segunda-feira, 13 de outubro de 2008
O veneno da vizinha
Outro dia ouvi: "Deus é profundamente justo"!
Por todos os atos de abuso, que não compreendo, acho que Deus está sendo injusto.
Muitas vezes, o justo e o injusto, de acordo com nossa compreensão, baseia-se no que damos e no que achamos receber em troca.
-Mamãe, Deus é justo para uns e injusto para os outros?
Minha filha. Deus é profundamente justo. Não há desvios nem preferências nas suas leis.
Estávamos conversando sobre um fato triste (pelo menos à nós-família). Temos uma vizinha que envenenou os cães da vizinha que reside em frente sua casa.
O que pude responder a minha filha foi: " O ato de crueldade para com os bichos assim como a crueldade para com o homem, só tem uma diferença: A vitima.
Fico pensando, como a maldade esta em diversos graus do ser humano.
Já pensou se o nosso coração se sentisse injustiçado por não ter folga nem descanso? O que seria do homem?
Eu não sei dizer se ela será punida pelas leis de Deus. Mas, se eu pudesse escolher, entre ela viver ou morrer. Mandaria ela ao inferno, se é que existe.
-Filha. Entenda, analise e reflita. Se colocarmos no berço de sua irmã um coelhinho e uma maça, e ela decidir comer o coelhinho e brincar com a maça. Compro o presente que você quiser.
Como assim mãe?
O ato de maldade dessa mulher, apenas foi um ganho pessoal.
Não chore! Ela não esta na evolução... É um microorganismo em corpo de organismo vivo!
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Ter amigos
Estava ouvindo no carro (é sempre no carro) um CD de Jamie Cullum, cantor inglês que é um gatinho, quando uma musica me chamou atenção. Em tradução livre, o refrão dizia: 'Nestes tempos de prazeres superestimados e de tesouros subestimados, fico feliz que você exista'. Na hora, não pensei num amor, num amante ou no marido: o que me veio à cabeça foram os amigos.
Nestes tempos de valores tão distorcidos e efêmeros, é um conforto saber que podemos contar com os amigos para as coisas grandes e pequenas. é o M, ligando para dizer quais os filmes em cartaz que valem a pena ver. É a L, que volta de ferias e trás de Paris aquele patê que sabe que eu adoro. É o V, que manda e-mail para saber se eu já estou bem do ocorrido com meu cachorrinho. É a B que te manda um depôzinho no orkut que anima a sua alma cinza do dia. é o G, que convida para uma noitada regada a vinho e conversa sobre sua viagem a Portugal,China e Rússia. É aquele amigo, o A, que mesmo nunca ter te tocado, consegue chegar a sensível toque de sua alma.
Esses são os amigos que fazem parte da minha vida hoje, mas existe outra categoria: os amigos da adolescência que encontro raramente, pois estes se encontram espalhados pelo Brasil.
Como a minha melhor amiga da escola (colégio Andrews-RJ), que já tem uma filha de 10 anos que eu vi no batizado...Da primeira vez que raspamos as pernas e usamos os biquini de cordinha, do primo dela que deu em cima de mim, das tardes que comíamos leite condensado com chocolate escondido..Ahh, existe magia entre amigos que é única: a cumplicidade pra rir das boas e más lembranças. E esse momento, de gargalhadas e olhos umidos, vai se transformar em outras lembranças.
A felicidade de ter amigos, é que eles vivem com a gente no passado e no presente.
Muitos deles, vivem comigo diariamente, sempre que ligo o computador e os vejo passar.
Eu vivo totalmente, eu vivo para os outros. Mesmo que minha vida passe dentro de uma incomunicabilidade de uma cela. Estar vivo é inatingível pela mais pura sensibilidade.
Nestes tempos de valores tão distorcidos e efêmeros, é um conforto saber que podemos contar com os amigos para as coisas grandes e pequenas. é o M, ligando para dizer quais os filmes em cartaz que valem a pena ver. É a L, que volta de ferias e trás de Paris aquele patê que sabe que eu adoro. É o V, que manda e-mail para saber se eu já estou bem do ocorrido com meu cachorrinho. É a B que te manda um depôzinho no orkut que anima a sua alma cinza do dia. é o G, que convida para uma noitada regada a vinho e conversa sobre sua viagem a Portugal,China e Rússia. É aquele amigo, o A, que mesmo nunca ter te tocado, consegue chegar a sensível toque de sua alma.
Esses são os amigos que fazem parte da minha vida hoje, mas existe outra categoria: os amigos da adolescência que encontro raramente, pois estes se encontram espalhados pelo Brasil.
Como a minha melhor amiga da escola (colégio Andrews-RJ), que já tem uma filha de 10 anos que eu vi no batizado...Da primeira vez que raspamos as pernas e usamos os biquini de cordinha, do primo dela que deu em cima de mim, das tardes que comíamos leite condensado com chocolate escondido..Ahh, existe magia entre amigos que é única: a cumplicidade pra rir das boas e más lembranças. E esse momento, de gargalhadas e olhos umidos, vai se transformar em outras lembranças.
A felicidade de ter amigos, é que eles vivem com a gente no passado e no presente.
Muitos deles, vivem comigo diariamente, sempre que ligo o computador e os vejo passar.
Eu vivo totalmente, eu vivo para os outros. Mesmo que minha vida passe dentro de uma incomunicabilidade de uma cela. Estar vivo é inatingível pela mais pura sensibilidade.
terça-feira, 30 de setembro de 2008
Pisei no impróprio?
Estranho? Por que estranho?
Louca por que? O por quê de ser louca?
