segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Sem pertencer ao todo

A liberdade exige coragem moral. E assim, para "os outros" a maioria desiste  de sua liberdade e torna-se uma coisa.

Mesmo "sobrevivendo"(sim, porque não vivemos) em um século considerado avançado, ainda sentimos o peso do preconceito existencialista, permitido claro, por nós mesmas - mulheres.

Falar sobre sua feminidade, sexualidade ou mesmo como conduz sua vida sexual e seus conceitos internos para o homem, ela é vista de forma humilhante, como fácil.

É, alguns não estão preparados para a inteligencia e independência e sentem-se intimidados.

E sendo bem consciente quando se trata de envelhecer a sociedade débil e tirana tem sempre dois pesos e duas medidas.

Encontrei a quase três meses atrás dois amigos viajando de moto, eu estava em uma cidade visitando, viajando sozinha mesmo e os encontrei no aeroporto.

Foi bem divertido, almoçamos juntos, relembramos uma situação que aconteceu no qual acabaram envolvendo meu nome. Foi algo sério (e que não aconteceu) mas foi uma fofoca perversa e infantil.

E rimos muito!

Tiramos algumas fotos na qual nunca tive acesso. Mas aquele momento foi tranquilo, divertido e masculino. Sim, totalmente masculino. Homem fala coisas diferentes. Eles não se preocupam com a marca da cueca, mas comentam sobre o tipo de creme dental que a mulher compra e nao agrada a eles.

Homem também comenta sexo com as amigas, mas eles não falam daquelas coisas que são tão indesejadas de ser lembradas por nós mulheres - celulite, as estrias na bunda , peito...ete cetera.

Eles simplesmente nao tao nem aí pra situação - o esperado não é citado, é sentido.

Fico pensando: por que nós mulheres nos prendemos tanto a modelos de beleza nos sacrificamos tanto pra estarmos sempre lindas, cheirosas (esse ultimo é requisito) bonitas e saradas se eles nem reparam na hora H. Eles gostam é de olhar a bunda das outras, os peitos e, desenvolverem suas fantasias. Isso é trair? Fantasiar é trair?

Estamos todos, nós humanos traindo.

Eu gosto muito de mergulhar no mundo da outra pessoa, tornando-o temporariamente meu. Como uma forma de sair de mim. Entendendo assim, o que todo mundo vê porem, entender coisas que ninguém sonda tão bem.

Talvez por ter me educado tardiamente em função do casamento e forçando-me a olhar o mundo com os olhos dele...Tenho me sentido muito feliz quando decidi sair daquilo que me diminui e sentir o que me acrescenta

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Qual o preço de viver mais?

No momento que digito fico imaginando o José de Alencar nessa luta diária e macabra entre viver e vencer.
Pergunto: Você deve se arriscar?

Não que eu seja cética, maluca, destrambelhada, como alguns afirmam com seus adjetivos mentais pobres e analfábeticos, ao contrario: A morte é a coisa mais segura e firme que a vida inventou ate agora. Minhas insônias só aguçam minha lucidez que é polida ainda mais quando consigo dialogar com uma professora que surpreendentemente me diz:

"Menina, não fazia ideia que você é esse turbilhão de coisas boas e aguçada inteligência. Fico te observando na sala e, você é a única pessoa que nao expressa absolutamente nada, sempre reclusa, por quê? Você parece funcionar à velocidade da luz e ao mesmo tempo uma letargia intrigante...

(detalhe: não to escrevendo isso por promoção)

Respondi: É que quero confundir os que não me conhecem. Serio que eu dou a impressão de estar sempre distante ou chapada?

Rimos...

Sabe o que é professora, na verdade eu evito a curiosidade alheia até decidir se estou interessada o suficiente para interagir com os outros.

Quando eu tinha 13, 14 anos, eu saia da escola e visitava cemitérios, achava divertido ler as lápides, saber que umas são mais bem cuidadas que outras. Pensar na vida daqueles que se foram, ler seus nomes, datas de nascimento e morte. Eu até namorei uma vez lá. O cara não gostou muito mas se meu irmão ou Pai me visse, ele era mais um deles pra eu visitar la.

