terça-feira, 10 de maio de 2011

Castelo de ilusões

Pensando bem,nunca tive um segredo. Um amigo ate me questionou sobre o "nosso" segredo.

Meu segredo segrega o que eu tenho de muito em mim. Amor.


Minha mae me disse a tres semanas atras: Voce é muito romantica.

-Pensativa sobre o dizer de mamae. Sempre fui o averso das ideologias, tipologias que a sociedade aplica.

Sempre fui mais "vida pobre" que a vida que vivo.Como disse o meu poeta favorito:

Minha morte nasceu quando eu  nasci.


Estava resgatando do jardim um bambu orquidea, e voce me perseguiu o pensamento.

Nao sei explicar que amor é esse, mas recordar o que eu vivi entre as horas loucas e tristes, perigosas e sordidas, romanticas e futuristas, me sinto melhor.

Na ausencia dos que me consolam.

Exatamente, os cantos dos passaros, da imortalidade da vida. Eu vou, voce tambem e eles permanecem

Minha alma louca há de sair cantando, entre Amy, Lorena Simpson e seu pedido de desliga por favor.

Se soubesse o que me enfada, reagiria agora mesmo. Isso, sua monotonia de nao viver, de ser um reflexo de alguem.

De depender, depender...E eu, me destraindo em construir meus castelos, bem mais pobres e simples que dos ricos e bem nascidos.

Nao, nao cabe a mim o dever de te guardar comigo e se eu pudesse, te arrancava do pensamento e te proibia de percorrer meus caminhos. Mas a prova maior, nao somos nada e achamos que somos algo.


Somos sim, nem donos de nós, nem do que achamos que somos.

No silencio daquele rio, na areia molhada, nos pés descalsos e nas roupas como testemunhas, selamos o que nunca existiu.

Só os bebados, os amantes e os que morrem de amor, podem fugir por instantes, continuar vivo e falando para o que passou.

Vivo de soltar trilhas do meu ser para que alguém me encontre, uma vez que eu mesma não posso seguir-me, viro as costas para o meu caminho.

Essa consciência faz de mim uma pessoa boa, mas que opta pela maldade como personalidade, não como forma de vida.


Apenas sou o que encontrei de uma busca, no meu íntimo. Impressiono-me, ainda. Sou espectadora real das coisas, sou protagonista da minha própria vida.

Meu egoísmo me deixou longe e agora não me envolvo com um todo, sou eu e só. Faço o que acho certo, mas sou o que vejo de errado, sem lástimas.

Sou o resultado de erros, mentiras, mas minhas atitudes são desprendidas de um pré-conceito, pois não espero dos outros o mesmo resultado de pureza e sinceridade que encontrei numa busca de mim.

Ser má faz parte do que sou nunca do que esperem que eu seja.Porem, o teor da pureza dessa maldade me deixa em duvida do que realmente posso ser.Onde aparece tao expressivamente essa maldade?

Nas trilhas de alguns que seguem por pura inveja e maturaçao do nada, meu caminho com marcas de lascas e pedras do caminho, aquele mesmo caminho que um dia foi de ouro, diamante e luz.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Método

A concentração é uma consciência dual: é por isso que cansa. Porque ao se concentrar, você se sente exausto. E quando se gosta de algo, só penetra-lo profundamente já leva a uma consciência de ritmo que mexe com você.
O gostar simplesmente mostra que algo lhe serve; que o ritmo esta em sintonia com você existindo uma harmonia sutil entre você e o método. E ao gostar de um método, pelo amor do amor, não se torne avarento; entre nele quanto puder. Poderá usa-lo uma ou duas vezes por dia. E quanto mais você usa-lo, mais gostara dele. Só o abandone quanto o prazer estiver terminado e, procure outro método. Mesmo sabendo que nenhum deles poderá levar ao fim do caminho. E nessa viagem você terá de trocar de trem muitas vezes.
Um método vai te levar ate um certo estado mas depois dai, ele estará gasto.
Portanto, quando você gostar de um método, duas coisas devem ser lembradas: entre nele o mais profundamente possível, mas nunca fique muito apegado, dependente pois, um dia terá de abandona-lo. O prazer deverá sempre ser o critério. Se houver prazer continue; ate a ultima gota de prazer, continue...Um método tem que ser completamente expremido; nenhum suco deve ser deixado, nem mesmo uma gota. E seja capaz de abandona-lo. E escolha outro método que lhe dê prazer novamente. Saindo do estado anterior que ele poderá te deixar: APEGAÇÃO.
Muitas vezes tem-se que mudar, mas invariavelmente de pessoa pra pessoa. Isso muda.
Olhe-se não como um corpo, não como um rosto, mas como uma consciência. 
E se minha loucura o permitir ler ate aqui, prove do seu olfato. Prove, sinta. Fique perto de uma flor, deixe que o seu perfume o penetre. Depois se afaste da flor, bem lentamente, mas continue atenta ao perfume. Aos poucos você será capaz de sentir o cheiro da flor à distancia. E depois, sinta a ausência exatamente do lugar onde a fragrância estava a momentos antes, agora ela não está mais ai.
Essa é a outra parte do seu ser - a parte ausente, a parte escura. Se você puder realmente sentir a ausência do cheiro, se puder sentir que existe uma diferença, então há essa diferença. Tornou-se muito sutil, quase atingindo o estado da não consciência.
Não repita a canção de ninguém, pois não é do seu coração e não será essa a maneira de derramar  seu coração aos pés do divino. O amor.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Cartomance

Eu, por mim, confesso que não acredito na ciência das cartomantes. Sei que é prima legitima da astrologia. Mas, não sei explicar o porquê, sempre me encontro com uma amiga no carro pedindo este tipo de ajuda - Me leva no lugar tal...?

