sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Insuspeitas emoções

Estou preocupada com o Kaio. Sei que não tens nada. Porque sinto e rezo.
Passei a 1/4 da noite pensativa, tentando imaginar a vida dele, dos seus pais. Tentando formular uma vida na qual eu pudesse estar "conectada", em sintonia. Isso só pode ser amor. E como se adquire amor virtualmente? Acredito que são as palavras, "osmose" de outros, que me inspiram a ser sempre mais.

Pensei em meus filhos como parte da sociedade, do mundo, de suas almas. A noite me pareceu longa, no entanto, depois da recepção inesperada de amigos. Fui me deitar quase à meia noite e, se somar 1/4 do que fiquei acordada divagando em minhas memorias, dormi pouquíssimo e me sinto melhor!

Afinal, quem são nossos filhos? O que representa nós na vida deles, alem do simples relacionamento pais/filhos?
Longe de hipóteses orientadoras, quando estava trabalhando no consultório.
Porém meus filhos são verdades inquestionáveis, que vão ao longo do tempo passando desatentas sem procurar entender em profundidade.
Por exemplo: A 2 filha, dizem: Ela puxou o jeito energético da mãe.
Da outra dizem: Ela tem o temperamento do pai e, a outra puxou o gosto pelas artes da avó...et cetera, et cetera...

A primeira coisa a desaprender com relação às crianças é de que elas não herdam as características psicológicas, como inteligência, dotes artísticos, temperamento, bom ou mau gosto,simpatia ou antipatia, doçura ou agressividade. Cada ser é único, em sua estrutura psicológica, preferências, inclinações e ate mesmo idiossincrasias. Somente características físicas são geneticamente transmissíveis: cor da pele, dos olhos,ou dos cabelos,tendência a esta ou aquela situação, enfermidades, traços fisionómicos e coisas dessa ordem.
Quanto ao mais, não. Pais inteligentíssimos podem ter filhos medíocres, tanto quanto pais aparentemente poucos dotados de inteligência, podem ter filhos geniais. Pessoas pacificas geram filhos turbulentos e, virce e versa, pais desarmonizados produzem crianças excelentes, equilibradas e sensatas.
Por isso eu digo, cada criança, cada pessoa, é única, é diferente, e embora possa ter, duas ou mais, certas características em comum ou muito semelhante, cada uma dela é um universo próprio.
Estou divagando tudo isso, pois certa vez, meu amigo, pai de Kaio, disse-me: Kaio é diferente do irmão, se prometer algo a ele e não cumprir, ocorre a terceira guerra mundial.

E acima de tudo, quando se tem 2/3 ou mais filhos, por que são tão diferentes entre si, uma vez que foram gerados a partir do mesmo conjunto de genes e criados, no lar, sob idênticas ou muito semelhantes condições?

Algumas das minhas perguntas madrugadoras, ainda terão de esperar um bom punhados de anos. E, ainda nao encontrei em nenhuma religião, o que o Pai, Todo Poderoso, não teve pressa em explicar-nos aquilo que nós ainda não temos condições de entender.

Meus filhos, os amo de qualquer forma, em quase todas as situações...

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Pecado renovado


Fui remar !!
O medico disse que não deveria. Mesmo assim eu fui. Teimosa, louca ? Os dois...
Foram 32 km de remada em meio a natureza selvagem, belíssima,Guapo...
Acampamos, dormi perfeitamente bem. Fizemos uma fogueira, cantamos, fizemos os planos da próxima viagem, que será para Otavallo -Equador, na semana da pátria...E olhando aquele fogo, onde se tratava apenas de uma meditação visual. É que o perigo de meditar, é o de sem querer começar a pensar, e pensar já não é meditar, pensar guia para um objetivo. E o menos perigoso na meditação, é "ver", o que prescinde de palavras de pensamentos.
Se eu me enganei na minha meditação visual?
Absolutamente provável.