Julie, tu pensa demais!!
Eu desci do carro e pisei no coco, na merda literalmente. Era marrom clara, era merda de cachorro, e dos grandes. Fedia muito. Melei toda a sandália de strass.
Me perguntei: e agora? Jogar fora a sandália, ou tentar limpa-la com lenço?
Naqueles segundos que antecederam minha decisão - um murmúrio negro -
Vou experenciar algo considerado pelos 'normais' - LOUCO -
Tirei delicadamente a sandália. Pisei diretamente com meus pés. Usei os dois.
A umidade de um paraíso. Precisei saber exatamente isto: estou sentindo o que estou sentindo, ou estou sentindo o que eu queria sentir?
Estava ali, bem melimetrado para que eu pisasse. Pois a diferença de um milimetro é enorme, é este espaço de um milimetro pode me salvar pela verdade ou de novo me fazer perder tudo o que via. É perigoso -disse meu marido.
O que seria tão perigoso como excretar o que se sente?
O inferno pelo qual eu passara -como te dizer? - é a experiência da merda e da degradação e da alegria pior.
Eu esmaguei aquele estrume com meus dedos, senti a maciez do solido com a agua, nada me doeu-espantei meus ódios e amores. Entendia eu que aquilo que eu experimentara, aquele núcleo de rapacidade infernal, era o que se chama amor. E diante da merda, da bosta, do qual a palavra amor é um objeto empoeirado, fedido?
As flores nascem no esterco e são puras e perfumadas.
Eu não sabia que do sofrimento se ria. E eu chamo de alegria o meu mais profundo sofrimento. E no soluço o Deus veio a mim, o Deus me ocupava toda agora. Eu oferecia o meu inferno a Deus. O primeiro soluço fizera - de meu terrível prazer e de minha festa.
PROVAÇÃO. Agora entendo o que é a provação. Provação significa que a vida esta me provando. Mas provação: significa que eu também estou provando. E provar pode se transformar numa sede cada vez mais saciável.
Espera por mim: vou te tirar do inferno a que eu desci. Ouve, eu não sou TU, mas mim é TU. Só por isso jamais poderei Te sentir direto: porque és mim.
O que ganhamos em recolher o sofrimento dos outros?
Aquilo não me foi um sofrimento. Eu gostei!
É uma loucura de alegria.
Não me julgues louca por isso. Os meus defeitos são meus. Não há razão para você se aborrecer comigo.
Louca por que? O por quê de ser louca?
Julie, tu pensa demais!!
Eu desci do carro e pisei no coco, na merda literalmente. Era marrom clara, era merda de cachorro, e dos grandes. Fedia muito. Melei toda a sandália de strass.
Me perguntei: e agora? Jogar fora a sandália, ou tentar limpa-la com lenço?
Naqueles segundos que antecederam minha decisão - um murmúrio negro -
Vou experenciar algo considerado pelos 'normais' - LOUCO -
Tirei delicadamente a sandália. Pisei diretamente com meus pés. Usei os dois.
A umidade de um paraíso. Precisei saber exatamente isto: estou sentindo o que estou sentindo, ou estou sentindo o que eu queria sentir?
Estava ali, bem melimetrado para que eu pisasse. Pois a diferença de um milimetro é enorme, é este espaço de um milimetro pode me salvar pela verdade ou de novo me fazer perder tudo o que via. É perigoso -disse meu marido.
O que seria tão perigoso como excretar o que se sente?
O inferno pelo qual eu passara -como te dizer? - é a experiência da merda e da degradação e da alegria pior.
Eu esmaguei aquele estrume com meus dedos, senti a maciez do solido com a agua, nada me doeu-espantei meus ódios e amores. Entendia eu que aquilo que eu experimentara, aquele núcleo de rapacidade infernal, era o que se chama amor. E diante da merda, da bosta, do qual a palavra amor é um objeto empoeirado, fedido?
As flores nascem no esterco e são puras e perfumadas.
Eu não sabia que do sofrimento se ria. E eu chamo de alegria o meu mais profundo sofrimento. E no soluço o Deus veio a mim, o Deus me ocupava toda agora. Eu oferecia o meu inferno a Deus. O primeiro soluço fizera - de meu terrível prazer e de minha festa.
PROVAÇÃO. Agora entendo o que é a provação. Provação significa que a vida esta me provando. Mas provação: significa que eu também estou provando. E provar pode se transformar numa sede cada vez mais saciável.
Espera por mim: vou te tirar do inferno a que eu desci. Ouve, eu não sou TU, mas mim é TU. Só por isso jamais poderei Te sentir direto: porque és mim.
O que ganhamos em recolher o sofrimento dos outros?
Aquilo não me foi um sofrimento. Eu gostei!
É uma loucura de alegria.
Não me julgues louca por isso. Os meus defeitos são meus. Não há razão para você se aborrecer comigo.
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Eu matei a vida!
Estou desde as 03:00 da manha acordada. Me fez mal demais... Fui ao médico porque entrei em choque. Mas, lembro-me das palavras de amigos. Aquilo que ouvira não me consolava.
Hesitei em compreender, olhava surpreendida. Foi aos poucos que compreendi o que se sucedera: eu nem havia dado a marcha-à ré, soltei a porra do carro, e silenciosamente, foi esmagando e que ainda deixara o vivo. Eu não podia mais avançar, tão pouco retroceder. Mas, ainda estava ali, vivo. E olhando para mim. Desviei violentamente meus olhos em repulsa própria. Emergia de um mundo desconhecido ate então. Ainda faltava então o golpe final. Um golpe a mais?
