quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Aparente Fauvista

Eu não carrego gadanha nem foice
Só uso um manto preto e capuz quando esta frio
E não tenho aquela feição de caveira que vocês parecem me atribuir à distancia
Quer saber da minha verdadeira aparência?
Eu ajudo. Procure um espelho enquanto eu continuo.

Na verdade, sinto-me muito complacente comigo mesma nesse momento, a lhe contar tudo a respeito de mim, mim, mim. Minhas viagens,minhas conquistas, meus pensamentos, o que faço no meu lazer... naqueles 01hr e 23m que estivestes comigo... A raça humana gosta de acelerar um pouquinho as coisas, o que aumenta um pouco a produçao de corpos e de almas... Hã...voce ao ver a sua fraqueza, saiu correndo com a criança no colo e nao pagou nem a agua mineral que tomou... Quando nada disso conclui os procedimentos, pelo menos despoja as pessoas de seus meios de subsistencia. É comum ele vir atrás de mim, vez outra, me pedindo ajuda... Mas eu não quero mais olhar pra trás...Dá uma vontade imensa de dizer: Não vê que ja estou com as mãos cheias? E a muito tempo que as almas nao se somam,multiplicam-se...célula por célula ate a vida. Sorry macaca...sorry espécie humana...sorry burburrinho interesseiro... Rsrsrsrrsrs....A vida é mais que uma divina comédia.


quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Vida nova chegando

A primeira vista pode parecer um sonho romantico entre adolescentes, que sempre existe no imaginario dos que refiro-me. Mas nao é. Essa aventura ou como tenho chamado a uns dias depois que conheci um cara bacana na viagem que fiz ao velho mundo, como ano sabatico. To precisando muito viver isto. Um ano sabatico! Largar tudo e se aventurar mundo afora.
O problema é que tenho pouco tempo, poucos amigos e poucos familiares em que confio.
Mas sinto que estou largando devagarinho coisas que me rodeiam e me prendem e essas mesmas coisas ao total me dão apoio fundamental para minhas conquistas. E fui questionada: Mas se você ficar assim pra sempre? Raciocinei: Bom, não vou me matar! Vou só viver sem conforto, provar o contrario da minha vida. E quase ninguém sabia ate mesmo me questionar a respeito do que ser o ANO SABÁTICO, bem o ano sabático é mencionado no Antigo Testamento. No caso, um ano, a cada seis, em que a terra fica sem cultivo para depois iniciar um novo ciclo de fertilidade. Ou seja, a grosso modo, sabático significa “dar um tempo”.
E no meu caso a ideia é essa mesma, dar um tempo em tudo e repensar minha vida. Sei que preciso me afastar de minha rotina, das pessoas que me cercam (por mais que adore essas pessoas), da vida que eu levo, tão farta de tudo.
No fundo preciso rever os rumos que quero dar a minha vida daqui pra frente. Depois dos meses complicados que passei, minha vida não será mais a mesma, pois garanto que não sou mais a mesma. Quero realizar mudanças profundas no meu jeito de ser, do pessoal e profissional, e também no meu jeito de agir, sempre maternalista.
E tudo isso visando ser uma pessoa melhor, com menos defeitos, que cometa menos erros e em conseqüência seja uma pessoa mais feliz. Alias, tudo e quase sempre estou errada, dar minhas roupas, sapatos, bolsas e tudo que me cerca em excesso, é visto como loucura.
Pronto! Deixarei alguns atonicos com meu novo gesto.

Mas, você que sei que me visita meu amor. Será sempre o meu amor maior. Mesmo tendo duas em nosso caminho que não nos permeou a viver nosso amor. Agora vivo. Sempre na intensidade.

Estranho estar preparando o que ainda virá, mas essa ideia existe a tempos... Que seja na Teneré...rs rs rs rs

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Voce se acha o máximo?

A não ser que se chame Máximo, pode ter certeza que você não é o máximo, ate porque ninguém o é.

Há pessoas que se olham no espelho diariamente e dizem isso pra si mesmo - e se posicionam como fortalezas inabaláveis.

De repente vem uma grandíssima decepção. E acabam ter de negar a dificuldade para si mesmo, a iludir-se, a se auto-iludir-se, a querer manter na marra a ideia de que são espetaculares e à prova de qualquer problema humano.

Ninguém é bom em todas as circunstâncias. E esse jeito em se comportar só mostra a contraproducentes que se tornou.

Porem, pedir ajuda é sempre sinal de grandeza e sabedoria. Um meio de solidificar relações. De valorizar o outro e de comprometer-se a ajudar também quando necessário.

Mundo complicado. Problemas complicados. E uma mulher complicadíssima tentando falar de complicações sobre si e sobre os outros complicados.

Para uma brincadeira bacana, responda abaixo as perguntas:

O mundo é...

Eu sou...

Os outros são...

O trabalho é...

Minha amiga é...

Meu amigo é...

Meu marido é...

Meu amante é...

A vizinha é...

E se for pra me chamar de FDP, dê um sorrisinho...rsrsrs

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Meu chocalho


Eu vejo um percevejo dançando na folhagem, foi ele minha fonte de inspiração por passar hoje no blog. Encontrei uma antiga professora da faculdade que lecionou o Beharviorismo, contei-lhe sobre minhas declarações, minhas vivências no blog. Ela me chamou de exibicionista e que todo blogueiro o é. Fiz a seguinte pergunta:
E você professora qual foi seu escape pra solidão? Fakes de Orkut, Msn vendendo quem não é nem foi e não será?
Houve uma longa discussao vagando entre positivas e negativas onde o neutro não se expressou.