Ta bom, fui lá...A senhorinha disse tantas coisas da vida da minha amiga, coisas falsas e absurdas que desatei a rir la mesmo. Não foi nada agradável olhar naqueles olhos hipócritas me implorando o calar no afronta dos Búzios e cartas ou qualquer coisa que mencione aquilo.

De repente ela me disse: Você morrera de morte violenta: desastre, assassinato ou suicídio...Suicídio?

-Hum, e de doença então eu não morro?

-Não!

Eu não ri dos Búzios ou cartas, eu ri das falsas coisas que ela mencionava para minha amiga, tipo: Sua mãe esta com uma doença terrível ...a saber, a mãe dessa amiga esta morta desde os 14 anos dela...hihihihi...

Que o seu amante não irá assumi-la...
Mas pera ai, ela não tem amante, ela foi la pra saber se o marido tem amante.

Na saída, ela, a cartomante, pede que saíssemos pelos fundos de uma casa que mais parecia uma catacumba da arte crista primitiva. Tinha panos coloridos que me lembram os Ciganos, o piso de barro batido, e o fedor suportável mais irritante. Sua secretaria nos disse que a policia vive passando o pente fino nela pra ganhar uns trocados, por esse motivo deveríamos sair por trás. Mas, meu carro estava na rua da frente da misteriosa catacumba.

Fiquei pensando:  O conto do vigário nasceu ontem e a policia ainda não conseguiu extingui-lo. O jogo do bicho é um vicio infante e parece que em alguns Estados já esta liberado. E a policia nunca conseguiu paralisar suas atividades. Por quê?

Because, não é difícil castigar o contador do conto do vigário ou o banqueiro do jogo do bicho, mas é impossível extinguir a raça de tolos que teimam em ser enganados. E quando não houver mais as cartomantes eles inventarão alguém que os engane.

Nao perca seu tempo Policia, use-o em coisas mais úteis.

E voltando à  minha morte, já escapei de queda de avião aos 9 anos, já capotei quatro vezes na ponte Rio-Niteroi, já fui alvejada no carro por assaltantes (não fui atingida) e quanto ao suicídio, nunca pensei nesse martire...Morrer, todos iremos, ninguém vive pra sempre
...Como disse Camões, outros teimam em dizer que a frase é de Fernando Pessoa:

VIVER NÃO É PRECISO, NAVEGAR É PRECISO...


Uiii, que medo!!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Mosquito no lixão

Hoje quero falar de coisas especiais. Muitos têm nojo. Vou falar dos mosquitos, eles são antigos meditadores que sucumbiram. Por isso não querem que ninguém tenha paz quando encontra o silencio, que me é tão necessário.
E isso não é novo, estão por todas partes, inclusive nas antigas escrituras eles são mencionados. Particularmente nas escrituras jainistas, pois o monge Jaina vive nu. Pode acreditar, estou lendo um livro muito interessante sobre o assunto. Pena eu não poder viver nua, vão me internar. 
O desejo é bem latente, imagina eu seguindo as instruções do livro! Ter atitude de se entregar aos mosquitos e aceita-los. Esta é a suprema perturbação. Se conseguir vence-la, não haverá nenhuma outra dificuldade, nenhuma dificuldade maior.
Destas lições que leio o problema nunca vem de fora, vem sempre da irritação interior.
Minha mãe teima em dizer que que sou tão, tão diferente dos outros...
E a ciência diz que temos 7 bilhoes de espécie de mosquito em todo o mundo, fazendo a divisão pelos habitantes...já pensou se somente os meus vierem me visitar?
Vou experenciar novamente coisas que possam me deixar em outro estado vivo. Viva, pra sair na chuva com os pés descalços permitindo que outros seres que se esvaíram nas águas penetre também nesse corpo que a qualquer momento pode se tornar o resto no lixao. A natureza é tao perfeita que tudo se torna especial nesse mundo tao cheio de coisas comuns. MOSQUITO, to esperando por voces!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Onde mesmo é esse lugar?