Eu não olhava, mas me repetia que um golpe ainda me era necessário. Eu repetia como que cada repetição tivesse por finalidade dar uma ordem de comando às batidas do meu coração. E eram espaçadas demais como uma dor da qual eu não sentisse o sofrimento.
Ate que - conseguindo me ouvir, enfim conseguindo me comandar - ergui a mão bem alto e como se meu corpo todo, também fosse cair em peso sobre a porta do carro.
Minha mão foi, que se abaixara ao desistir do golpe final, foi aos poucos subindo de novo lentamente ate o estômago: se eu mesma não me movera do lugar, o estômago recuara para dentro do meu corpo.
Como chamar aquilo? Desastre, acidente? Qual nome darei à aquilo? Assassina? Descuidada?
Estava recuando para dentro de mim como uma náusea. Estava caindo em uma lama, umida e viva, era uma lama que se mexia com lentidão insuportável às raízes da minha identidade.
Era isso - era isso entao - É que eu olhava o cachorrinho vivo, se contorcendo e nele descobria a identidade de minha vida mais profunda. Em derrocada difícil, abriam-se dentro de mim passagens duras e estreitas.
Eu não conseguia ficar sozinha com minha agressão. Foi então que desmaiei. Lentamente, ouvira os sons de duas ou três pessoas, falando comigo. Em instantes voltei ao meu realismo sufocante. Vi meu carro com a porta aberta, as luzes ligadas e aquele olhar tão penoso, tão espantado e tão inocente. O que eu via era a vida me olhando. Estou tão constrangida, tão empoeirada sobre as consequências. Que inferno me aguardava?
Através do dificultoso caminho, eu chegara a profunda incisão de retornar ao meu carro. E na minha grande dilatação, eu estava no deserto. Minha entrada nele se fizera enfim.
Não sei o destino dos animais, mas em repulsa a este corpo, minha alma se estende ao desconhecido. E hoje, ainda estou no deserto. Nessa loucura promissora. Só não queria assustar ninguém por ter saído do regulamento.
E que eu, numa experiência pela qual peço perdão a mim mesma. Eu estava saindo do meu mundo e entrando no mundo.
Eu não matei aquele meu cãozinho. Eu me assassinei. E com mal-estar, estou fugindo da vida hoje. Somente hoje. Preciso me recuperar.
Muitos disseram: Era apenas um cachorro!!
Seus vermes!! Não ousam me dizer mais nada!!!
Hesitei em compreender, olhava surpreendida. Foi aos poucos que compreendi o que se sucedera: eu nem havia dado a marcha-à ré, soltei a porra do carro, e silenciosamente, foi esmagando e que ainda deixara o vivo. Eu não podia mais avançar, tão pouco retroceder. Mas, ainda estava ali, vivo. E olhando para mim. Desviei violentamente meus olhos em repulsa própria. Emergia de um mundo desconhecido ate então. Ainda faltava então o golpe final. Um golpe a mais?
Eu não olhava, mas me repetia que um golpe ainda me era necessário. Eu repetia como que cada repetição tivesse por finalidade dar uma ordem de comando às batidas do meu coração. E eram espaçadas demais como uma dor da qual eu não sentisse o sofrimento.
Ate que - conseguindo me ouvir, enfim conseguindo me comandar - ergui a mão bem alto e como se meu corpo todo, também fosse cair em peso sobre a porta do carro.
Minha mão foi, que se abaixara ao desistir do golpe final, foi aos poucos subindo de novo lentamente ate o estômago: se eu mesma não me movera do lugar, o estômago recuara para dentro do meu corpo.
Como chamar aquilo? Desastre, acidente? Qual nome darei à aquilo? Assassina? Descuidada?
Estava recuando para dentro de mim como uma náusea. Estava caindo em uma lama, umida e viva, era uma lama que se mexia com lentidão insuportável às raízes da minha identidade.
Era isso - era isso entao - É que eu olhava o cachorrinho vivo, se contorcendo e nele descobria a identidade de minha vida mais profunda. Em derrocada difícil, abriam-se dentro de mim passagens duras e estreitas.
Eu não conseguia ficar sozinha com minha agressão. Foi então que desmaiei. Lentamente, ouvira os sons de duas ou três pessoas, falando comigo. Em instantes voltei ao meu realismo sufocante. Vi meu carro com a porta aberta, as luzes ligadas e aquele olhar tão penoso, tão espantado e tão inocente. O que eu via era a vida me olhando. Estou tão constrangida, tão empoeirada sobre as consequências. Que inferno me aguardava?
Através do dificultoso caminho, eu chegara a profunda incisão de retornar ao meu carro. E na minha grande dilatação, eu estava no deserto. Minha entrada nele se fizera enfim.
Não sei o destino dos animais, mas em repulsa a este corpo, minha alma se estende ao desconhecido. E hoje, ainda estou no deserto. Nessa loucura promissora. Só não queria assustar ninguém por ter saído do regulamento.
E que eu, numa experiência pela qual peço perdão a mim mesma. Eu estava saindo do meu mundo e entrando no mundo.
Eu não matei aquele meu cãozinho. Eu me assassinei. E com mal-estar, estou fugindo da vida hoje. Somente hoje. Preciso me recuperar.
Muitos disseram: Era apenas um cachorro!!
Seus vermes!! Não ousam me dizer mais nada!!!
sábado, 20 de setembro de 2008
"eu" aspas a esquerda e direita de mim.
Eu uso salto, eu remo, vou a show de rock, trabalho, choro, sinto raiva, xingo no transito (com os vidros fechados), falo muita besteira, tenho tesão e tédio.
