deste livro".
Algumas pessoas ao ver o presente, disseram:
Ah, Julie, sacanagem, como que tu compra uma bíblia de presente para ela. Criança gosta de brinquedos...
Cara, não acredito que tu deu isso prá ela e, fulano...Olha a dedicatória...
Sabe, aquilo me deixou pasmem com a descrença ou o efeito moral do presente.
Como assim?? é bizarro uma criança pedir uma bíblia? E mãe será mais bizarra ainda?
Qual o preconceito então? Quantas mascaras querem que meus filhos usem, para compor a falsária sociedade?
Metafórica ou simbolicamente, dedicatória de opção dei a ela.
Comparo toda essa prosa de ontem uma mascara como forma do homem não expor sua personalidade a qualquer um, de modo a preserva-los a si mesmo, retraindo sua própria ignorância e estética da moda atual. A chamada caretice.
Comparada a mascara de oxigénio das aeronaves..."Caso ocorra uma despressurizaçao, se houver uma criança a seu lado, coloque a mascara primeiro em você e depois nela." Ate aqui parece uma fragilidade necessitando de uma assistência: Fortaleça-se e ajude-a a proteger-se.
Falta em nós pessoas, uma identificação em relação a si mesmo, essa tentativa de preservar-se dos outros, não parecendo fora de 'moda'. Por um lado, cumprem a função que lhes é destinada, a de esconder para os outros a identidade de quem as utiliza.
Eu não quero que meus filhos sejam co-autores do clássico de Alexandre Dumas, o homem da mascara de ferro, trancado por um cadeado cuja chave não possui, na verdade é um instrumento de tortura e aprisionamento.
Minha filha, tenha escolhas, não se deixe contaminar pelo modismo da sociedade. A simplicidade é o nascimento da felicidade.
Feliz aniversario por ontem. Te amo.