 Conheci cada letra do seu alfabeto, conheci o vento rumorejar em cada escrito com avido e brilhante um coração ansioso. E toda força do que sentia me fazia planejar uma nova aventura que nunca aconteceu.
O verdadeiro amor é suicida. E para atingir a ignição máxima, deve ser condenado: a consciência da precaridade da relação possibilita mergulhar nela de corpo e alma, vive-la enquanto morre e morre-la enquanto vive, sendimentando o espírito. Esperar que a montanha russa se acabe no ultimo girar dos corpos.
E é necessário que acabe como começou, de golpe cortando rente a carne, entre soluços e agonia, querendo e não querendo que acabe, pois o espirito humano não suporta tanta realidade, como falou um poeta maior sem que eu reconheça seu nome.
Quem conheceu o delírio dificilmente se acostuma com a antiga banalidade.
Não era verdade o sonho?
E assim é: a mais delirante paixão, como se a felicidade não pudesse ser verdade.
Mas então esta tudo acabado? Tudo impregnado na ausência do sonho, que é agora uma agulha escondida em cada roupa e te fere, inesperadamente, quando abre a gaveta. A Náusea. O livro de Sartre. E te fere não que ali esteja o sonho ainda, mas exatamente porque não está: esteve.
É preciso esquecer, tolerar a rotina do dia a dia, tolerar o passar das horas inercia, a conversa burra, o cafezinho, as noticias do noticiário local...e o mundo é incomensuravel de inutilidades.
O amor é uma doença como outra qualquer, que se ama ate o que não se conhece.
Continuo a dizer: mente confusa, existência confusa, textos confuso. Há porem, exceçoes - e dessas exceçoes vive a irrenunciavel esperança de viver o sonho. Cada qual tem seu gosto, sua cólera seu roteiro de prazer e dor.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Massacre em Realengo

Provavelmente já tínhamos marcado um basquete para o final da tarde de sábado...
Aquele gatinho me ligou...
Eu amo muito ela, mas ninguém sabe...
Minha mãe vai me dar o relógio Champion de trocar pulseiras...
Vamos assistir filme e comer pipoca no cinema?
Eu vou fim do ano conhecer Saquarema...
Professor eu passei?
Vai ter em julho o acampamento da igreja, vamos?
Tomou toco dela!!!
Ihh, vacilao!! hahahah...
Meu sonho? Ser professora...
Eu quero ser piloto de helicóptero...
E eu quero ser aeromoça...
Meu pai comprou uma boneca pra mim...
No final do ano meu pai vai me dar o playstation...

E hoje, nenhum de vocês estiveram `a mesa;
Nenhum de vocês estarão em suas camas;
Todos os rostos hoje estão com inchaço da tristeza;
Todas as lágrimas estão lavando as salas;
Minhas violetas murcharam;
Provavelmente, estão todos nesse momento na intimidade das violeteiras;

Nossas dores se repartiram e o sargento morreu sendo enterrado em sua própria terra;
Que nome devo dar a esse homem?

Como eu te amo homem!
Conseguistes parar a morte...

Podem me explicar que esse tipo de heroismo é resultado de uma total inconsciência do perigo. Pois quero que se fodha essas explicações...Para mim, o herói - como o santo - é aquele que vive sua vida ate as ultimas consequencias.

O herói redime a humanidade à deriva. Está vivo com sua esposa e seus dois filhos, mas encontra-se morto.

Morto entre nós, brasileiros, estarrecidos.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Oraçao

Um dia ou outro, é preciso chegar-se a um acordo com o proprio isolamento. Quando olho diretamente em suas luzes coloridas, ele muda de cor, muda de qualidade; seu sabor se torna totalmente diferente. Transforma-se em solidao; é solidao.
Entao nao é mais isolamento; é solidao.
O isolamento tem em si a miseria; a solidao tem uma expansao de estado de graça.
Eu nao posso abrir as portas do ceu e voce nao pode tornar-se silencioso antes de se tornar totalmente louco.
Nao existe ninguem que possa ouvir minhas preces, sou simplesmente um monologo. 
Estou orando pelo ceu vazio. Nao posso criar um paraiso pra voce, mas com minhas oraçoes posso criar o inferno para mim. Tudo vai depender do que eu suplicar. Porque a intelectualidade faz parte da estupidez, estou me descondicionando de voce...apenas uma suplica, uma suplica...

sexta-feira, 1 de abril de 2011

A sequencia quase esquecida de um sonho


Antes de começar a ler, coloque pra tocar a musica por favor, te peço e entenderá meus sentimentos.

Aos oito anos meu pai me colocou na aula de piano, aos nove estava tocando razoavelmente, nao lembro o nome da professora mas ela era indiana, brava e indomavel na perfeiçao, batia nos meus dedos com uma vareta e aquilo me sucumbia um odio mortal e eu nao podia demonstrar, no entanto quando isso acontecia eu tocava com toda força de uma criança. As teclas do piano da escola era de marfim e eu jogava aquele odio todo nelas, no final a tal professora dizia: Muito bom! Com aquele sotaque indiano. Eu sentia tanto odio, um odio de criança que me fazia com que a musica ivadisse cada parte do meu corpo.
Hoje, tocando essa musica que dediquei ao http://adaobraga.wordpress.com/ , espero que meus sentimentos de criança seja tolerado por essa musica e que o sentimento de uma adulta muito cheia de sorte e amor que sucedeu aos longo do meu caminho entre espinhos, farpas e algumas tabuas arrancadas nunca mais abandone o que eu mais tenho " o sonho" na vida. Tocar piano na sala de casa e entre as paredes todos os sentimentos se esvazie de um coraçao que ama, que ama demais a vida.
Tenho de agradecer aquela professora, que mesmo sendo uma carrasca nao me deixou esquecer um sonho.
E meu outro amor realizar. Te amo LRR.