Mas vê, meu amor, a verdade não pode ser má. A verdade é o que é - exatamente por ser imutavelmente o que é, ela tem de ser a nossa grande segurança. É meu ato de consumição própria.
Mas, ainda sou aquilo que em mim não é - Sou aquilo que sou com você. Por você, somente por você. E me nego ao próprio neutro sendo aquilo que não sou em mim.
E eis que a mão que eu segurava me abandonou - prazer. Eu é que larguei a mão, pois tenho de ir sozinha.
Piedade: é ser filho de alguém ou de alguma coisa. Nos comemos em riso de dor - e livres.
Ah, meu desejo seria o de interromper tudo isto e inserir neste difícil relato, por pura diversão e repouso.
Uma historia ótima que ouvi outro dia sobre o motivo que um casal se separou. Ah, conheço tantas historias interessantes. E também poderia para descansar, falar de tragédia.Conheço tragédias.
Assim como, conheço historias de amor vividas, intrínsecas e transgressa.
Mas vê, meu amor, a verdade não pode ser má. A verdade é o que é - exatamente por ser imutavelmente o que é, ela tem de ser a nossa grande segurança. É meu ato de consumição própria.
Mas, ainda sou aquilo que em mim não é - Sou aquilo que sou com você. Por você, somente por você. E me nego ao próprio neutro sendo aquilo que não sou em mim.
E eis que a mão que eu segurava me abandonou - prazer. Eu é que larguei a mão, pois tenho de ir sozinha.
Piedade: é ser filho de alguém ou de alguma coisa. Nos comemos em riso de dor - e livres.
Ah, meu desejo seria o de interromper tudo isto e inserir neste difícil relato, por pura diversão e repouso.
Uma historia ótima que ouvi outro dia sobre o motivo que um casal se separou. Ah, conheço tantas historias interessantes. E também poderia para descansar, falar de tragédia.Conheço tragédias.
Assim como, conheço historias de amor vividas, intrínsecas e transgressa.
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Ins-piração religiosa.
Se minha vida se transforma em ela-mesma, o que hoje chamo de sensibilidade não existirá.
Será chamado de indiferença.
É como se daqui a milhares de anos finalmente nós não formos mais o que sentimos e pensamos: teremos o que mais se assemelha a uma atitude do que a uma ideia.
Desconhecendo palavras, ultrapassando o pensar que é sempre grostesco.
Não é um estado de felicidade. É um estado de contato.
Tenho avidez pelo mundo, tenho desejos fortes e definidos, hoje estarei batizando uma criança, na igreja de São Sebastião, não usarei o vestido azul, que antes havia planejado, usarei o preto e branco, dançarei e comerei. Mas, ao mesmo tempo, não preciso de nada, e aquela pureza toda da igreja já começa a me incomodar.
Estou de modo que prescinde de tudo - e também de amor, da natureza, de objetos. Prescinde de mim esse modo. Embora quanto aos meus desejos, a minhas paixões, o eu contato com uma árvore, eles continuam sendo para mim como uma boca comendo.
E para meu espanto, estou caminhando, hoje, em direção ao caminho inverso. Caminho à direção do caminho que construí, caminho para a despersonalização.
E terei de me purificar nesse lugar. Antigamente, purificar-me significaria uma crueldade, contra o que eu chamava de beleza. e contra o que eu chamava de "eu", sem saber que "eu", era um acréscimo de mim.
Será preciso muito mais "purificar-me", para inclusive não querer o acréscimo doas acontecimentos. Só que será preciso ainda tomar cuidado para não fazer disto mais do que isto, pois senão não será mais isto. A essência é de uma ignorância pungente de mim.
Quando se realiza o viver, pergunta-se: mas era só isto? E a resposta é: não é só isto, é exatamente isto.
É que em gloria eu me sinto vazia. EU sempre tive medo de ser fulminada pela realização, eu sempre havia pensado que a realização é um final - e não contara com a necessidade sempre nascente.
Eu não fui batizada! Eu sempre fui condenada pelas ideias nascentes, dessa mente que transcende.
E não caminharei de pensamento em pensamento. Há uma experiência de gloria na qual a vida tem o puríssimo gosto do nada. Eu não quero ir, mas tenho que ter honradez, eu não quero olhar em teus olhos, pois teria muito medo de confessar-te minhas ideias. Tenho muito medo de Ti.
A perda de tudo o que se possa perder e, ainda assim, ser.
Tenho que entrar com minhas características? Ou me despersonalizar contra a grande objeção de mim mesma? A maior exteriorização a que consigo chegar?
Estarei ai, na sua casa. Mas, apenas em imanência, porque só alguns atingem o ponto de, em nós, se reconhecerem. E assim, me revelar.
É como se daqui a milhares de anos finalmente nós não formos mais o que sentimos e pensamos: teremos o que mais se assemelha a uma atitude do que a uma ideia.
Desconhecendo palavras, ultrapassando o pensar que é sempre grostesco.
Não é um estado de felicidade. É um estado de contato.
Tenho avidez pelo mundo, tenho desejos fortes e definidos, hoje estarei batizando uma criança, na igreja de São Sebastião, não usarei o vestido azul, que antes havia planejado, usarei o preto e branco, dançarei e comerei. Mas, ao mesmo tempo, não preciso de nada, e aquela pureza toda da igreja já começa a me incomodar.
Estou de modo que prescinde de tudo - e também de amor, da natureza, de objetos. Prescinde de mim esse modo. Embora quanto aos meus desejos, a minhas paixões, o eu contato com uma árvore, eles continuam sendo para mim como uma boca comendo.