Hoje não visito mais cemitérios,o tempo me tomou, mas se você ficar uns 15 minutos lá, vai perceber que sua dor não cessa, mas diminui.É a forma que assumia e posso reassumir novamente para aceitar meu vazio das coisas, tendo assim a consciência do nada.

Sem essa minha (como a professora falou) intrigante letargia e velocidade da luz, a vida não é suportável.

Mas ate que ponto você será aceito pelos outros com seu modo de ser, de se recriar diariamente?

Sinceramente, não espero mais.

Hoje vi que mais alguém é meu seguidor aqui no blog. É homem, me lembrou Zé Ramalho.

Espero que ele não seja mais um querendo voar para as profundezas do mundo dos meus textos, e indo bem mais fundo, muito pensativa, chego a conclusão que não existe nada mais difícil que entregar-se totalmente. Como quero ser sempre.

Talvez essa seja a dor humana mais fodha em se aceitar. Aceitar quem você é e, quem você quer ser para os outros.

Eu não sou a Amy Winehouse, graças a Deus, mas se fosse não te daria a mínima importância para o que você pensaria de mim.

Me veio a cabeça a minha avó Angelina.Que nunca deu um murro na mesa nem mandou o meu avô pra casa do caralho. E nunca vai reencarnar para viver novamente essa vida arcaica que ela teve de viver.

O pior que quando minha família ler isso ainda vai me julgar em está falando da vovó.

Como diz meu amigo cearense Valter: FIUK YOU BEIBE!!

Qual o preço de viver mais?

Eu queria muito esticar minha vida na terra. Porém, todavia...Um dia chega e chega.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O caco de vidro na sala de jantar

Melhor dizer que a flor e a abelha querem se encontrar - vida a favor da vida- vida contra a vida.
Nem mesmo confio na minha certeza de reencontro.
Prefiro acreditar que exista uma abelha perigosa, daquelas que te incha ate a morte devido sua agonia da alergia.
Esse reencontro será um rito fatal entre ambos. Melhor que não se cumpra.
As consequências deveriam ser o medo de uma rosa crescendo num cemitério.
O pior é que não sei como não ir. É o encontro temerário com a flor, com a abelha e com seu favo - mel ou fel?
Nada senão uma sala escuro cheia de pontos de interrogação.

Como existem pessoas carentes...cacete...me incomoda aquela farsa sagaz com penetração inocente. Nem mesmo saberia como fingir que não percebia...


Uns dizem me ler e não entender nada que escrevo.
E que foi que disse que escrevo de mim?

O Bial falando no BBB leu um texto do medo que o medo causa. Melhor não seria o ódio?


O plano se formou em mim cheio de paixões. Arranho-me com os galhos cheios de espinhos , e chupando os sangue dos dedos percebi que no meu tapete marrom da sala de jantar existe um caco de vidro que me espetou o dedo do pé, o esquisito eh que o sangue não externou. Fiquei apertando e nada, eu olhava atenta ao dedo pra ver o ponto de sangue que se formava. Queria ver a coragem brotar da lúcida viagem em chupar o dedo do pé também. Queria me explicar sem severidade, eu sofria pois a dor estava ali, mas onde estava a ferida?

Eu sentia o fel ainda escorrendo sem sair de si mesmo. E o tecido do pé continua grosso.
Me olhava no espelho gigante da sala de jantar e via minhas olheiras espantadas com a dor sem ferida.
Com certo horror via a a potencia da perversidade desconhecida. Eu queria ver o sangue, mas ele não brotava.
Irei ainda hoje, terei por insistência a recuperação do momento. Quero achar o caco de vidro que ainda esta lá.
Espero ainda exercer sobre mim uma tortura chinesa.
Saber com o decorrer da vida o drama do dia seguinte ira se repetir com o coração batendo.
É minha ignorância imposta e ficar com a ténue alegria mínima do condicional "quem quebrou algo aqui"?