terça-feira, 29 de março de 2011

As tardes no apartamento X As tardes no apartamento Trepado

Como deve ser triste a vida daquele homem.
Que tem mulher emprestada, sempre nas tardes que ele finge visitar seus clientes e sai com a chave dos apartamentos emprestados, colocando sua pele em lençóis dos outros. 
Amor não é tarde, amor é agora.
Mulher é sempre aventura para esses tipos de homens. Tudo é menor, mulher é menor, o que importa é dizer: -Amigo, toma tuas chaves essa já foi abatida! e sai com sua voz tenebrosa às gargalhadas. E o outro? Parece ter dividido a mulher para quem emprestou as chaves.
Quando eu ouço seus comentários, eu me transfiro para um pântano e de lá, me imagino com uma camada grossa de lama na costa que se mistura com meus pensamentos e meus atos.
Mas, logo você querida? Com ar de puritanismo?
Não- A outra que em mim mora. A que acredita no amor, na colheita de bons frutos.
Que sexo é branco, como uma folha de a4 branca. Que o céu pode ser realmente verde e não azul.
Que sou serva obsoleta de códigos masculinos.
Nesse ultimo, o ultimo que me emprestou a palavra " ética" foi meu advogado.
Não guardo meus defeitos para a intimidade, sou uma louca mesmo, acrescento o que muitos ja falam,
Trocando em miúdos, sou uma louca de pedra e lúcida de montanha ( amiga Elieda Giraldez que me diz isso)
É linda, embora inútil essa minha revolta dos amantes dos apartamentos das tardes da semana.
Fiquei sabendo que tem mais dois, que somam-se quatro que dividem as despesas do apartamento e la é o abatedouro das vacas despidas. Mas vamos crer que não houve nus em lugar nenhum. Não adianta.
Deixa eu escrever silenciosamente para mim. Se a cidade se despiu deve ser um nobilíssimo cinismo de o proclamar. Como é triste o nu que ninguém pediu, que amantes casadas não querem ver, que não espanta ninguém e que tem uma imbecil a deletar, perder tempo.
A merda toda é que a imbecil aqui, só quer dizer que por ai também começa a inconsolável solidão da mulher.
Queridas, como nas mensagens de carnaval desse ano: Segure uma camisinha e controle seu destino.
Todos sabem que sou muito ruim em guardar nomes, datas, caras e sempre troco o nome dos mais íntimos como num fenômeno parafisico que só a loucura mesmo explicaria ou o meu Dr. Henrique que sempre me diz: Você que esta me analisando...Agora estou dedicada ao piano que desde os nove anos não tocava. Depois de meus filhos serem meus poemas...Me encontro em novos poemas...
Desta mente confusa, dessa existência confusa, desses textos confusos que me deixam expirar, das linhas de viver creio que só resta mesmo uma conclusão pejorativa sou por formação natureza uma palhaça, muito, muito sem graça.

terça-feira, 22 de março de 2011

O perdão no Passado


Agora, mudando de assunto, vou escrever-lhe pedindo perdão. Perdão com humildade mas sem humilhação. 
Peço-lhe com a autoridade de quem sofre, de quem está profundamente só, muito infeliz, sentindo na alma e na carne a sua falta e das crianças. Essa escola tem me deixado com os nervos a flor da pele, se é o caso deles não existirem externamente na realidade. 
Embora minhas intenções sejam boas, sei que você não é dado às táticas e não sou boa nisso também em primeiro lugar e, em segundo você é demasiado perceptivo.
O que pode me deixar sair dessa realidade reativa de sentimentos péssimos e a certeza que esta acabando. Fui a primeira da turma de artilheiros. Já fiz sobrevôo de helicóptero e, passei em primeiro lugar. Mas estou receosa em ter que atirar em alguém. Preferia aqueles que me são inimigos pois, nestes eu teria a coragem de uma leoa para soltar-lhe uma bala na testa e colocá-los no saco de resgate assim, como, entregar-lhes o corpo para a família velar.
Não sei se teria a mesma coragem pra falar do meu amor por você olhando em seus olhos, encarar o perdão de não ter sido tão perfeita. Mas pra que a perfeição quando se ama?
Eu como mulher não soube ser tão doce? Tão carente e frágil como as demais?
Sou filha de ex-militar e tão morto quanto um corpo, não saberia o que fosse tão inconfessado e reprimido.
Eu te amo tanto, com tanta força que só poderia esgotar meu amor através do ódio. Não estando eu entendida que se trata de minha outra de mim. Sendo assim, o ódio pode-se transformar em amor.
Acabei dizendo, como na minha infância "não tenho culpa"...Meu irmão sempre pagava por estas...
Meu perdão chega quando nunca soube compreender a intensidade de um ciúme, sempre negado e profundamente escondido.
Se acusação há, é a mim mesma, e não me queira mal em querê-lo tão bem. Deus não interpretara essa carta como acusação intima, mas com a imaturidade, distração, falta de apoio nos pólos de equação.
Nessa noite, bebe muito e sente,  "a alma diária perdida" e que bom perde-la.
Estarei tão perto de você, te amando e te acolhendo que essa declaração esta tão ultrapassada pelo passado que riremos juntos, bebendo nosso vinho favorito e nos amando cada vez mais...
O importante é você saber...

