quinta-feira, 28 de julho de 2011

Carlos Grassioli, leitor de almas

No post anterior, Carlos Grassioli deixou um recado, e ao ler, me sensibilizei tanto que chorei, chorei e alivei toda minha dor, oriunda, sei, dos excessos internos que o corpo nao recebe como a desgarga da alma. Desde que nascemos, começamos a morrer (alguem disse isso). E, só Deus saberia encontrar o caminho dentro daquela noite... Somente uma determinada personalidade necessitará de muitas vidas. O evoluído é bem mais condicionado que o involuído; este estará mais sujeito a desajustes.
Tive muita vontade de fazer tudo para voltar aos primeiros tempos. Mas sempre houve outro fator, terrificante, um novo sintoma, que não permitia mais a mínima reação - a depressão... O esforço necessário não havia para as mínimas coisas. Compreendidamente desarranjada pelas paixões vulgares e sem sentido. Diziam-me com carinho: quanto maior for  sua responsabilidade, maior a ferida. Eu- triste completava: Eu sei, mas quero mergulhar no abismo e ver o que existe lá, alem da noite e silencio; e continuava melancólica, encarando uma tristeza doída, vital. 
Abandonei o trabalho pelo desanimo total que era portadora. Não procurava os amigos, não tinha condiçoes para buscar quem quer que fosse.
Recolhi-me do meio familiar, onde existiam ainda, condições de alento. Ao mesmo tempo, ocultei-me dentro de mim, e avaliei, nos matizes da própria dor, o abismo em que me precipitava conduzida pela invigilancia. E eu, pensava... Pensava... E, resisti a às pressões do abismo, vou caminhando com certo amargor e esperando por novas possibilidades...
Sei que todos terão sempre o nosso amanha positivo, mas é imperioso semear o terreno para a devida colheita. Mas, acho as coisas da vida tão interessantes.Com a pressao da agua, subo com muita velocidade ate a superficie, meu poço tem mola, que me joga pra cima quando começo a cavar minha cova com meus proprios pés. Algo que vejo na neblina chuvosa que encontrei no monte Roraima.
E seus olhos que são tão interrogativos que agora me lê, entenderão a dura sorte e dor que acompanha uma “alma tão sensível” que não cabe nesse mundo. E todo o suicida escolhe a morte como forma inequívoca de demonstrar sua grande e insuportável paixão pela vida.

VALEU CARLOS!! OBRIGADA POR SEM SABER, LER MINHA ALMA COM SUTILEZA


quarta-feira, 27 de julho de 2011

LOVE IS A LOSING GAME


For you I was a flame                    Pra voce eu fui um caso      
Love is a losing game                   O amor é um jogo de azar
Five story fire as you cam              Cinco andares se incendiaram  
                                                   quando voce me amou

Love is a losing game                   O amor é um jogo de azar

Why do I wish I never played       Como eu queria nunca ter jogado
Oh, what a mess we made             Oh, que estrago nós fizemos
And now the final frame                E agora o lance final
Love is a losing game                    O amor é um jogo de azar

Played out by the band                  Desgastado pela banda
Love is a losing hand                    O amor é uma aposta perdida
More than I could stand                Mais do que eu poderia aguentar
Love is a losing hand                    O amor é uma aposta perdida

Self professed... profound           Declarado...intenso...
Till the chips were down              Ate o encanto se quebrar
...know you're a gambling man    ...e notar que voce é um jogador
Love is a losing hand                    O amor é uma aposta perdida

Though I'm rather blind               Apesar de estar bastante cega
Love is a fate resigned                O amor é um resignado destino
Memories mar my mind              Lembranças denigrem minha mente
Love is a fate resigned                O amor éum resignado destino

Over futile odds                          Acima de inuteis expectativas
And laughed at by the gods         Ridicularizado pelos deuses
And now the final frame             E agora o lance final
Love is a losing game                 O amor é um jogo de azar
                                           
                                                        Amy Winehouse

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Fui o pincel de alguns quadros

Depois de achar que compensa botar dois pés entusiasmado no chão, depois de ter dormido mal demais, sonhado coisas estranhissimas...Imagina, que alguém pintava quadros de paisagem sendo minhas pernas os pincéis...O que você acha disso? E eu permitia, como se meus dedos fosses as cerdas e lambuzados de cores percorriam as telas...Eu estava segurada pelo tronco, e era uma mulher que me segurava, era uma senhora que não via seu rosto. E eu sentia aquela mansa alegria de colorir algo. Não sei explicar. Às 3 e pouquinho da manha me restou a canseira e aflição de espírito. Eu sentia algo no quarto, eu sentia algo nas pernas. Não tive medo, esperei por algo diferente aparecendo entre as luzes azul e vermelha refletidas no espelho do armário, vindo da sinalização do ar condicionado. Formando um imenso farol, como se estivesse orientando o navio o seu percurso.
Às pressas, busquei consolo exíguo encostado a uma parede lateral da cama, um terço que ganhei a seis anos atrás de uma amiga enferma em Brasília. E por coincidencia o encontrei num baú que não havia aberto ainda na mudança de cidade, o pendurei na parede para no dia seguinte achar um local para guarda-lo que me reine a alegria de pensar na Bené - a amiga.
Rezei o Pai nosso, e a sensação mental que o que quer que estivesse ali, não mais senti sua presença. E sei que no meu vazio literal, ela estava carregando uma cesta de violetas. Recebi, imperturbavel, aquela chuva de violeta. E o mais incrível, o cheiro que se encontrava no quarto. E desta vez, eu tinha uma testemunha. Que disse: E que cheiro é esse? - Não sei.
Não é culpa minha se nesse recinto só eu tenho feitiços capazes de hipnotizar um homem. Enfim, não se deve especular demais sobre a sensatez das mulheres. Resolvi levantar, pedi um copo d`agua,fui atendida e sem demonstrar perturbação nenhuma, respirei profundamente para sentir o cheiro das violetas que como num regulador de luz, os chamados Dimmer, estava se esvairindo do ar. Surgindo assim, o enterro de alguma paixão.
Não, não sou louca, isso realmente aconteceu e tenho mais uma testemunha. Minhas olheiras que provam o quanto me sustentaram para uma noite mal dormida. Eu, para com os mais intimos, preferindo o silencio, não mencionei o incidente.