Há mais uma lembrança: "Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem". Mário Quintana.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Diferentes caminhos caminhados que ficam pra trás

Fiquei andando pelas ruas vazias e quando o dia raiou eu estava na porta da loja de cd, louca que abrisse logo. Tinha escutado uma musica "...com você do lado...nada é real é tudo fantasia,saiba que eu te amo...amo noite e diaaa...Ao final, Jorge e Mateus...
Nunca fui de gostar especificamente de estilo de musica, gosto do que me agrada, seja musica erudita a cantaria de candomble...Enfim...

Primeiro chegou um cara que abriu a porta de ferro, depois a de vidro e por fim uma grade, depois outro que lavou a calçada e outros que arrumaram a loja.

A diferença que percebi foi que nenhum deles ao chegar foi ficar de bobeira ou tomar café, maquiar etc. Todos já chegaram e foram trabalhando. Nada de enrolar no expediente, trabalhao trabalho e clientes.

Puseram auto-falante pra fora ate que ao final do primeiro cd foi colocado uma musica evangélica e começaram a surgir de suas covas e se postaram ali comigo,mas quietos que numa igreja. Exato:Como numa igreja e me deu vontade de rezar, e de ter amigos, o pai vivo é um automóvel.
E fui rezando la por dentro e imaginando coisas, se tivesse Pai ia beijar ele no rosto, e na mão pedindo bençao, e seria sua amiga e, seriamos ambos pessoas diferente.

Com a perda do meu pai, perdi meu endereço intimo.Depois disso passei a viver como uma queda de braço.
A gente pode iniciar uma queda de braço de duas maneiras:no ataque, mandando vê logo,botando toda força no braço imediatamente, ou então ficando na retranca, aguentando a investida do outro e esperando o momento certo pra virar. Escolhi a segunda como opção em viver a vida. Sim. Mas, antes disso experimentei varias vezes a primeira.

Graças a Deus - que ele me perdoe (e se não me perdoar problema dele)- pela oportunidade de escapar daquela câmara de suplicio.

VIVER. Hoje o sol esta lindo! E bem cedinho, as 5:50 estava visitando o hangar dos Black Halk da Força Aérea Brasileira. Futura Tenente de lá...Uhuu.

domingo, 30 de janeiro de 2011

A foto de quase um segundo contigo

A dor do amor tão reclamada pelos amantes não correspondidos, não pode ser mais insuportável do que a dor de um cisco arranhando e ferindo a parte mais delicada do corpo.
Tenho um defeito fudido...Acredito nos homens.
Ate nos vigaristas.Procuro desenvolver um processo de identificação com eles.
Não nado em piscina se tenho mar. Me adentro florestas porque meu jardim é minimalista demais, por conta da urbis.
E mesmo sem querer sei que meus cabelos escorridos são um naufrago pessoal.
E com certeza absoluta, após a viagem dos sonhos, Ele se conhece menos ainda de quando conhecia a si mesmo. O ser humano é assim, cada passo, se reinventa.
Percebo que mesmo com a inocência em seu colo, aquele sorriso de amor, dá pra ver a saudade sentida por mim, por nós.
Esse silencio de icognocíveis feita com a confiança com que se entregariam duas compreensoes.

PAGA-SE POR AMOR E AS VEZES A DOR VALE MAIS QUE AS DUAS PARTES JUNTAS.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Professora Darcy


Fico irritada quando vejo uma porcaria de criança obrigada a entender um homem. Eu falo a porcaria no sentido diminutivo (pequenina).

Eu já flagrei alguns amigos batendo em seus filho, lógico que na educação dos filhos dos outros não me meto, mas sinto raiva, muita raiva.

Os motivos são os mais topes possíveis. Eu sei que tem crianças impossíveis que se lidar, de controlar etc.

Mas são crianças.

Reza a historia que eu ao nascer já não pertencia ao Brasil, mi Hermano são Goiano e Fluminense. Eu sou o meio. O que leva ao inicio ou fim.

Ao retornar ao BRÉZIL fui estudar no colégio Andrews em Botafogo,lá tinha a professora Darcy de português tentando fazer eu me dês-alfabetizar da língua que eu trazira de fora.

Eu posso dizer que todos os dias eu fui uma aluna problema, e eu só tinha 7 anos.