sexta-feira, 18 de março de 2011

O sonho

Fui proibida de ser. Minha primeira pessoa está censurada e a terceira, ansiosa, pela espera terrivel de nunca mais me ver, eis o desejo da realidade, nao as do sonho. De mim, você não sabe nada. Só sabe o que eu o oriento a ver, sentir, atraves do que te é possivel. Ninguém se esconde para sempre.
Ontem, eu soube de voce, e te ouvi...
Então, me obedeça agora e teremos uma parceria perfeita. 
Feche os olhos e sinta comigo, nada mais verá a não ser o que meus dedos queiram que você sinta. Deixe-me guiá-lo e não se preocupe com onde irá chegar, chegaremos juntos. A qualquer momento pare, rasgue, esqueça, estou lhe desafiando a tentar. 
Conhecerá por meio de mim o que é o Meu sentir, o meu infinito de lembranças.
Tente voltar ao mundo dos homens, ao mundo do nada. Tente voltar ao rio sem a lembrança do que fomos.
O mesmo vento que me sopra a paz, violava meu quarto penumbra com um ar mistico e, carregado do que nunca, me convidava para algo que eu ainda não sabia dizer o que era. 
No escuro, alguém me seduzia e eu não queria que essa sedução acabasse, era meu vício.
Escuto ao canto do quarto, um som de sussurro... Discreto, de um tilintar de dedos em um isqueiro.
Volto meu olhos na tentativa de enchergar na penumbra da noite, na pressa que me faz querer vê-lo. E ali estava, o tempo todo, ao fundo, onde cuidadosamente planejado passei despercebida.  
Eu sentada elegantemente em uma poltrona com estampas de flores mortas, com as pernas inclinadas em uma posição soberba, como uma baronesa toda de vermelho. Colar de pérolas e cabelos soltos, longos e morenos, olhos mel maquiados e indecifráveis, parados olhando para voce.
Batom que nao uso, chamando seus olhos diretos para a boca que se faz carnuda para os desejos da piedade, em uma boca seca e indescritível. 
Ali, alojado confortavelmente em outra cadeira estava o sujeito de tudo isso: Voce. Parado e imponente, fazendo meu próprio jogo apaixonante. Eu estava sendo admirada e desafiada por mim mesma. 
Eu mandei, eu fiz, eu vivi, eu criei, eu sonhei: Tudo.
Agora lhe pergunto, querido e fiel amante do meus sonhos, que receava aos meus comandos e agora chega até aqui, com um só sentimento: Desejo. Quem é o sujeito, quem é o objeto, quem é que ler isso? Eu ou você?
Ah... Acredite, nós somos os três.
Precisamos amar de novo as arvores, as pedras, as nuvens, até chegarmos a nós mesmos.

domingo, 13 de março de 2011

A velha da nova mudança

Exatamente agora minha vida vai ser literalmente "dês-encaixotada e dês-etiquetada".
E os pensamentos foram bem mais longes do que os 800km que me separam do que eu queria.
O que me deixa confortavelmente filantropica é que acontecerá o balanço domestico e, com isso, tirarei muitos pontos de interrogação da cabeça. Primeiro que não é possível as crianças brincarem com tantas coisas. Bolas, bichinhos de plásticos, pelúcia, jogos, quebra cabeças, cartas de jogos exiladas de seus pares...aff...e na cozinha? Dá pra montar outra cozinha...
Será que meus filhos imaginam que assim como os próprios brinquedos os recursos do mundo são incontáveis, infinitos, estao muito alem da nossa capacidade de usufruir?
Como evitar que as coisas que compramos e ganhamos de presentes se transformam em pilhas de traças?
Ontem, assistindo ao Caldeirão do Huck, vi o quanto as "japonesas" não valorizaram o que ganharam no "Lar Doce Lar". Vi o quanto o ser humano não valoriza a natureza e no caso das "japonesas"a sua natureza terrena.
Fiquei me indagando que só aqui em casa são nove aniversários por ano, na sequência de um mês e meio o máximo o espaço de cada um. E o que fazer no final de cada festa de aniversário, quando cada um deles tem dezenas de pacotes de presentes pra abrir? Mandar metade dos pacotes para uma casa de caridade sem dar bola para o protesto do aniversariante? Fazer doaçao de brinquedos velhos e ficar só com os novos?
Mas qual criança, pobre ou rica, merece receber de presente boneca desgrenhada ou riscada, carrinho  faltando uma roda? A saída seria limpar um a um e mandar para o conserto antes de doar? E onde arranjo tempo pra isso?
E jogar tudo isso no lixo, o que faço com minha consciencia?
Não posso esconder de mim mesma o fato de milhões de crianças nesse mundo nunca tiveram um brinquedo sequer.
Por tudo isso, a comemoração dos próximos aniversariantes aqui de casa vai ser tomar um picolé e brincar de cabra cega na pracinha do condomínio. E tenho certeza que vamos nos divertir muito.
Meus filhos são uns anjos, de vez outra uns demonios, mas os amo tanto e quero que perpetue suas consciências para um mundo menos banal, beeemmm menos capitalista e cheio de mazelas pormenores.
E os detalhes de cada acontecimento que viveram com o muito, vão se apagando aos poucos e sobram na mente  cenas cada vez mais esfumaçadas, parecidas com sonhos.
Penso que já os rastros materiais das experiências infantis são duros, pesados, volumosos e numerosos.
Darei então uma forma mais leve de encarar essa vida, que louca, paira no desespero de sempre ter mais.
Teremos ainda menos para que o mais seja a esperança, seja o essencial e nada alem do necessário.
Adorando a nova morada e a nova cidade.
Mas confessável a saudade das quinquilharias que me iludia...mais passa...É a nova mudança.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Defensores da sinceridade...

