quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O Infarto


Ao amanhecer,
Depois dos cumprimentos matinais de filhos em escola,
Deixo o carro na garagem e vou ate a padaria do bairro,
Antes, passo na banca com o sr. Jose, dou-lhe bom dia e sigo,
Na padaria, nunca fomos de papear, visto que seu Douglas é um senhor dos seus 55/59 anos
E nunca fez referencia, a saber, quem sou, ou quer queira, eu saber quem ele é.
Apenas, o bom dia de todos os dias e prepara um delicioso café, pãozinho de queijo e broa, como se fosse para o grande amor da vida dele.
Certamente isso é o de melhor que observo nele e, de certo o melhor que ele pode oferecer aos seus clientes, fazer com gosto e amor.
Hoje, foi tão diferente. Decidi seguir de carro todo o trajeto que costumeiramente faço a pé.Passei na banca seu Jose não estava, segui, ao chegar na padaria, não havia ninguém. Chego sempre muito cedo, antes das 7:00, o comercio no interior, só abre às 9:00, supermercado, padarias após as 7:00, então, chamei:
-Bom dia!! Oiii, Olá...Seu Douglas, o senhor esta ai?
Naquele momento pensei: Assalto? Saio, ou entro?
De maneira geral, me veio a angustia, que é um sentimento sem objeto. É uma sensação de vazio interior. Um aperto no peito!
Decidi por entrar, e lá estava ele, caído, entre a passagem interna de sua casa e o salão da padaria, com os olhos revirando, com a mão no peito, e com grunhidos de um voltar primitivo.
Um homem de 1,80m uns 90kg para um misero corpo de 1,67m e 56kg, quanta covardia e injustiça entre peso e estatura!
Foi minha única maneira em ajuda-lo, tirei  meu sutien, passei por baixo da cava das axilas, entre os braços, torci e puxei, e puxei bem devagar ate o salão da padaria, e fui puxando ate a porta. Onde sabia que anjos poderiam surgir com suas mãos e ajuda-lo com veemência.
Um carro parou e disse: O que ele tem?
Só lembro de dizer: abra a porta do carro e me ajude a carrega-lo!
-O homem disse: Você é filha dele? Respondi: SIM! Por favor, feche a padaria e chame o vizinho!
E ao coloca-lo em meu carro, fui direto ao hospital. Não tive tempo de pensar em outra coisa  a não ser dizer: Seu Douglas, preciso do senhor vivo, seu pao de queijo é delicioso e seu pãozinho moreno crocante não existe igual!
Enfim, entregue à mãos da equipe medica, fui perguntada meu grau de parentesco.
-AUDÁCIOSA. Respondi.
Hã? –pergunta a enfermeira.
-AUDÁCIOSA. E sai.
Avalio-me como uma mulher inteligente e não aventureira, pela quantidade de incertezas que sou capaz de suportar. Para mim, suportar não significa sucumbir, mas resistir às incertezas e continuar.
Soube pelos vizinhos que queriam saber quem o socorreu...Ficou uma semana na UTI e mais 4 dias na enfermaria, se recuperou e esta em casa. Resultado, um infarto.
Ai minha mae pergunta: Poxa, você socorreu o HOMEM da padaria, nem ele nem a família veio te agradecer?
Renovação pelo outro, mãe.
Eu não concordo que as pessoas devam te agradecer por algo bom que você a tenha feito. Não implica dizer: sou educado, portanto, fulano, muito obrigada e blá, blá...
Esse nível de insatisfação que acompanha o pós favor, o pós, te fiz isso, aquilo... somente pessoas que buscam os mecanismos de RECONHECER, que significa, reconhecer a si mesmo, consegue se reconhecer naquilo que faz, se percebe, não se sente infeliz.
Aparece sempre usando uma moeda de troca.
 Fez e pronto.
 Existe um fosso entre o essencial e o fundamental, que levam as pessoas a ficarem profundamente incomodadas, são as listas do: “como”, por que, mas eu fiz isso, eu ajudei fulano...e por ai vai. Busque satisfazer a obra. Não satisfazer egos sociais.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Mesmo na Sarjeta é possível ver o amor

A mais importante de todas. É descobrir quem somos e nossas prioridades.

Escolhi a partir de ontem, isso vai ser minha lei. Se descobrir e decidir viver pra mim. Porque se eu morrer, morrerei apenas pra mim.

Passei muito tempo na sarjeta, mas sempre olhando para as estrelas...Tentei ser natural e o pior fracasso é descobrir que é o mais dificil das poses.

Para as pessoas, o que vale é exatamente a vida que nao levamos.
Quero minha vida nova, exatamente como ela caminha, o simples, o contemplativo e o coraçao cheio de amor.

Meu carinho,

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O inferno de Auschwitz

Os atos alheios nunca deve justificar os nossos. As dificuldades da vida não devem nos endurecer ou ate nos transformar em pessoas cruéis, ainda que no final seja uma opção pessoal...

Lendo sobre a historia dos judeus e blá.blá...Alguns judeus chegavam à exaustão que cometiam crimes contra seus parceiros de cativeiros, uns se embruteciam e enforcavam crianças e quem mais à frente estivessem, outros se compadeciam alem de sua própria dor e ajudava os demais...

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Tudo, nada, para sempre, nunca

Hoje encontrei um grande vazio. No banheiro, ainda seu vestígio ..Toquei naquela toalha, senti seu cheiro, por instantes seu corpo me abraçava por trás e um leve beijo na ponta da orelha, senti.
O amor pela própria imagem, a consideração pelos outros e nossa autoconfiança saudável  onde faz com que todas as provas sejam insuficientes para nos incriminar, preferindo as circunstancias à outros a me julgar.
Entretanto, atravessar a rua e ouvir suas ultimas palavras sobre o "amor e liberdade", e o único e primeiro beijo me deixa um póstumo que me diz claramente: ate em nosso ultimo instante, soubemos estar a altura do grande papel que nos foi atribuído nesse encontro, narrado por essa idiota. Pois, alguns vivem de forma intensa, as vezes, trágicas, enquanto outros, vivem de forma suave e plena.
Mesmo ainda sendo incompleta e imperfeita, você tem tudo a receber de mim. 
Lembra sobre a "culpa"? O pensamento só é livre quando não carrega o peso do lugar e das visões pré estabelecidas.
Estive bem perto da realidade, do possível, do AMAR com bastante humor e sem excessos...
Quando perguntado: Desde quando você passou a me amar?
- Quando me escreveu aquilo...
Eu passei a te amar desde que vi em seus olhos que se nasce para fazer o bem e ao faze-lo, foi o suficiente para preencher minha vida. Demais coisas podem me ser roubadas, mas a verdade nunca, eis...TE AMO,