Também posso dizer que alem de mim Ela, a professora era o problema.

Posso dizer que o que me enchia de poder me amaldiçoava de piedade. Sim, porque Ela vivia puxando agrados aos meus pais para literalmente "se dar bem" e, me delatava em tudo que eu fazia ou pretendia. Era uma espécie de FARC Colombiana.

Na minha pressa eu crescia sem saber pra onde. Lamentável essa professora não ter visto o que eu depois de oito anos me tornaria.

A verdade tia Darcy é que não me sobrava tempo para estudar, as alegrias me ocupavam.

Minhas vadiações tão bem sucedidas deixava a professora com um ar de provocação da menina odiosa.

Ah como fui torturada por aquela infância que eu temia nunca chegar a um fim.

Sem falar que eu estava permanentemente ocupada em querer e não querer ser o que eu era, sempre sem a definição de mim. Eu era uma flor, mas a flor que desejava ter nascido no pântano.

Meus cabelos escorridos, a franja pesada por cima dos olhos pensativos, sempre selvagem e suave de se ver. E com vaidade cultivava integridade da ignorância.

Quando Ela soletrava as palavras (isso é tão vivo em mim) eu com desprezo, ostensivamente brincava com o lápis, como se quisesse deixar claro que suas aulas não me interessavam nem quem Ela era. E a professora nunca olhava para mim. Ela desprezava aquela magricela de pais poderosos e olhar penetrante.

Cera vez Ela me disse: Nunca mais me olhe com seus olhos de adaga!

Fui pesquisar no dicionário o que era ADAGA. Eu morria de felicidade quando ouvia uma palavra nova. Ela não entendia e eu não me fazia entender. E tudo havia sido vivido por nós.

Ate meus risos foram definitivamente substituindo minha delicadeza impossível. Tornava-se um prazer já terrível o de não deixa-la em paz.

E minha vida é feita de historias e muitas historias eu não posso contar.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

eu e VOCÊ

É tão deplorável o amor implorado né?

Ainda mais aquele que é forjado a ferro e fogo e alguns chifres...

Odeio depender do amor de um homem, que é muito pior que depender de um homem.

Obrigada Deus por me dar a chance de ter um ser humano bacana!!!

É meu amor, você me mostrou que mesmo as maiores vitorias só fazem sentido quando a gente chega em casa e tem alguém pra contar, para ouvir, para dividir o jantar e o restinho de suco.

Sei que quando o bicho pega e a chapa esquenta e tudo fica muito tenso, você é a melhor pessoa do mundo pra ter ao lado

Obrigada pelo elogio que me faz, quando estou ao telefone e sou uma floricultura.

E quando você diz que me ama justamente pela minha inconstância em ser e não ser perfeita, e assim chego sempre no objetivo final.

Juro que não entendia as dezenas de vezes que me repetia isso.Procurei analisar quando me encontrei sozinha e sem tudo que possuo e me agrado.

Foi quando percebi que vivia em função de manter uma estabilidade irreal e decidi enfrentar o desconhecido. E me vi rodeada de idiomas e costumes. Parei de me cobrar tanto.

Amo nossos momentos de cumplicidade e seus conselhos, sua preocupação exagerada comigo. A ajuda que me dá com as crianças e tudo que você faz e torna minha vida um sonho palpável e ser uma vida.

E mesmo quando me afasto de ti, você continua comigo igual e intenso.

Amo sua generosidade que tem um ar de mim. E sinto saber que ficou mais "o outro" quando me percebeu assim, generosa, e se tornastes mais generoso, adotando meus sentimento.

Falo também da pessoa que eu adotei de ti...Hoje sou mais comedida...de dois anos pra cá.

Vejo que meu lado bom te contaminou e o teu tens me mudado lentamente.

E sei que tudo sempre se acasala pela nossa sinceridade um com o outro.

Há, para lembra de nunca esquecer "Nosso lugar" na velhice e na morte, ou qual dos dois chegar primeiro será em Itanhandú-MG.

Quem sabe comprar o "Casa Alpina"do Conrado?

