terça-feira, 13 de novembro de 2007

No caminho de casa...


O dano psicológico é aquele que sofremos quando somos atingidos emocionalmente. Isso acontece com todos nós.
A 'MARIA' (nome fecticio) passou por uma experiência quando era adolescente, ela foi estuprada quando voltava da casa de uma amiga. Foi o acontecimento mais terrível de sua vida. Se ela pudesse, apagaria sua memoria para não lembrar.
PQP...Agora eu vi a coisa preta.
Antes de começar uma terapia, a MARIA nunca havia comentado detalhes do estupro. E sua família nunca havia comentado sobre o fato achando que falar sobre o assunto iria causar humilhação à ela e por isso nunca trouxeram à baila. E por isso, hoje tem problemas em relacionar com os homens e sofre na angustia de não saber se tem preferências ou preferência sexual.


Caraca
!! Eu não gosto de falar disso...E agora? Beth, alguma sugestão??
Fico tensa, porque tenho vontade de falar à ela assim: Não é bom guardar a si certos segredos!! Talvez se ela tivesse tido a chance de conversar com alguém à respeito, esse segredo não tivesse se tornado tão nocivo. Hoje ela sentiu-se menos amedrontada na presença de uma amigo, que, estrategicamente convidei a parcipar das nossas conversas, e nos caminhos mais escuros e ocultos, percorremos juntas e estamos conseguindo afastar seus medos e os meus. Sim! Os meus...

No caminho de casa, vi um por do sol impagável...E me veio MARIA aos pensamentos. Me perguntei se ela havia sentido algo magico, daqueles que não conseguimos explicar, somente, sentir? Não sei se, estou, ou sou, tão louca, mas apenas um por do sol, me é capaz de lavar a alma e esquecer os partos sangrentos e doloridos desse mundo. E sobretudo as pequenas questiunculas que me faço.

Podemos olhar diretamente as pessoas sem vê-las, ou ouvir as pessoas falarem, mas não escuta-las... E assim, não tenho tanta certeza de mim mesma...

"Mas a vossa culpa permanece porque afirmais saber o que estais fazendo"
João
9:41




4 comentários:

Beth disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Beth disse...

Nada é tão simples Jullie quando um trauma, principalmente um trauma oriundo de um subjugo sexual, nos acompanha durante uma vida.

"Qual o meu papel diante de um professor de economia e fanho? Qual o meu papel diante de um professor de economia e fanho que desenvolveu seu problema após uma violência? Qual o meu papel diante de um professor de economia e fanho que desenvolveu seu problema após uma violência contra sua familia? Qual o meu papel diante de um professor de economia e fanho que desenvolveu seu problema após uma violência contra sua familia; que viu amarrado e amordaçado sua mulher e filhas serem violentamente estupradas?"

Meu papel foi estudar.

Com certeza nada é tão simples assim, nem todos os pores-de-sol serão tão bonitos, mas haverá sempre a oportunidade de olhar o sol se pôr quase todos os dias, ou algum dia.

Beijos Jullie, continue ouvindo e deixe sua cliente chorar quando ela for chorar.

Anônimo disse...

Ameiiii, amigaaaa!!! Te amo...
Obrigada por me fazer sentir a necessidade de continuar e dormir um pouco aliviada de tantas historias que me atormemtam, sem que eu as possa resolver como num por do sol...

Por que Jullie, com dois éles (L)??

Beth disse...

Não foi tão fácil assim, mas necessário ser assim.

Jullie com dois LL´s??? Sei lá ... acho que mania !!!

beijão