sexta-feira, 14 de março de 2008

Cruzamentos Perdoados



Há alguns meses, fiquei refletindo sobre um e-mail (invasivo) que chegou ate mim. Trata-se de uma pessoa que só conheço através do seu blog. Engraçado, todos meus post, a referida pessoa, se colocava como personagem. Estranho não? E no fundo, a historia, ou estória, cabia lhe exatamente ao tamanho de sua erosão conjugal. Que coisa sem nexo com nexo invertido, hem??

Pois bem, algumas vezes me encontrei entre a Julie e a outra Julie - a profissional. Me deixei levar com as poeiras alheias. Tracei "perfis", troquei pensamentos, e percebi, no fundo, que a vida alheia me custa muito. Sou completamente alheia à rótulos e incapaz de aderir de forma inequívoca aos domínios de outrem, ou às elites. Traçando o tal perfil psicológico marcado pela angustia do desenraizamento "homem dos lobos" que Freud estudou no começo do século passado.

Teria sido sua infância, submetido (a) às pressões culturais contraditórias de sua família (para época) burguesa? Ou culpa da babá superticiosa? Que levou à beira da Psicose?

Desde então, se camufla a tentar superar o vácuo de significado existente entre seu papel social, papel afetivo, e o fato de ter nascido com sinais que nas tradições camponesas serviriam para identificar um/uma futuro LOBISOMEM-Feminino. E tem mais uma prosa. Capaz de circular com grande desenvoltura em todos os meios. Porque se tornou (que se acha) perito (a) em transformar o próprio modo de ver o mundo, as pessoas, seus comportamentos. Alternando o costume que se acham em pleno conflito em si próprio (a).

Teceu comentarios indignados aos meus post, e no fundo teve que se acostumar, aceitar ou fugir. O destino o(a) transformaria em potência de segunda ordem, o que tentara ofuscar minha grandiosidade. Ocupara apenas a insegura posiçao de agregado(a) virtual.

Mas, devo confessar meu desejo insano: "Sinto saudades das besteiras que escrevia, que postava - fez-me rir.

Finalizando: Quanto maior a demora de uma revanche, maiores sao as duvidas que construimos em nós mesmo".


2 comentários:

Anônimo disse...

Quem sabe ele pensou ser o número 23?

Pedro B disse...

vai falar também sobre a teoria do gozo de Lacan? Que tal aplicar a teoria do gozo ao caso concreto? Gozando eu entendo melhor.
vamos gozar? :)