sábado, 4 de setembro de 2010

Celibato feminino

Quanto mais eu conheço ele, mais afinidade tenho com ele.

Ele também é uma pessoa apaixonado pela vida. E nos parecemos em diversos aspectos. Ate o fato da diferença de idade que reconheço minhas qualidades e defeitos nele.

Ele possui um raro dom, sabe ouvir. Suas observações, seus sorrisos, seus silêncios faz a gente ter vontade de falar (...)

Contei-lhe meu passado em detalhes, talvez não o todo, os mais relevantes em 20 anos.

E dia após dia, mantenho-o em contato com minha vida. Qualquer que seja a distancia, o meio de fazer chegar nossas mensagens...

As vezes, soa tudo ridículo, engraçado, com bichinhos, snoops, retalhos de filmes nas memorias.

Eu adoro seu entusiasmo e logo em seguida uma súbita raiva o devora...E eu o acalmo...

E continuo gostando da sua generosidade desinteressada, sua gravidade, sua alegria, seu horror ao lugar comum.

Estou sempre me perguntando: Será que nunca ficara sozinho comigo? Nunca temos a oportunidade de conversar a sós. Por vezes, me sinto amargurada.

Que alivio! É cansativo odiar quem se ama.

Estamos vivendo esse conflito como se fosse uma tragedia pessoal. E nosso circulo apoia fielmente nossa exclusão.

Só quero ser cuidadosa com você meu amor. Qualquer mulher adoraria ter voce na cama, mas estou literalmente, igual a um homem impotente.

E continuamos sem exigir um do outro. Porque nada existe.


2 comentários:

Adao Braga disse...

A familiaridade mata a libido?

Anônimo disse...

eu queria existir pra voce.
deixa?