E para meu espanto, estou caminhando, hoje, em direção ao caminho inverso. Caminho à direção do caminho que construí, caminho para a despersonalização.
E terei de me purificar nesse lugar. Antigamente, purificar-me significaria uma crueldade, contra o que eu chamava de beleza. e contra o que eu chamava de "eu", sem saber que "eu", era um acréscimo de mim.
Será preciso muito mais "purificar-me", para inclusive não querer o acréscimo doas acontecimentos. Só que será preciso ainda tomar cuidado para não fazer disto mais do que isto, pois senão não será mais isto. A essência é de uma ignorância pungente de mim.
Quando se realiza o viver, pergunta-se: mas era só isto? E a resposta é: não é só isto, é exatamente isto.
É que em gloria eu me sinto vazia. EU sempre tive medo de ser fulminada pela realização, eu sempre havia pensado que a realização é um final - e não contara com a necessidade sempre nascente.
Eu não fui batizada! Eu sempre fui condenada pelas ideias nascentes, dessa mente que transcende.
E não caminharei de pensamento em pensamento. Há uma experiência de gloria na qual a vida tem o puríssimo gosto do nada. Eu não quero ir, mas tenho que ter honradez, eu não quero olhar em teus olhos, pois teria muito medo de confessar-te minhas ideias. Tenho muito medo de Ti.
A perda de tudo o que se possa perder e, ainda assim, ser.
Tenho que entrar com minhas características? Ou me despersonalizar contra a grande objeção de mim mesma? A maior exteriorização a que consigo chegar?
Estarei ai, na sua casa. Mas, apenas em imanência, porque só alguns atingem o ponto de, em nós, se reconhecerem. E assim, me revelar.
sábado, 6 de setembro de 2008
MORAL DA MINHA HISTÓRIA
Quem conhece um pouco de mim, sabe que a três anos passei por uma cirurgia complexa e imprevisível. Estou aqui, viva e cultivando as coisas simples que amo. Por questões politicas, consegui em apenas 2 dias estar no melhor (pelo menos à mim, é o melhor) hospital de referencia em reabilitação do país. O Sarah Kubischeck em Brasília. Fiquei internada por 15 dias entre internação e recuperação. Foi um milagre para a medicina eu ter recuperado todo o problema nesse espaço de tempo. Tive grandes admirações por parte da equipe medica e, hoje, faço parte de um grupo pequeno de pessoas no mundo, que tiveram tamanha recuperação e, sem sequelas ou traumas. Estaremos indo em Outubro à Boston, à Conferencia Mundial de Saúde. Seremos apresentados a uma comissão, e nossos casos, expostos para estudos posteriores e pesquisas. Isso não é demais??? Bem, à vista de muitos sim. Para mim, não vejo muita honras, não gosto desse fardo de honras, não vejo meu caso como algo fenomenal, admirável. Considero como uma fase de dor, desajustes, desarmonia, que foram transitórios. Não há um sofrimento eterno em nenhuma parte desse universo. Há seres que sofrem maior ou menor espaço de tempo, dependendo da natureza de seu equivoco. Quem ainda não pode visitar o Hospital, que o faça em alguém momento. Eu, por questões politicas, pude escolher o apartamento que queria ficar. Lógico que me colocaram em algo confortabilíssimo (por questões politicas), mas não era o lugar que eu me sentira bem. Eu precisara de estar com as pessoas, de vê-las, senti-las. Numa tarde, pedi à chefe de enfermeiras, que eu precisava ficar na Ala aberta, juntos com pessoas, que eu era uma tagarela e para minha recuperação, isso seria mais que necessário. Atendido o pedido. Yes!! Era la mesmo que eu desejava estar. Ao meu lado tinha uma mulher de uns 46 anos, Maria de Fátima, professora do ensino médio, divorciada, trabalhava em Trindade, interior de Goiás. Estava ali porque não conseguia andar, e a equipe medica já não sabia o que fazer, pois não encontraram nada em seu corpo, que justificasse a ausência de deambular. Deixaram-na por mais dez dias com a equipe de Terapeutas (como se chamam os psicólogos de lá). Pois bem, ficamos amigas, eu quase não podia enxergar nos primeiros dias. Tudo era vulto, mas sem dor alguma. E aquela mulher me deixava intrigada com seu mundo fisiológico, com sua deficiência orgânica, que dentre todos os melhores exames de ultima geração, nada encontrara. Eu podia andar, mas não enxergava, ela enxergava e não andava, estava num leito a minha direita. Eu podia ver os prédios, o jardim, o prédio dos Correios, sentir o vento, que primeiro me cumprimentava e levava meu cheiro, minhas angustia do desconhecido. Ao meu lado, estava ela, com sua angustia, desespero. Para comer era um sacrifício desgraçado, pois o horário das refeições, ela precisava de ajuda, e muitas das vezes, só tinha eu para ajuda-la. Sempre fui muita sapeca, moleca. E comecei a sacanear com ela. Como eu andava, pegava sua refeição e colocava a distancia dela, tomava seu cigarro. Isso cigarro. No Sarah é liberado, se o paciente fuma, seu direito é preservado! E deixava no criado do meu leito. O esforço dela era dobrado. No inicio ela aceitou, depois reclamava aos médicos. Eu negava que fazia aquilo. Certo dia, em sua abstinência por seus cigarros, fiz com que ela levantasse, se apoiando no leito. Ela me xingava, falava que pediria para me trocarem de lugar, que não aguentava aquela situação que eu causava a ela. Que estava com problemas na perna et cetera. No sexto dia, ela já dava seus primeiros passos e esquecia que, suas pernas doíam, ela simplesmente, levantava e a pequenos passos, chegava ate o maço de cigarros no criado do meu leito. Começou a dar passos e não percebia que aquilo era, psicológico. Um distúrbio, que seu organismo apenas recebia o que sua mente emitia. Aos pouco foi-se criando uma mentalidade, que os Terapeutas, de longe, perceberam, minha atitude e a dela.