terça-feira, 19 de julho de 2011

Desvaneios de uma INS-PIRADA

Ganhei a Bíblia Sagrada, o livro mais vendido no mundo. E ao demonstrar o carinho pelo recebido, abri na pagina de Jó 10; " Minha alma tem tédio da minha vida; darei livre curso à minha queixa, falarei da amargura da minha alma.
Nunca gostei de comentar a respeito das escrituras, sempre me mantive distante destes discursos religiosos, no máximo, o aprendizado vindo através do blogueiro e amigo Adão Braga (o Daozin) e do Jesus Apócrifo que me deixam intrigada sempre que remetem frases a mim. Enfim, minha opinião é que em pouco menos de 20 anos teremos uma NOVA SOCIEDADE, a sociedade das intituiçoes religiosas, que compensam a nós pobres mortais a dignidade e esperança que nos são roubados pelos mesmo que se comprometem a dar-nos,  o Governo. Rousseau descreveu bem essa normalidade na frase: Todo Homem nasce livre e muda essa condição. Transfere essa totalidade de seus direitos naturais ao Estado, com a finalidade de desenvolvê-los transformado-os em direitos civis, garanti-los e protege-los pelas leis de acordo com seus pactos sociais ".
Meus temores íntimos me recuam da realidade que em pouco tempo posso transformar na única realidade permitida, sinto medo, medo de perder minha lucidez. E por ironia, criar mais uma estatística da nova sociedade. Não a admiro na concessão social, mas na moral e fraternidade, não a nego.
Bem na hora que deveríamos nos sentir livres, o instrumento da riqueza, se torna o de castigo.
A pouco tempo estive no cemitério fazendo umas fotos e vi um enterro acontecendo, parei e fiquei a observar, entraram crianças alegres, iam alegres sem entender o resumo do segundo seguinte, como quem não pisa memorias nem saudades. Como se as imagens sepulcrais fossem bonecas de pedras. Não é a tristeza do lugar, mas a tristeza que é deixada lá, na entrega do ultimo adeus. Com flores mofinas, que de longe percebemos que não tem vida. 
Outro dia, me foi perguntado qual seria meu projeto arquitetonico para a defesa da monografia: UM CEMITÉRIO! - Respondi...Ouvi risos, testas franzidas, preconceitos impronunciaveis, os olhares passeando desde meus pés ao nível do meu olhar. Um conceito de rejeição corporal me percorreu o corpo e a mente. 
-CEMITÉRIO? 
-Vai colocar uma cama box ou criar um caixão mais estilizado?
-Nenhum dos dois...Vou criar alegria para receber a tristeza dos que apenas a abandonam por la...Transformar o gosto que se transformou em pena. Aquele que se labutou a vida inteira por este país e que abandonado pelo mesmo pais com seu sistema miserável de saúde falido,onde já nasceu falido, o emprestou um dormir em sete palmos de uma sepultura perpétua. E, que a família esteja sempre na peregrinação do local, podendo correr o risco de enterrar outros mortos por cima dele. Esqueceu que a Prefeitura apenas o emprestou?
E novamente, começo a ter medo, nao o medo de estar com um cano de revolver apontado para minha tempora esquerda, nem de estar numa corda de rapel com uma alma estourando, ou ver minha filhinha na beira do penhasco saltitando de emoçao ao ver o mar, é um medo difuso, sombrio, um abismo disfarçado, com uma placa luminosa escrito alienaçao.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

PROFESSORES e professores

Contrastes da vida. Nem a mim mesma porque é inútil. Qual é o teu prazer de tempo ganho? 

Teatro, jantares, festas animadissimas em mansões, tudo em excesso nos melhores lugares. Eu gozo também quando tenho vontade -o menor, o insignificante. 

Pois bem, a mim, a verdadeira inteligencia é a que se limita para evitar dissabores. E eu continuo no final da sala de aula, isolada, passando a imagem de uma zé ninguém. Simplesmente, assim...

Tu pode ter suas contrariedades. Eu nunca as tive. Nem as terei. Com meus sistema intimo dispenso-me de sentir e de fingir, não preciso de ti nem de ninguém nesse ambiente.

Minha inteligencia explicitada ira criar um espaço de inferioridade e de ódio. É por isso que me calo e somente observo. Numa sociedade que os parasitas apenas tripudiam, é inútil participar.

Resolvi conduzir-me sem ideias, sem interesses, no meio dos interesses confessados e inconfessáveis. É um erro servir de exemplo. Vivo assim porque entendo viver assim. 

Condensei apenas os baixos instintos da cobiça, exploração, depravação, egoísmo em que se debate os "homens" e na consciência de uma vontade que se restringe e por isso é forte.

À Prof.Dra. Maria Rosa, entenda: Marido Delegado : terá a mesma aparência que todos nós, depois da morte. O misterioso sentimento de fraternidade que não acha nenhuma China longe, nenhum ente demasiado estranho para seu lado sentir e gemer e se saber seu irmão.

Vamos salvar o mundo!!!!