Habilidade de adoçao de perspectivas: é a capacidade para se "colocar-se a si mesmo no lugar de outra pessoa" ou "ver o mundo através de seus olhos".Assim li em Piaget e Inhelder a uns 10 anos atrás.

Vou escrever sobre frases que já ouvi, outras através de confissões, espero que você que me lê se encontre a si mesmo quando tornar a ser parte disso. Algumas têm mais de 8 anos, mas lembre-se, eu não me esqueci de você. Tudo tem seu tempo certo de troca. Espero ardentemente que você não morra pra eu fazer as trocas necessárias. Eu cumpri com Piaget e Inhelder, e você?

COMPLETE A FRASE NO FINAL...

-Você quando quer, demoli severamente as pessoas.
-Você é a pessoa mais confiável que se possa imaginar
-Não te devo satisfações...
-Fazia as ideias parecem fáceis
-Tao bonita que faz as pessoas se espantarem com sua inteligencia
-Sua aparência não se encaixa com sua personalidade. Se arrume melhor, use marcas, gaste seu dinheiro com isso, o mundo só valoriza quem se veste bem, você não é igual a todo mundo...você é uma doutora...(diretor de um orgao do governo)
-Te amo tanto Julie, você não faz ideia
-Seu mundo livre não é o nosso...Vou te deixar...
-Pare de ajudar esse povo, eles não merecem, gaste com você.
-Isso é o seu juízo de valor, não o meu!
-Você é louca
-A literatura é um monte de bosta! Fica ai nos teus livros, eu vou embora
-O método que vou trabalhar com você é da "psicanálise existencial" - você usa sua liberdade pra se rebelar contra sua família, que quer somente te confinar pra te proteger dessas ilusões do mundo (psicólogo que mamãe contratou pra me entender...
-Não quero pagar ninguém pra descobrir quem sou...
-Experimenta só as vodcas...provei as quatros doses seguidas
-Cada ser humano é perfeitamente capaz de se compreendido
-Não há nada mais gostoso do que ter fugido pra Paris aos 16 anos
-Eu fico perturbado com seu silencio, fale alguma coisa!
-Há pessoas que dependem financeiramente de mim...
-O mundo hoje é um lugar mais pobre do que ontem
-Cada consciência busca a morte da outra.
-Você me faz mal, não quero mais te ver

quarta-feira, 2 de março de 2011

Minhas diversas satisfaçoes em viver


 A felicidade e a infelicidade são na verdade uma coisa só.
Porque depedente dos degraus que subimos e na maioria das vezes nós mesmos estacionamos nestes degraus com medo.
Esse ciclo descendente é absolutamente necessário, pelo menos me fez melhor depois dele.
Melhor pra mim e para alguns que me rodeiam. 
Tudo acaba e se transforma, nada dura nessa dimensão, onde as traças, os gafanhotos devoradores e a ferrugem que tenho alergia...devoram tudo.
Todas as formas são impermanentes. E como mamãe diz que eu incomodo tanto que ate o diabo quando me vê acordando pensa logo: Oh, droga, ela acordou!! E ganha outro rumo!

Ah que saudade de mamãe, já se fazem alguns meses que não a vejo. Ainda bem, assim consigo pesar (opinião própria) a felicidade  e a  infelicidade...Mamãe, no fundo a gente se ama mesmo...


Hoje recebi um email do meu ex-sócio, muito feliz que agora foi escolhido para representar a Fundação Dom Cabral -  http://fcd.org.br/pt/paginas/default.aspx

Fico muito feliz quando sei que alguém que eu estimo está feliz...decido me fazer feliz.

Aprendi de verdade como viver e morrer e como não fazer do viver e morrer um problema.




segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Sem pertencer ao todo

A liberdade exige coragem moral. E assim, para "os outros" a maioria desiste  de sua liberdade e torna-se uma coisa.

