quarta-feira, 3 de outubro de 2012

A Solidão da Liberdade


Eu, por um milésimo de segundo, ou talvez mais, julguei que se tratasse do silencio noturno em pessoa. Fiquei esperando ele voltar, esperei, esperei e adormeci. Coisas do sono mal combinado. Acordei e deu uma imensa vontade de chegar ate o pátio da minha cobertura. O frio estava a 14 graus, chuva fina e muito sereno. Quase imediatamente compreendi que o *sereno* era um vigia noturno,uma especie de anjo da guarda interiorano e municipal. Tentei aguentar a coragem de permanecer ao frio, tremi, tremi...A solidão ou é matéria composta da liberdade ou a coletividade democrática do não entendimento. Minha degradação ao frio não tinha limites, reuni minhas forças e movimentei o corpo numa esperança de não sair dali e vencer o frio...Queria sentir o vento, aquele vento que sou. Entender entre a solidão e a liberdade e me prender sozinha possuindo um amor-próprio mas, querendo vence-lo a qualquer custo. Nunca imaginei ser tao amada. Meu gato veio ate mim e, enroscou seu pêlo molhando-se aos poucos como num suplicio de dó em minha tentativa em vencer a solidão. 
Eu confio na minha covardia futura. Eu vou amar no mesmo ritual com que já nasci. Pelo menos *ele não estava sozinho como ontem eu estava. E ontem eu pelo menos rezei para sair viva de dentro de mim mesma. E toda vez que eu vivi a verdade foi através de uma impressão de sonho inelutável, inexpressivo e que não se conhece sua verdadeira objeção. Mas como te falar, se há um silêncio quando acerto? E você estava tão próximo de mim e ao mesmo tempo tao longe...Amar, amor...explica Velha Julie!!! Explica...


2 comentários:

Fátima Camargo Alegretti disse...

" E ontem eu pelo rezei para sair viva de dentro de mim mesma."
Tantas diferenças, tantos pontos em comum...
bjinhos querida

Adao Braga disse...

A foto não contém um gato!