domingo, 30 de janeiro de 2011

A foto de quase um segundo contigo

A dor do amor tão reclamada pelos amantes não correspondidos, não pode ser mais insuportável do que a dor de um cisco arranhando e ferindo a parte mais delicada do corpo.
Tenho um defeito fudido...Acredito nos homens.
Ate nos vigaristas.Procuro desenvolver um processo de identificação com eles.
Não nado em piscina se tenho mar. Me adentro florestas porque meu jardim é minimalista demais, por conta da urbis.
E mesmo sem querer sei que meus cabelos escorridos são um naufrago pessoal.
E com certeza absoluta, após a viagem dos sonhos, Ele se conhece menos ainda de quando conhecia a si mesmo. O ser humano é assim, cada passo, se reinventa.
Percebo que mesmo com a inocência em seu colo, aquele sorriso de amor, dá pra ver a saudade sentida por mim, por nós.
Esse silencio de icognocíveis feita com a confiança com que se entregariam duas compreensoes.

PAGA-SE POR AMOR E AS VEZES A DOR VALE MAIS QUE AS DUAS PARTES JUNTAS.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Professora Darcy


Fico irritada quando vejo uma porcaria de criança obrigada a entender um homem. Eu falo a porcaria no sentido diminutivo (pequenina).

Eu já flagrei alguns amigos batendo em seus filho, lógico que na educação dos filhos dos outros não me meto, mas sinto raiva, muita raiva.

Os motivos são os mais topes possíveis. Eu sei que tem crianças impossíveis que se lidar, de controlar etc.

Mas são crianças.

Reza a historia que eu ao nascer já não pertencia ao Brasil, mi Hermano são Goiano e Fluminense. Eu sou o meio. O que leva ao inicio ou fim.

Ao retornar ao BRÉZIL fui estudar no colégio Andrews em Botafogo,lá tinha a professora Darcy de português tentando fazer eu me dês-alfabetizar da língua que eu trazira de fora.

Eu posso dizer que todos os dias eu fui uma aluna problema, e eu só tinha 7 anos.

Também posso dizer que alem de mim Ela, a professora era o problema.

Posso dizer que o que me enchia de poder me amaldiçoava de piedade. Sim, porque Ela vivia puxando agrados aos meus pais para literalmente "se dar bem" e, me delatava em tudo que eu fazia ou pretendia. Era uma espécie de FARC Colombiana.

Na minha pressa eu crescia sem saber pra onde. Lamentável essa professora não ter visto o que eu depois de oito anos me tornaria.

A verdade tia Darcy é que não me sobrava tempo para estudar, as alegrias me ocupavam.

Minhas vadiações tão bem sucedidas deixava a professora com um ar de provocação da menina odiosa.

Ah como fui torturada por aquela infância que eu temia nunca chegar a um fim.

Sem falar que eu estava permanentemente ocupada em querer e não querer ser o que eu era, sempre sem a definição de mim. Eu era uma flor, mas a flor que desejava ter nascido no pântano.

Meus cabelos escorridos, a franja pesada por cima dos olhos pensativos, sempre selvagem e suave de se ver. E com vaidade cultivava integridade da ignorância.

Quando Ela soletrava as palavras (isso é tão vivo em mim) eu com desprezo, ostensivamente brincava com o lápis, como se quisesse deixar claro que suas aulas não me interessavam nem quem Ela era. E a professora nunca olhava para mim. Ela desprezava aquela magricela de pais poderosos e olhar penetrante.

Cera vez Ela me disse: Nunca mais me olhe com seus olhos de adaga!

Fui pesquisar no dicionário o que era ADAGA. Eu morria de felicidade quando ouvia uma palavra nova. Ela não entendia e eu não me fazia entender. E tudo havia sido vivido por nós.

Ate meus risos foram definitivamente substituindo minha delicadeza impossível. Tornava-se um prazer já terrível o de não deixa-la em paz.

E minha vida é feita de historias e muitas historias eu não posso contar.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

eu e VOCÊ

É tão deplorável o amor implorado né?

Ainda mais aquele que é forjado a ferro e fogo e alguns chifres...

Odeio depender do amor de um homem, que é muito pior que depender de um homem.

Obrigada Deus por me dar a chance de ter um ser humano bacana!!!

É meu amor, você me mostrou que mesmo as maiores vitorias só fazem sentido quando a gente chega em casa e tem alguém pra contar, para ouvir, para dividir o jantar e o restinho de suco.

