O mais triste é que foi um beijo simples. Se virou de costa e foi andando. A gente nunca sabe quando vai partir. Como eu só conheço essa vida, não tenho me preocupado com a salvação que insistem que eu conheça em vida, como será o lado de la. Prefiro (nesse momento) esperar chegar do lado de lá e conhecer, pensar que se pode ter novas experenciaçoes de nova vida ou de nova morte, sem essa pressão de cárcere que me ofertam. Eis se eu partir será a morte.
Só não quero ter a dor de te perder ao fechar meus olhos, ao cair da lágrima, ardente e salgada, que deixa manchas no rosto, gélido, pálido e observado.
Não gosto quando recebo criticas de consolo, eu literalmente, escrevo o que sinto. Não espero o entendimento dos que lê. Não "estou" decadente, livremente falando da morte. Ela é um processo fundamental, devia ser entendida como conjunto de vida e de pensamento.
Quero ser o que já fui, mas discordo em mim, o que me tornei.Durante muito tempo não encontrava algo que me fizesse quebrar as barreiras entre o que eu sinto e o que escrevo, e continuava vagando entre temas desconhecidos. Mas as palavras tem de ser detonadas de alguma forma. Não podem ser como os canhões que explodem em silencio ou como o silenciador de uma 9mm apontada para um espelho que permanece vazio, sem identificado ou significado.Não faça parte de mim da maneira que outros fizeram, não finja ser "amigo", seja-o, na verdade.Eu permito que a vida se derrame lentamente pelos meus dedos, ter a constante percepção de perda e, felicidade última, que dessa agonia me revela a sensatez no momento da partida.
As pessoas odeiam a morte,como se fosse o terrível monstro da terra. Porem, caro Watson, algo ou alguém tem de limpar esse mapa direcional de vida que se transpõe entre 70,80 anos em média. O silencio deixa sons, a morte não faz esquecer,pelo contrario, ela nos faz tudo lembrar. Só não entendo, quando se para de amar.
Era um amor que permitia que um morasse dentro do outro, numa entertroca, e nadavam nas poluídas águas da inveja sem perceberem que por trás daquela felicidade absurda, tinha uma torcida do flamengo inteira de inveja. Torcendo entre a beleza e a feiura moral individual em conceituar. Quem merecia quem.
Mas a interpretação é falível e incerta, nunca haverá uma interpretação "perfeita"a cerca dos pensamentos do outro. Pela simples razão de que o interprete é um ser humano limitado, finito, com uma perspectiva especifica, e essa perspectiva, naturalmente, influencia como se vê.
E para que eu não tenha a certeza do que que escrevo,ou seja, a interpretação errônea a respeito. Digo que ate os grandes autores, escritores e os the best cometem erros (não intencionais, claro), se cansam e nem sempre dizem o que pretendiam dizer.