quarta-feira, 29 de setembro de 2010
sábado, 4 de setembro de 2010
Celibato feminino
Ele também é uma pessoa apaixonado pela vida. E nos parecemos em diversos aspectos. Ate o fato da diferença de idade que reconheço minhas qualidades e defeitos nele.
Ele possui um raro dom, sabe ouvir. Suas observações, seus sorrisos, seus silêncios faz a gente ter vontade de falar (...)
Contei-lhe meu passado em detalhes, talvez não o todo, os mais relevantes em 20 anos.
E dia após dia, mantenho-o em contato com minha vida. Qualquer que seja a distancia, o meio de fazer chegar nossas mensagens...
As vezes, soa tudo ridículo, engraçado, com bichinhos, snoops, retalhos de filmes nas memorias.
Eu adoro seu entusiasmo e logo em seguida uma súbita raiva o devora...E eu o acalmo...
E continuo gostando da sua generosidade desinteressada, sua gravidade, sua alegria, seu horror ao lugar comum.
Estou sempre me perguntando: Será que nunca ficara sozinho comigo? Nunca temos a oportunidade de conversar a sós. Por vezes, me sinto amargurada.
Que alivio! É cansativo odiar quem se ama.
Estamos vivendo esse conflito como se fosse uma tragedia pessoal. E nosso circulo apoia fielmente nossa exclusão.
Só quero ser cuidadosa com você meu amor. Qualquer mulher adoraria ter voce na cama, mas estou literalmente, igual a um homem impotente.
E continuamos sem exigir um do outro. Porque nada existe.
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
A intrigante
Me encontrou em choros e disse: Nao chora amor!
Chorar é doce porque é amor. Quando choro “de raiva” é porque tem sentimento nisso, algum pedacinho de algo que amo esta ali, me afugentando, me tirando a chance de sentir esse amor.
Ao saber dos comentários que se multiplicam em noites e dias calorosos aos sabores e ventos trópicos, do Amazonas ao Ecuador, fiquei extasiada em saber das brincadeiras com meu nome.
Realmente devo ser muito famosa no existencialismo alheio porque embora eu só seja identificada por pertences etiquetados, carro luxuoso ou ate mesmo a única Louis Vitton mala que possuo, a estrada inteira sabe quem sou.
Eu não conseguia parar de me ver, horrorizada, como um inseto.
E faz um retrato de mim como uma personalidade intrigante.
O que me preocupa todas as noites é que estão me isolando de você. Enquanto eu, encontrei uma pessoa pra me ouvir, rir e sonhar...Nossa amizade transcede a existência entre a racionalidade Homem X Mulher, isso sempre será enriquecido de maledicências.
E me colocam na posição de ter que questionar minhas reações mais espontâneas, que são as de carinho e inocência diante desse mundo revolto e mutante. Como sempre afirmei, dolorido como num parto sangrento e solitário. Em outras palavras, meus preconceitos mais antigos.
Nunca achei difícil tratar as pessoas com familiaridade, acho difícil é tratar com formalidade, foge do meu tratado pessoal. Meu sorriso sai torto e violentado. Faço isso somente com uma a duas pessoas que me impõe o formal.
Entendi. Sou louca por ser Eu, sou “peitinho” por ser a viajante. Sou a malvada por não ser sua, nas suas fantasias.
Não posso dizer, não posso gritar pra fora.
Sou intrigante mesmo, tenho uma vida e uma inteligência fascinante. Faço as idéias parecerem fáceis. Nunca sou abstrata. Perdao! Sou entrelinhas aqui.
E nos divertimos com os tópicos mais idiotas...ficamos crianças. E se todos soubessem ficariam sentindo que o mundo pessoal é triste e melancólico com seus preconceitos e verdades sem as “verdades”.
Enquanto isso, como desejo que venha, venha a qualquer preço de qualquer jeito e forma. Porque AMO. E não quero ficar abandonada materialmente nem psicologicamente com sua ausência , tão, tão próxima de mim.
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Minha alma viajante
Fico imaginando o afogamento da própria agua entre águas...
A gente sempre anda sozinho entre gente...
Tem um amargo de solidão no corpo...
Onde expira um pensamento esta uma ideia...Me pergunto: Cadê tua alma? Está na epiderme do seu corpo?
É que para mim a realidade parece um sonho...mas ele não está tangível...É somente sonho.
Não me permitirei viver apodrecendo..isso incomoda muito...
Há um erro...esse estranho estado de vida.
Não se pode prolongar um êxtase sem morrer.
Deus me deu saúde para viajar só.