Sei que quando o bicho pega e a chapa esquenta e tudo fica muito tenso, você é a melhor pessoa do mundo pra ter ao lado

Obrigada pelo elogio que me faz, quando estou ao telefone e sou uma floricultura.

E quando você diz que me ama justamente pela minha inconstância em ser e não ser perfeita, e assim chego sempre no objetivo final.

Juro que não entendia as dezenas de vezes que me repetia isso.Procurei analisar quando me encontrei sozinha e sem tudo que possuo e me agrado.

Foi quando percebi que vivia em função de manter uma estabilidade irreal e decidi enfrentar o desconhecido. E me vi rodeada de idiomas e costumes. Parei de me cobrar tanto.

Amo nossos momentos de cumplicidade e seus conselhos, sua preocupação exagerada comigo. A ajuda que me dá com as crianças e tudo que você faz e torna minha vida um sonho palpável e ser uma vida.

E mesmo quando me afasto de ti, você continua comigo igual e intenso.

Amo sua generosidade que tem um ar de mim. E sinto saber que ficou mais "o outro" quando me percebeu assim, generosa, e se tornastes mais generoso, adotando meus sentimento.

Falo também da pessoa que eu adotei de ti...Hoje sou mais comedida...de dois anos pra cá.

Vejo que meu lado bom te contaminou e o teu tens me mudado lentamente.

E sei que tudo sempre se acasala pela nossa sinceridade um com o outro.

Há, para lembra de nunca esquecer "Nosso lugar" na velhice e na morte, ou qual dos dois chegar primeiro será em Itanhandú-MG.

Quem sabe comprar o "Casa Alpina"do Conrado?

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Na véspera de nada

Cada ultrapassagem na estrada é uma roleta-russa: a nuvem de poeira atrás de um caminhão se estende por quilometros, é necessário arriscar-se à entrar dentro de um voo cego e torcer para que um dos outros, talvez uns dez caminhoes que seguem em comboio, não venha justamente em sentido contrario e acabe com minha aventura solitária.

Pela segunda vez, confessando a imperícia no guindon da motoca...À noite atravessando o Rio Madeira, de forte correnteza, numa canoa motor de popa,para dar uma volta em Guayará, na Bolívia. Ninguém pergunta nada na ida ou na volta, poderia ficar rica trazendo outro pó em vez do pó que peguei na estrada.

E no corpo existe a raiva que sai do cansaço, a dor nas minhas pernas...sinto saudade, dos braços que deixei de sentir o quão forte são quando necessários...to com saudade de mim, sem êxtase nenhum da morbidade que antes existia.
Há saudades no meu cérebro de certas coisas que me ocupavam por fora.

Sinto saudades do meu marido

E da natureza permeável no tempo que eu viajava mais, com as sensações interna do cérebro.

E o que tenho comigo? Apenas a magoa. Nem mesmo sei se é isso.

No dia seguinte, mesma estrada de volta: Preciso pegar o voo que sai as 12:00 horas do aeroporto internacional (só não pousa voo internacional...????...por que é internacional?) rumo a São Paulo, pois acho que perdi minha inscrição na USP e o curso de acessibilidade.

Pesquiso no google o poema de Fernando Pessoa e aqui deve celebrar algo em mim:

PALAVRAS AO PÓRTICO"

" Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa: "Navegar é preciso, viver nao é preciso"
Quero pra mim o espirito desta frase, transformada a força para casar com o que eu sou: "Viver nao é necessario, o que é necessario é criar"
Nao conto gozar a minha vida; nem em goza-la penso. Só quero torna-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a a minha alma a lenha desse fogo.
Só quero torna-la de toda a humanidade, ainda que para isso tenha de perder como minha.
Cada vez mais penso. Cada vez mais ponho na essencia anímica do meu sangue e proposito impessoal de engrandecer a patria e contribuir para a evoluçao da humanidade.
É a forma que emmim tomou o misticismo danossa raça.
Fernando Pessoa

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O baú dos presentes

Estou devendo tantos imã de geladeira que prometi a umas pessoas muito especiais na minha atribulada, esquentada e admirável vida.

Acabei de comprar mais alguns, esses sem donos ainda. Pensei em algumas pessoas, pensei no João Salmaso que acabou de se mudar para Búzios...ahh coisa ruim hein?

Lembrei também que devo um souvenier para a BethShow,para o Adão de quando estive no Ecuador escalando o Cotopaxi. Mas esse está comigo.