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Na véspera de nada

Cada ultrapassagem na estrada é uma roleta-russa: a nuvem de poeira atrás de um caminhão se estende por quilometros, é necessário arriscar-se à entrar dentro de um voo cego e torcer para que um dos outros, talvez uns dez caminhoes que seguem em comboio, não venha justamente em sentido contrario e acabe com minha aventura solitária.

Pela segunda vez, confessando a imperícia no guindon da motoca...À noite atravessando o Rio Madeira, de forte correnteza, numa canoa motor de popa,para dar uma volta em Guayará, na Bolívia. Ninguém pergunta nada na ida ou na volta, poderia ficar rica trazendo outro pó em vez do pó que peguei na estrada.

E no corpo existe a raiva que sai do cansaço, a dor nas minhas pernas...sinto saudade, dos braços que deixei de sentir o quão forte são quando necessários...to com saudade de mim, sem êxtase nenhum da morbidade que antes existia.
Há saudades no meu cérebro de certas coisas que me ocupavam por fora.

Sinto saudades do meu marido

E da natureza permeável no tempo que eu viajava mais, com as sensações interna do cérebro.

E o que tenho comigo? Apenas a magoa. Nem mesmo sei se é isso.

No dia seguinte, mesma estrada de volta: Preciso pegar o voo que sai as 12:00 horas do aeroporto internacional (só não pousa voo internacional...????...por que é internacional?) rumo a São Paulo, pois acho que perdi minha inscrição na USP e o curso de acessibilidade.

Pesquiso no google o poema de Fernando Pessoa e aqui deve celebrar algo em mim:

PALAVRAS AO PÓRTICO"

" Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa: "Navegar é preciso, viver nao é preciso"
Quero pra mim o espirito desta frase, transformada a força para casar com o que eu sou: "Viver nao é necessario, o que é necessario é criar"
Nao conto gozar a minha vida; nem em goza-la penso. Só quero torna-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a a minha alma a lenha desse fogo.
Só quero torna-la de toda a humanidade, ainda que para isso tenha de perder como minha.
Cada vez mais penso. Cada vez mais ponho na essencia anímica do meu sangue e proposito impessoal de engrandecer a patria e contribuir para a evoluçao da humanidade.
É a forma que emmim tomou o misticismo danossa raça.
Fernando Pessoa

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O baú dos presentes

Estou devendo tantos imã de geladeira que prometi a umas pessoas muito especiais na minha atribulada, esquentada e admirável vida.

Acabei de comprar mais alguns, esses sem donos ainda. Pensei em algumas pessoas, pensei no João Salmaso que acabou de se mudar para Búzios...ahh coisa ruim hein?

Lembrei também que devo um souvenier para a BethShow,para o Adão de quando estive no Ecuador escalando o Cotopaxi. Mas esse está comigo.

Comprei em Cuba umas garrafas de rum para alguns também e as achei numa caixa...não lembro de que e para que foram os presentes.

Também achei umas calcinhas (bem safadas) essas sei pra quem foi...não conto!!
Lembro-me da historia dessas calcinhas...hahahahha...

Trouxe de Londres duas camisas para o Murdock, e tenho certeza que ele nem lembra que eu prometi, uma é de um azul cor de Mozilla Firefox a outra clássica preta.

Achei e pasmem!! Um embrulho de uns três anos atrás que eu levaria a uma viagem para São Tome das Letras para o Marquinhos do voo livre..

Quantas lembranças gostosas...Como essas frestas me dão a sensação infinita da vivência muda e fiel do meu coração. E a certeza que tudo é mutável e que imutável só o que vem de Deus.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Hell'sAngels

Hoje eu rodei sem caminhos, fui pra onde a chuva passava mais distante, acabei chegando na Bolívia...

É bem decadente por lá. Primeiro que a aduana brasileira nem olha pra sua cara (na ida), fiquei desconfiada em deixar a motocicleta, novinha, do lado brasileiro ( algum malvado me ganhar ela) e ter de voltar de carona com algum caminhoneiro...

Foram quase 700km...to moída, acabei de chegar no hostal com um certo aleijão psíquico, faltando pedaços.