Pergunta: "SALVAR DE QUEM? DE NÓS MESMOS"?

Guardarei vossa frase e usarei a seu favor: Quem se isola, se acha melhor que os outros...

A física explica que o frio não existe, o que existe é a ausência de calor.

Sua sala fria e desmotivada não é fato nem fator para a escolha de onde se deve sentar. No fim da sala, alunos conhecidos: alunos do fundão. Eis minha principal estratégia. Incomodar que não se incomoda com a vida.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Memória da infancia

Nunca tinha parado a pensar sobre o que um conhecido me disse:( Julie, por que você sempre explica tudo que fala?  Não precisa, eu sei entender as coisas, tenho uma mente aberta.)

Quando eu era pequena guardava os meus pensamentos dentro de mim e resolvia sair para brincar, ouvia  os meus coleguinhas conversarem sobre as coisas que eu dedicava meu tempo pensando, mas nenhum deles parecia ter fascínio por nada, como se nada daquilo fosse importante, não tivessem valor. Minha avo só reclama de mim à mamãe. Dizia que eu era maluca, que tinha de me levar ao médico, porque eu falava com formigas e gatos. E, que todo cachorro "pirento" da rua, eu levava para dentro da casa dela. 

Aquilo me fazia ser maluca e, menos amada pela minha avó. Eu lembro da única vez que ela me abraçou, foi quando eu menstruei pela primeira vez. Aquele sentimento, de ser abraçada por ela, enrijeceu meu corpo e, como num súbito mortal amar, estivesse a me apunhalar. Meu corpo nunca conseguiu conectar as sensações de prazer quando surpreendido por sentimentos distantes. E nunca consegui amar minha avó, como vejo as crianças o fazerem. Eu tinha aquele respeito reciproco em osmose por minha mãe. 
Eu sentia as vibrações de vovó, a amargura, o desamor dela como mulher. 

Eu ficava horas sozinha brincando no quintal de aventuras de minha avó. Tinha dois papagaios livres, um único pé de graviola, pitombeira e um " jirau" (acho que fosse o vão entre o piso e a casa, suspensa uns 2mts do chão). E sempre ouvia: Ela deve estar no jirau, essa menina é estranha!

E quanto mais rótulos eu ganhava, eles não percebiam que estavam fazendo de mim um instrumento curioso, porque ao mesmo tempo que me rotulavam, eu crescia como alguém que trabalhava para ser diferente, porque daquela forma eu tinha a atenção deles, de alguma forma sentia-me confusa com frequência, pois eu sempre pensei diferente dos outros, agi de forma incomum e principalmente entreguei, desejei, amei, decepcionei, odiei, muito mais intensamente que qualquer pessoa que tenha conhecido.
Eu era sem duvida um contraste social e estético. Minha avó tinha (in memoria) origens portuguesas e casou com meu avó de origens caboclas, a mescla com meu pai italiano (veio ao Brasil aos 12 anos) deu no que eu mesma sentia na pele a diferença. Meu avô tinha apartamentos alugados e lá moravam famílias simples e, os filhos dessas famílias eram meus mais intenso amor de vida. Eu sempre gostei de estar entre os pobres, qualquer que fossem, era lá, exatamente naquele convívio, que eu sentia as aventuras de correr livremente, mexer na lama, ver ratos, aranhas, subir em árvores, tacar pedras no rio, e tudo aquilo que hoje não vejo mais as crianças fazendo.
Eu amava tanto aquilo tudo, eu vi um suicídio, eu assistia a rinha de galos, conheci um "muthaco" (igual do Bruce Lee)...eu fui muito feliz naquela infância reprimida que tentavam, só tentavam em vão, não me deixar consumir.

Outros me achavam estranha por amar tanto assim. Acontece que nenhum sabia a verdade sobre mim, pois eu mesma ainda não havia descoberto: meus sentimentos sempre foram verdadeiros, mas nem sempre bons. Como vovó queria.

Deva ser por isso que não admiro tantas amizades femininas, deva ser por isso que amo estar ao lado de homens, qualquer que sejam, no intimo, me trouxeram experiências que nem mesmo homens ainda tenham vivido. E assim continuo, nessa mutação de alma instável, cheia de vicissitudes,  incoerente. 

Acontece que sou nada. Sou apenas a historia louca (p vovó) que nunca soube o que é amor.

Por que mesmo que eu sempre explico tudo?


terça-feira, 31 de maio de 2011

Na Bike da madrugada

Em cada esquina, uma esquina esquisita. Os olhos desejantes, os olhos dos mau.

A bicicleta tem valor, o que esta sobre ela, vale o amor de alguns. E te pedia Senhor que alguns estivessem cegos, para que eu continuasse a ir reto no caminho.

Então não me foi possível nenhum passo a mais.

Fui puxada pelo braço, outro no cabelo, e uma mão áspera e pesada em meu short.

O medo priva a mente do raciocínio. E lembrei da corrida de aventura que participei onde percorri 150 km em 17 horas, correndo, nadando, pedalando e praticando rapel. Os monstros que corriam atrás de mim, não me davam medo como estes cadáveres vivos.

Mas os anjos sorriam, eles te elogiam também. Na carne há a esperança,nas palavras cobertas de uma infinita tranquilidade, cobertas de carinho. Como se o normal estivesse instalado na vida que se vivera ate ontem.

De certa forma culpada pelo acontecimento. Como posso me sentir culpada pela vida social de homens? 

Como  posso cada vez mais mergulhar na existência do que não se explica?

Não amarrarás minhas pernas torneadas, olharei todo o mapa da cidade, como se examina a anatomia do corpo masculino.

Hoje mesmo tomarei o sentido contrario, serei novamente a poeira e a folha levantada pelo vento, a poeira ao vento.

