terça-feira, 2 de junho de 2009
Como uma pedra
-Bem, essa última é do Cotopaxi, o maior vulcão ativo no mundo, trouxe na semana santa do ecuador, tive problemas na alfandega internacional mas a trouxe comigo. Paguei caro por ela em Guaiaquil, mas sentido teve para estar aqui. Sei que não estou conseguindo explicar minha ternura por elas. Sei que a letra dessa musica me revelaria.
Um corpo sem vida é uma pedra. E eu, preciso delas para me sentir Viva.
Em uma tarde monótona*
Em uma quarto cheio de vazio
De maneira livre eu confesso
Que estava perdido nas páginas de um livro cheio de morte
Lendo como morreremos sozinhos
E se somos bons nos deitaremos para descansar em qualquer lugar que queiramos ir
Em sua casa ficarei longamente
Quarto por quarto pacientemente
Vou esperar por você lá como uma pedra
Vou esperar por você lá Sozinha
Em meu leito de morte eu vou rezar aos deuses e aos anjos como um pagão para qualquer um que me levará para o paraíso para um lugar do qual me lembro
Eu estive lá há tanto tempo. O céu estava arroxeado. O vinho era como sangue
E lá você me conduziu
E eu continuei lendo até que o dia tivesse terminado. E me sentei em remorso por todas as coisas que fiz, por todas que abençoei, e por todas que errei.
Em sonhos até minha morte vou vagar
* A tradução correta de "cobweb" é "teia de aranha"; mas por questão de interpretação traduzi este termo como "monótona".
terça-feira, 19 de maio de 2009
As flores do meu jardim são feias...
É ser reconhecida? Aprender a aprender? Saber o significado da minha poiesis? Saber o significado entre erro e negligencia? Saber que não sei? Ser humilde? Saber aproveitar as oportunidades? Saber o tamanho que tenho dentro do planeta? Enfrentar o medo da mudança? Saber o que a satisfação faz comigo? Saber a velocidade das mudanças? Combater o bom combate?
Confesso que não cheguei a uma conclusão definitiva. Talvez nunca chegarei.
Ao ser questionada quanto minha parcialidade
Então...a questão central é como você faz um pacto com sua família para que perceba que você esta oferecendo a eles uma condição absolutamente privilegiada de vida, com condições materiais, alto consumo et cetera.
Mas isto lhe esta matando, infelicitando-lhe, amargurando-lhe. O foda é que ninguém pergunta o que espero da vida. Só me cobram. Lógico que preciso de vocês para ter um pouco mais de vida. Deixe-me com minhas roupas loucas, minha aparência humilde, meu estilo próprio. Apenas um blush do Boticário já me basta. Eu sou uma vida concomitante mesmo. Visto-me, conforme meu espírito. Não espero elogios dos desconhecidos. É necessário que não esqueçam a distinção entre o que urgente e o que é realmente importante. E sou como a massa do pão: mais bate, mais cresce.
Meus amores proponho um basta a essas pequenas coisas, antes que a natureza me dê. Via saúde, por exemplo, ou via loucura. Alias, depois da catequese, minha filha esqueceu o caderno no computador, estava escrito: “De nada adianta a um homem ganhar o mundo se ele perder sua alma” (Mt 16,24).
Minha alma é Franciscana, deixem-me.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
A simplicidade de amar é grátis, é bônus, é brinde.
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Somos iguais em desgraça-frase de uma música que não lembro de quem é
sábado, 25 de abril de 2009
A moral do Jardim
E isso, só meu lar me dera. Ainda que por caminhos tortos, vieram cair num destino de mulher, com a surpresa de nele caber como se o tivesse inventado. E continuo a descobrir que sem a felicidade se vive.
Encontrando pessoas antes invisíveis, persistência, continuidade, alegria. Às vezes, acontece dentro do corpo uma exaltação perturbadora que tantas vezes se confunde com uma felicidade insuportável. Acho que é uma troca compreensível de uma vida de adulto, que eu quisera e escolhera.