Fiquei ao redor da fogueira, e todos diziam: Saía dai, vai se queimar...E minha proximidade com a fogueira me deixava suada, enquanto uma gota de suor escorria de minha cabeça, pude sentir o quanto somos salgados (todos), pois que suar é a nossa exalação. E minhas pernas ardiam, eu mudava a posição na covardia de não aguentar a cena que me propunha a sentir.
Eu era o mesmo silencio do fogo -na noite a ansiedade suave se transmite através do oco do ar, o vazio é um meio de transporte. Juro! é assim o amor. Eu sei, só porque estava sentada ali e sabendo. Foi preciso o calor me arder as unhas, e então não suportei mais a tortura e confessei e estou delatando.
Não suportei mais e estou confessando que já sabia de uma verdade que nunca teve utilidade e aplicação, e que eu teria medo de aplicar, pois não sou adulta o bastante para saber usar uma verdade sem me destruir, sem me difamar. A sinceridade não é o bastante para os abastados instelectuais.
Quando uma pessoa é o próprio núcleo, ela não tem mais divergências. Então, ela é a solenidade de si própria, e não tem mais medo de consumir-se ao servir ao ritual consumidor. Ele queima!
E te chamam de louca! De perturbada...E o fogo é apenas um deserto.
A minha forma de viver é um segredo tão secreto que é o rastejamento silencioso de um segredo. É um segredo no deserto. E eu certamente sabia, pois a luz do amor de duas pessoas me veio a lembrança de um amor verdadeiro que eu tivera e não sabia que tivera.
O amor é então o que eu entendesse de uma palavra. Não carnal. Palavra.
Eu te amo.
E
não preciso de uma carta de condenada em uma cela. Estou livre!
Não tenho medo da dor. Sempre tive medo do amor.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Aqui em casa ? Foi possível...


Eu deixei embaixo do lep...
Sai correndo, queria ouvir o Zé no carro...Quando voltei..., cadê o dinheiro que estava aqui?

Eu havia sacado R$ 800,00, próximo das 18:00hs...
Fui roubada dentro de minha casa. Os suspeitos ?

Alguém que deveras precisa mais do que Eu. Que não tem coragem, sem juízo. Mas, sempre há prejuízos por um ato esdrúxulo como este.

Eu perguntei de duas secretarias: "Vocês não viram o dinheiro que estava aqui ?

Como resposta: Não! A Louise que estava mexendo ai...As crianças não devem nunca ser vitimas dos adultos...

Me assustei com a verdade bruta de um mundo cuja verdade esta viva. Tento alcançar minha vida exterior a um ponto de crime contra a minha vida pessoal.

Eu nunca fui capaz de entender as coisas se encaminhando. Não aqui dentro da minha casa, do meu mundinho protegido por cerca elétrica, ronda diurna e noturna, câmeras.
Estou vivendo dentro de um espelho. Meu marido, disse: Mande embora as duas!

-Não! Preciso tanto delas! - Houve uma discussão saudável a respeito............................................................................................................................................
..............................................................................................................................................................

-Louca? Esse mundo é o lugar, que me serve para viver.

Tudo aqui nessa casa se reflete, na verdade, a uma vida que se fosse real não me serviria.
Portanto, esse roubo não me foi Real. Deixarei que o ladrão se auto esconda, como o fez. Se entregou, não compareceu à sua rotina matinal.

E eu? Felicíssima com a canção do Zé. Preciso aceitar como generosidade e graça. Assim, não me estressei nem perdi a graça que me encontrara desde ontem a tarde ate o momento.

Enquanto isso, eu mesma continuo limpa e correta, que não roí um homem, sou mulher que sorri e rir. Não me cumulo toda por um fato banal, mas trágico de um ser humano.

aprendi que dinheiro vai e volta, que amigos se vão e vai chegando novos...

Um dia, o roubo mais banal há de ser descoberto. Fica o sol de fim de tarde como testemunha.


quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Ganhei, foi mais feliz assim



Eu juro!


Sempre gostei de Zé Ramalho, desde a infância quando minhas tias choravam com seus muitos amores recalcados.
Cresci amando o Zé. Pude por diversas vezes, como hoje e sempre, comprar quantos e quais CDs desejasse. Não sei explicar por qual razão não o fiz.
Certa vez na casa de um amigo, em ritmo de festa, tocou o Zé (Chão de Giz), depois, (Garoto de Aluguel) , continuei sempre amando essas canções.
É como se eu pudesse, mas no intimo, quisesse ganhar. De forma simples, escondendo todo meu lado emocional. Certo modo, expressa meu lado trágico de sonhar, de sofrer.
Não estou falando de um olhar psicológico, isso me impacienta, é um instrumento que tenho que transpassa. Acho que desde a adolescência eu saíra do estado psicológico.
Quero viver, deveras muitos fatos. A simplicidade, a felicidade.
Minha aventura maior, nunca se realizara em mim. Só o meu destino pessoal era o que eu conhecia. E o que eu queria.
Fiquei tão feliz em ganhar a musica. Fiquei me questionando como existe pessoas que se prestam a fazer outros felizes. Talvez nem tenha a dimensão de como me deixou feliz, de como o sol teve mais beleza nessa tarde. De quantas lágrimas de alegria derramei ao ouvir a musica. Existe sim, choro e felicidade. Dentro da minha espécie estarei sendo perfeitamente humana.
E não me julgues, o ser humano como um todo, não é normal. Ser humano é ter sentimentos. Os sentimentos são muitos, a vida toda, a todo momento. E esse sentimentos são, muitas vezes, inevitavelmente contraditórios. A contradição faz parte da vida.