E no vento da madrugada, serei novamente invisível, um pouco de nada e o controle do medo.

Que espantará os olhos mau, onde ele dirá: Pode ir gata, você é gente boa!

Cidade do meu andar. Andar de madrugada,com olhos de felinos, não a caçar, mas a admirar a vida que grita mais que uma matilha de hienas, chorando, para que ruas e avenidas possam ter mais segurança.

Eu vi as mãos da morte, e elas tem anéis. Ásperas como um esfoliante de rosto, olhos negros como o rio

E meus cabelos longos que entrelaçavam de flores feito em trança, pelo calor e transpiração do momento.

Ah como tenho prazer pedalar na madrugada, como sou invisível para vocês, que só conseguem me enxergar pela manha, como uma louca. 

Posso afirmar que todos vocês são desfolhados em não conhecer o que realmente sou. Mas, aquelas almas perversas, sentiram um pouco da minha energia boa.

E seus olhos naquele instante, deixaram de ser corvis de treva. E todos os três foram devorados pelas palavras, palavras de um medo de combate.

Os mesmos que me torturaram, foram os mesmo que me acompanharam ate a segurança.

Cheguei em casa com uma experiência a mais e com um sabor diferente daquilo que não se via.

01:47 horas - 15 minutos de uma vida que nada jamais continua, tudo recomeça de novo, hoje as 20:00.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Diga: Eu amo você!

O mais triste é que foi um beijo simples. Se virou de costa e foi andando. A gente nunca sabe quando vai partir. Como eu só conheço essa vida, não tenho me preocupado com a salvação que insistem que eu conheça em vida, como será o lado de la. Prefiro (nesse momento) esperar chegar do lado de lá e conhecer, pensar que se pode ter novas experenciaçoes de nova vida ou de nova morte, sem essa pressão de cárcere que me ofertam. Eis se eu partir será a morte.
Só não quero ter a dor de te perder ao fechar meus olhos, ao cair da lágrima, ardente e salgada, que deixa manchas no rosto, gélido, pálido e observado.
Não gosto quando recebo criticas de consolo, eu literalmente, escrevo o que sinto. Não espero o entendimento dos que lê. Não "estou" decadente, livremente falando da morte. Ela é um processo fundamental, devia ser entendida como conjunto de vida e de pensamento.
Quero ser o que já fui, mas discordo em mim, o que me tornei.Durante muito tempo não encontrava algo que me fizesse quebrar as barreiras entre o que eu sinto e o que escrevo, e continuava vagando entre temas desconhecidos. Mas as palavras tem de ser detonadas de alguma forma. Não podem ser como os canhões que explodem em silencio ou como o silenciador de uma 9mm apontada para um espelho que permanece vazio, sem identificado ou significado.Não faça parte de mim da maneira que outros fizeram, não finja ser "amigo", seja-o, na verdade.Eu permito que a vida se derrame lentamente pelos meus dedos, ter a constante percepção de perda e, felicidade última, que dessa agonia me revela a sensatez no momento da partida.
As pessoas odeiam a morte,como se  fosse o terrível monstro da terra. Porem, caro Watson, algo ou alguém tem de limpar esse mapa direcional de vida que se transpõe entre 70,80 anos em média. O silencio deixa sons, a morte não faz esquecer,pelo contrario, ela nos faz tudo lembrar. Só não entendo, quando se para de amar.
Era um amor que permitia que um morasse dentro do outro, numa entertroca, e nadavam nas poluídas águas da inveja sem perceberem que por trás daquela felicidade absurda, tinha uma torcida do flamengo inteira de inveja. Torcendo entre a beleza e a feiura moral individual em conceituar. Quem merecia quem.
Mas a interpretação é falível e incerta, nunca haverá uma interpretação "perfeita"a cerca dos pensamentos do outro. Pela simples razão de que o interprete é um ser humano limitado, finito, com uma perspectiva especifica, e essa perspectiva, naturalmente, influencia como se vê.
E para que eu não tenha a certeza do que que escrevo,ou seja, a interpretação errônea a respeito. Digo que ate os grandes autores, escritores e os the best cometem erros (não intencionais, claro), se cansam e nem sempre dizem o que pretendiam dizer.

sábado, 14 de maio de 2011

Significado do meu nome que começa com G e nao com J


O que pensam de mim e do meu nome, pouco importa.Nao ligo. 


Penso que meu modelo escolhido pra viver e apreciar o que me foi dado, seja nome, numeros (RG,CPF, PIS, etc),corpo, cor ,pele, cabelos, seja somente uma ponte de madeira no meio da BR319 que me leva pro lado de lá, permitindo  me fazer viver e sentir que a vida é muito linda, que cada segundo que passa é o relogio do teu tempo, que voce é uma ampulheta, basta escolher a cor da areia que nela vai e vem, num balanço finito. Aproveite.
Mesmo quando voce tem um filho doente, com a perna quebrada em tres partes. Isto tudo, mesmo em tres partes se torna pequeno no vasto mundo do campo morfico que vivo, sinto e escolho.


EIS   O TEXTO, que esta disponível na rede tambem.

