segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Pense bem...

ÀS VEZES, AS CORRENTES QUE NOS IMPEDEM SAO MAIS MENTAIS DO QUE FÍSICAS.
PENSE, POIS MUITAS VEZES AMARRAM VOCE EM NADA E VOCE ACREDITA!!

sábado, 20 de agosto de 2011

Velho Indio nas linhas de Nasca

Talvez, todas as árvores da floresta desmaiem quando a primeira delas ouve sua sentença de morte. Estive em Nasca, no Peru, e me aproximei de um índio nativo. Ao aviso do guia: Não se aproxime dos nativos.
Ai a frase atiçou minha curiosidade: Por quê?
-Eles não gostam de estrangeiros e não falam de seus costumes.
Enquanto eu e duas amigas aguardávamos a saída para visitar as LINHAS DE NAZCA de teco-teco, enquanto alguns passeavam entre as lojinhas de souvenir. Me afastei lentamente ate chegar naquele índio, velho, misterioso, com a cabeça abaixada. Mesmo acostumada a tais coisas, levei verdadeiro susto com sua reação inesperada. Ele me olhou profundamente, com lágrimas que escorriam pelo rosto. Estava tão desejoso de dizer-me alguma coisa que seu rosto explicitava só ansiedade. Mas ali, não havia sequer traço de dor. Só pude entender a linguagem silenciosa das suas lágrimas, mais nada... A não ser somar minhas emoções às dele. Nosso entendimento ficou no nível atávico, sem a necessidade de emergir. Foi fácil entender seu mudo recado. Naquela região do Peru a pobreza é extrema e...La Guarda Nacionale não permitiu que aquele velho índio pegasse seu punhado de Bijú (tipo uma tapioca feita de mandioca, só que mais dura, feito biscoito) que é dado aos nativos que vivem famintos naquela redoma geográfica que os Espanhóis deixaram como herança de sua cultura de gafanhotos devoradores.
Pena eu ter sido roubada dois meses depois onde me levaram todo meu HD externo com fotos das viagens e, a do senhor índio faminto.
Queria lembrar daquele rosto, tinham todos "um olhar distante", pareciam notavelmente pensativos e contidos por uma insuspeitada região de si mesmos. Queria muito extinguir-lhes a fome, queria realmente confirmar a alguns que me perguntavam se no Brasil ainda havia árvores, se eram gigantescas, se davam frutos, se fazíamos casas pois, em breve conversa com uma índia, ela me confessou que na cultura dela, eles só tocam em árvores que estão "anestesiadas"...Caídas no chão. E mais uma vez, pude selecionar um conceito favorito meu: só progredimos substituindo ideias obsoletas e inserviveis por ideias novas, ainda que de inicio, um tanto traumáticas no sistema pessoal de pensar e viver. Cujo conhecimento costumo chamar de "o oficio de viver".
A verdade não tem dono, porque é de todos.
Nasca, tem um ar pesado, incomum, definitivo. Como num sonho, de ver um sonho realizado, pensar que a hora de estar no reino dos Céus é no almoço seguinte que o HOMEM decidir nos alimentar.
Foi uma grande experiência, um grande aprendizado, recomendo.

 CHEGADA NA CIDADE DE NASCA
 LOGO APÓS A DECOLAGEM OBSERVA-SE A PEQUENA AGRONOMIA DO POVO ANDINO
 A PRIMEIRA CURVA
 OBSERVE BEM O MACACO-ESTÁVAMOS A 1000 METROS DO CHÃO
 AINDA ESTAVA BEM PARA FOTOGRAFAR
 OBSERVE O PAPAGAIO
 O CONDOR
 A BALEIA
 A ARANHA
 ESTAVA PASSANDO MAL, MESMO ASSIM, TENTEI TIRAR MAIS FOTOS
 NOVAMENTE O MACACO, OBSERVE QUE ELE TEM 5 PATAS



EU,NA VOLTA, PASSANDO MAL...RSRSSRS

As Linhas de Nazca está localizada na parte sul do Peru, está localizada em um deserto entre os Vales de Ingenho e Nazca. Sobre uma chapada de 500 Km quadrados, os antigos homens da cultura Nazca fizeram enormes desenhos, representando figuras geométricas, animais, aves, plantas e linhas retas por toda a extensão do deserto por vários quilômetros em todas ás direções. Estas imagens na supérficie do deserto são gigantescas, e á única maneira de observar estes desenhos é por avião. A verdadeira origens das Linhas de Nazca e figuras é desconhecido, ninguém sabe quem construiu ou porque? As Linhas de Nazca se transformou em um verdadeiro enigma desde a época que foi descoberto.

domingo, 14 de agosto de 2011

Os passarinhos enfeitam...os jardins e as florestas...