E não tentes me entender, que de fato, sou um mistério. Me lerás nas entrelinhas, mas só conseguira me ter, na simplicidade.

Quero muito te agradecer pelo presente, com um abraço de mãe, de filha, de amiga, de distancia, mas como ele, sempre, criador de um novo e novo amor.


quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Quem poderia ele ter sido ?


"Todos somos iguais perante a Lei". Constituição Brasileira.

Vivia reclamando aos quatro ventos e quantos mais tiverem, que fico indignada em ter de pagar pensão alimentícia a ex-marido. Isso é ridículo! Mas, pago! É descontado em conta corrente com data e hora marcado. Isso porque ate hoje, não tive paciência de pedir uma Revisional de Alimentos. Mas se todos somos iguais, por que muitas mulheres, optam por ter família, filhos, cuidar da casa e afazeres domésticos e no final do relacionamento, custear um dinheiro como sustento próprio? Não estou questionando os direitos dos filhos. Falo das questões judiciais que se emperram por esse Brasil afora. Sempre recebo muitas criticas em função de "pagar" um ridículo valor a essa pessoa que, em alguns momentos não foi tão ruim na minha vida. É que o desgaste e a magoa predominaram no casamento. E o que tento dizer, não tem muito com minha vida particular, vim de uma resposta no post da Sara, http://ospensamentosdeeueela.blogspot.com/.

Muitas vezes a mulher acusa o marido da falta de dedicação à família, excesso de trabalho, e encara os amigos como inimigo. Esquece contudo que esse "inimigo", proporcionou condições de vida favorável a família. Porem, a mulher vai relembrar diversas vezes o fato dele não ter podido ir ao evento de formatura do filho, vai recordar as noites que o marido não passou em casa, et cetera.

Mulher. Você não perguntou ao seu marido, se foi difícil dormir em lugares que ele não gostaria de estar? A impotência em não poder acudir a filha com terror noturno? Acredito que a relação não era tão ruim assim. Ele, pensava em proporcionar o conforto material para todos.

Mas
você nunca o deixou confessar seus medos e inseguranças do trabalho. Tenha sempre o reconhecimento como habito. Assim, você não usará uma mascara de inocente por tantos anos.

Sou imparcial, coloco-me no lugar do outro sempre. Isso não é utopia. Estou aqui tentando dizer o que meus pais viveram.

E costumo dizer aos meus amigos que estou mais feliz hoje do que estava naquele momento da minha vida. E que por 10 anos me sinto no dever de paga-lo por me proporcionar momentos bons que passei ao lado dele. Os ruins, eu devo ter sido cúmplice em algum momento. Se o ex acredita que recebendo valores monetários estará sendo beneficiado por mim. Então que receba. Afinal de contas, meus filhos são seus e não os teria gerado sozinha. É como recompensa.

Louca? Por quê? Está tudo bem comigo!!

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Parabéns minha pequena!

Ebaaa, fiz dois aninhos ontem! Meu papai esteve comigo, meus irmãos e muitos amigos!
Adoro ir para a chacara, lá posso brincar com os cachorrinhos, ouvir os sons das araras, tomar banho de piscina e pular na cama elastica...

Parabénssss, Louise!! Minha caçula querida. Estamos felizes por você, por sua saúde, energia e carinho pelas coisas simples e esquecidas...Folhas...Como adora catar folhas do chão e deitar sobre-as.

No inicio eu achava estranho, mas deixava que fizesse, vez outra, era picada por formigas. Chorava, mas repetia a cena.


Alguns amigos sempre vão no socorro para dizer: 'Não" Isso é sujo!