Eu sempre dei tudo de mim.Até as árvores que plantei riem de mim. E quando nada e ninguém precisa mais da minha força, eu, inquieto-me. O calor se torna mais abafado, tudo ganha uma força e vozes mais alta. Ao meu redor os ruídos são serenos de jardim, cheio de árvores que ainda riem de mim. Pequenas surpresas entre cipós reaparecem. Enfim, todo jardim triturado pelos instantes já mais apressados da tarde, de onde vinha e vem o meu sonho pelo qual estou rodeada. Tudo é estranho, grande demais, suave demais. E, esse mundo, é tão rico que apodrece.
domingo, 19 de abril de 2009
O silêncio da Inocente
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Sensação II
terça-feira, 7 de abril de 2009
A sensação
Se pudesse ter escolhido queria ter nascido Tartaruga. Talvez, Ela mesma, não sinta o grande
símbolo da vida livre que eu sinto Nela.
Ela não representa animalidade livre, solta do ser humano? Não.
O melhor que ela tem, o ser humano já têm, sempre mal aproveitado, bem mal aceitado em si.
Passo então, para a minha humanidade.
E, Ela, só me indica o que sou.
Tentando pôr em frases a minha mais oculta e sutil sensação. E desobedecendo à minha necessidade de veracidade eu diria: Minha liberdade é tão indomável que se torna inútil tentar-me aprisionar para que sirva aos homens.
E quero te pedir perdão, invejada Tartaruga. Eu te aprisiono em meu lago, para que você me dê uma pouco de felicidade no momento seguinte ao meu.
quinta-feira, 26 de março de 2009
O/as - OS/as
segunda-feira, 23 de março de 2009
Télos
O câncer não tem cor, nem raça. E certamente já te levou alguém que você ama ou conhece. Ele não tem piedade. O câncer pode roubar-lhe aquela alegre ignorância que uma vez levou a acreditar que o amanha se estenderia para sempre.Cada dia é um dom precioso para ser usado, sabia e eternamente.
Espero que eu tenha conseguido explicar o motivo da firmeza que tenho, em vivenciar cada dia com um sorriso no rosto, diante dos problemas. Sem dor, sem desesperança.Sem sentido.
Ter estado tão próximo da morte, é, com certeza, aprender coisas muito significativas e importantes sobre a vida.
segunda-feira, 16 de março de 2009
O Relógio
Há alguns anos, minha capacidade para amar foi pisada demais. Só me restou um fio de desejo. E este se fortificou. Viver importa. Viver apodrecendo, importa muito!
Estou na Prefeitura, tentando pagar o IPTU, olho no relógio do celular, não uso no pulso, o do celular me basta, e pensando, formato as palavras, pois posso expressar meus pensamentos e somente depois formatar as palavras, o que faço agora.
Penso: e se ele (o relógio) não marcar mais as horas, se ele morrer? Não, ele não morre, apenas vai embora de si mesmo. É o relógio o culpado de todas nossas aflições. Por exemplo: eu passei 5 anos sem gripar e fiquei gripada 4 dias seguidos, tive febre e perdi o show, de credencial de palco e tudo, do Iron Maiden (q nem gosto). O culpado foi o relógio do tempo. Tomei remédio, o remédio é relógio. Permite apenas transmissão. O relógio conserva o anonimato. Nesse momento, tumultuado na Prefeitura, o tempo, é relógio. Na verdade, o relógio não tem nome intimo. Ele é perfeito. Alias, Deus não tem nome: conserva o anonimato perfeito. Não há língua que pronuncie o seu nome verdadeiro.
O relógio, o tempo, é burro. E vou dizer uma coisa grave, parece heresia: Deus é burro. Porque ele não entende, ele não pensa, ele é apenas. A verdade que é de uma burrice que executa-se a si mesma. E ele comete muitos erros. E sabe que os comete. Basta olharmos para nós mesmo que somos um erro grave. Basta ver o modo como nos organizamos em sociedade e intrinsecamente, de si para si.
Mas um erro Ele não comete. Ele não morre. Assim, como o relógio não morre.
Vou esperar as expressões de cada relógio humano.
Alguém o reconhece?
sexta-feira, 13 de março de 2009
A justiça Injusta.
