segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Leve indigestão

Quando estava próximo de dar à luz a Valentina, estava numa loja fazendo umas compras para levar a maternidade. Quando entrei na loja vi um casal com um menino de uns 4 anos, gritando, se jogando no chão, gritando o tempo todo. Jurei ao meu marido que nossa filha seria uma criança gentil e respeitosa, assim como os irmãos os são. Bem, sempre que vou a restaurantes recebemos elogios pelo comportamento das crianças de pessoas estranhas que nos perguntam como conseguimos manter-los calmos. Sem estarem correndo por baixo das mesas e, incomodando as pessoas. Acho que ainda sou da moda antiga. Não que eu não tenha deslizes, logo, sou deselegante em algumas situações. Mas vim aqui escrever sobre valores. Aqueles que começam em casa. Como ajudar a carregar as compras do mercado, a guarda-las, a abrir a porta ou segurar ate o outro passar, agradecer com um 'obrigada' sem eu precisar mandar. Mandar um 'por gentileza' quando estiver fora de casa e ate em casa também, com os irmãos. E o que ele diz é muito importante também pois, ele pode ferir os sentimentos das pessoas. Como ele deve se comportar para todas as ocasiões, como comer na casa de um amiguinho, visitar amigos e principalmente quando os adultos estiverem conversando, não devem interromper. Não ensino a palavra magica (como se fosse magica) pedir "licença". Isso soa como se eu fosse parar a conversa com outro adulto e dar-lhe atenção. Lógico que não! A regra é "não interrompa". Logo, darei atenção a você, Et ceteras...
Sábado, fui levar minha filha mais velha e suas amigas para o parque. E no caminho elas falavam sobre meio ambiente. Sempre fui muito de interagir com ela e suas amigas, eu, indagava a todos com um ar sarcástico que tenho. Me senti vencida. Com um prazeroso incomodo. Nem vou me ater aos resultados do que ouvi, pois eles bem mereciam não um texto, vários textos. Mas adianto que deu o óbvio. Sim, eles são individualistas. Sim, eles tendem a uma total negativação do coletivo. Eles acham que se o mundo acabar, não tem problema, porque eles não estarão mais habitando o planeta. Claro, que soava aos meus ouvidos, uma turma mais consciente (a minha filha) mas, diante dos que acham que, se a agua do planeta acabar, vai ser bom porque aí ela pode vender mais caro, com um tom ingênuo.
Eu, juro! Tentei digerir aquela montanha de informações: tia, mas....tia se...tia, olha só...

EU FUI VENCIDA...

Achei que toda educação, consciência, bons modos que tento ensinar, estaria fazendo com que o mundo fosse melhor...

O MUNDO QUE VAMOS DEIXAR PARA OS NOSSOS FILHOS VAI DEPENDER MUITO DOS FILHOS QUE VAMOS DEIXAR PARA O MUNDO.

Entendeu o tamanho da indigestão?

2 comentários:

Anônimo disse...

Entre as muitas regras existente, há uma que diz:

- Aqui quem manda sou eu. Quer democracia? Aqui não!

Quanto ao meio-ambiente, estamos todos no mesmo barco.

Ser da antiga é coisa errada? Penso que não. Estas regras também existem por aqui. E quando o comportamento é contrário ao exigido, ele veem cedo aonde a "onça bebe água".

Que bom ler algo seu neste feriadão!

Beijos na Valentina e nas demais. Forte abraço em Lu!

Anônimo disse...

Como assim???
A mais velha tá assim eh? Diga para ela que tia Beth vai puxar as orelhas dela. hahahahahahaha

Beijocas. Tem uma frase de Paulo Coelho que eu acho otima para esses individualistas de plantão. Quando achar a frase, eu volto e coloco por aqui.

Beijos
em ti e nos seus !!!!