sábado, 20 de agosto de 2011

Velho Indio nas linhas de Nasca

Talvez, todas as árvores da floresta desmaiem quando a primeira delas ouve sua sentença de morte. Estive em Nasca, no Peru, e me aproximei de um índio nativo. Ao aviso do guia: Não se aproxime dos nativos.
Ai a frase atiçou minha curiosidade: Por quê?
-Eles não gostam de estrangeiros e não falam de seus costumes.
Enquanto eu e duas amigas aguardávamos a saída para visitar as LINHAS DE NAZCA de teco-teco, enquanto alguns passeavam entre as lojinhas de souvenir. Me afastei lentamente ate chegar naquele índio, velho, misterioso, com a cabeça abaixada. Mesmo acostumada a tais coisas, levei verdadeiro susto com sua reação inesperada. Ele me olhou profundamente, com lágrimas que escorriam pelo rosto. Estava tão desejoso de dizer-me alguma coisa que seu rosto explicitava só ansiedade. Mas ali, não havia sequer traço de dor. Só pude entender a linguagem silenciosa das suas lágrimas, mais nada... A não ser somar minhas emoções às dele. Nosso entendimento ficou no nível atávico, sem a necessidade de emergir. Foi fácil entender seu mudo recado. Naquela região do Peru a pobreza é extrema e...La Guarda Nacionale não permitiu que aquele velho índio pegasse seu punhado de Bijú (tipo uma tapioca feita de mandioca, só que mais dura, feito biscoito) que é dado aos nativos que vivem famintos naquela redoma geográfica que os Espanhóis deixaram como herança de sua cultura de gafanhotos devoradores.
Pena eu ter sido roubada dois meses depois onde me levaram todo meu HD externo com fotos das viagens e, a do senhor índio faminto.
Queria lembrar daquele rosto, tinham todos "um olhar distante", pareciam notavelmente pensativos e contidos por uma insuspeitada região de si mesmos. Queria muito extinguir-lhes a fome, queria realmente confirmar a alguns que me perguntavam se no Brasil ainda havia árvores, se eram gigantescas, se davam frutos, se fazíamos casas pois, em breve conversa com uma índia, ela me confessou que na cultura dela, eles só tocam em árvores que estão "anestesiadas"...Caídas no chão. E mais uma vez, pude selecionar um conceito favorito meu: só progredimos substituindo ideias obsoletas e inserviveis por ideias novas, ainda que de inicio, um tanto traumáticas no sistema pessoal de pensar e viver. Cujo conhecimento costumo chamar de "o oficio de viver".
A verdade não tem dono, porque é de todos.
Nasca, tem um ar pesado, incomum, definitivo. Como num sonho, de ver um sonho realizado, pensar que a hora de estar no reino dos Céus é no almoço seguinte que o HOMEM decidir nos alimentar.
Foi uma grande experiência, um grande aprendizado, recomendo.

 CHEGADA NA CIDADE DE NASCA
 LOGO APÓS A DECOLAGEM OBSERVA-SE A PEQUENA AGRONOMIA DO POVO ANDINO
 A PRIMEIRA CURVA
 OBSERVE BEM O MACACO-ESTÁVAMOS A 1000 METROS DO CHÃO
 AINDA ESTAVA BEM PARA FOTOGRAFAR
 OBSERVE O PAPAGAIO
 O CONDOR
 A BALEIA
 A ARANHA
 ESTAVA PASSANDO MAL, MESMO ASSIM, TENTEI TIRAR MAIS FOTOS
 NOVAMENTE O MACACO, OBSERVE QUE ELE TEM 5 PATAS



EU,NA VOLTA, PASSANDO MAL...RSRSSRS

As Linhas de Nazca está localizada na parte sul do Peru, está localizada em um deserto entre os Vales de Ingenho e Nazca. Sobre uma chapada de 500 Km quadrados, os antigos homens da cultura Nazca fizeram enormes desenhos, representando figuras geométricas, animais, aves, plantas e linhas retas por toda a extensão do deserto por vários quilômetros em todas ás direções. Estas imagens na supérficie do deserto são gigantescas, e á única maneira de observar estes desenhos é por avião. A verdadeira origens das Linhas de Nazca e figuras é desconhecido, ninguém sabe quem construiu ou porque? As Linhas de Nazca se transformou em um verdadeiro enigma desde a época que foi descoberto.

3 comentários:

Adao Braga disse...

Já vi bons documentários sobre as linhas de Nasca, no entanto, só especulações.

Quem sabe, um dia talvez encontre algum tipo de registro.

Adao Braga disse...

O que aconteceu que passou mal?

POEIRAS AO VENTO disse...

Daozin...bomtersempre voce por aqui.
É que sacode demais o aviao. É muito turbulento e, nós estavamos vindo de Ica de carro, nao encontramos restaurante para almoçar e comemos pouco ebobagens,tipo salgadinhos...passei mal no voo, mas nao foi privilegio...outras tres pessoas das seis tambem!!