Frequento um abrigo infantil desde 2001 aqui na minha cidade. O abrigo acolhe crianças e adolescentes de 0/18 anos, veja só: Vítimas de Abusos Sexuais.
Acontece que uma das adolescentes que receberam no tal abrigo, têm 12 anos e foi violentada pelo próprio Pai (FDP)!
Acompanhei essa menina várias vezes durante minhas visitas. Levará sempre minhas filhas com idades semelhantes para brincarem. A bebe nasceu, linda, forte e com saúde.
Ontem, fiquei sabendo que o dito VAGABUNDO, o Pai, conseguiu na justiça o direito de ter a filha de volta ao convívio familiar e criar a filha/neta. Há, como assim????
Também não sei explicar. Só sei que estou indignada com a situação!!
O que essa "juíza", ridícula e louca tem na cabeça? Como ela concede um absurdo desse??
Tomara que seja a cagada da vida dela, assim ela coloca o pijama e pára de cometer injustiça.
Isso é inaceitável para mim. O Pai estrupa, a menina é colocada num abrigo por 15 meses e, ao final, volta para casa, com o cara que a violentou????
Algo está errado!
E a Diretora do abrigo só soube me dizer: A juíza mandou ela voltar para o convívio da família!
Estou pasmem!!
quarta-feira, 11 de março de 2009
Manual da experiência
Na teoria sabemos que nada mais será como antes, que não vamos mais dormir, que vamos gastar uma verdadeira fortuna com itens que há nove meses nem sabíamos que existiam...
Tudo bem. Isso tudo, todo mundo já sabe...E nada disso importa quando se decide ter um filho. Mas existem outras transformações, maravilhosas, mais profundas, que alteram a vida para sempre.
Agora que minha filha acabou de nascer, já de volta a cidade que moro, são tantas alegrias, novidades, medos e preocupações práticas que nem estou vendo as mudanças acontecerem. Mas elas acontecem: meus valores, minhas prioridades, minha capacidade de amar, minha paciência. Tudo mudou.
Quando vejo a menina que eu era e a mulher em que me transformei depois da maternidade, é que consigo compreender o tamanho das mudanças que meus filhos trouxeram. Vai muito alem das cinco estrias na bunda, a falta de sono, os olhos tomados por olheiras. E, acredite: é maravilhoso!
Estou de luto. O luto da barriga. Que representa o meu nascimento de mãe e a morte da gestante.
Era tão, tão bom. Um ar de arrogância direcionado aos maus educados predadores das filas de banco que reclamavam por a 'gestante' passar 'a frente. Ahh, que tempo gostoso. Ser paparicada, mimada por todos. Cade?? Quero de volta!
Se o Dr. Moron ler esse texto, vai me expurgar da terra. hhahahaha... Mas, para a miga Ly, garanto, não terei mais filhos. Mas por ela, emprestaria meu ventre e gerava seu tão sonhado filho. Xii, barriga de aluguel? Bem, por ela sim, eu faria.
O que mais muda na vida dos filhos? Com certeza: a mãe.
terça-feira, 3 de março de 2009
A próclise, ênclise ou mesóclise.
Os presos tinham-se revoltado. (Jornal 'A Critica)
Muitas infelicidades me haviam perseguido. (Graciliano Ramos)
Nao devíeis te-los libertado. (Ana Miranda)
A conversa na mesa teria lhe dado suficiente prestigio para isso. (Jorge Amado)
Era como se tivesse ido muito longe ou se escondido atras de uma parede muito grossa. (Raquel de Queiroz)
O general Bagnuoli está plantado na sua colina de espera, depois de haver se recusado a enfrentar Nassau. (Assis Brasil)
A terra devia ter se contorcido, fervendo em lama. (Adonias Filho)
Melhor destino, nem ela propria havia se permitido. (Nelida Piñon)
sábado, 28 de fevereiro de 2009
Voce se encontra aqui? Foi mera coincidência...
-Não, senhor. Você que está fazendo questão, dos meus cinco centavos...