Um boliviano me disse: Usted és muy guapa, és tambíen mujer maravilha!!

Pensei: É,a mulher maravilha também teve 33 anos...(Usava saia curta e bory)
E uma porção de "bolivianos" se chegaram a mim pra ver a moto. Nem fico importante nesse momento hem?

No ego, não era o que eu buscava ali, queria so achar um banheiro pra fazer xixi...

Meus olhos estavam com aquela expressao vazada de perversa inocência. O fato é que aquelas pessoas nao existem pra mim, eu sim, e muito passageiramente pelo visto.

Tratei de "vazar" do lugar.
Devo acrescentar que dentro de uma carro me sinto absolutamente só, mais segura como no ventre materno.

Meu sorriso vagava entre tímido e malicioso, olhos irrequietos e inseguros, lábios secos, cabelos emaranhados e elétricos, pesados e parecendo cobre, pela cor natural que me cobre.


Senti só a intromissão do rapaizinho que não parava de me velar com seus olhos de espantos e sentimento de destemida...aff...Pertubava meus pensamentos, minha solidão, minha maturidade.

Bem, se ele nao fosse a policia, eu matava!!
Descansando para a próxima aventura, amanha, se a natureza me permitir.

domingo, 2 de janeiro de 2011

As minhas novas possibilidades

Deixei uma vida organizada, confortável, previsível em Manaus (AM) para me lançar numa aventura profissional e pessoal. Alguns acharam loucura, outros entenderam. Mas nada do que ouvi foi suficiente para me fazer mudar de idéia.

Minha
próxima "viagem" será embarcar por trilhas desconhecidas mas mapeadas para aqueles que me amam poder ter noticias desse corpo e mente em mutação.

Não quero dizer que minha cabeça cresceu ou eu fiquei mais gostosa...continuo a mesma porcaria indecente e pirada que me chamam mas, confesso que uma coisa continua...a compaixão pelas pessoas,o perdão próprio pelos inimigos (mas eles não sabem disso).

Não vejo o que é bom como caridade, como ajuda, como dádiva, vejo como uma grande percepção de si mesmo, seja ela qual for.

Quando da viagem do meu íntimo vejo um resultado puro e sincero, mesmo escuro e nefasto, aí encontrarei a única bondade: a verdade sobre quem sou.


Aos que ficaram e me perseguem para que eu preencha o piso de melhor argamassa possivel e porcelanato maltês, digo-lhe: Mude o caminho das coisas, sem que para isso necessite de mim como passo, ou fase para alcançar qualquer que seja seu objetivo.

O meu desejo de esquecimento acaba aqui, não quero mais ter medo das minhas lembranças, me esconder em algo que me traga tranqüilidade: quero paz, aqui e agora, sem entendimento.

Aquela mesma paz que escrevi no texto anterior, só isso. Acreditando num Deus como forma de preenchimento moral.

Nem fui mais em um centro espirita, recebi tantas criticas que me abalaram a vontade de caminhar em busca de mais entendimento.

Novamente, sem entendimento.

E só.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Sinto falta

Ainda não fiz meu balanço do ano, mas considero bom desde já. Só queria mesmo ter a certeza das minhas amizades e dos sentimentos dos que me inspiram a ter uma.

Descobri que não sou tão interessante assim...
Também, que sou suportável e ate agradável de ser, por isso sempre gosto daqueles que tem paciência em me compreender, ate de entender e esperar por mim, pois sempre espero pela maioria...

Tiro de mim sem dó....porque sempre tive muito, ate mais que o necessário...isso ate hoje me incomoda...e tudo que não digo, sai através das palavras escritas..


Adorei ter a companhia do meu professor de Forma II, pessoa incrível, um gentleman, português de portugal...hahahaha...uma pessoa de se cultivar como as orquídias... Sinto falta do meu Carllucci, um amor que não se explica, sentido nos gestos de candura...Uma amizade de carinho e cuidados...um com outro...

Ahh como sinto falta dos inimigos...Aquele gosto de vingança, ou de morte, ou de quem chegar primeiro...
Descobri que é possível ama-los, num sentimento que não se explica.