Mesmo "sobrevivendo"(sim, porque não vivemos) em um século considerado avançado, ainda sentimos o peso do preconceito existencialista, permitido claro, por nós mesmas - mulheres.

Falar sobre sua feminidade, sexualidade ou mesmo como conduz sua vida sexual e seus conceitos internos para o homem, ela é vista de forma humilhante, como fácil.

É, alguns não estão preparados para a inteligencia e independência e sentem-se intimidados.

E sendo bem consciente quando se trata de envelhecer a sociedade débil e tirana tem sempre dois pesos e duas medidas.

Encontrei a quase três meses atrás dois amigos viajando de moto, eu estava em uma cidade visitando, viajando sozinha mesmo e os encontrei no aeroporto.

Foi bem divertido, almoçamos juntos, relembramos uma situação que aconteceu no qual acabaram envolvendo meu nome. Foi algo sério (e que não aconteceu) mas foi uma fofoca perversa e infantil.

E rimos muito!

Tiramos algumas fotos na qual nunca tive acesso. Mas aquele momento foi tranquilo, divertido e masculino. Sim, totalmente masculino. Homem fala coisas diferentes. Eles não se preocupam com a marca da cueca, mas comentam sobre o tipo de creme dental que a mulher compra e nao agrada a eles.

Homem também comenta sexo com as amigas, mas eles não falam daquelas coisas que são tão indesejadas de ser lembradas por nós mulheres - celulite, as estrias na bunda , peito...ete cetera.

Eles simplesmente nao tao nem aí pra situação - o esperado não é citado, é sentido.

Fico pensando: por que nós mulheres nos prendemos tanto a modelos de beleza nos sacrificamos tanto pra estarmos sempre lindas, cheirosas (esse ultimo é requisito) bonitas e saradas se eles nem reparam na hora H. Eles gostam é de olhar a bunda das outras, os peitos e, desenvolverem suas fantasias. Isso é trair? Fantasiar é trair?

Estamos todos, nós humanos traindo.

Eu gosto muito de mergulhar no mundo da outra pessoa, tornando-o temporariamente meu. Como uma forma de sair de mim. Entendendo assim, o que todo mundo vê porem, entender coisas que ninguém sonda tão bem.

Talvez por ter me educado tardiamente em função do casamento e forçando-me a olhar o mundo com os olhos dele...Tenho me sentido muito feliz quando decidi sair daquilo que me diminui e sentir o que me acrescenta

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Qual o preço de viver mais?

No momento que digito fico imaginando o José de Alencar nessa luta diária e macabra entre viver e vencer.
Pergunto: Você deve se arriscar?

Não que eu seja cética, maluca, destrambelhada, como alguns afirmam com seus adjetivos mentais pobres e analfábeticos, ao contrario: A morte é a coisa mais segura e firme que a vida inventou ate agora. Minhas insônias só aguçam minha lucidez que é polida ainda mais quando consigo dialogar com uma professora que surpreendentemente me diz:

"Menina, não fazia ideia que você é esse turbilhão de coisas boas e aguçada inteligência. Fico te observando na sala e, você é a única pessoa que nao expressa absolutamente nada, sempre reclusa, por quê? Você parece funcionar à velocidade da luz e ao mesmo tempo uma letargia intrigante...

(detalhe: não to escrevendo isso por promoção)

Respondi: É que quero confundir os que não me conhecem. Serio que eu dou a impressão de estar sempre distante ou chapada?

Rimos...

Sabe o que é professora, na verdade eu evito a curiosidade alheia até decidir se estou interessada o suficiente para interagir com os outros.

Quando eu tinha 13, 14 anos, eu saia da escola e visitava cemitérios, achava divertido ler as lápides, saber que umas são mais bem cuidadas que outras. Pensar na vida daqueles que se foram, ler seus nomes, datas de nascimento e morte. Eu até namorei uma vez lá. O cara não gostou muito mas se meu irmão ou Pai me visse, ele era mais um deles pra eu visitar la.

Hoje não visito mais cemitérios,o tempo me tomou, mas se você ficar uns 15 minutos lá, vai perceber que sua dor não cessa, mas diminui.É a forma que assumia e posso reassumir novamente para aceitar meu vazio das coisas, tendo assim a consciência do nada.

Sem essa minha (como a professora falou) intrigante letargia e velocidade da luz, a vida não é suportável.

Mas ate que ponto você será aceito pelos outros com seu modo de ser, de se recriar diariamente?

Sinceramente, não espero mais.

Hoje vi que mais alguém é meu seguidor aqui no blog. É homem, me lembrou Zé Ramalho.

Espero que ele não seja mais um querendo voar para as profundezas do mundo dos meus textos, e indo bem mais fundo, muito pensativa, chego a conclusão que não existe nada mais difícil que entregar-se totalmente. Como quero ser sempre.

Talvez essa seja a dor humana mais fodha em se aceitar. Aceitar quem você é e, quem você quer ser para os outros.