Acho inteligente, gente que usa cinto de segurança, gente que desliga o celular no cinema, gente que respeita o espaço alheio. Admiro a mulher que ganha seu próprio dinheiro, admiro homem que não tem preguiça em trabalhar duro, que estaciona o carro, mesmo longe, pra pegar os filhos na escola e, assim, não atrapalha o transito, respeitando a todos. Tenho quase orgasmo por gente que cobra nota fiscal na loja, por gente que pede desculpas no trânsito, por gente que dá bom dia para a natureza, para o vizinho, para o desconhecido. Chego a esboçar leves sorrisos quando vejo alguém ajudando os outros, devolvendo o que não é seu, tratando chefes sem bajulação, apagando o cigarro na presença de crianças.
Minha rejeição não é ao pecado, mas ao pecador. Não sou Deus, tenho a liberdade de ser e fazer o contrário dEle. Ele ama o pecador, não o pecado. Eu sou o inverso. Aceito o pecado, mas detesto o pecador. Detesto quem rouba, quem xinga, quem falta com o respeito. Acho brega, indulgente, gente que mente, acho cafona e subdesenvolvida gente que puxa saco, gente que desvia dinheiro público, gente que recebe pensão alimentícia e se esquiva em trabalhar, gente que maltrata bichos, gente que anda pelo acostamento e gente que fura fila. Falar alto ao telefone num restaurante é tão deseducado quanto arrotar em frente ao Padre, em seu próprio casamento. Receber troco a mais e não dizer nada é o mesmo que soltar um sonoro pum (o famoso peido) num lugar lotado. Pra mim, estacionar em vaga de deficiente no shopping é o mesmo que limpar meleca debaixo da mesa do escritório: espírito de porco.
Sim, porque no fim meus princípios agem mais como receptores do que como transmissores. Sinto atracão por gente simpática, por gente honesta, por gente elegante, por mais humilde que seja. A elegância dos bons costumes. Por isso e por um punhado de outras coisas tenho poucos e valiosos amigos, gente que tem endereço fixo, conta bancária modesta, ficha limpa na polícia, crédito livre no mercadinho da esquina.
Não há nada mais atraente do que gente humilde, gente honesta, gente trabalhadora, gente educada, gente asseada, gente elegante, gente bacana.
Que me perdoem os mentirosos e os espíritos de porco.
Honestidade é fundamental.
Respondendo ao e-mail que recebi, perguntando se eu sou metade do que escrevo.
Não...Sou muito mais...
Tudo é questão de respeito ao próximo e a nós mesmo.Mas, por favor, só não vale pensar que em algum momento o texto foi pra você!
Bons costumes e elegância, faz um bem danado.
A Luz
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
As mascaras que teimam em NAO cair
From: UMA FULANA@hotmail.com
To: julie.rossi@hotmail.com
Subject: blog.
Date: Fri, 31 Aug 2007 03:59:15 +0300
Embora ja tenha ouvido muito falar de você, não te conheço nem suas amizades nem suas ideias.
Oi Fulana, boa noite!
Confesso que fiquei perplexa com a indagaçao. Tambem nao a conheço mas, tenho excelentes referencias de voce e de sua familia. Que alias, tenho grande respeito por osmose à Beth. Se ela admira vc e sua familia, eu tambm admirarei. Pronto e ponto!
Bom ontem terminei de mais uma vez formatar meu computador, então passei de blog em blog favoritando os blogs que gosto de ler. fui parar no seu e encontrei la um texto que me chamou a atenção pelo conteudo e titulo "conflitos e verdades" mas o nome do link é outro "eu e ela e o outro dela", cujo conteudo vai de encontro a um post meu, um não varios. ja que você admite que ele bem direcionado.Eu fui ate o poeiras ao Vento, reler onde poderia ter algo a seu respeito. E cheguei a varias conclusoes. Primeiro que nao vi em meu texto sequer um adjetivo que voltasse ao seu blog e a voce, em especial. Nao vi nada que pudesse defini-la. Se tudo isso nao passou de uma "puta" coincidencia, o que teria a intrigado? Sem a necessidade de replicas. Que seja um ponto mortal, final!