Comprei em Cuba umas garrafas de rum para alguns também e as achei numa caixa...não lembro de que e para que foram os presentes.

Também achei umas calcinhas (bem safadas) essas sei pra quem foi...não conto!!
Lembro-me da historia dessas calcinhas...hahahahha...

Trouxe de Londres duas camisas para o Murdock, e tenho certeza que ele nem lembra que eu prometi, uma é de um azul cor de Mozilla Firefox a outra clássica preta.

Achei e pasmem!! Um embrulho de uns três anos atrás que eu levaria a uma viagem para São Tome das Letras para o Marquinhos do voo livre..

Quantas lembranças gostosas...Como essas frestas me dão a sensação infinita da vivência muda e fiel do meu coração. E a certeza que tudo é mutável e que imutável só o que vem de Deus.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Hell'sAngels

Hoje eu rodei sem caminhos, fui pra onde a chuva passava mais distante, acabei chegando na Bolívia...

É bem decadente por lá. Primeiro que a aduana brasileira nem olha pra sua cara (na ida), fiquei desconfiada em deixar a motocicleta, novinha, do lado brasileiro ( algum malvado me ganhar ela) e ter de voltar de carona com algum caminhoneiro...

Foram quase 700km...to moída, acabei de chegar no hostal com um certo aleijão psíquico, faltando pedaços.


Um boliviano me disse: Usted és muy guapa, és tambíen mujer maravilha!!

Pensei: É,a mulher maravilha também teve 33 anos...(Usava saia curta e bory)
E uma porção de "bolivianos" se chegaram a mim pra ver a moto. Nem fico importante nesse momento hem?

No ego, não era o que eu buscava ali, queria so achar um banheiro pra fazer xixi...

Meus olhos estavam com aquela expressao vazada de perversa inocência. O fato é que aquelas pessoas nao existem pra mim, eu sim, e muito passageiramente pelo visto.

Tratei de "vazar" do lugar.
Devo acrescentar que dentro de uma carro me sinto absolutamente só, mais segura como no ventre materno.

Meu sorriso vagava entre tímido e malicioso, olhos irrequietos e inseguros, lábios secos, cabelos emaranhados e elétricos, pesados e parecendo cobre, pela cor natural que me cobre.


Senti só a intromissão do rapaizinho que não parava de me velar com seus olhos de espantos e sentimento de destemida...aff...Pertubava meus pensamentos, minha solidão, minha maturidade.

Bem, se ele nao fosse a policia, eu matava!!
Descansando para a próxima aventura, amanha, se a natureza me permitir.

domingo, 2 de janeiro de 2011

As minhas novas possibilidades

Deixei uma vida organizada, confortável, previsível em Manaus (AM) para me lançar numa aventura profissional e pessoal. Alguns acharam loucura, outros entenderam. Mas nada do que ouvi foi suficiente para me fazer mudar de idéia.

Minha
próxima "viagem" será embarcar por trilhas desconhecidas mas mapeadas para aqueles que me amam poder ter noticias desse corpo e mente em mutação.

Não quero dizer que minha cabeça cresceu ou eu fiquei mais gostosa...continuo a mesma porcaria indecente e pirada que me chamam mas, confesso que uma coisa continua...a compaixão pelas pessoas,o perdão próprio pelos inimigos (mas eles não sabem disso).

Não vejo o que é bom como caridade, como ajuda, como dádiva, vejo como uma grande percepção de si mesmo, seja ela qual for.

Quando da viagem do meu íntimo vejo um resultado puro e sincero, mesmo escuro e nefasto, aí encontrarei a única bondade: a verdade sobre quem sou.


Aos que ficaram e me perseguem para que eu preencha o piso de melhor argamassa possivel e porcelanato maltês, digo-lhe: Mude o caminho das coisas, sem que para isso necessite de mim como passo, ou fase para alcançar qualquer que seja seu objetivo.

O meu desejo de esquecimento acaba aqui, não quero mais ter medo das minhas lembranças, me esconder em algo que me traga tranqüilidade: quero paz, aqui e agora, sem entendimento.

Aquela mesma paz que escrevi no texto anterior, só isso. Acreditando num Deus como forma de preenchimento moral.

Nem fui mais em um centro espirita, recebi tantas criticas que me abalaram a vontade de caminhar em busca de mais entendimento.

Novamente, sem entendimento.

E só.