terça-feira, 27 de julho de 2010

Meu reino é vegetal

Espaço e tempo são a mesma coisa. Então o desentendimento é birra do tempo. E essa decisão passageira em me manter ao computador para escrever, já deu brigas feias em casa com marido, filhos, e ate mesmo com visitas. Não sei o que acontece, deve haver algo relacionado com o infinito. Sento e escrevo, ao ponto que tudo ao meu redor se torna luz, não vejo nada, somente meus pensamentos e o automático dos dedos. Me excita ver minhas mãos tendo prazer. O imaginário, como tudo antes do acontecimento o é, me toma toda com a ansiedade do terminar. É como se para o leitor minha obrigação fosse o mais rápido dos acontecimentos. Tenho de terminar, alguém vai me ler. Chega a ser uma tortura prazerosa. Será que outros sentem isso? Como posso chamar esses sentimentos? Quando você sente saudade de alguém que você não gosta mais? Qual nome dar a esse sentimento? Qual é o nome que se dá, quando você recebe um presente de alguém que você sabe que já te feriu antes? Aquilo, que no momento é sentido? Ah, como queria saber o nome para dar lugar ao desconhecido. O pior que não existe nem adjetivo para traduzir esse infinito. Preciso urgente saber que nome dá às coisas que não se tem nome. O absoluto é de uma beleza idescritível e inimaginável pela mente humana. Ou por esse mente humana. Generalizo porque se houvesse sequer adjetivo para esses pequenos acontecimentos, algum gênio eternizado antes de mim o teria deixado para nos ensinar seu nome. Que pena eu nao entender de fisica e matematica, para poder, nessa minha divagaçao gratuita, pensar melhor e ter o vocabulario adequado para a transmissao do que sinto. A dos gestos mais belos e largos e generosos do homem que sinto, é aquele andando vagarosamente pelos campos lavrados, lançando vagarosamente as sementes. Plantar, é criar na natureza. Criação essa, insubistituível por qualquer outro tipo de plantação. Nossa!! Como devaneio nos temas...são minhas substituições de garantia. Sou como uma planta, ao menos tento ser. E como ela, uso a escuridão da noite pra crescer e esperar que algo amadureça,é uma experiência sem fim. E nesse reino que não é nosso, a planta nasce, cresce amadurece e morre. Seria o amor e excited.
Talvez essa minha falta de inteligência e de instintos seja o que me deixa ficar sentada por horas sem ouvir, sem ver o mundo que vive e me cobra por uma misera importância de seus mundos pessoais.


2 comentários:

Adao Braga disse...

"... alguém vai me ler"

Eu li!

Os nomes dos sentimentos eu tenho! Mas, será que o sentimento que sinto é igual ao sentimento que você sente?

- Expectativa;
- Desconfiança;
- Desilusão.

Anônimo disse...

Sei bem o que é isto, pois estou do outro lado, esperando (algumas vezes o texto, outras você - a mior parte).

Seu livro esta aos poucos aparecendo, basta começar a traduzir em letras não ciber. Basta começar a escrever sem ter compromisso com o resultado e ai teremos a obra.

Tente, pois o voo sera muito maior e o ainda descomhecido.

Beijos