Sinceramente espero não ter nada haver com meu blog, ja que nem nos conhecemos e a unica pessoa em comum é a beth, que por sinal eu adoro de verdade, e ela sabe disso, pode até não acreditar mas gosto e tenho um enorme carinho por ela.No caso a Beth, pessoa muitissimo querida, acredito que ela sabe e acredita em seu carinho por ela, senao, nao passaria à mim, sua imagem de mae, guerreira, pessoa muito antenada, descolada, independente, e inteligente. Portanto, se fosse o contrario, eu nao perderia meu tempo te lendo e construindo um afeto por voce. Falo daquele afeto que nutre um possivel encontro.
Mas já adiantando raramente escrevo meu dia a dia o titulo do blog é "..." .Sobre o tema que citei, sinceramente, nao deveria nem estar dando satisfaçoes, mas se tratando de voce, que considero alguem relevante. Vou explicar. Eu e ela nao é voce e o outro dela, nao seria alguem que voce imaginasse no planos da sua ideia. Pronto e ponto!
O que realmente não aceitamos e somos imparciais "(BLOG DA FULANA)" é mentira e intriga. Eu poderia estar aqui sem nem ao menos ter certeza de que escreveu pra mim, jogando merdas ao vento, te respondendo todas as questões colocadas no seu texto inclusive a parte em que fala de quem ajuda a comprar o pão.
Por que eu estaria escrevendo algo sobre voce? Isso nao é logico! Eu nao consigo mensurar a nao ser atraves de finito. Isso nao é racional. Nao conheço sua historia, para dar acrescimo de minhas opçoes materialistas.Isso é como incomensurabilidade...Nao levarei nada disso em considEraçao. Nao tenho a pretensao de ultrapassar ninguem à minha propria frente!
Eu nao tenho segredos a nao ser somente, os mortais.
Um abraço de uma futura bacana pessoa de se conhecer.Como voce escreveu:
Se tudo não passou de conscidencia, desconsidere.
Te add no msn mas por favor não aceita, foi pura preguiça de digitar aquele monte de coisa pra abrir o email e te enviar
A FULANA
Por favor, desconsidere tambm, "porque por pura preguiça de digitar aquele monte de coisas para abrir o e-mail do hotmail", eu deixo de ver coisas uteis que me mandam. Quando quiser , se quiser, pode mandar para o e-mail@terra.com.br
Julie
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Leve indigestão
Sábado, fui levar minha filha mais velha e suas amigas para o parque. E no caminho elas falavam sobre meio ambiente. Sempre fui muito de interagir com ela e suas amigas, eu, indagava a todos com um ar sarcástico que tenho. Me senti vencida. Com um prazeroso incomodo. Nem vou me ater aos resultados do que ouvi, pois eles bem mereciam não um texto, vários textos. Mas adianto que deu o óbvio. Sim, eles são individualistas. Sim, eles tendem a uma total negativação do coletivo. Eles acham que se o mundo acabar, não tem problema, porque eles não estarão mais habitando o planeta. Claro, que soava aos meus ouvidos, uma turma mais consciente (a minha filha) mas, diante dos que acham que, se a agua do planeta acabar, vai ser bom porque aí ela pode vender mais caro, com um tom ingênuo.
Eu, juro! Tentei digerir aquela montanha de informações: tia, mas....tia se...tia, olha só...
EU FUI VENCIDA...
Achei que toda educação, consciência, bons modos que tento ensinar, estaria fazendo com que o mundo fosse melhor...
O MUNDO QUE VAMOS DEIXAR PARA OS NOSSOS FILHOS VAI DEPENDER MUITO DOS FILHOS QUE VAMOS DEIXAR PARA O MUNDO.
Entendeu o tamanho da indigestão?
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Amor e desapego. Desejo em 2009
E o que você fez para mudar? Qual foi o maior desafio? Sem duvidas, foi mudar a si mesmo, algo dentro e fora de você. Mas...E ai? Vai colocar em pratica?
Ninguém muda de imediato. Para nos transformamos precisamos de muita compreensão. Deixar de desejar o que não se tem, na ilusão de ser, ou ter. Parar com essa historia de colocar nos atos externos ou em terceiros a nossa tão falada felicidade. Porque ela esta dentro de nós. Não ficar esperando que os outros resolvam as nossas dificuldades. Chega! Vamos nos assumir.