E vi novamente o jogo de luz se espalhando nas folhagens e o percevejinho indo de la pra cá. Eu o atrapalhava, punha o dedo no caminho e ele mudava a direcao. O que me lembrou Cora Coralina que disse num de seus poemas que o importante não é a partida e sim o caminho que percorremos. Sábio percevejo..vago...solúvel no ar...estremeço de inveja...e me transmuto... Chego no deserto de areia, vejo a imensidão ... toco na areia e todas são felizes sem saber por quê. Tantos montes...poucas pontes... Triste da mulher perdida...Pode encontrar um marinheiro no deserto que a esfaqueará...

O medo a corroeu...foi preciso mudar o caminho da viagem...Fechou-se os olhos e foi parar numa casinha de campo humilde, tinha uma caverna bem próxima da casa. A cobertura era de céu, as paredes eram de palhas com plásticos e pedaços de papelão, podia-se ver as nuvens carregando os desejos dos amantes e os olhos que Modigliani não pintava pois ainda não conhecia sua alma, celebre Pintor e Poeta dos que viver importa muito mais que o dinheiro.

Eu cansei de atrapalhar seu caminho percevejo...tão frágil diante dos meus dedos e palma da mão. Não se preocupe, o vento fareja tudo. E estás me dizendo que seus medos nada são iguais aos meus. Que Eu, nós, ocultamos o próprio enigma.

E o vi, grande percevejinho, todo iluminado por dentro da sua alegria do caminho. Segue-o, corra de mim, dos meus sentimentos de um sonho louco desse mundo.

Me transmuto agora para um vulcão que é meu prazer momentâneo de existir, quero você Tunguhaua, quero você Petincha, quero todos os vulcões do mundo e neles, me fazer existir como dama de verdade da vida. Todos são totalmente iluminados por dentro, mesmo que em lavas do microclima do inferno. Como disse Quintana: "Tem que ser bem devagarinho, Amada, que a vida é breve, e o amor mais breve ainda"...

E não ser amamentado ao nascer, implica muito no ser. Sou. Assim sou. Frida Kahlo também não foi amamentada ao nascer, foi por uma mucama e lembro-me de uma pintura bem realista dela Ser...


sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O som

A três dias venho escutando um canto diferente de um pássaro. Um canto que eu ainda não ouvira. É diferente, mas não dei tanta importância. Um amigo me comentou que pássaro só canta bem cedo e no finalzinho da tarde. Não é verdade! Esse canto desses últimos dias, precisamente no horário do almoço, vem me encantando a alma. Não, não é o Uirapuru - dizem que esse canto somente para pessoas muitooo especial. Não teria eu tanto privilegio. Mas é um canto gostoso, de informação. E aqui estou, apaixonada por meu sedutor desconhecido. A tensão me toma. Solto meus cabelos, tiro meu relógio, meus brincos. Tudo parece pesar ... Silêncio.
Procuro meu móvel egoísta, que só existe e nada mais. A REDE aquela aqui do redário receptador de almas. A que almas se enrolam, se encontram e se entregam. Composta por fibras ásperas que imita a suavidade inventada. A rede aqui da sala, ela é das mais delicadas, juro! Mas tem ásperas também. Ela envolve abdicar dos preconceitos e acolher as palavras dos outros sem qualifica-las nem julga-las. Ela tem esse domínio. E hoje me prendeu, me consumiu e é reconfortante perceber a reciproca. Preferi entrar nessa alma, a alma da rede e ali permanecer.Evito toques longínquos estando nela, aproximação que torna parte de mim humana, me transporto pelo vento. No seu balançar flui-se ideias intocadas, sólida e perfeita. Carregada de vida dos outros, nunca a minha. E ali se vaiiii e voltaaaa, sem qualquer preocupação do Ser.
E te digo mais apenas não seja cego, enxergue além, quem te escreve aqui nunca é quem você imagina tão pouco é sua imaginação, sou apenas eu,Julie.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Prosa dosa

Não me procure. Vou desaparecer de você para sempre. Tua ... (nome) não foi mais tua porque você não quis.
Já lavei minhas mãos sujas de poeiras e olhei-me no espelho. Já tenho ruguinhas,logo ficarão com a expressão visível ao passado. Pensei: Já é tarde demais para ter um destino.
Mas possuo um lema que enobrece minha existência. AMOR, e desse amor viverei saudade, emoções, lembranças. Viverei outro amor,na certeza da busca incansável de SER.
Dobrará o corredor, terá uma esquina e cada vez essa esquina o cobrará. E estarei no inferno do seu pensamento. Um dia morrerei, então não tenho mais medo da vida e por causa da morte tenho direitos totais: arrisco tudo. Sou fresca e rara como uma romã.
Vocês dois querem me amar de amor estranho que brilha em morte. Não se acanhe se eu te amar morrendo. Sobrará apenas esse momento pra ser lembrado. Lembrança doída onde os pântanos se exalam. A adoração aos malditos estão processadas. É da safra de quem pode mais que eu.
IMBECIS...ingratos como os infelizes são ingratos.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Quase fechando a mala

Dizem que viajando se fortalece o coração, pois andar um novo caminho te faz esquecer o anterior...*

Eu acredito tanto na frase acima que de tempos em tempos eu preciso colocar o pé na estrada... e a próxima viagem já está chegando, em menos de um mês voltarei a passar uns dias pelo velho mundo...

sábado, 9 de outubro de 2010

sábado, 2 de outubro de 2010

E o "ventre" morreu

Separaram-me por um motivo fútil , quase inventado. E outrem quase acreditado...

Fazia tempo que eu tinha esquecido que sou solitária, que não sou mais novidade pra ninguém. Uma sensação de vegetação em sombra. E foi uma coisa boa em limite com o ruim.
Mas quando algo ruim te acomete, quem te ampara?É cada um por si.
Certa vez Beth Show me escreveu que lembro as doces jabuticabas...Mas, penso que sou aquele mergulho do nada. Na escuridão e na ignorância, crio mais. Nunca vou esquecer teu rosto.
Ele era correto como uma quadra de tênis. Aquele cheiro de pintura nova de quarto me atormenta, na ânsia de ser no vazio que se passa o tempo.