Eu desminto! Não tem nada de sujo que a agua não possa tirar. Se você quer deitar sobre folhas, pode deitar...

Mas nunca havia pensado sobre o quão grande é o prazer de uma criança que completara ontem 2 anos, deitar sobre folhas...

Parece ser macio, ou deva ser o som do estalar das folhas secas.

Nessa situação, o que fazer com uma coisa que não se conhece? Eu permito! é incompreensível pela minha consciência e pela consciência dela. Há um entendimento que é nosso, individual, mas que nos ultrapassa e que não captamos. Mas, existe. Ela adora bichos, eu permito! Permito os abraços, os beijos, os carinhos, os mesmos dedicados a mim.

Só teme os bichos quem teme a própria animalidade. Vou deitar sobre folhas, sentir o que à acrescenta. Outro dia li um texto recebido por e-mail sobre folhas secas, que somente remete a lixo e caem das árvores, levadas pelo vento.
Penso que o vento deve ter um objetivo por derrubar tantas folhas. Deve sentir dó ou prazer em ver a pequena Louise deitar-se e em prazer absoluto, rir em euforia.

Eu não quero saber da resposta do vento. Que continue a soltar as folhas secas das árvores, me dão prazer em junta-las, nos dão o prazer de um sorriso inocente.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Feliz seja Sarah, se conseguir...

Ontem foi aniversario da Sarah! Meu grande amor, minha princess, como gosta de ser chamada.

O presente no mínimo foi inusitado - "Mãe, quero uma bíblia"- Bíblia?? Como assim??

-Nao vai me pedir algo do 'Jonas Brother', 'Camp Rock' et cetera??

-'Não, mãe, prefiro a bíblia!

Fui la e comprei o livro mais vendido do mundo.

E dediquei assim: " Filha, que este livro te livre do pecado, ou o pecado te livre deste livro".

Algumas pessoas ao ver o presente, disseram:

Ah, Julie, sacanagem, como que tu compra uma bíblia de presente para ela. Criança gosta de brinquedos...

Cara, não acredito que tu deu isso prá ela e, fulano...Olha a dedicatória...

Sabe, aquilo me deixou pasmem com a descrença ou o efeito moral do presente.
Como assim?? é bizarro uma criança pedir uma bíblia? E mãe será mais bizarra ainda?

Qual o preconceito então? Quantas mascaras querem que meus filhos usem, para compor a falsária sociedade?
Metafórica ou simbolicamente, dedicatória de opção dei a ela.
Comparo toda essa prosa de ontem uma mascara como forma do homem não expor sua personalidade a qualquer um, de modo a preserva-los a si mesmo, retraindo sua própria ignorância e estética da moda atual. A chamada caretice.

Comparada a mascara de oxigénio das aeronaves..."Caso ocorra uma despressurizaçao, se houver uma criança a seu lado, coloque a mascara primeiro em você e depois nela." Ate aqui parece uma fragilidade necessitando de uma assistência: Fortaleça-se e ajude-a a proteger-se.

Falta em nós pessoas, uma identificação em relação a si mesmo, essa tentativa de preservar-se dos outros, não parecendo fora de 'moda'. Por um lado, cumprem a função que lhes é destinada, a de esconder para os outros a identidade de quem as utiliza.
Eu não quero que meus filhos sejam co-autores do clássico de Alexandre Dumas, o homem da mascara de ferro, trancado por um cadeado cuja chave não possui, na verdade é um instrumento de tortura e aprisionamento.
Minha filha, tenha escolhas, não se deixe contaminar pelo modismo da sociedade. A simplicidade é o nascimento da felicidade.
Feliz aniversario por ontem. Te amo.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

A metade socialmente legitimada.


A barra é pesada. Sei. Quem conheceu o delírio dificilmente se habitua à antiga banalidade.
Com o casamento o amor sai do marginalismo, da atmosfera romântica que envolvia, para entrar nas trilhos da institucionalidade. Torna-se grave. Agora é construir um lar, criar filhos, educa-los ate que, adultos, abandonem a casa para fazer a própria vida. Ou seja, se tudo correr bem, tudo corre mal. Mas, não radicalizei: há exceções - e dessas exceções vive a nossa irrenunciável esperança.

Assim fui criada, ouvindo, fingindo aceitar suas palavras...

O amor para atingir a ignição máxima, a entrega total, deve estar condenado.
O espírito humano não está preparado para tanta realidade.

