Será chamado de indiferença.
É como se daqui a milhares de anos finalmente nós não formos mais o que sentimos e pensamos: teremos o que mais se assemelha a uma atitude do que a uma ideia.
Desconhecendo palavras, ultrapassando o pensar que é sempre grostesco.
Não é um estado de felicidade. É um estado de contato.
Tenho avidez pelo mundo, tenho desejos fortes e definidos, hoje estarei batizando uma criança, na igreja de São Sebastião, não usarei o vestido azul, que antes havia planejado, usarei o preto e branco, dançarei e comerei. Mas, ao mesmo tempo, não preciso de nada, e aquela pureza toda da igreja já começa a me incomodar.
Estou de modo que prescinde de tudo - e também de amor, da natureza, de objetos. Prescinde de mim esse modo. Embora quanto aos meus desejos, a minhas paixões, o eu contato com uma árvore, eles continuam sendo para mim como uma boca comendo.
E para meu espanto, estou caminhando, hoje, em direção ao caminho inverso. Caminho à direção do caminho que construí, caminho para a despersonalização.
E terei de me purificar nesse lugar. Antigamente, purificar-me significaria uma crueldade, contra o que eu chamava de beleza. e contra o que eu chamava de "eu", sem saber que "eu", era um acréscimo de mim.
Será preciso muito mais "purificar-me", para inclusive não querer o acréscimo doas acontecimentos. Só que será preciso ainda tomar cuidado para não fazer disto mais do que isto, pois senão não será mais isto. A essência é de uma ignorância pungente de mim.
Quando se realiza o viver, pergunta-se: mas era só isto? E a resposta é: não é só isto, é exatamente isto.
É que em gloria eu me sinto vazia. EU sempre tive medo de ser fulminada pela realização, eu sempre havia pensado que a realização é um final - e não contara com a necessidade sempre nascente.
Eu não fui batizada! Eu sempre fui condenada pelas ideias nascentes, dessa mente que transcende.
E não caminharei de pensamento em pensamento. Há uma experiência de gloria na qual a vida tem o puríssimo gosto do nada. Eu não quero ir, mas tenho que ter honradez, eu não quero olhar em teus olhos, pois teria muito medo de confessar-te minhas ideias. Tenho muito medo de Ti.
A perda de tudo o que se possa perder e, ainda assim, ser.
Tenho que entrar com minhas características? Ou me despersonalizar contra a grande objeção de mim mesma? A maior exteriorização a que consigo chegar?
Estarei ai, na sua casa. Mas, apenas em imanência, porque só alguns atingem o ponto de, em nós, se reconhecerem. E assim, me revelar.
É como se daqui a milhares de anos finalmente nós não formos mais o que sentimos e pensamos: teremos o que mais se assemelha a uma atitude do que a uma ideia.
Desconhecendo palavras, ultrapassando o pensar que é sempre grostesco.
Não é um estado de felicidade. É um estado de contato.
Tenho avidez pelo mundo, tenho desejos fortes e definidos, hoje estarei batizando uma criança, na igreja de São Sebastião, não usarei o vestido azul, que antes havia planejado, usarei o preto e branco, dançarei e comerei. Mas, ao mesmo tempo, não preciso de nada, e aquela pureza toda da igreja já começa a me incomodar.
Estou de modo que prescinde de tudo - e também de amor, da natureza, de objetos. Prescinde de mim esse modo. Embora quanto aos meus desejos, a minhas paixões, o eu contato com uma árvore, eles continuam sendo para mim como uma boca comendo.
E para meu espanto, estou caminhando, hoje, em direção ao caminho inverso. Caminho à direção do caminho que construí, caminho para a despersonalização.
E terei de me purificar nesse lugar. Antigamente, purificar-me significaria uma crueldade, contra o que eu chamava de beleza. e contra o que eu chamava de "eu", sem saber que "eu", era um acréscimo de mim.
Será preciso muito mais "purificar-me", para inclusive não querer o acréscimo doas acontecimentos. Só que será preciso ainda tomar cuidado para não fazer disto mais do que isto, pois senão não será mais isto. A essência é de uma ignorância pungente de mim.
Quando se realiza o viver, pergunta-se: mas era só isto? E a resposta é: não é só isto, é exatamente isto.
É que em gloria eu me sinto vazia. EU sempre tive medo de ser fulminada pela realização, eu sempre havia pensado que a realização é um final - e não contara com a necessidade sempre nascente.
Eu não fui batizada! Eu sempre fui condenada pelas ideias nascentes, dessa mente que transcende.
E não caminharei de pensamento em pensamento. Há uma experiência de gloria na qual a vida tem o puríssimo gosto do nada. Eu não quero ir, mas tenho que ter honradez, eu não quero olhar em teus olhos, pois teria muito medo de confessar-te minhas ideias. Tenho muito medo de Ti.
A perda de tudo o que se possa perder e, ainda assim, ser.
Tenho que entrar com minhas características? Ou me despersonalizar contra a grande objeção de mim mesma? A maior exteriorização a que consigo chegar?
Estarei ai, na sua casa. Mas, apenas em imanência, porque só alguns atingem o ponto de, em nós, se reconhecerem. E assim, me revelar.
3 comentários:
Esta sua imanência, é transcendente!
E quem disse que abandonar-te-ei??
Beijos....no seu coração!!! E outro na barriga para Valentinha....linda Valentina !!!
beijos
PS: Deixei selinhos para ti no Simples !!! De volta aos estudos...quer um cadinho de dor de cabeça??? E o batizado?? Como foi ???
hey, sente saudade de mim?non entendi mto bem,mas achei ótimo =)
E o post...uau...o.0
Profundo, profundo. Mas eu sou ateu =P hehe
Ah, teu post anterior...nossa, simplesmente maravilhoso, parabéns pra ti, pela tua recuperação, e pela ajuda dada a outra mulher. Que te ajudou também, né? Te aguentando e te escutando! hehe
www.naosounormal.com
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