O ar que preciso é de emergência. Em algum lugar existe uma coisa escrita no muro, e é pra mim.
E é para meu próprio nome que vou.
Fico sozinha com meus passarinhos, meu lago e minha lua.
Pedindo que a nuvem passe e me empreste de carona no seu fluir com o vento.

O que seria de nós dois se vivêssemos juntos?

É curto o prazo da vida, é frio nascer e morrer também,

É curto o prazo da morte

O amor não tem prazo, tem transcender

Falam que existe respeito...no fundo existe o ser.

sábado, 4 de setembro de 2010

Celibato feminino

Quanto mais eu conheço ele, mais afinidade tenho com ele.

Ele também é uma pessoa apaixonado pela vida. E nos parecemos em diversos aspectos. Ate o fato da diferença de idade que reconheço minhas qualidades e defeitos nele.

Ele possui um raro dom, sabe ouvir. Suas observações, seus sorrisos, seus silêncios faz a gente ter vontade de falar (...)

Contei-lhe meu passado em detalhes, talvez não o todo, os mais relevantes em 20 anos.

E dia após dia, mantenho-o em contato com minha vida. Qualquer que seja a distancia, o meio de fazer chegar nossas mensagens...

As vezes, soa tudo ridículo, engraçado, com bichinhos, snoops, retalhos de filmes nas memorias.

Eu adoro seu entusiasmo e logo em seguida uma súbita raiva o devora...E eu o acalmo...

E continuo gostando da sua generosidade desinteressada, sua gravidade, sua alegria, seu horror ao lugar comum.

Estou sempre me perguntando: Será que nunca ficara sozinho comigo? Nunca temos a oportunidade de conversar a sós. Por vezes, me sinto amargurada.

Que alivio! É cansativo odiar quem se ama.

Estamos vivendo esse conflito como se fosse uma tragedia pessoal. E nosso circulo apoia fielmente nossa exclusão.

Só quero ser cuidadosa com você meu amor. Qualquer mulher adoraria ter voce na cama, mas estou literalmente, igual a um homem impotente.

E continuamos sem exigir um do outro. Porque nada existe.


sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A intrigante

Me encontrou em choros e disse: Nao chora amor!

Chorar é doce porque é amor. Quando choro “de raiva” é porque tem sentimento nisso, algum pedacinho de algo que amo esta ali, me afugentando, me tirando a chance de sentir esse amor.

Ao saber dos comentários que se multiplicam em noites e dias calorosos aos sabores e ventos trópicos, do Amazonas ao Ecuador, fiquei extasiada em saber das brincadeiras com meu nome.

Realmente devo ser muito famosa no existencialismo alheio porque embora eu só seja identificada por pertences etiquetados, carro luxuoso ou ate mesmo a única Louis Vitton mala que possuo, a estrada inteira sabe quem sou.

Eu não conseguia parar de me ver, horrorizada, como um inseto.

E faz um retrato de mim como uma personalidade intrigante.

O que me preocupa todas as noites é que estão me isolando de você. Enquanto eu, encontrei uma pessoa pra me ouvir, rir e sonhar...Nossa amizade transcede a existência entre a racionalidade Homem X Mulher, isso sempre será enriquecido de maledicências.

E me colocam na posição de ter que questionar minhas reações mais espontâneas, que são as de carinho e inocência diante desse mundo revolto e mutante. Como sempre afirmei, dolorido como num parto sangrento e solitário. Em outras palavras, meus preconceitos mais antigos.

Nunca achei difícil tratar as pessoas com familiaridade, acho difícil é tratar com formalidade, foge do meu tratado pessoal. Meu sorriso sai torto e violentado. Faço isso somente com uma a duas pessoas que me impõe o formal.

Entendi. Sou louca por ser Eu, sou “peitinho” por ser a viajante. Sou a malvada por não ser sua, nas suas fantasias.

Não posso dizer, não posso gritar pra fora.

Sou intrigante mesmo, tenho uma vida e uma inteligência fascinante. Faço as idéias parecerem fáceis. Nunca sou abstrata. Perdao! Sou entrelinhas aqui.

E nos divertimos com os tópicos mais idiotas...ficamos crianças. E se todos soubessem ficariam sentindo que o mundo pessoal é triste e melancólico com seus preconceitos e verdades sem as “verdades”.

Enquanto isso, como desejo que venha, venha a qualquer preço de qualquer jeito e forma. Porque AMO. E não quero ficar abandonada materialmente nem psicologicamente com sua ausência , tão, tão próxima de mim.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Minha alma viajante

A solidão do corpo consome.

Fico imaginando o afogamento da própria agua entre águas...

A gente sempre anda sozinho entre gente...

Tem um amargo de solidão no corpo...

Onde expira um pensamento esta uma ideia...Me pergunto: Cadê tua alma? Está na epiderme do seu corpo?

É que para mim a realidade parece um sonho...mas ele não está tangível...É somente sonho.

Não me permitirei viver apodrecendo..isso incomoda muito...

Há um erro...esse estranho estado de vida.

Não se pode prolongar um êxtase sem morrer.

Deus me deu saúde para viajar só.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Meu dia de lucidez sordida

A plenitude é uma das verdades encontradas.

Aproveito o barulho intenso de um avião em decolagem, como se fosse meu próprio grito.

É um berro agudo, mas virado pra dentro. Mantendo uma lucidez de terror.

A plenitude também é uma explosão.

É uma coisa boa em limite com o ruim. Uma vegetação em sombra.

Você estragou minha inteligência com a sua que é de gênio...sempre a saber, saber, saber...