Carimbado e abençoado, o novo casal inicia sua vida entre beijos e sorrisos.
E entre risos e risinhos dos maledicente, a simples assinatura do contrato já muda tudo.
O alivio se confunde com o vazio, e agora você prefere morrer, à aceitar vossa felicidade.

MORRA!

E, diz que eu não posso mais morar ali, porque ainda esta viva! O imóvel é seu!
E isso tudo em inglês, educada, mas energicamente. Existem outros olhos no corredor voltados para nós. Eu somente rezo. Rezo em inglês...
Mas seus olhos me repelem.
Toda guerra uma hora há de ser santa!

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Minha verdade me difama!

Quero agradecer aos meus melhores amigos (incluem-se os virtuais), que me animam quando a vida inevitavelmente me desencoraja, e sempre comemoram minhas vitorias como se fossem deles. Obrigada pelo carinho, amor e ser amigos.

Tenho uma frase que sempre repito: '
Não cultivo amizades, cultivo amigos'.

Passei dois dias muito
agradáveis tomando banho de cachoeira, piscina e em contato com o que mais prezo na vida. Plantas, árvores, bichos, rios e igarapés. Sensação de total paz quando nesses lugares.

Como nem tudo é totalmente como desejamos,
não me vendo por prazer, versus, chateaçao. Não gosto que me ofereçam prazer em troca de aguentar chateação de pessoas bêbadas, viciadas em drogas e, cheias de vícios que desencoraja qualquer Messias.

Minha verdade me difama. Me
corroí a alma quando tentam me convencer de sua esperteza, da desonestidade.

Sempre acreditei que se corrige erros, erradicando os
vícios, assim como, não acredito no crescimento de nenhum ser humano, se este, antes de mais nada, não tiver a honestidade latente na busca do melhor para si e para os outros.

Estávamos em vários carros, a opção de volta do lugar, podia-se escolher marca e modelo de carro diferente. Mas, escolheu o meu! Porque todo ser com espírito de discórdia, escolhe aqueles que exala a paz e amor.

Eu expliquei que meus filhos deveriam voltar comigo! E que ao ultrapassar o limite de
ocupação do veículo, eu poderia ter problemas com a guarda rodoviária.
Nunca tive de falar aos meus filhos sobre o errado. É errado e pronto! Bom senso!

Mas, para estragar a magia e o lugar, essa pessoa fez
escândalo, jogou na "lata" que cedeu o lugar para a festa da Julie, que esteve lá pessoas que ela nunca havia visto na vida e que, ela tinha o direito de escolher como e qual carro deveria voltar. Sentou-se como uma criança mimada no chão e chorou.
Não sou e, ainda pendente de ler a Bíblia. Esforcei-me com paciência em entender e controlar toda aquela situação que eu escolhi estar.

Entristeço-me,
não gostaria de ter ouvido que sou muito "licita", para estar com a amizade dela.

Sei que existem
padrões que não aceito, mas cultivo a honestidade como espelho aos meus filhos. Mas se temos que mudar uma vida, uma atitude, um comportamento, temos que erradicar os vícios que cresceram conosco. De uma sociedade com cara de honestidade ruim.

Eu sou contra meus vizinhos que roubam TV a cabo e ainda se glorificam por isso, que roubam
águas, luz e ainda reclama que paga caro!
Dos amigos que tenho, que jogam lixo na rua e, nas piores chuvas nos meses de
Janeiro a Junho, colocam a culpa nos pobres dos bueiros estarem entupidos.

Dos que roubam de si
próprio. Que oferecem como compra de amizades, requisições de combustível (vale combustível) de sua própria empresa. Considerando que a empresa é de seus pais e não sua.

Cansada de sua dignidade humana. Eu cansei de você!
E mesmo assim, tive que molhar a
mão do guarda de transito. Você foi o motivo da corrupção!
E te
deleto, porque o que não me agrega, me diminui. Você nunca mais roubara o espelho da minha casa.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

As percepções de Fernando

Alguns deverão pensar: "A Julie esta numa fase de escrever"!. Não é nada disso, é que estou numa fase de repouso do físico e o melhor, em casa!!
Estou curtindo minhas borboletas, meu lago com carpas, molhando minha pequena floresta e lendo muito sobre reprodução de plantas.

Mas nem foi por isso que apareci logo após um post de indiferença humana, bem ai, abaixo...

Estou aqui para homenagear um amigo, Fernando.