Eu não sou a Amy Winehouse, graças a Deus, mas se fosse não te daria a mínima importância para o que você pensaria de mim.

Me veio a cabeça a minha avó Angelina.Que nunca deu um murro na mesa nem mandou o meu avô pra casa do caralho. E nunca vai reencarnar para viver novamente essa vida arcaica que ela teve de viver.

O pior que quando minha família ler isso ainda vai me julgar em está falando da vovó.

Como diz meu amigo cearense Valter: FIUK YOU BEIBE!!

Qual o preço de viver mais?

Eu queria muito esticar minha vida na terra. Porém, todavia...Um dia chega e chega.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O caco de vidro na sala de jantar

Melhor dizer que a flor e a abelha querem se encontrar - vida a favor da vida- vida contra a vida.
Nem mesmo confio na minha certeza de reencontro.
Prefiro acreditar que exista uma abelha perigosa, daquelas que te incha ate a morte devido sua agonia da alergia.
Esse reencontro será um rito fatal entre ambos. Melhor que não se cumpra.
As consequências deveriam ser o medo de uma rosa crescendo num cemitério.
O pior é que não sei como não ir. É o encontro temerário com a flor, com a abelha e com seu favo - mel ou fel?
Nada senão uma sala escuro cheia de pontos de interrogação.

Como existem pessoas carentes...cacete...me incomoda aquela farsa sagaz com penetração inocente. Nem mesmo saberia como fingir que não percebia...


Uns dizem me ler e não entender nada que escrevo.
E que foi que disse que escrevo de mim?

O Bial falando no BBB leu um texto do medo que o medo causa. Melhor não seria o ódio?


O plano se formou em mim cheio de paixões. Arranho-me com os galhos cheios de espinhos , e chupando os sangue dos dedos percebi que no meu tapete marrom da sala de jantar existe um caco de vidro que me espetou o dedo do pé, o esquisito eh que o sangue não externou. Fiquei apertando e nada, eu olhava atenta ao dedo pra ver o ponto de sangue que se formava. Queria ver a coragem brotar da lúcida viagem em chupar o dedo do pé também. Queria me explicar sem severidade, eu sofria pois a dor estava ali, mas onde estava a ferida?

Eu sentia o fel ainda escorrendo sem sair de si mesmo. E o tecido do pé continua grosso.
Me olhava no espelho gigante da sala de jantar e via minhas olheiras espantadas com a dor sem ferida.
Com certo horror via a a potencia da perversidade desconhecida. Eu queria ver o sangue, mas ele não brotava.
Irei ainda hoje, terei por insistência a recuperação do momento. Quero achar o caco de vidro que ainda esta lá.
Espero ainda exercer sobre mim uma tortura chinesa.
Saber com o decorrer da vida o drama do dia seguinte ira se repetir com o coração batendo.
É minha ignorância imposta e ficar com a ténue alegria mínima do condicional "quem quebrou algo aqui"?

Há mais uma lembrança: "Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem". Mário Quintana.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Diferentes caminhos caminhados que ficam pra trás

Fiquei andando pelas ruas vazias e quando o dia raiou eu estava na porta da loja de cd, louca que abrisse logo. Tinha escutado uma musica "...com você do lado...nada é real é tudo fantasia,saiba que eu te amo...amo noite e diaaa...Ao final, Jorge e Mateus...
Nunca fui de gostar especificamente de estilo de musica, gosto do que me agrada, seja musica erudita a cantaria de candomble...Enfim...

Primeiro chegou um cara que abriu a porta de ferro, depois a de vidro e por fim uma grade, depois outro que lavou a calçada e outros que arrumaram a loja.

A diferença que percebi foi que nenhum deles ao chegar foi ficar de bobeira ou tomar café, maquiar etc. Todos já chegaram e foram trabalhando. Nada de enrolar no expediente, trabalhao trabalho e clientes.

Puseram auto-falante pra fora ate que ao final do primeiro cd foi colocado uma musica evangélica e começaram a surgir de suas covas e se postaram ali comigo,mas quietos que numa igreja. Exato:Como numa igreja e me deu vontade de rezar, e de ter amigos, o pai vivo é um automóvel.
E fui rezando la por dentro e imaginando coisas, se tivesse Pai ia beijar ele no rosto, e na mão pedindo bençao, e seria sua amiga e, seriamos ambos pessoas diferente.

Com a perda do meu pai, perdi meu endereço intimo.Depois disso passei a viver como uma queda de braço.
A gente pode iniciar uma queda de braço de duas maneiras:no ataque, mandando vê logo,botando toda força no braço imediatamente, ou então ficando na retranca, aguentando a investida do outro e esperando o momento certo pra virar. Escolhi a segunda como opção em viver a vida. Sim. Mas, antes disso experimentei varias vezes a primeira.

Graças a Deus - que ele me perdoe (e se não me perdoar problema dele)- pela oportunidade de escapar daquela câmara de suplicio.

VIVER. Hoje o sol esta lindo! E bem cedinho, as 5:50 estava visitando o hangar dos Black Halk da Força Aérea Brasileira. Futura Tenente de lá...Uhuu.