Eu preciso matar alguém dentro de mim...preciso também, saber como se mata...preciso dessa inteligência falsamente intelectual.

Precisei que Deus me abandonasse para que eu sentisse sua presença.

Se bem que sou capaz de ser infeliz sem saber. Passividade.

Eu quero mesmo é fruir de tudo e depois morrer e eu que me dane, que me lasque mesmo!!

Quero é tomar banho num rio barrento, sujo, cheio de sangue sugas, que é o que parece comigo!

Quero ir de moto pra um lugar só meu.



segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Manhã de anonimato

A gente pode contar os minutos da vida em que algo acontece...

Eu senti seu cheiro hoje... como pode as flores jorrar seu perfume em tão virtual sentimento?

Para mim, a relação essencial e afetiva é eu abraçar, acariciar e beijar seu corpo em todas as partes...

Quero que chegue o dia que direi: Estou no quarto 213...te espero. Hoje, eu fiz amor com ele...

E os dois surpreso estavam...Parecia que se alguém soubesse do nosso ato terrivelmente obsceno, mexeria com nosso possível...Mas, existia um vazio escuro entre os olhos...

Eu seria uma rainha na arte de dissimular...Ninguém percebeu, mas estava excitadíssima...

É muito desagradável pra mim sentir-me esquartejada por essas duas consciências.

O que me cabe é que ele admira meu espírito de Valquíria...isso me adormece os poros, consigo suar e gemer na existência da vida preexistente.

Me deixa no estado latente do momento seguinte...Eu o sinto...e sentir nas entrelinhas é também um modo de existir nas possibilidades.

Não me consuma por completo! Me consuma devagarinho...como num chá...se degustando ate o ápice da erva.

As ervas daninhas também são um prato que se deve elogiar. Por elas se descobrem a mim,

as ervas daninhas nos fazem perceber o que poderá ser nossa felicidade, nosso capricho da razão.

Me levanto delicadamente, desligo o computador...saio de carro e penso em sua noite que compartilhará comigo, em algum momento...mesmo que nunca exista,no existir.

Mas trarei as possibilidades para que a morte a conheça na sua infinita procura.

Infelizmente, o mundo que conheço não é igual ao seu... Um dia igual ao nosso.

sábado, 21 de agosto de 2010

O muro do meu íntimo

Alguma vez você se perguntou por que você atrai tantas pessoas erradas para sua vida?

Se alguém for diferente de mim...por favor se apresente:
Quando os problemas do mundo pesarem demais na sua costa...penetre na raiz subjacente - seu próprio ciúme...

Apesar de nos termos dificuldades em aceitar este fato, nossas palavras que machucam, olhares ciumentos e pensamentos indulgente, tem efeito cumulativo no plano espiritual.

Que por sua vez, gera sofrimento pessoal e global. Por final, uma frase que encontrei no livro de Harry Truman :


Eu nunca infernizo a vida deles. Eu simplesmente digo a eles a verdade, e eles acham isto o inferno.

Eu tenho tanto problemas em ser como sou, tantos que eu mesmo me odeio por segundos.

É difícil ser sincera com os outros de forma carinhosa. Tudo culpa do modo que não adoto opiniões se estes não me convencem.

Como pode ser igualmente assustador enfrentar verdades dolorosas a nosso próprio respeito,nossos amigos e familiares.

Mas, os aceito bem. Realmente, tenho um ciume por algumas coisas e pessoas, bem coisa de MENINA...

Mas quem foi que disse que cresci?

Eu me extraio do nada a que tento ser. O ódio, a repugnância de existir, são outras maneiras de me fazer existir.

Debato-me com as palavras. Toda minha vida esta atrás de mim. Vejo-a inteiramente, suas formas e movimentos lentos, que me trouxeram ate aqui.

Há pouco a dizer sobre ela: É uma partida perdida.

Vou continuar com meu ciume, vou continuar a lutar por mim mesma.

Seria indesejável meu grito...dizer que te amo...em vão...

Os horários não ajudam. Três horas. Três horas é sempre muito tarde ou muito cedo para o que se quer fazer. E as vezes se torna intolerável a espera.

Sua mão fina e longa esta pousada ainda na cabeça de um menininho.

Eu amo essa loucura desejável...amo



quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Minhas vestes é flor

Eu não dependo da instabilidade dos outros para ser inteligente.

As vezes eu imito a mim mesma e me visto de mim
também.

Incomoda-me o fato de todos os dias alguém questionar sobre minhas roupas,

Sim, não uso marcas, dou preferências a perfumes e óculos, fruto da minha indignação pessoal.

Uma vez outra, com minha extraordinária calma e agitação momentânea, dócil e nervosa.

Fico imaginando as vantagens em ter de ser "
alguém" por algumas horas e, voltar a ser si mesmo quando retorna ao seu local, casa, origem.

Qual a vantagem em querer valorizar os olhares dos outros?

Eu tenho de caber nitidamente dentro de mim, não ao que eu "posso" do modelo capitalista.

Deles, alguns dizem: Ela é boa gente!

"
E vocês o que são?

Vida
irremediável, mas não concreta! E alguns me dizem: "Eu queria ter a vida que você tem...eu tenho que matar dez leões por dia"...

Não é verdade!Não é uma vida de sonhos, porque estes jamais me orientara.

Mas de irrealidade. Embora há momentos em que de repente, por motivo ou outro, meus sonhos afundam na realidade.

E assim, ouvir: Se eu tivesse o dinheiro que
você tem, andava na BECA...Ooooo....

Fiquei extremamente quieta, como se uma flor tivesse nascido em mim.


E depois, acho que não aconteceu nada.

E fazendo o grande
sacrifício de não ser louca.

Eu
não sou louca por compaixão pelos milhares de nós que,

Para construir o SEU
possível, também sacrificam a verdade que seria uma loucura.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Minha tarde solitária, voce estava comigo


Me possua antes que a noite venha apressada e me prenda, me chame e me tire de você.