Hoje cedo, meu filho encontrou a roupinha do Super Homem dele, nem serve mais, mesmo assim, conseguiu entrar nela. Ficou ilário porque as coxinhas tentando ser musculosas, naquela lycra azul...A irmã disse: "Thomas, deixa de ser ridículo, ainda gosta do Super Homem! (coisa de pré-aborrecente, não?)

Ouvindo a conversa, não poderia deixar que as frases de sua irmã o abatesse, retruquei - 'Ele não esta com a roupa do Super Homem por ser forte e poder voar, mas por sua luta em busca da verdade e justiça, não é meu filho?

E por quê a homenagem ao Fernando?

Bem, estávamos outro dia conversando sobre fatos e comportamentos de uma amiga em comum, que se camufla através das drogas. No qual temos muita admiração por ela. E num trecho de nossa conversa, ele me perguntou: "Julie, assistiu ao filme do Rocky 5? Disse-lhe que não.

O Rocky não se importou em ganhar a luta no fim do filme, ele não queria ser nocauteado. O importante não era bater e sim, apanhar e continuar lutando.

Hoje, refleti sobre o que ele me falou e resolvi deixar esse post em sua homenagem.

Não se trate apenas de ganhar ou perder, e sim como se compete.
E nossa vida não é um jogo de ganha x perde. Mas aprender, como se compete para não ser nocauteado por aqueles, que não nos inspiram ao simples, como no texto anterior.

Fernando. Que bom que consegue filtrar dos filmes coisas tao bacanas. Parabéns. Ser chique é ser simples.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Pensamento de um amigo meu!

Tenho muitos amigos. Tantos sóbrios quanto modernosos. Os que chegaram a pouco tempo, dizem adorar minha energia, minha alegria e meu jeito 'nada convencional' de viver. Apesar do meu esforço e sobriedade, sempre tendo passar à eles, que não me importa muita o pensamento alheio. Que não gasto energia pensando o que os outros pensam de mim. Porém, mesmo diante de circunstancias estranhas, tendo me desvendar àqueles que tentam me decifrar. Sinto dó, em ver o desespero alheio.

Hoje, ofereci os serviços da agência de viagens de um amigo, a um outro amigo que viaja toda semana. Perguntei à ele se estava satisfeito com a agência que o atende. Ele me agradeceu e disse que agora compra tudo pela Internet e cartão. Deixei-lhe uma beijoca do ecomotion e fui teclar com outros...

Dai a poucos minutos recebi a seguinte mensagem: "Julie, se você tivesse a mesma batida que tem em ajudar os outros e, passasse a ajuda-la a controlar melhor sua vida, a se vestir melhor, já que para você comprar não é problema. Tenho certeza que você viveria melhor e resolveria seus problemas mais fáceis. Nem sempre é valido estar ajudando as pessoas".

Confesso que fiquei pasmem e, passado alguns minutos, respondi:
"Tá...obrigada".


Não tenho o menor interesse pela moda e por isso raramente compro roupas novas. Acho total insanidade a moda sair da moda, e voltar à moda com base exclusivamente na opinião de que algumas pessoas acham vendável.

A propósito o mercado mascara a moda, apresentando-a como modernosa.
Mas, fui mais profundo nas ideias. Descobri que algumas pessoas passam a maior parte do dia, preocupadas com a opinião dos outros a seu respeito. Se ninguém se preocupasse com o que passa na cabeça dos outros, seriamos mais eficientes com nossa vida. Eu sempre dizia quando estava no consultório, aos meus clientes: "Vocês não precisam se preocupar com o que eu penso, bom ou ruim eu terei de falar o que penso".

Graça ao ...fulano... Eu não rompi o direito de não me autoavaliar. Continuarei crendo, aceitando que meu estilo de viver é a melhor opção para mim. Minhas roupas são sóbrias, a custo baixo, diferentes em meu corpo e espírito. Foi um presente tangível e perfeito que recebi dele, pois alimenta que minha humildade não está nos modernosos, e sim nos sóbrios. Que nunca saem da moda, porque são feitos da essência.

Talvez eu tenho entendido os roupantes da minha mãe!

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Resposta ao Meme 30&Alguns

Adão, se liga na missão! hehehe...
Recebi do Adão a missão de responder o Meme da Veridiana.
Quero o fazer de maneira humorada, já que estou na fase virada da lua...Ótima!!!

