quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Corta logo o CABEÇÃO!!!


Nas minhas escavações... Nossa! Fiquei pensativa depois de encontrar pequenos dizeres da minha adolescência e, pequenas coisas que eu indagava.
Caraca!! Lembro de um baiano "Alex" que estacionou por três dias e ficou 3 meses em casa... Papai era louco de deixar, e mamãe, louca pra eu namorar com ele. Ôh, véia maluca!!
Esse dito, era apaixonado por Raul Seixas. Eu, tinha poucas, ou quase, nenhuma, informação de quem era o "RAUL SEIXAS", muito novinha, na época.
E tinha que aguentar as "mosca na sopa", "maluco beleza" etc, do genero. Passei a gostar. Mas, o grande lance, é que encontrei esse texto compilado a mais de 15 anos, e coube bem na minha realidade hoje.
Ate comentei com minha mãe:
"Mãe, vou fazer outra tatuagem".
- Há não, outra não, você ta parecendo a "ALCA".
-ALCA? Como assim?
- Cheia de bandeiras no corpo.
Depois que entendi. É que tudo que me alimenta as emoçoes eu tatuo no corpo, borboletas, estrelas, crianças, flores...Mas ta faltando algo... Decidi fazer uma caverna e, alguem, nao decidi quem, descendo no rapel.
, virou obsessão, é...
Minha mãe disse que vai me arrancar a cabeça!!
Maêêêê!!! não acha que meus pelos estão crescidos para se preocupar com meu corpo? Com minha vida? Meus cansados olhos e ombros?

Mas, voltando ao inicio, depois de Raul Seixas etc...Lembrei do Ney Matogrosso...Obaaaaaa...
Olha que descobri nas entranhas do meu mundinho guardado e aguentado por longas 19 mudanças que fiz durante 29 anos...

Arranca o couro cabeludo
Arranca caspa, arranca tudo
Deixa entrar sol nesse porão
Em qualquer dia por acaso
Desfaz-se o nó, rompe-se o vaso
E surge a luz da inspiração
Deixa seus anjos e demônios
Tudo está mesmo é nos neurônios
Num jeito interno de pressão
Talvez se possa, como ajuda
Ter uma amante manteúda
Ou um animal de estimação
Pega a palavra, pega e come
Não interessa se algum nome
Possa te dar indigestão
O que se conta e se aproveita
É se a linguagem já vem feita
Com sua chave e seu chavão
A porta se abre é de repente
Como se no ermo do presente
Se ouvisse a voz da multidão
E o que tem força, o que acontece
É como um dia que estivesse
Sem calendário ou previsão
Fica à espera, de tocaia
Talvez um dia a casa caia
E fique tudo ao rés-do-chão
Fica a fumaça no cachimbo
Fica a semente no limão
Fica o poema no seu limbo
E na palavra um palavrão

Ney Matogrosso

4 comentários:

Anônimo disse...

eu nao gosto de mulher com tatuagem, a sua é muito visivel?
fica vulgar.
mas voce é uma gata sabia?
um cheiro

Anônimo disse...

Um cheiro?
Isso tem cheiro de Dandão no ar !!!


E qual a mãe que deixa de se preocupar com seus filhos? ...não dá para entender muito bem, mas fazemos de conta que não entendemos para não dar o braço a torcer que, no fundo, as entendemos em suas preocupações.

Anônimo disse...

ÊEPA! mulher de tatuagem não é vulgar coisíssima nenhuma. É muito bonito e sexy! e tenho dito! tsc.... realmente isso parece coisa do adão! kkkkkkkk

muito obrigada pela sua visita viu! Gostei do seu blog tambem. Beijão!!!

Anônimo disse...

Cada dia mais profundo e real, a evolução acompanha a emoção.

Beijos carinhosos