O dia representa minha infinita liberdade, antes que o sol se ponha, tenho que me pôr em liberdade relativa. Ah, essa noite é diabólica porque você me consome e entope minhas veias por onde circula todo o sangue que me roubas.

Alço-me ate atingir minha aparência, ate atingir seu perfume.

Não te posso tocar. Mas posso viver o seu amor.

Acho que se eu encontrasse a verdade, não poderia pensa-la.

Seria impronunciável mentalmente.

Pior que minha lucidez que ilumina demais e eu fugindo do meu suicídio...

Há varias formas de suicídio...Já tenho a minha a alguns anos...

Se eu existo, me mostro!!

Mas nossa solidão é um ao lado do outro, ouvindo a musica ou lendo,

Pensando ou mudando frases no dialogo da vida alem realidade,

Continuando amando, nosso silencio do NÃO, o silencio do poder alem do não ter,

Afinal, o que queremos mesmo? Nada...Sabemos que não nos vemos, senão por acaso,

E sabemos também que somos amigos. Amigos sinceros e solitários, mas amamos...



quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Estando entre algas afogadas

Se tu me amas...

ama-me baixinho...


Deixa em paz os rapazinhos que poderia pirar o moralismo prudente,

Se me queres mesmo, tem que ser paciente e bem devagarinho,

Não fure a gota para não acordar os monstros,

Não desça e nem suba - fica onde estás,

Se descer os degraus irá ocultar o próprio enigma,

Aqueles passeios serão um rio de passos e de vozes e irá te asfixiar,


E tudo vai se afastar dessa correnteza, E a flor continuará presa,

E uns claros risos sobre as águas ficarão felizes

Com a desgraça da loucura da coragem de amor.

As almas não entendem disso.....


Por Mario Quintana

terça-feira, 10 de agosto de 2010

A morte voltou humilde

Estou presa dentro de uma gota d'água. Quem me prendeu por dentro?

Preciso respirar...arh,arh,arh...eu precisoooo respirar meu Deus!!

Eu não quero morreerrrrrrr....

Me tira, me tira daqui!!!

Me ajude, eu preciso de você aqui!!

Eu não quero viver num outro plano, quero sair dessa gota.

Por favorr, me tira daqui!!

Minhas unhas estão curtas, preciso furar essa gota,

E consigo ver aquele muro florido, eu o vejo, ele não me vê,

Destoado a forma, mas há o verde,

Verde é a esperança. E quero a esperança dentro da gota,

Como é linda a eternidade, amigos mortos, como é linda,

Mas não agora, o agora é já, e o quero,

Alguém me tira daqui? Ahhhhh, preciso sair daqui...

Em vão é o desespero...Nada mais quero com nenhum de vós,

Em algum momento a morte ira sentir o espanto,

De como sou forte e quero viver, não sei se é muito longe o Mar...

É pra lá que eu vou...

A morte não tem elegância, e a ultima vez que eu vi, ela ia dobrando aquele corredor escuro,

Ia voltando, encolhida, humilde, porque não me conquistou, não agora.

Mas estou apinhada de meninos mortos comigo.

Eu sei chorar...eu sei sofrer...só isso!!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Meus dramas, finjo que não são meus

Fico pensando que seja uma vez por ano, apesar de ainda nos faltar alguns meses...Novamente fui assaltada. Ano passado perdi algumas coisas, em 2008 meu carro foi perseguido e, ganhou dois vidros quebrados e minha bolsa levada com todos documentos etc...o que mais doeu em perder, foi as fotos da infância de minhas filhas...Não tenho como resgata-las. Mas enfim, ate ladroes me amam, e eu os amo também. Obviamente o que não presta, sempre me interessou muito. Estava tão desprovida. Alias, nunca estou provida de nada. Meu agora já é, é agora. Jamais fico procurando "suspeitos". Sou composta por urgências. Sou louca desvairada. E surpreendo quando descoberta. Calma e mansa, como se fosse o momento o ultimo, e eles me devolveram a chave do carro, e pude olha-los nos olhos, sorri também, embora com os olhos cheio de duvidas. Esse meu caminho entre a lucidez e a loucura que me agrada de ser como sou.
Não gritei, não pedi socorro, e olhei aquelas pessoas "se" perguntando, em varias perguntas...Apenas disse: Eles me roubaram, mas tudo bem, estou saindo, as chaves estão aqui, e o que importa, é que pude ajuda-los.
Antes Eu do que voce! Minha dor seria maior, meu desespero desequilibrado. E o que tenho de mais obscuro é o que me ilumina. E essa minha lucidez que é perigosa!
Que mansa e duvidosa é minha fome de viver, minhas raizes do nada que embora seja um pasto verde e um lamaçal entupido de excessos, me deixa viver um pouco de tudo. Exagerada toda a vida.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Meu unico dia


Ebaaa!!!
Hoje é meu aniversário!!!
Recebi logo cedo e de uma pessoa mais que especial a frase: " acho que vc quando nasceu nem chorou, e sim deu uma super gargalhada e pediu uma dose... Haahahahahha Nasci para me sentir viva,

Nasci pra confundir alguns pensamentos,

Nasci para dizer ao mundo que é maravilhoso viver,


Nasci para acreditar que eu posso,

Nasci...foi frio..e sei que no momento da morte, será frio...
Mantenho-me quente!!

E esse é o sentido de viver.


É mãe, não sei se fui seu maior presente, mas sei que me deu o melhor presente,


Nasci e quero nascer mais vezes, quero viver o sonho dos amantes,

Quero viver pelos amores mal resolvidos

Com o coração dividido, com o amor sublimado

Quero tudo!! Cores, flores e amores...