Muito séria, e com grande honestidade no meio profissional, busca a perfeição em tudo e se aborrece quando as coisas não saem conforme o planejado. Reflete muito antes de agir, e quando toma uma decisão é capaz de mergulhar de cabeça no que está fazendo e esquecer todo o resto à sua volta. Se atrai por assuntos ligados a saúde, e se adaptaria muito bem ao trabalhar nessa área. Sua impaciência, pode leva-lo a um estresse facilmente.Ela passa a impressão de uma pessoa muito inteligente e intuitiva. Em avaliação da infância, é notória sua vocação por atividades intelectuais. Não se atrai por atividades desgastantes e de esforço físico. Como maturidade demonstra ter a vida sob controle. Alguém que valoriza a espiritualidade. Sempre envolvida com seus pensamentos, passa a impressão de solitária. Séria, não aceita intimidades ou brincadeiras inoportunas. Bastente reservada, torna-se dificil ter sua confiança, e guarda seus segredos sempre para si. Não se familiariza com encontros sociais, prefere sempre atividades que exijam concentração. Fala pouco, e evita comentários óbvios, nunca age com a intenção de impressionar, por isso só participa de conversas quando está embasada de sua observação e cuidadosa analise. Preocupa-se com o conteúdo e nunca com a forma. Esta postura tende a isola-la do mundo, pois dificilmente confia na ajuda de alguém, a maneira de ser bem compreendido e aproveitar os aspectos positivos da personalidade,busca solitária pelo controle do próprio egoísmo e  abrir-se mais ao mundo. 
Mostra-se por vezes dispersa, muito detalhista nos processos demonstrando efetivamente sua idoneidade.
Recusa abruptamente as relações de preconceito e sabe expressar muito bem sua relaçao com indivíduos. Diria que, se não estivesse-a entrevistando, que se trata de uma representação de Serge Moscovici, perfeita em relatar as representações sociais.


SERÁ?

Acho que tenho mais a acrescentar. Faltou dizer que amo muito!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Terra, um dia comerás meus olhos

Eu sempre fui uma mulher por trás de uma janela de vidro.
Dei transparencia para que você me penetrasse, no entanto, você só admirou.
Nesse vidro translúcido, me pinto árvore e me sinto uma "quaresmeira" considerada a segunda árvore mais linda do mundo. 
Do reflexo desse vidro, na esquadrilha de madeira, tenho os elementos em sintonia, cuja morte odeia as curvas, ela é reta, não tem cor, de um mau gosto tocante. E um cachorro anônimo, sem saúde resolve nos seguir.
Ditando este momento com alegria pois, acena com seu rabo um sinal de imortal felicidade. Te esnoba, morte, te irrita e, manda. Manda no momento, no momento mais improprio do teu agir. E você morte, é impotente também.
E o vento que vinha de súbito mexia no teu cabelo, mas  a sensação desse prazer não é possível pra você morte. Com seu espanto e imobilidade perante a alegria de um cachorro.
Tem morte para seres inferiores à racionalidade humana? 
Quem é a morte dos animais?
A mesma que nos segue em reta?
Não, não...Tenho certeza que ela tem cor. O colorido se refugia nas cores da minha infância. E a vida é bem curta mesmo, desde a primeira vez que me assassinaram, a linha da minha boca tornou-se reta. Reta lembra o caminho da morte, e a ultima vez que a vi ela estava na porta da cozinha de casa, num sábado, usando a cobra de 60cm para me abater.
Porem, eu a esnobei mais uma vez e pedi que fosse a morte da natureza, não a morte da reta. Aquela que na natureza dá a real nobreza somente aos cavalos que ao morrerem, permanecem com sua nobreza da beleza.
Cachorros, gatos, ratos, baratas, todos morrem sem a beleza. Partem em prol da feiura, suas formas, suas curvas dão espaço para a morte inventada pelos humanos. E os olhos de clemencia, clama por piedade, para que seus restos sejam sepultados com no mínimo da dignidade. No asfalto são tão ignorados que, ao contato de piedade humana, soa loucura, parar o carro, te segurar com uma sacola e te encostar na terra entre gramas e matos do acostamento.
Sou taxada (grandes imbecis) como louca. E os mesmos, não percebem que a loucura real não sou eu, e sim a Morte. Que ceifa com feiura e impiedade. Holocausto.
Quando eu for, verdadeiramente uma poeira ou uma folha levada, jogada em qualquer direçao, serei o nada, que vocês negam que jamais serão.
E talvez meu repouso.Ou não...

voo 447- ainda estão flutuando, protegidos dos mais de 3 bilhoes que vivem sob a terra. Para que não coma seus olhos. Mas os humanos são in-dessistíveis...Uma hora te resgatam e fazem a festa para os 3 bilhoes que te esperam, ainda lá, escada  a baixo.


terça-feira, 10 de maio de 2011

Castelo de ilusões

Pensando bem,nunca tive um segredo. Um amigo ate me questionou sobre o "nosso" segredo.

Meu segredo segrega o que eu tenho de muito em mim. Amor.


Minha mae me disse a tres semanas atras: Voce é muito romantica.

-Pensativa sobre o dizer de mamae. Sempre fui o averso das ideologias, tipologias que a sociedade aplica.

Sempre fui mais "vida pobre" que a vida que vivo.Como disse o meu poeta favorito:

Minha morte nasceu quando eu  nasci.


Estava resgatando do jardim um bambu orquidea, e voce me perseguiu o pensamento.

Nao sei explicar que amor é esse, mas recordar o que eu vivi entre as horas loucas e tristes, perigosas e sordidas, romanticas e futuristas, me sinto melhor.

Na ausencia dos que me consolam.

Exatamente, os cantos dos passaros, da imortalidade da vida. Eu vou, voce tambem e eles permanecem

Minha alma louca há de sair cantando, entre Amy, Lorena Simpson e seu pedido de desliga por favor.

Se soubesse o que me enfada, reagiria agora mesmo. Isso, sua monotonia de nao viver, de ser um reflexo de alguem.

De depender, depender...E eu, me destraindo em construir meus castelos, bem mais pobres e simples que dos ricos e bem nascidos.