3 coisas relacionadas à época antes de chegar aos 30 & Alguns;

Aos 18 comecei a voar de Asa Delta, isso me deixava feliz pois tive ao meu lado como mestre o Waltinho e Alpaine, e amigos pilotos de voo-livre considerados os mais experientes do mundo.

Aos 19 fui mãe de uma menina linda! Uma fase de "aparecer". Pintaram alguns contratos de patrocínio famosos e, entrevista ao fantástico como "as mães radicais".

Aos 25 resolvi virar nômade e conhecer o mundo. Umas das maiores riquezas culturais que tive a oportunidade de ter foi, fazer o caminho de San Thiago de Compostela, fiz os 800km, e dormi em fazendas de maravilhosas paisagens. Fui ao Louvre e não consegui conhecer todo o Museu. Muitos turistas e filas enormes de horas...E não vi nada interessante na Monalisa. Comprei uma terrinha em Itamontes-MG e plantei algumas árvores e morangos, fase feliz da minha vida! Já comi Jabuticabas no pé, ficava toda roxa.Humm...que meme delicioso em responder, me levou a fases indescritíveis...

O que esperava da sua vida aos 30&Alguns;

Não pensava nos 30 anos. Vivo cada dia como o único. Serei (penso eu) uma eterna adolescente, alegre, viva!

3 realizações aos 30&Alguns

Ganhei prémio na escola dos meus filhos como reconhecimento à "educação e respeito como educação de jovens futuros" por meus filhos. Isso me fez acordar para o meu dever sempre a frente na educação deles.

Venci uma cirurgia complexa onde teria somente 10% de chance de vida. Estou viva!!

Me apaixonei, sofri, fiquei solteira, voltei, separei de novo, e estou feliz, juntos!

E espero morar numa casinha simples, sem luz, ter que apanhar agua na cacimba, aprender a fazer croche, plantar árvores, bambus (que adoro), flores e morrer nesse lugar, em Itanhandu sul de Minas.


Não tenho grandes realizações. Já vi e vive o bastante para entender que o simples, é o mais belo na vida!
Eu só busco o menos, que me deixa sempre mais.



domingo, 27 de julho de 2008

A Pessoa Errada

Pensando bem, em tudo o que a gente vê, e vivência, e ouve e pensa, não existe uma pessoa certa pra gente. Existe uma pessoa, que se você for parar pra pensar, é na verdade, a pessoa errada. Porque a pessoa certa faz tudo certinho: chega na hora certa, fala as coisas certas, faz as coisas certas.Mas nem sempre precisamos das coisas certas. Aí é a hora de procurar a pessoa errada. A pessoa errada te faz perder a cabeça, fazer loucuras, perder a hora, morrer de amor. A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar, que é para na hora que vocês se encontrarem a entrega seja muito mais verdadeira.A pessoa errada, é na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa. Essa pessoa vai te fazer chorar, mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas, essa pessoa vai tirar seu sono, mas vai te dar em troca uma inesquecível noite de amor. Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado, mas vai estar toda a vida esperando você.A pessoa errada tem que aparecer para todo mundo, porque a vida não é certa, nada aqui é certo. O certo mesmo é que temos que viver cada momento, cada segundo amando, sorrindo, chorando, pensando, agindo, querendo e conseguindo. Só assim, é possível chegar aquele momento do dia em que a gente diz: "Graças a Deus, deu tudo certo!", quando na verdade, tudo o que Ele quer, é que a gente encontre a pessoa errada, Para que as coisas comecem a realmente funcionar direito prá gente.
Nossa missão: Compreender o universo de cada ser humano, respeitar as diferenças, brindar as descobertas, buscar a evolução.

Luís Fernando Veríssimo

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Precisa mesmo de um Psicologo?

Cheio de problemas, um cara vai ao Psicólogo:

- Doutor - diz ele - estou com um problema. Toda vez que estou na cama, acho
que tem alguém embaixo. Aí eu vou embaixo da cama e acho que tem alguém em
cima. Pra baixo, pra cima, pra baixo, pra cima... Estou ficando maluco!!!
- Deixe-me tratar de você durante dois anos - diz o Psicólogo.
Venha três vezes por semana, e eu curo este problema.
- E quanto o senhor cobra? - pergunta o paciente.
- R$ 120,00 por sessão - responde o Psicólogo.
- Bem, eu vou pensar - conclui o sujeito.
Passados seis meses, eles se encontram na rua.
- Por que você não me procurou mais? - pergunta o Psicólogo.
- A 120 paus a consulta? Um sujeito num bar me curou por 10 reais.
- Ah é? Como? - pergunta o Psicólogo.
O sujeito responde:
- Por R$ 10,00 ele cortou os pés da cama.