Me permite autoridade! Me permite sempre ser eu mesma, me permite sempre enxergar


Ver todas as obras do mundo, ver a obras do mundo todo.

Hoje é dia de sorrir, e mais um dia pra viver!!!


AMOOOOOOOOOOOOOOOOO


sábado, 31 de julho de 2010

Pedacinhos de cristais

Estou fazendo o que posso para não deixar essa obscenidade me encher de uma infantilidade detestável. Mas não consigo deixar de sentir uma angustia física terrível.
Eu sempre confessei aos quatros ventos que minha infância fora alimentada por mitos forjados por homens,e eu não reagiria a eles da mesma forma que talvez tivesse reagido se fosse menino.
Minha condição aventura-se nas "possibilidades", nas decisões do "agora".
O amor é como uma guerra em que duas pessoas livres tentam se apoderar da liberdade do outro, tentando ao mesmo tempo se libertar do outro. Livres? Não, tentamos ser livres, somos prisioneiros diários, em aspectos diferentes.
Esse meu mundinho que todos vêem, realmente é um desejo ínfimo de só querer pensar, viver e amar. Infelizmente, o mundo hoje é um lugar mais pobre do que ontem. E o itinerário do meu pensamento escapa a todos. Apesar de alguns não entenderem e determinar que não estou em posses de minhas faculdades. É que não gosto de ser explicita, gosto de ser entrelinhas. Gosto que saibam que penso, só existir não dará cor nem bordado ao vento.
Seria uma transposicão arriscada. Não conseguiria ser amante ocasional, apesar de saber que me sentiria muito bem se pudesse voltar a ver os rostos apaixonados do primeiro amor, aquele ainda na infância. Explodindo em ternura. Pensar numa praia em Itacaré na Bahia. Conhecer pessoas que amo e nunca as vi. Esses bordados aos vento teriam alem das cores, sabores, pedacinhos de cristais enfeitando e colorindo os corações.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

A cor e o cheiro

Eu odeio o silencio da sala de espera. Aquele rosto cansado da recepcionista, o atendimento mecanizado. Não há amor humano, há sim, um fomento humano. Que busca o óbvio, e eu odeio o óbvio também. Gosto das cores alegres, dos sorrisos verdadeiros, mesmo aqueles que me sorriem sem mostrar seus dentes, gosto do cheiro das pessoas. Outro dia, um motoboy veio em casa fazer uma entrega, pedi que ele entrasse, o rapaz estava com cheiro de cachorro molhado (estava chovendo) e senti seu cheiro forte (fedor é pior) cheiro...Aquele cheiro me encantou, não era tao agradável, mas vinha do sangue, vinha da decência, da humildade, vinha sobretudo por algum amor. Esse despertador de almas chega a ser um objeto abjeto. Não ligo para quem me acha louca em gostar do contrário. Eu só fico triste...porque são burros e feios...e não morrem nunca.
Eu sigo adiante. Misturo-me a todos os cheiros. Acho todos uns amores. E na minha cara, tem um vasto sorriso pintado de vermelhão com azul, as cores elementares, não esquecer do verde também.
Hoje, eu acordei pensando numa pedra que não a quis trazer de Nazca. Estava solta, sozinha, quem repara nela? Só eu... E desse outro lado da linha divisória do mapa, te mando meu pensamento pedra. Porque sei que você esta viva. E o que dizer rio? Deram-lhe o nome de Punchiuawa. Por que? Rio não tem nome, ele sempre esta a passar, suas águas sempre são outras, não para nunca. É o único caminhante que não pára nunca! Mesmo assim, tens nome. Eu daria nome ao lugar...Quero morrer na selva de um país distante, não quero a minha selva de todo dia. Quero morrer sozinha, como um bicho.
Mas antes de me deixar, quero viajar de moto, sozinha, e dançar sobre minha cova.E que la, tenha um espelho onde meus cabelos saibam que já estiveram vivos, sendo cheirados por tantos, e tantos outros amores se encantaram por eles e nunca os foram amados. E serei eternamente onde estiveis um arqueólogo descobrindo uma cidade morta.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

A força das coisas

A cautela me impede de escolher um futuro que poderia ser envenenado pelo remorso.
Eu não gostaria de deixar você para trás, não porque você seria uma pequena consciência livre passeando pelo mundo e eu ficaria com ciumes, mas porque me persuadiu de que estaria num mundo absurdo, de que nossos mundos tão diferentes são absurdos.
Se houvesse uma necessidade de sentir o quanto
nos dois somos um, essa guerra fantasma pelo menos teria a virtude de nos deixar ver isso.

Meu amor, você não é uma "coisa " na minha vida - nem mesmo a mais importante dela - porque minha vida já não me pertence, porque ... você é sempre eu.
E que estou feliz com a ideia de voltar a vê-lo.
Alias, nunca reparei como meus lábios são bonitos. O inferior quanto o superior são do mesmo tamanho. Achei-o muito empolgante.
Dormi mal...acordei com os nervos tensos...Hoje mais uma vez a vida me crava os dentes no coração.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Meu reino é vegetal