Nao, nao cabe a mim o dever de te guardar comigo e se eu pudesse, te arrancava do pensamento e te proibia de percorrer meus caminhos. Mas a prova maior, nao somos nada e achamos que somos algo.


Somos sim, nem donos de nós, nem do que achamos que somos.

No silencio daquele rio, na areia molhada, nos pés descalsos e nas roupas como testemunhas, selamos o que nunca existiu.

Só os bebados, os amantes e os que morrem de amor, podem fugir por instantes, continuar vivo e falando para o que passou.

Vivo de soltar trilhas do meu ser para que alguém me encontre, uma vez que eu mesma não posso seguir-me, viro as costas para o meu caminho.

Essa consciência faz de mim uma pessoa boa, mas que opta pela maldade como personalidade, não como forma de vida.


Apenas sou o que encontrei de uma busca, no meu íntimo. Impressiono-me, ainda. Sou espectadora real das coisas, sou protagonista da minha própria vida.

Meu egoísmo me deixou longe e agora não me envolvo com um todo, sou eu e só. Faço o que acho certo, mas sou o que vejo de errado, sem lástimas.

Sou o resultado de erros, mentiras, mas minhas atitudes são desprendidas de um pré-conceito, pois não espero dos outros o mesmo resultado de pureza e sinceridade que encontrei numa busca de mim.

Ser má faz parte do que sou nunca do que esperem que eu seja.Porem, o teor da pureza dessa maldade me deixa em duvida do que realmente posso ser.Onde aparece tao expressivamente essa maldade?

Nas trilhas de alguns que seguem por pura inveja e maturaçao do nada, meu caminho com marcas de lascas e pedras do caminho, aquele mesmo caminho que um dia foi de ouro, diamante e luz.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Método

A concentração é uma consciência dual: é por isso que cansa. Porque ao se concentrar, você se sente exausto. E quando se gosta de algo, só penetra-lo profundamente já leva a uma consciência de ritmo que mexe com você.
O gostar simplesmente mostra que algo lhe serve; que o ritmo esta em sintonia com você existindo uma harmonia sutil entre você e o método. E ao gostar de um método, pelo amor do amor, não se torne avarento; entre nele quanto puder. Poderá usa-lo uma ou duas vezes por dia. E quanto mais você usa-lo, mais gostara dele. Só o abandone quanto o prazer estiver terminado e, procure outro método. Mesmo sabendo que nenhum deles poderá levar ao fim do caminho. E nessa viagem você terá de trocar de trem muitas vezes.
Um método vai te levar ate um certo estado mas depois dai, ele estará gasto.
Portanto, quando você gostar de um método, duas coisas devem ser lembradas: entre nele o mais profundamente possível, mas nunca fique muito apegado, dependente pois, um dia terá de abandona-lo. O prazer deverá sempre ser o critério. Se houver prazer continue; ate a ultima gota de prazer, continue...Um método tem que ser completamente expremido; nenhum suco deve ser deixado, nem mesmo uma gota. E seja capaz de abandona-lo. E escolha outro método que lhe dê prazer novamente. Saindo do estado anterior que ele poderá te deixar: APEGAÇÃO.
Muitas vezes tem-se que mudar, mas invariavelmente de pessoa pra pessoa. Isso muda.
Olhe-se não como um corpo, não como um rosto, mas como uma consciência. 
E se minha loucura o permitir ler ate aqui, prove do seu olfato. Prove, sinta. Fique perto de uma flor, deixe que o seu perfume o penetre. Depois se afaste da flor, bem lentamente, mas continue atenta ao perfume. Aos poucos você será capaz de sentir o cheiro da flor à distancia. E depois, sinta a ausência exatamente do lugar onde a fragrância estava a momentos antes, agora ela não está mais ai.
Essa é a outra parte do seu ser - a parte ausente, a parte escura. Se você puder realmente sentir a ausência do cheiro, se puder sentir que existe uma diferença, então há essa diferença. Tornou-se muito sutil, quase atingindo o estado da não consciência.
Não repita a canção de ninguém, pois não é do seu coração e não será essa a maneira de derramar  seu coração aos pés do divino. O amor.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Cartomance

Eu, por mim, confesso que não acredito na ciência das cartomantes. Sei que é prima legitima da astrologia. Mas, não sei explicar o porquê, sempre me encontro com uma amiga no carro pedindo este tipo de ajuda - Me leva no lugar tal...?

Ta bom, fui lá...A senhorinha disse tantas coisas da vida da minha amiga, coisas falsas e absurdas que desatei a rir la mesmo. Não foi nada agradável olhar naqueles olhos hipócritas me implorando o calar no afronta dos Búzios e cartas ou qualquer coisa que mencione aquilo.

De repente ela me disse: Você morrera de morte violenta: desastre, assassinato ou suicídio...Suicídio?

-Hum, e de doença então eu não morro?

-Não!

Eu não ri dos Búzios ou cartas, eu ri das falsas coisas que ela mencionava para minha amiga, tipo: Sua mãe esta com uma doença terrível ...a saber, a mãe dessa amiga esta morta desde os 14 anos dela...hihihihi...

Que o seu amante não irá assumi-la...
Mas pera ai, ela não tem amante, ela foi la pra saber se o marido tem amante.

Na saída, ela, a cartomante, pede que saíssemos pelos fundos de uma casa que mais parecia uma catacumba da arte crista primitiva. Tinha panos coloridos que me lembram os Ciganos, o piso de barro batido, e o fedor suportável mais irritante. Sua secretaria nos disse que a policia vive passando o pente fino nela pra ganhar uns trocados, por esse motivo deveríamos sair por trás. Mas, meu carro estava na rua da frente da misteriosa catacumba.

