terça-feira, 22 de março de 2011

O perdão no Passado


Agora, mudando de assunto, vou escrever-lhe pedindo perdão. Perdão com humildade mas sem humilhação. 
Peço-lhe com a autoridade de quem sofre, de quem está profundamente só, muito infeliz, sentindo na alma e na carne a sua falta e das crianças. Essa escola tem me deixado com os nervos a flor da pele, se é o caso deles não existirem externamente na realidade. 
Embora minhas intenções sejam boas, sei que você não é dado às táticas e não sou boa nisso também em primeiro lugar e, em segundo você é demasiado perceptivo.
O que pode me deixar sair dessa realidade reativa de sentimentos péssimos e a certeza que esta acabando. Fui a primeira da turma de artilheiros. Já fiz sobrevôo de helicóptero e, passei em primeiro lugar. Mas estou receosa em ter que atirar em alguém. Preferia aqueles que me são inimigos pois, nestes eu teria a coragem de uma leoa para soltar-lhe uma bala na testa e colocá-los no saco de resgate assim, como, entregar-lhes o corpo para a família velar.
Não sei se teria a mesma coragem pra falar do meu amor por você olhando em seus olhos, encarar o perdão de não ter sido tão perfeita. Mas pra que a perfeição quando se ama?
Eu como mulher não soube ser tão doce? Tão carente e frágil como as demais?
Sou filha de ex-militar e tão morto quanto um corpo, não saberia o que fosse tão inconfessado e reprimido.
Eu te amo tanto, com tanta força que só poderia esgotar meu amor através do ódio. Não estando eu entendida que se trata de minha outra de mim. Sendo assim, o ódio pode-se transformar em amor.
Acabei dizendo, como na minha infância "não tenho culpa"...Meu irmão sempre pagava por estas...
Meu perdão chega quando nunca soube compreender a intensidade de um ciúme, sempre negado e profundamente escondido.
Se acusação há, é a mim mesma, e não me queira mal em querê-lo tão bem. Deus não interpretara essa carta como acusação intima, mas com a imaturidade, distração, falta de apoio nos pólos de equação.
Nessa noite, bebe muito e sente,  "a alma diária perdida" e que bom perde-la.
Estarei tão perto de você, te amando e te acolhendo que essa declaração esta tão ultrapassada pelo passado que riremos juntos, bebendo nosso vinho favorito e nos amando cada vez mais...
O importante é você saber...

Um comentário:

Fátima Camargo Alegretti disse...

Estive aqui...li!
Sai devagar...silenciosa.
Um beijo minha querida