Simplicidade é tudo na vida.
'Muitas vezes o problema é sério, mas a solução pode ser muito simples!'

Meu tema.



"Meu tema é o instante? meu tema de vida.
Procuro estar a par dele, divido-me milhares de vezes em tantas vezes quanto os instantes que decorrem,

fragmentaria que sou e precários os momentos - só me comprometo com a vida que nasça com o tempo e com ele cresça: só no tempo há espaço para mim."


Clarice Lispector,
Agua Viva

terça-feira, 22 de julho de 2008

A vida que chamo de NADA



Dar a mão a alguém sempre foi o que eu esperei da alegria.
E não falo somente do "dar" em valores, objetos. Um simples e caloroso gesto de doar-se em palavras, já alivia a alma e acalenta o desejo de continuar nesse mundo revolto, mutante, fragmentado.

O que eu vivi arrebenta minha vida diária. Desculpa eu te dar isto, eu bem queria ter visto e ouvido coisa melhor. E você tomou o que vi, livrou-me da minha inútil visão e pecado inútil.

Sentei-me ao lado de bandidos - eram todos do Estado de SC - meninos jovens, cabeça raspadas, algemas para trás, a mais de três horas sentados com a bunda quadrada (penso eu), aguardando para ser ouvidos pela promotora de acusação e juíza da Vara Criminal. E cometi o crime!

Meu crime não possui promotores, juiz nem algemas - apenas palavras de uma verdade que não faz sentido. Essa grandeza do mundo me encolhe. Aquilo que provavelmente pedi e finalmente tive, veio no entanto me deixar carente, como uma criança.

Tão carente que só o amor de todo universo por mim poderia me consolar e cumular. Sinto que uma primeira liberdade está pouco a pouco me tomando...Pois nunca ate hoje temi a falta de bom gosto.

Meu coração se inclina humilde e eu aceito. Mas, será esse meu ganho único? Quanto tempo precisei viver presa para sentir-me agora mais livre, somente para não mais recear minha falta de estética e postura, ao sentar ao lado de bandidos.

Eu me pergunto: se eu olhar a escuridão com uma lente, verei mais que a escuridão? a lente não devassa a escuridão, apenas a revela ainda mais.
Essa casa onde em semiluxo eu vivo, é capaz de alargar em silencio e provocar acontecimentos.

Sou agradável, tenho amizades sinceras, e ter consciência disso, faz com que eu tenha por mim uma amizade aprazível, o que nunca excluiu um certo sentimento irônico por mim mesma, embora sem perseguições.

Mãe, viver não é coragem!

Saber que se vive é a coragem!


sexta-feira, 18 de julho de 2008

A grandiosa indiferença...


Eu era isto que estava existindo dentro de mim?

A grandeza infernal da vida é bem maior, é indelimitada.

Pois nem meu corpo me delimita! No inferno meu corpo não me delimita, e a isso a chamo de alma!

Viver a vida que não é mais de meu corpo, e a isto chamo de alma impessoal.

E minha alma impessoal me queima! Uma alma que não é minha. Mas, juntos aspiramos uma paz que não pode ser nossa!

E porque minha alma é tão ilimitada que já não é eu, e porque ela esta tão alem de mim - é que sempre sou remota a mim mesma, sou-me inalcançavel como me é inalcançavel o pensamento alheio.

O futuro, ai de mim, me é mais próximo que o instante já.

Eu e meu ventre somos infernalmente livres porque nossa matéria viva, é maior que nós.
Porque minha própria vida é tão pouco cabível dentro de meu corpo, que não consigo usa-la.

Minha vida é mais usada pela terra do que por mim. Toda a parte inatingível da minha alma é que não me pertence - É aquela que toca na minha fronteira com o que já não é eu, e a qual me dou. Toda minha ânsia tem sido esta proximidade inultrapassável e excessivamente próxima.

Estou sendo mais aquilo que em mim não é. Eu é que larguei mão, porque daqui pra frente estou indo sozinha.

Eu sempre tive fome do pouco, fome apenas do menos...

Voltarei magra, faminta e humilde, depois, nossa aparência será a mesma depois da morte.