Fiquei pensando:  O conto do vigário nasceu ontem e a policia ainda não conseguiu extingui-lo. O jogo do bicho é um vicio infante e parece que em alguns Estados já esta liberado. E a policia nunca conseguiu paralisar suas atividades. Por quê?

Because, não é difícil castigar o contador do conto do vigário ou o banqueiro do jogo do bicho, mas é impossível extinguir a raça de tolos que teimam em ser enganados. E quando não houver mais as cartomantes eles inventarão alguém que os engane.

Nao perca seu tempo Policia, use-o em coisas mais úteis.

E voltando à  minha morte, já escapei de queda de avião aos 9 anos, já capotei quatro vezes na ponte Rio-Niteroi, já fui alvejada no carro por assaltantes (não fui atingida) e quanto ao suicídio, nunca pensei nesse martire...Morrer, todos iremos, ninguém vive pra sempre
...Como disse Camões, outros teimam em dizer que a frase é de Fernando Pessoa:

VIVER NÃO É PRECISO, NAVEGAR É PRECISO...


Uiii, que medo!!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Mosquito no lixão

Hoje quero falar de coisas especiais. Muitos têm nojo. Vou falar dos mosquitos, eles são antigos meditadores que sucumbiram. Por isso não querem que ninguém tenha paz quando encontra o silencio, que me é tão necessário.
E isso não é novo, estão por todas partes, inclusive nas antigas escrituras eles são mencionados. Particularmente nas escrituras jainistas, pois o monge Jaina vive nu. Pode acreditar, estou lendo um livro muito interessante sobre o assunto. Pena eu não poder viver nua, vão me internar. 
O desejo é bem latente, imagina eu seguindo as instruções do livro! Ter atitude de se entregar aos mosquitos e aceita-los. Esta é a suprema perturbação. Se conseguir vence-la, não haverá nenhuma outra dificuldade, nenhuma dificuldade maior.
Destas lições que leio o problema nunca vem de fora, vem sempre da irritação interior.
Minha mãe teima em dizer que que sou tão, tão diferente dos outros...
E a ciência diz que temos 7 bilhoes de espécie de mosquito em todo o mundo, fazendo a divisão pelos habitantes...já pensou se somente os meus vierem me visitar?
Vou experenciar novamente coisas que possam me deixar em outro estado vivo. Viva, pra sair na chuva com os pés descalços permitindo que outros seres que se esvaíram nas águas penetre também nesse corpo que a qualquer momento pode se tornar o resto no lixao. A natureza é tao perfeita que tudo se torna especial nesse mundo tao cheio de coisas comuns. MOSQUITO, to esperando por voces!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Onde mesmo é esse lugar?



 Conheci cada letra do seu alfabeto, conheci o vento rumorejar em cada escrito com avido e brilhante um coração ansioso. E toda força do que sentia me fazia planejar uma nova aventura que nunca aconteceu.
O verdadeiro amor é suicida. E para atingir a ignição máxima, deve ser condenado: a consciência da precaridade da relação possibilita mergulhar nela de corpo e alma, vive-la enquanto morre e morre-la enquanto vive, sendimentando o espírito. Esperar que a montanha russa se acabe no ultimo girar dos corpos.
E é necessário que acabe como começou, de golpe cortando rente a carne, entre soluços e agonia, querendo e não querendo que acabe, pois o espirito humano não suporta tanta realidade, como falou um poeta maior sem que eu reconheça seu nome.
Quem conheceu o delírio dificilmente se acostuma com a antiga banalidade.
Não era verdade o sonho?
E assim é: a mais delirante paixão, como se a felicidade não pudesse ser verdade.
Mas então esta tudo acabado? Tudo impregnado na ausência do sonho, que é agora uma agulha escondida em cada roupa e te fere, inesperadamente, quando abre a gaveta. A Náusea. O livro de Sartre. E te fere não que ali esteja o sonho ainda, mas exatamente porque não está: esteve.
É preciso esquecer, tolerar a rotina do dia a dia, tolerar o passar das horas inercia, a conversa burra, o cafezinho, as noticias do noticiário local...e o mundo é incomensuravel de inutilidades.
O amor é uma doença como outra qualquer, que se ama ate o que não se conhece.
Continuo a dizer: mente confusa, existência confusa, textos confuso. Há porem, exceçoes - e dessas exceçoes vive a irrenunciavel esperança de viver o sonho. Cada qual tem seu gosto, sua cólera seu roteiro de prazer e dor.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Massacre em Realengo

Provavelmente já tínhamos marcado um basquete para o final da tarde de sábado...
Aquele gatinho me ligou...
Eu amo muito ela, mas ninguém sabe...
Minha mãe vai me dar o relógio Champion de trocar pulseiras...
Vamos assistir filme e comer pipoca no cinema?
Eu vou fim do ano conhecer Saquarema...
Professor eu passei?
Vai ter em julho o acampamento da igreja, vamos?
Tomou toco dela!!!
Ihh, vacilao!! hahahah...
Meu sonho? Ser professora...
Eu quero ser piloto de helicóptero...
E eu quero ser aeromoça...
Meu pai comprou uma boneca pra mim...
No final do ano meu pai vai me dar o playstation...

E hoje, nenhum de vocês estiveram `a mesa;
Nenhum de vocês estarão em suas camas;
Todos os rostos hoje estão com inchaço da tristeza;
Todas as lágrimas estão lavando as salas;
Minhas violetas murcharam;
Provavelmente, estão todos nesse momento na intimidade das violeteiras;

Nossas dores se repartiram e o sargento morreu sendo enterrado em sua própria terra;
Que nome devo dar a esse homem?

Como eu te amo homem!
Conseguistes parar a morte...