MORAL DA MINHA HISTORIA
Eu, com minha molecagem, fiz com que ela tivesse coragem. Eu lhe transmitia coragem, vontade de realização. Ela, com sua tolerância em aturar minhas molecagens, partilhou metade da minha tristeza. Eu me sentia feliz em vê-la andando, em leva-la para a varanda para que pudesse fumar seus cigarros e fazê-la rir das minhas bobagens que contava. Eu me sentia rica, contava todas as coisas que eu tenho que o dinheiro não pode comprar. Ela ria muito, e eu partilhava a felicidade, em fazer os outros felizes, apesar dos meus problemas. Saudade da Maria de Fátima.
MORAL DA MINHA HISTORIA
Eu, com minha molecagem, fiz com que ela tivesse coragem. Eu lhe transmitia coragem, vontade de realização. Ela, com sua tolerância em aturar minhas molecagens, partilhou metade da minha tristeza. Eu me sentia feliz em vê-la andando, em leva-la para a varanda para que pudesse fumar seus cigarros e fazê-la rir das minhas bobagens que contava. Eu me sentia rica, contava todas as coisas que eu tenho que o dinheiro não pode comprar. Ela ria muito, e eu partilhava a felicidade, em fazer os outros felizes, apesar dos meus problemas. Saudade da Maria de Fátima.
Ela
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Uma estrela, uma flor, um aprendizado.
O Pequeno Príncipe sentou-se numa pedra e ergueu os olhos para o céu:
- As estrelas são todas iluminadas...Será que elas brilham para cada um que possa um dia encontrar a sua?
Olha o meu planeta. Está bem em cima de nós...Mas como ele está longe!
- Teu planeta é belo - disse a serpente. - Que vens fazer aqui?
-Tenho problemas com uma flor - disse o Príncipe.
-Ah! -Exclamou a serpente.
E se calaram.
- Onde estão os homens? -Tornou a perguntar o Principezinho. - A gente se sente um pouco só no deserto.
- Entre os homens a gente se sente também um pouco só - disse a serpente.
O Príncipe a olhou-a por um longo tempo.
- Tu és um bichinho engraçado - disse ele. - Fino como um dedo...
-Mas sou mais poderosa do que o dedo de um rei -disse a serpente.
O Príncipe sorriu.
- Tu não és tão poderosa assim... Não tens nem patas...não podes sequer viajar...
- Eu posso te levar mais longe que um navio - disse a serpente.
Ela enrolou-se no tornozelo do pequeno Príncipe, como se fosse um bracelete de ouro.
- Aquele que eu toco, eu o devolvo a Terra de onde veio - continuou a serpente.
- Mas tu és puro e vens de uma estrela.
O Principezinho não respondeu.
- Tenho pena de ti, tão fraco, nessa Terra de granito.
Posso ajudar-te um dia, se tiveres muita saudade do teu Planeta Posso...
-Oh! Eu te compreendo muito bem - respondeu o pequeno Príncipe. Mas por que falas sempre por enigmas?
- Eu os resolvo todos - disse a serpente.
E calaram-se os dois.
Passagem do livro: O PEQUENO PRÍNCIPE. Relendo pela nona vez.
- As estrelas são todas iluminadas...Será que elas brilham para cada um que possa um dia encontrar a sua?
Olha o meu planeta. Está bem em cima de nós...Mas como ele está longe!
- Teu planeta é belo - disse a serpente. - Que vens fazer aqui?
-Tenho problemas com uma flor - disse o Príncipe.
-Ah! -Exclamou a serpente.
E se calaram.
- Onde estão os homens? -Tornou a perguntar o Principezinho. - A gente se sente um pouco só no deserto.
- Entre os homens a gente se sente também um pouco só - disse a serpente.
O Príncipe a olhou-a por um longo tempo.
- Tu és um bichinho engraçado - disse ele. - Fino como um dedo...
-Mas sou mais poderosa do que o dedo de um rei -disse a serpente.
O Príncipe sorriu.
- Tu não és tão poderosa assim... Não tens nem patas...não podes sequer viajar...
- Eu posso te levar mais longe que um navio - disse a serpente.
Ela enrolou-se no tornozelo do pequeno Príncipe, como se fosse um bracelete de ouro.
- Aquele que eu toco, eu o devolvo a Terra de onde veio - continuou a serpente.
- Mas tu és puro e vens de uma estrela.
O Principezinho não respondeu.
- Tenho pena de ti, tão fraco, nessa Terra de granito.
Posso ajudar-te um dia, se tiveres muita saudade do teu Planeta Posso...
-Oh! Eu te compreendo muito bem - respondeu o pequeno Príncipe. Mas por que falas sempre por enigmas?
- Eu os resolvo todos - disse a serpente.
E calaram-se os dois.
Passagem do livro: O PEQUENO PRÍNCIPE. Relendo pela nona vez.
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Tempo Humano
Agora. Agorinha, estava postando um depoimento para a Beth Show! Lamentos...
E me surgiu a ideia, talvez a resposta para mim mesma. Do Por quê, de tantas diferenças familiares. Descobri que me viciei no estilo de Vicent van Gogh, ainda na infância.