Espaço e tempo são a mesma coisa. Então o desentendimento é birra do tempo. E essa decisão passageira em me manter ao computador para escrever, já deu brigas feias em casa com marido, filhos, e ate mesmo com visitas. Não sei o que acontece, deve haver algo relacionado com o infinito. Sento e escrevo, ao ponto que tudo ao meu redor se torna luz, não vejo nada, somente meus pensamentos e o automático dos dedos. Me excita ver minhas mãos tendo prazer. O imaginário, como tudo antes do acontecimento o é, me toma toda com a ansiedade do terminar. É como se para o leitor minha obrigação fosse o mais rápido dos acontecimentos. Tenho de terminar, alguém vai me ler. Chega a ser uma tortura prazerosa. Será que outros sentem isso? Como posso chamar esses sentimentos? Quando você sente saudade de alguém que você não gosta mais? Qual nome dar a esse sentimento? Qual é o nome que se dá, quando você recebe um presente de alguém que você sabe que já te feriu antes? Aquilo, que no momento é sentido? Ah, como queria saber o nome para dar lugar ao desconhecido. O pior que não existe nem adjetivo para traduzir esse infinito. Preciso urgente saber que nome dá às coisas que não se tem nome. O absoluto é de uma beleza idescritível e inimaginável pela mente humana. Ou por esse mente humana. Generalizo porque se houvesse sequer adjetivo para esses pequenos acontecimentos, algum gênio eternizado antes de mim o teria deixado para nos ensinar seu nome. Que pena eu nao entender de fisica e matematica, para poder, nessa minha divagaçao gratuita, pensar melhor e ter o vocabulario adequado para a transmissao do que sinto. A dos gestos mais belos e largos e generosos do homem que sinto, é aquele andando vagarosamente pelos campos lavrados, lançando vagarosamente as sementes. Plantar, é criar na natureza. Criação essa, insubistituível por qualquer outro tipo de plantação. Nossa!! Como devaneio nos temas...são minhas substituições de garantia. Sou como uma planta, ao menos tento ser. E como ela, uso a escuridão da noite pra crescer e esperar que algo amadureça,é uma experiência sem fim. E nesse reino que não é nosso, a planta nasce, cresce amadurece e morre. Seria o amor e excited.
Talvez essa minha falta de inteligência e de instintos seja o que me deixa ficar sentada por horas sem ouvir, sem ver o mundo que vive e me cobra por uma misera importância de seus mundos pessoais.


segunda-feira, 26 de julho de 2010

Quem fez a primeira pergunta?

Vou me impermeabilizar um pouco mais.

É tão difícil falar, dizer coisas que não podem ser ditas, é tão silencioso.

Como traduzir o profundo silencio do encontro entre duas almas?

As vezes, somos um ser só. Como se eu também fosse homem e compreendesse toda suas aflições.

E a gente ri muito. É mudo, o som é imaginário!

E ele deve saber que é dele que comento aqui! Porque sei que vem para saber mais de mim.

Mas eu percebo que esses momentos de nada valem, porque Ele esta sempre ocupado com outras.

E, eu, estivera sempre só. Toda só, enquanto riamos no silencio da distancia.

Eu preciso aprender a não precisar de ninguém... É difícil, porque preciso repartir com alguém o que sinto!

Estou terrivelmente lúcida. E num estado agudo de felicidade terna.

Um amigo me disse que no Talmude, há coisas que não devem ser ditas à muitos, há outras a poucos, e outras a ninguém.

E eu acrescento: não quero contar nem a mim mesma certas coisas. Sei que sei de umas

VERDADES...e isso é um segredo meu.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

subtraída

A pior covardia de um ser humano e despertar o amor em outra pessoa sem ter a intenção de amar'.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Tête-a-Tête

A razão pelo qual comentei minha relação física com o .... foi precisamente porque não queria que você me entendesse mal. Só tenho uma vida sensual, e é com você, e, para mim, isso é algo infinitamente precioso, e serio, e importante e apaixonante. Eu não seria capaz de ser infiel, porque isso o transformaria num episódio dessa vida, ao passo que você é essa vida. Não quero outra. Estou totalmente engajada nela, profundamente, e com muita alegria.
O negocio é que preciso da violência de discussões ou da emoção das reconciliações para me sentir viva.
Meu amor, você não é só a minha vida, mas também a única honestidade da minha vida!
E a pessoa que se faz mais importante nesses momentos de cóleras.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Especialmente Hoje

Hoje, a exatamente 43 minutos fui estupidamente ferida com a ignorância e estupidez humana!

É, os ingratos são infelizes!

Sinto hoje, mais do que nunca a necessidade de me impessoalizar, de ser novamente a filha ignorada de dona Mara, a boa e santa missionária da igreja do Pastor Teté, e que continua sendo pra mim a mais santa das mães. Tenho necessidade de me esquecer de mim mesma.
Mas, antes que se cumpra esse meu desejo, volto pra deixar um post à vocês que me seguem, maternalmente, uns paternalmente, como no tempo que eu destruía fosforo do cérebro, a fim de adquirir combustível para o estômago.
Em sua generalidade, o homem quando não é Narciso, enamorados da sua própria formosura, são a fonte de NARCISO.

domingo, 18 de julho de 2010

A fome de sentir o NC

É sempre um jogo sutil entre o invisível e o visível...Esta é a pessoa amada no momento do

encontro, lógico que nunca aconteceu nada ( e tudo pode acontecer) quando ambos são estranhos

um para o outro, quando nenhum dos dois sabem se aquele homem ou aquela mulher será sua.

A questão é que os pequenos planetas, as ilhas desertas, só são paradisíacos por, no máximo,

alguns dias. Ama-se o momento de um ser, e esse momento é "essencialmente"passageiro.

Ai, que entra a fantasia: sonha-se com noites que são, a cada vez, a primeira vez. É um corpo

imaginado, desejado, adivinhado, que de repente descobrimos em nossos braços, naquele tipo de

comunicação sensual baseada em revelação, mais vulnerabilidade e abandono, que não pode ser

expresso de nenhuma outra forma, a não ser, se perdendo dentro do outro.

É a verdade do amor. É a sua situação limite. O que há de mais maravilhoso no amor é esperar o

impossível e, por vezes, encontra-lo.

Como diz na musica de Charles Brow Jr: O impossível é questão de opinião...e disso os loucos

sabem...

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Quer que eu desenhe uma árvore?

