Estranho? Por que estranho?
Louca por que? O por quê de ser louca?
Julie, tu pensa demais!!
Eu desci do carro e pisei no coco, na merda literalmente. Era marrom clara, era merda de cachorro, e dos grandes. Fedia muito. Melei toda a sandália de strass.
Me perguntei: e agora? Jogar fora a sandália, ou tentar limpa-la com lenço?
Naqueles segundos que antecederam minha decisão - um murmúrio negro -
Vou experenciar algo considerado pelos 'normais' - LOUCO -
Tirei delicadamente a sandália. Pisei diretamente com meus pés. Usei os dois.
A umidade de um paraíso. Precisei saber exatamente isto: estou sentindo o que estou sentindo, ou estou sentindo o que eu queria sentir?
Estava ali, bem melimetrado para que eu pisasse. Pois a diferença de um milimetro é enorme, é este espaço de um milimetro pode me salvar pela verdade ou de novo me fazer perder tudo o que via. É perigoso -disse meu marido.
O que seria tão perigoso como excretar o que se sente?
O inferno pelo qual eu passara -como te dizer? - é a experiência da merda e da degradação e da alegria pior.
Eu esmaguei aquele estrume com meus dedos, senti a maciez do solido com a agua, nada me doeu-espantei meus ódios e amores. Entendia eu que aquilo que eu experimentara, aquele núcleo de rapacidade infernal, era o que se chama amor. E diante da merda, da bosta, do qual a palavra amor é um objeto empoeirado, fedido?
As flores nascem no esterco e são puras e perfumadas.
Eu não sabia que do sofrimento se ria. E eu chamo de alegria o meu mais profundo sofrimento. E no soluço o Deus veio a mim, o Deus me ocupava toda agora. Eu oferecia o meu inferno a Deus. O primeiro soluço fizera - de meu terrível prazer e de minha festa.
PROVAÇÃO. Agora entendo o que é a provação. Provação significa que a vida esta me provando. Mas provação: significa que eu também estou provando. E provar pode se transformar numa sede cada vez mais saciável.
Espera por mim: vou te tirar do inferno a que eu desci. Ouve, eu não sou TU, mas mim é TU. Só por isso jamais poderei Te sentir direto: porque és mim.
O que ganhamos em recolher o sofrimento dos outros?
Aquilo não me foi um sofrimento. Eu gostei!
É uma loucura de alegria.
Não me julgues louca por isso. Os meus defeitos são meus. Não há razão para você se aborrecer comigo.
Louca por que? O por quê de ser louca?
Julie, tu pensa demais!!
Eu desci do carro e pisei no coco, na merda literalmente. Era marrom clara, era merda de cachorro, e dos grandes. Fedia muito. Melei toda a sandália de strass.
Me perguntei: e agora? Jogar fora a sandália, ou tentar limpa-la com lenço?
Naqueles segundos que antecederam minha decisão - um murmúrio negro -
Vou experenciar algo considerado pelos 'normais' - LOUCO -
Tirei delicadamente a sandália. Pisei diretamente com meus pés. Usei os dois.
A umidade de um paraíso. Precisei saber exatamente isto: estou sentindo o que estou sentindo, ou estou sentindo o que eu queria sentir?
Estava ali, bem melimetrado para que eu pisasse. Pois a diferença de um milimetro é enorme, é este espaço de um milimetro pode me salvar pela verdade ou de novo me fazer perder tudo o que via. É perigoso -disse meu marido.
O que seria tão perigoso como excretar o que se sente?
O inferno pelo qual eu passara -como te dizer? - é a experiência da merda e da degradação e da alegria pior.
Eu esmaguei aquele estrume com meus dedos, senti a maciez do solido com a agua, nada me doeu-espantei meus ódios e amores. Entendia eu que aquilo que eu experimentara, aquele núcleo de rapacidade infernal, era o que se chama amor. E diante da merda, da bosta, do qual a palavra amor é um objeto empoeirado, fedido?
As flores nascem no esterco e são puras e perfumadas.
Eu não sabia que do sofrimento se ria. E eu chamo de alegria o meu mais profundo sofrimento. E no soluço o Deus veio a mim, o Deus me ocupava toda agora. Eu oferecia o meu inferno a Deus. O primeiro soluço fizera - de meu terrível prazer e de minha festa.
PROVAÇÃO. Agora entendo o que é a provação. Provação significa que a vida esta me provando. Mas provação: significa que eu também estou provando. E provar pode se transformar numa sede cada vez mais saciável.
Espera por mim: vou te tirar do inferno a que eu desci. Ouve, eu não sou TU, mas mim é TU. Só por isso jamais poderei Te sentir direto: porque és mim.
O que ganhamos em recolher o sofrimento dos outros?
Aquilo não me foi um sofrimento. Eu gostei!
É uma loucura de alegria.
Não me julgues louca por isso. Os meus defeitos são meus. Não há razão para você se aborrecer comigo.