Na era do Pós-impressionismo. Os Pintores Pós impressionista, pintavam alem do que viam, eles pintavam o que sentiam, libertando, assim, suas emoções.
Agora me entendi, porque sou tão tola diante daqueles que não vêem alem do que seus olhos enxergam.
Van Gogh escreveu: " Eu não quero pintar quadros, quero pintar a vida...
Estou tão feliz por uma descoberta que está em mim...
Eu não quero escrever algo, eu quero escrever a minha vida!
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Eu sou o que escrevo
Cada um que passa e lê, é uma janela para o mundo de alguém.
-Morre como se vive!
Seria essa a resposta que, você que me lê, procurava em mim?
Eu recebo e-mail vez outra, ou como critica, ou como elogio. Mas seu e-mail me intrigou, principalmente, pelo modo como me fez perguntas.
Sinto-me (e o direito é meu) de responder aqui, no meu espaço sem paredes, sem colunas, nem portas ou janelas. Nessa janela que ao abrir, me direciona ao meu mundo, que é alem desse mundo que vivo.
MORRE COMO SE VIVE!
E, em suas pequenas questiúnculas, pude notar uma deselegância em suas palavras, um certo sentimento de inveja e repudia ao meu modo de escrever.
Saiba que, eu não escrevo para você. Eu escrevo para alguém de outra janela. É para sua janela que eu escrevo, pois nela eu te vejo. Se você não se vende como escreve. Mesmo assim, eu acredito. Eu não preciso de sua verdade para continuar a minha. Eu não preciso de sua vida para seguir a minha. Eu, se te leio em algum lugar, não preciso de sua resposta, ou da minha para continuar meu caminho. Eu preciso somente de ler. De captar as milhares de emoções que surgem e se escrevem de uma só vez. Me encorajando a seguir, a criar o bem em mim. São as outras janelas que eu vejo, são as janelas que eu vejo alem de mim.
Um doente de câncer não morre com o câncer, ele morre quando ele se entrega à doença. Ele está doente, ele não é a doença. Por isso, não deve ser fraco, deixar que ela a domine, que ela não o deixe respirar. Enquanto respira, há vida!
Eu frequento motéis pelo menos uma vez por semana. Adoro! Conheço todos em minha cidade. E te confesso, tenho uma casa maravilhosa, tenho lugares para ir divinos, a procura do meu prazer.
Mas, insisto em ir a motéis. Pois, sabe aquela sacolinha com produtos "grátis" do motel? Aquele que vem, xampu, condicionador, touca, sabonete et cetera?
Eu junto durante um mes e levo para hospital do câncer. Os pacientes adoram, ele ficam perfumados, limpos e cheio de ar para respirar. Porque ainda respiram! Sentem prazer. E digo de onde consigo aqueles materiais. Eles riem, ficam felizes, perfumados com vários cheiros, que vão de morango a hortelã. É assim que eu não morro! é não tratar como morte o que é vida nem como coisa o que é gente. A morte não pertence ao futuro. Ela é agora.
MORRE COMO SE VIVE!
Para finalizar, se o modo como vivo te parece arrogante, intimidador, metido ou que, quero "mostrar" que tenho isso ou aquilo. Infelizmente, você perdeu a chance de conhecer uma pessoa simples. Que ama o simples, que respeita bichos, natureza e, tenta ser generosa com seres humanos, que detestaria, se tivesse a chance, de voltar num corpo humano.
Diante da iminência da morte, o que se pode decidir é como viver ate o fim.
Por isso, te afirmo...Eu sou o que escrevo.
-Morre como se vive!
Seria essa a resposta que, você que me lê, procurava em mim?
Eu recebo e-mail vez outra, ou como critica, ou como elogio. Mas seu e-mail me intrigou, principalmente, pelo modo como me fez perguntas.
Sinto-me (e o direito é meu) de responder aqui, no meu espaço sem paredes, sem colunas, nem portas ou janelas. Nessa janela que ao abrir, me direciona ao meu mundo, que é alem desse mundo que vivo.
MORRE COMO SE VIVE!
E, em suas pequenas questiúnculas, pude notar uma deselegância em suas palavras, um certo sentimento de inveja e repudia ao meu modo de escrever.
Saiba que, eu não escrevo para você. Eu escrevo para alguém de outra janela. É para sua janela que eu escrevo, pois nela eu te vejo. Se você não se vende como escreve. Mesmo assim, eu acredito. Eu não preciso de sua verdade para continuar a minha. Eu não preciso de sua vida para seguir a minha. Eu, se te leio em algum lugar, não preciso de sua resposta, ou da minha para continuar meu caminho. Eu preciso somente de ler. De captar as milhares de emoções que surgem e se escrevem de uma só vez. Me encorajando a seguir, a criar o bem em mim. São as outras janelas que eu vejo, são as janelas que eu vejo alem de mim.
Um doente de câncer não morre com o câncer, ele morre quando ele se entrega à doença. Ele está doente, ele não é a doença. Por isso, não deve ser fraco, deixar que ela a domine, que ela não o deixe respirar. Enquanto respira, há vida!
Eu frequento motéis pelo menos uma vez por semana. Adoro! Conheço todos em minha cidade. E te confesso, tenho uma casa maravilhosa, tenho lugares para ir divinos, a procura do meu prazer.
Mas, insisto em ir a motéis. Pois, sabe aquela sacolinha com produtos "grátis" do motel? Aquele que vem, xampu, condicionador, touca, sabonete et cetera?