E falar também no amor e no desapego.
Amar mesmo de forma egoísta, todos os fazem, nem que seja a si mesmo. Porém amar de forma verdadeira, sem egoísmo e posse, demonstra que se aprende.
Amar e desapegar das pessoas que amamos não é fácil. Quando desprendemos do que amamos, chegamos a ter sensação de dor, porque sufocam a ilusão do TER.
Mas, temos que amar, amar a tudo, dando valor, mas sabendo que nos é emprestado. E por quem? Pelo Criador. Já que não somos donos de nada material, não possuímos nada. E temos que usar o que é permitido sem abusar. Dar valor a casa, às roupas que vestem nosso corpo, ao local que trabalhamos, onde dá o sustento para todo esse universo material. Enfim, a todos os objetos que nos são úteis. E que um dia temos que deixar tudo para os outros, e ainda, da melhor forma possível, para usufruir dos empréstimos da melhor maneira possível. Pois ate o corpo, temos que devolver a natureza.
Esse é meu desejo para meus companheiros de viagens por esse mundo virtual. E que muitas vezes, nessas caminhadas, somos levados a distanciar um do outro, mas afetos sinceros não se separam.. Podem estar ausentes, mas não separados. E quando eles seguem sem nós, devemos entender. É o tal DESAPEGO. Sem o sentimento de posse. Estaremos amando-os da mesma forma. Respeitando e ajudando.
Se em tempos fui o que escrevo no momento, foi o meu aprendizado desse ano.
QUE 2009 tenhamos mais humildade, paz, saúde e amigos. Que saibamos enfrentar os obstáculos e supera-los. E que ter amigos é a coisa mais gostosa desse mundo.
Amo vocês, mesmo distante, ausentes. Sonho os sonhos de vocês!
sábado, 13 de dezembro de 2008
Reflexos recessivos
Aquele sol batendo em minha costa, formando apenas uma metade de mim. Não posso fazer nada por você, sombra. Não quero fazer nada por você. Preciso fazer por mim. Pois não estou mais suportando ficar apenas sentada e sendo. é necessário fazer e transcender, isso seria a saída.
É nojento o contato com essa coisa, sem qualidades, nem atributos, é repugnante a coisa viva que o nome é sombra. Não tem gosto, nem cheiro, nem vida. Dependente de mim, dos meus movimentos, um travo. Meu próprio travo. Somente o sol me fizera ver o neutro de mim.
O sol, teimava mostrar-me como sou neutra, contornos estéticos inútil. Onde as pernas me pareciam sumir.
Sempre me vêem como louca. Sempre aceito por caridade os resumos das pessoas ao meu redor. Mas, cansada de sempre ouvir sobre infidelidade, sacanagens, casamento, silicones, dinheiro, ricos, pobres, devassas...Isso me cansou. Por que não poderia falar da minha sombra, da insipidez do meu neutro? Do quanto me vejo ao espelho com meus longos cabelos coloridos de pequenas luzes para clarear meu rosto? Por que não falar da negra sombra que sou?
Ofensa? Falta de assunto? Não, estou tentando perceber minha raiz desconhecida. Em algum momento somos todos iguais, a sombra me fez ser 'negra'. Injusta seria discriminar meus descendentes, injusto são os humanos. Quero ser um bicho, nem que seja nesse momento que escrevo. Somos iguais sim, quando o sol mostrar sua sombra. Seremos iguais. Negros.
E assim ouvi: " bicho, tanto assunto e você teima em falar da tua sombra... Ah, filosofar não é minha praia"...
Mas, quem esta filosofando aqui? Estou falando da própria moralidade, fulano...
Seria simplório pensar que o problema moral em relação aos outros, consiste em agir como se deveria agir, e o problema moral consigo mesmo é conseguir sentir o que se deveria sentir. Sou moral a medida que faço o que devo. De repente essa questão moral me foi esmagadora, como extremamente mesquinha, da parte desse HUMANO.
É por isso que cansei...Com nojo, com desespero, com coragem, eu cedi...
Mudamos então o assunto... Roberto Valério foi preso???
Voltamos a moralidade, amigo fulano...