Ainda tenho alguma chance de dar certo. Meus vizinhos tem feito de tudo para controlar o ímpeto de seus bichos, o da esquerda perde a presença de sua cadela chamada Kika, o da direita, os dois gatos que teimam em me fazer companhia pela manha quando fico em casa. Os bichos do condomínio, a maioria cachorros, estão sempre à minha porta (não estou no cio), passarinhos, pombos, calangos e ate uma cobra já apareceu aqui, gerando um assombro para a segurança do condomínio que existe a quase trinta anos e nunca ouviram falar em cobras aqui. Bem, em se tratando de Julie, tudo sempre será possível.

Não sei o motivo da atraçao desses bichos...Ficam em torno de 5, 6 por vez na frente da casa...Não dá para conter pois aqui o estilo é meio Beverly hills, fachada aberta e laterais divididas por vegetação baixa, icsórias amarelas e rosas. Tenho dois cajueiro lindos, que a quase três semanas me dão suco delicioso. O problema se gerou quando a ricaça imortal esposa de um funcionário da PF da cidade, corredora exímia de 4 km por noite dentro do condomínio se sentiu ofendida por seu cachorro pug, que ela adquiriu na China, resolveu ficar nas minhas cadeiras deitado, sem demonstrar qualquer movimento de segui-la.

-Olha, eu não lhe conheço mas você deve estar dando algum alimento ao Fred (o tal Pug) porque ele não volta pra casa e as "pessoas" me disseram que você fica com ele no seu colo, por isso ele não volta!

EU, estupidamente nojenta disse-lhe: "Primeiro, volte para a calçada, não lhe permito entrar no meu domicilio. Segundo, seu cachorro ainda nem olhou para você, porque sou eu quem está mais perto dele e terceiro, tenho que concordar que sou irresistível!

Ela, num gesto brusco e calculado veio mais afrontadamente em cima de mim tentando tirar o FRED do meu colo, o cachorro pulou e sem a menor pretensão entrou na minha casa. A segurei pelo braço e falei:  Ei!!! tudo tem limite, e eu não tenho nenhum medo da loucura. Entre na minha casa, pegue seu FRED e não volte mais!

-Ahhh, porque eu vou lhe prender, meu marido é o fulano e o meu cachorroooo....

Acho certas manifestações legitimas,confesso. Mas, nunca tinha encontrado alguém com um desequilíbrio status. Alguém dando Pitis de madames...Vi que aquilo não era uma extravagancia, era um sintoma.

- Minha senhora -falando Eu...
Eu não preciso do seu cachorro, ele que precisa de mim, e nada que você esbraveje, estará pondo medo a mim e, assim como também morre quem atira, peço a gentileza de pegar seu cão e ir para sua casa antes que perca minha lucidez.

Nesse momento, tinha três seguranças montados em suas motos observando o espetaculo vindo daquela casa que inspira alegria, cheias de cristais pelo jardim, pêndulos de sons e muito verde. Observando, ela chama o FRED, implora pelo FRED, manda chamar a filha, e a filha chama o cachorro e, ai sim, o cachorro volta para perto de mim...e eu o pego e entrego à filha. Ela permanece atonica e ainda tem a coragem de dizer: Eu não sei o que ela fez com meu cachorro! Ele não me ama mais...

Foi o fim do espetaculo. Quem é mais grato a quem nesse episódio?

Ela que me agradece ate pelo que eu não pude fazer por ela, ou eu, pelo que ela fez por mim, mesmo achando que muito o me tenha dado (lição de moral e uma guerra solitária de ser humano banal), a mim, o magnifico exemplo de uma alma sozinha. Pois não é isso o "muito" e o "tudo" que ela deu?
Bem, se você por acaso vislumbrar uma pontinha de orgulho nos meus olhos molhados, que fazer?
Afinal,ninguém é perfeito e nem de ferro...Costumo dizer também que alem de Deus, que é imutável, existe outra coisa também permanente na vida: a mudança.