Podem me explicar que esse tipo de heroismo é resultado de uma total inconsciência do perigo. Pois quero que se fodha essas explicações...Para mim, o herói - como o santo - é aquele que vive sua vida ate as ultimas consequencias.

O herói redime a humanidade à deriva. Está vivo com sua esposa e seus dois filhos, mas encontra-se morto.

Morto entre nós, brasileiros, estarrecidos.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Oraçao

Um dia ou outro, é preciso chegar-se a um acordo com o proprio isolamento. Quando olho diretamente em suas luzes coloridas, ele muda de cor, muda de qualidade; seu sabor se torna totalmente diferente. Transforma-se em solidao; é solidao.
Entao nao é mais isolamento; é solidao.
O isolamento tem em si a miseria; a solidao tem uma expansao de estado de graça.
Eu nao posso abrir as portas do ceu e voce nao pode tornar-se silencioso antes de se tornar totalmente louco.
Nao existe ninguem que possa ouvir minhas preces, sou simplesmente um monologo. 
Estou orando pelo ceu vazio. Nao posso criar um paraiso pra voce, mas com minhas oraçoes posso criar o inferno para mim. Tudo vai depender do que eu suplicar. Porque a intelectualidade faz parte da estupidez, estou me descondicionando de voce...apenas uma suplica, uma suplica...

sexta-feira, 1 de abril de 2011

A sequencia quase esquecida de um sonho


Antes de começar a ler, coloque pra tocar a musica por favor, te peço e entenderá meus sentimentos.

Aos oito anos meu pai me colocou na aula de piano, aos nove estava tocando razoavelmente, nao lembro o nome da professora mas ela era indiana, brava e indomavel na perfeiçao, batia nos meus dedos com uma vareta e aquilo me sucumbia um odio mortal e eu nao podia demonstrar, no entanto quando isso acontecia eu tocava com toda força de uma criança. As teclas do piano da escola era de marfim e eu jogava aquele odio todo nelas, no final a tal professora dizia: Muito bom! Com aquele sotaque indiano. Eu sentia tanto odio, um odio de criança que me fazia com que a musica ivadisse cada parte do meu corpo.
Hoje, tocando essa musica que dediquei ao http://adaobraga.wordpress.com/ , espero que meus sentimentos de criança seja tolerado por essa musica e que o sentimento de uma adulta muito cheia de sorte e amor que sucedeu aos longo do meu caminho entre espinhos, farpas e algumas tabuas arrancadas nunca mais abandone o que eu mais tenho " o sonho" na vida. Tocar piano na sala de casa e entre as paredes todos os sentimentos se esvazie de um coraçao que ama, que ama demais a vida.
Tenho de agradecer aquela professora, que mesmo sendo uma carrasca nao me deixou esquecer um sonho.
E meu outro amor realizar. Te amo LRR.

terça-feira, 29 de março de 2011

As tardes no apartamento X As tardes no apartamento Trepado

Como deve ser triste a vida daquele homem.
Que tem mulher emprestada, sempre nas tardes que ele finge visitar seus clientes e sai com a chave dos apartamentos emprestados, colocando sua pele em lençóis dos outros. 
Amor não é tarde, amor é agora.
Mulher é sempre aventura para esses tipos de homens. Tudo é menor, mulher é menor, o que importa é dizer: -Amigo, toma tuas chaves essa já foi abatida! e sai com sua voz tenebrosa às gargalhadas. E o outro? Parece ter dividido a mulher para quem emprestou as chaves.
Quando eu ouço seus comentários, eu me transfiro para um pântano e de lá, me imagino com uma camada grossa de lama na costa que se mistura com meus pensamentos e meus atos.
Mas, logo você querida? Com ar de puritanismo?
Não- A outra que em mim mora. A que acredita no amor, na colheita de bons frutos.
Que sexo é branco, como uma folha de a4 branca. Que o céu pode ser realmente verde e não azul.
Que sou serva obsoleta de códigos masculinos.
Nesse ultimo, o ultimo que me emprestou a palavra " ética" foi meu advogado.
Não guardo meus defeitos para a intimidade, sou uma louca mesmo, acrescento o que muitos ja falam,
Trocando em miúdos, sou uma louca de pedra e lúcida de montanha ( amiga Elieda Giraldez que me diz isso)
É linda, embora inútil essa minha revolta dos amantes dos apartamentos das tardes da semana.
Fiquei sabendo que tem mais dois, que somam-se quatro que dividem as despesas do apartamento e la é o abatedouro das vacas despidas. Mas vamos crer que não houve nus em lugar nenhum. Não adianta.
Deixa eu escrever silenciosamente para mim. Se a cidade se despiu deve ser um nobilíssimo cinismo de o proclamar. Como é triste o nu que ninguém pediu, que amantes casadas não querem ver, que não espanta ninguém e que tem uma imbecil a deletar, perder tempo.
A merda toda é que a imbecil aqui, só quer dizer que por ai também começa a inconsolável solidão da mulher.
Queridas, como nas mensagens de carnaval desse ano: Segure uma camisinha e controle seu destino.
Todos sabem que sou muito ruim em guardar nomes, datas, caras e sempre troco o nome dos mais íntimos como num fenômeno parafisico que só a loucura mesmo explicaria ou o meu Dr. Henrique que sempre me diz: Você que esta me analisando...Agora estou dedicada ao piano que desde os nove anos não tocava. Depois de meus filhos serem meus poemas...Me encontro em novos poemas...
Desta mente confusa, dessa existência confusa, desses textos confusos que me deixam expirar, das linhas de viver creio que só resta mesmo uma conclusão pejorativa sou por formação natureza uma palhaça, muito, muito sem graça.