Eu estava escrevendo algo bem pessoal, de repente me perguntaram se queria que desenhassem uma árvore. Falei, não! Um guarda chuva!!
Nós somos como frutas, meu amor.
Não é o objetivo da árvore. Exemplo: Uma laranjeiras não é uma árvore que dá laranjas.Uma laranjeira é uma árvore que existe pra produzir outras árvores iguais a ela. Ela é apenas um veiculo da sua própria semente,como nós somos a embalagem da vida. Entende? A fruta é uma estratagema da árvore para proteger a semente. A fruta é uma etapa, não é o fim. A própria fruta se soubesse a importância que nós lhe damos, enrubesceria como uma maça na sua modéstia. Deixa eu só desengatar meu sutiem...aiie...pronto!! A fruta não é nada. O importante é a semente. É a ânsia, é o acido, é o que nos traz de pé neste sofá, digo, nesta vida. A própria planta é um artificio da semente para se recriar. A própria semente é apenas a representação externa daquilo que me trouxe à tona! Estou falando da minha gestação, da minha semente que já nasceu. Pense em mim como uma laranja. Eu só existo para cumprir o destino da semente da semente da minha semente. Eu estou apenas cumprindo ordens.
Um dia estaremos velhos. Sexo, só na cabeça. As abelhas andariam a pé, nada se recriaria, as frutas secariam. Eu afundaria na memoria, de volta às origens do mundo (O Mar tem um deserto no fundo). Uma casca morta de semente, por nada, por nada.
Quantas duvidas e quantas certezas acordam juntas quando uma mulher acorda...

segunda-feira, 21 de junho de 2010

A Carta

Eu não poderei ama-lo mais, quere-lo mais e sentir mais a sua falta do que sinto.

Talvez voce saiba disso. Mas o que precisa saber também,

embora possa parecer vaidade dizer isso, é de que forma o... precisa de mim.

Na verdade, ele é muito solitario, muito atormentado interiormente,

muito inquieto, e eu sou sua unica amiga, a unica pessoa que realmente o entende,

o ajuda, trabalha com ele, lhe dá um pouco de paz e sossego.

Durante quase vinte anos , ele fez tudo por mim; ajudou-me a viver, a me encontrar, sacrificou

um monte de coisas por mim... Eu nao poderia abandona-lo. Poderei deixa-lo por periodos mais

ou menos importantes,mas nao prometer minha vida a mais ninguem.

Odeio tocar de novo nesse assunto. Sei que corro o risco de perde-lo; sei o que perde-lo significa

pra mim...


domingo, 6 de junho de 2010

Por : Ricardo Herbert Jones

O DIREITO DE SENTIR.



Posso contar uma historinha que uma paciente me contou?
Ela estava morando no interior do estado, trabalhando como promotora.
Tinha tido dois partos de cócoras no hospital, coincidentemente no
mesmo dia do mês, com 5 anos de diferença. Ambos haviam sido por mim
atendidos.

Grávida pela terceira vez, ela procura um obstetra (por acaso meu
colega de turma) que atendia na sua cidade. Ele lhe fala que seria
"possível" um parto normal em função dos dois anteriores, que ela os teria no
hospital e que poderia ser feita a anestesia para livrar-lhe da dor
insuportável de um parto.
Ela respondeu que as dores que sentira nos dois anteriores foram
absolutamente suportáveis. Ele retrucou que a dor não é boa e nem necessária,
e que sentir dor prejudica o bom andamento de um parto. Diz de sua
experiência de que, após a instilação do anestésico, as pacientes relaxam e
o parto pode seguir seu rumo com sucesso.
Ela continua desconfiada, então ele lhe oferece um vídeo de um parto
seu com anestesia.
Ela o leva para casa e assiste.
Dois dias depois volta ao consultório do meu colega, entrega-lhe o
vídeo, agradece e diz que vai procurar um outro profissinal. O obstetra se
assusta, e pergunta o porquê da decisão.
Ela então senta, e explica.
- No início do vídeo, quando a paciente está indo para a cama de parto
para ter seu filho deitada e com as pernas moles amarradas nas
perneiras, o anestesista pede às auxiliares que "passem a doente" para a maca.
Claro que foi um lapso, produzido por alguém que trata de pacientes
doentes todos os dias, mas teria sido esse lapso apenas verbal? Ou toda a
ação do anestesista era guiada por essa específica compreensão
"doentificada" de uma mulher que está tendo seu filho?
Meu colega olhava para seus belos olhos verdes e coçava o queixo.
- No final do vídeo, quando o bebê já havia nascido e vc estava
fechando uma enorme episitomia, vc olha com candura para a paciente e pede que
ela olhe para a câmera para responder a uma pergunta. Vc então diz: " E
então? Sentiu alguma coisa?"
Ela então responde, com uma face inexpressiva: "Não. Eu não senti
nada".
Meu colega então abre os olhos e faz uma expressão de surpresa, como
que a dizer "E não era isso que queríamos?"
Entretanto, antes que ele fale, ela termina:
- Foi por isso que resolvi procurar outro profissional. Nã acredito que
um parto seja um momento em que eu diga " Não senti nada". Sentir ';e
tudo o que quero no nascimento de minha filha. Perceber na pele, no
corpo e também na alma são coisas que não admito serem retiradas de mim.
Anestesiar meu corpo para que ele não fique impregnado com a dor me
retiraria todas as outras impressãoes corpóreas que tanto prezo nas minhas
experiências anteriores com o parto. Não doutor, não quero um parto em
que no final eu diga não ter sentido "nada". Quero, e exijo, sentir tudo
a que tenho direito. Minhas sensações e minhas recordações corporais do
nascimento são meu tesouro, meu valor maior neste momento, e o cimento
básico para a construção de uma relação sólida com minhas filhas e com
a vida. Não quero que nada me seja retirado, subtraído, roubado. Do meu
parto quero TUDO a que tenho direito.
Levantou-se, sorriu maravilhosamente, e saiu.

sábado, 5 de junho de 2010