 MAMÃE
 À DIREITA OS CAJUEIROS
 MINHA FAMILIA, MEUS AMORES
 EU E MAMÃE

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

No meu aniversário.

Cansei de esperar que alguém entenda minha alma. Que consigam evoluir com a superconsciencia humana no campo de entendimentos intelectivos a sofrer constantes desvios. Que essa superconsciencia transcenda a barreiras do entendimento, as percepções que o consciente não consegue registrar e traduzir com as reais e autenticas medidas. E por isso, estou sempre sendo reprimida por outrem e ate mesmo pela família. Ou seja, para mim, a família é minha autentica universidade, ou saímos dela diplomados  com mestrado e PhD concluídos, prontos para as conquistas pessoais, ou delas nos retiramos precipitadamente, interrompendo o curso da esperança. Não compreendo, pois, entender é supérfluo demais pra mim. 
Era meu aniversário, estamos reunidos em uma mesa longa, bem produzida, num restaurante chic da cidade. Foi agradável a comemoração, éramos nove pessoas. Ao final, as crianças apreciavam as brincadeiras do playground e, a família conversávamos. A garçonete chegou para retirar a mesa, e uma ideia despontou internamente, fiz a pergunta para a garçonete: "Vocês tem algum programa social para essas latinhas de refrigerante?

(TÍNHAMOS CONSUMIDO 17 LATINHAS DE REFRIGERANTE)

-Há senhora, o dono daqui vende tudo, não dá nada pra ninguém, esse Libanês é ó...(fez o gesto de punho fechado)
Eu só trabalho aqui porque não estudei e estou a dois anos aqui, tentando ganhar as contas mas a fama dele é que não dá a conta a ninguém para não pagar o valor da multa. E...blá,blá,blá...

Respondi: Peça ao gerente para vir aqui, por gentileza.

Nesse momento, todos à mesa me olharam com repressão, esperando alguma reaçao das muitas inspirativas que tenho. Minha filha disse: Mãe, pelo amor de Deus, aqui é um restaurante chic, não vá discutir com o gerente por causa disso...

Houve nesse instante o encontro da vontade-apelo com a vontade-resposta.

-Veio o gerente:"Pois não senhora,boa noite!

Perguntei: Senhor, o que vocês fazem com as latinhas de refrigerantes vazias?
-O proprietario vende essas latinhas senhora.

-Ah, então vocês não doam, não tem nenhum apelo social? - EU

-Não,não...São todas vendidas para o mercado de sucatas - Disse ele.

-Então, por favor, as que consumimos, quero que coloque em uma sacola que irei levar.
Ele - É, que senhora...

Sr. gerente, elas me pertence, paguei por elas...

E todos à mesa, ficaram estarrecidos com meu ato. Envergonhados...tímidos...

Tudo porque estavam em um restaurante chic, com alguns milhonarios da cidade.

Fico mais triste porque são meus parentes, são pessoas que amo. E que não compartilham da minha alma...
Eu não estava fazendo aquilo por um estranho ou desconhecido, mas por meus filhos, pelo meu marido, pela minha mãe, enfim. Não foi nada fácil, mas acabei vencendo as  resistências intimas, porque achei que o episódio continha uma lição útil para todos nós, inclusive para o gerente e dono daquele lugar.

Foi naquele dia, no meu aniversário, que tive a exata noção da responsabilidade pessoal por tudo quanto fazemos. Mas, cá entre nós, era melhor ter deixado o caso arquivo na minha memoria? Ou melhor nunca te-lo mencionado? Ao passo que penso, as pessoas estão mecanizadas, alienadas aos métodos.

O que custa essa empresa doar as latinhas? Por que tanto lucro? Se já haviam tido o lucro da noite nas minhas despesas?
Ser não fosse ser indiscreta com meus familiares, poderia escrever uma novelinha de muitos capítulos narrando as diversas historias que, juntos, vivemos no passado, em diferentes existências e contextos. Não sei, contudo, se aqueles que me cercam e a mim se ligam por laços de afeição, parentesco ou profissionais, teriam sido igualmente preparados para absorver certos impactos suscetiveis de criar conflitos íntimos, e entende-los. Não compreende-los. Ainda assim, a palavra final foi de mamãe, já dentro do carro:

- Minha filha (falando à neta) - Sua mãe sempre foi maluquinha.