Sinto falta saber de alguns que se foram...mas que estão presentes. A falta maior dos que não conheço em carne e os amo, como a Thaís e o Pedrinho, como o Adão e a Beth... Sinto falta do Alpine, do Valtinho e do Luis Claudio Delorme (segredinhos ahahha) Sinto mesmo, de verdade, falta do meu passado do meu presente...e do futuro que não sei o que é...

Sinto falta de alguns amores que não se concretizaram...mas que se sentem ainda... Sinto falta da PAZ que é indubitavelmente de DEUS...e que meu estado humano deixa de sentir.

Sinto falta daquelas pessoas que eu conheci uma unica vez e que a saudade continua massacrando ( Jack-Tessa Midia, Juliano, Felipe, Aguinaldo -Moto Grife, Luck, Harry eita gente!!)

Quero comer o nada...cheirar o podre dessa vida e sentir no rosto a poeira da estrada. É normal querer o que não se viveu, natural (pra mim) não querer o que sempre foi excesso.


SINTO TANTA FALTA...



quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Inquestionavelmente há perigos em questionar

Eu sempre te disse que somos incompatível!

E a simbologia (a macaca) quis fazer disso seu discurso mais bonito...que ilusão de um mundo menos revolto...de uma pessoa tentando ser mais culta...mais deixemos de lado a prosa perturbadora de ambos...

Eu compreendo toda a reserva na aceitação de uma ideia nova, mas não compreendo a repulsão sistemática de toda ideia nova.

Entretanto repito na minha mais doce pretensão de escrita, não tenho remorso de não ir à missa, desde que oro em meu quarto, as portas fechadas como mandou orar o divino Jesus. E meu Pai, tem divino em seu nome.

O arrependimento mais sincero e a boa vontade, vale mais que o esforço de combater-se do que dez mil confissoes.

Pois eu lhe digo embora voce sinta em minhas palavras o cheiro de enxofre: Nunca apreciei tao perfeitamente o ensino de Jesus como depois de começar a estudar a doutrina espirita.

Não vou me confessar 'espirita', mas confesso-me questionável quanto ao que me faziam crê.

Embora os princípios dessa filosofia ser teogonica não dá legitimidade dos fanáticos, sem
estudo, sem forma de processo, denominarem diabolismo...

Pra ser mais sincera, merece todo respeito pessoal quanto a semântica do entendimento. E sendo assim, nao retiro uma virgula do que esta escrito.

E se me permite deixemos ,porem, estes incidentes e vamos a questao capital: A origem do espiritismo, ou a doutrina das vidas múltiplas...

Poderei ter sido eu a Cleopatra? A maluca da Odete Roiteman (de vale tudo)? Ou não menos importante Alexandre o Grande?

Sabe que isso não tem o menor valor pra mim nessa vida? Basta eu descobrir a bondade na forma sublime e serena do ser, ainda tentando me livrar dos maus que me imputaram...

Fica com Deus no momento quarto, cama, orações...se seu fanatismo deixar.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A flauta mágica

É, Picasso tinha toda sabedoria ao dizer que depois da invenção do relógio ninguém mais estaria sozinho...

Não espero dos outros o mesmo resultado puro e sincero que encontrei daquela busca ocasional que encontrei a mim mesma.


Nesse momento, fui e voltei do paraíso com um sentimento de realização: finalmente.


Adeus.

Nunca mais o encontrei.
Isso é bom demais, meu egoísmo me deixou longe e agora não me envolvo com um todo, sou eu e só.

Me saturei do
que acreditava ser bondade.E da verdade que insistia em me ver como mentira.

Sou culpada pelo leveza suave que me traz a mentira, mas prefiro ele ao sabor amargo da ignorância petulante: aquela que faz com que uma bondade hipócrita seja melhor do que a mais sincera maldade de mim.

Pra mentir mais uma vez...nao sei o autor do texto...poderia ser eu ou a outra que seja eu.

Apenas escrevo pra soar um ar absinto do que desconheço e a leveza da borboleta que me proponho ser.


EU.