Eu junto durante um mes e levo para hospital do câncer. Os pacientes adoram, ele ficam perfumados, limpos e cheio de ar para respirar. Porque ainda respiram! Sentem prazer. E digo de onde consigo aqueles materiais. Eles riem, ficam felizes, perfumados com vários cheiros, que vão de morango a hortelã. É assim que eu não morro! é não tratar como morte o que é vida nem como coisa o que é gente. A morte não pertence ao futuro. Ela é agora.
MORRE COMO SE VIVE!
Para finalizar, se o modo como vivo te parece arrogante, intimidador, metido ou que, quero "mostrar" que tenho isso ou aquilo. Infelizmente, você perdeu a chance de conhecer uma pessoa simples. Que ama o simples, que respeita bichos, natureza e, tenta ser generosa com seres humanos, que detestaria, se tivesse a chance, de voltar num corpo humano.
Diante da iminência da morte, o que se pode decidir é como viver ate o fim.
Por isso, te afirmo...Eu sou o que escrevo.
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Insuspeitas emoções
Estou preocupada com o Kaio. Sei que não tens nada. Porque sinto e rezo.
Passei a 1/4 da noite pensativa, tentando imaginar a vida dele, dos seus pais. Tentando formular uma vida na qual eu pudesse estar "conectada", em sintonia. Isso só pode ser amor. E como se adquire amor virtualmente? Acredito que são as palavras, "osmose" de outros, que me inspiram a ser sempre mais.
Pensei em meus filhos como parte da sociedade, do mundo, de suas almas. A noite me pareceu longa, no entanto, depois da recepção inesperada de amigos. Fui me deitar quase à meia noite e, se somar 1/4 do que fiquei acordada divagando em minhas memorias, dormi pouquíssimo e me sinto melhor!
Afinal, quem são nossos filhos? O que representa nós na vida deles, alem do simples relacionamento pais/filhos?
Longe de hipóteses orientadoras, quando estava trabalhando no consultório.
Porém meus filhos são verdades inquestionáveis, que vão ao longo do tempo passando desatentas sem procurar entender em profundidade.
Por exemplo: A 2 filha, dizem: Ela puxou o jeito energético da mãe.
Da outra dizem: Ela tem o temperamento do pai e, a outra puxou o gosto pelas artes da avó...et cetera, et cetera...
A primeira coisa a desaprender com relação às crianças é de que elas não herdam as características psicológicas, como inteligência, dotes artísticos, temperamento, bom ou mau gosto,simpatia ou antipatia, doçura ou agressividade. Cada ser é único, em sua estrutura psicológica, preferências, inclinações e ate mesmo idiossincrasias. Somente características físicas são geneticamente transmissíveis: cor da pele, dos olhos,ou dos cabelos,tendência a esta ou aquela situação, enfermidades, traços fisionómicos e coisas dessa ordem.
Quanto ao mais, não. Pais inteligentíssimos podem ter filhos medíocres, tanto quanto pais aparentemente poucos dotados de inteligência, podem ter filhos geniais. Pessoas pacificas geram filhos turbulentos e, virce e versa, pais desarmonizados produzem crianças excelentes, equilibradas e sensatas.
Por isso eu digo, cada criança, cada pessoa, é única, é diferente, e embora possa ter, duas ou mais, certas características em comum ou muito semelhante, cada uma dela é um universo próprio.
Estou divagando tudo isso, pois certa vez, meu amigo, pai de Kaio, disse-me: Kaio é diferente do irmão, se prometer algo a ele e não cumprir, ocorre a terceira guerra mundial.
E acima de tudo, quando se tem 2/3 ou mais filhos, por que são tão diferentes entre si, uma vez que foram gerados a partir do mesmo conjunto de genes e criados, no lar, sob idênticas ou muito semelhantes condições?
Algumas das minhas perguntas madrugadoras, ainda terão de esperar um bom punhados de anos. E, ainda nao encontrei em nenhuma religião, o que o Pai, Todo Poderoso, não teve pressa em explicar-nos aquilo que nós ainda não temos condições de entender.
Meus filhos, os amo de qualquer forma, em quase todas as situações...
Passei a 1/4 da noite pensativa, tentando imaginar a vida dele, dos seus pais. Tentando formular uma vida na qual eu pudesse estar "conectada", em sintonia. Isso só pode ser amor. E como se adquire amor virtualmente? Acredito que são as palavras, "osmose" de outros, que me inspiram a ser sempre mais.
Pensei em meus filhos como parte da sociedade, do mundo, de suas almas. A noite me pareceu longa, no entanto, depois da recepção inesperada de amigos. Fui me deitar quase à meia noite e, se somar 1/4 do que fiquei acordada divagando em minhas memorias, dormi pouquíssimo e me sinto melhor!
Afinal, quem são nossos filhos? O que representa nós na vida deles, alem do simples relacionamento pais/filhos?
Longe de hipóteses orientadoras, quando estava trabalhando no consultório.
Porém meus filhos são verdades inquestionáveis, que vão ao longo do tempo passando desatentas sem procurar entender em profundidade.
Por exemplo: A 2 filha, dizem: Ela puxou o jeito energético da mãe.
Da outra dizem: Ela tem o temperamento do pai e, a outra puxou o gosto pelas artes da avó...et cetera, et cetera...
A primeira coisa a desaprender com relação às crianças é de que elas não herdam as características psicológicas, como inteligência, dotes artísticos, temperamento, bom ou mau gosto,simpatia ou antipatia, doçura ou agressividade. Cada ser é único, em sua estrutura psicológica, preferências, inclinações e ate mesmo idiossincrasias. Somente características físicas são geneticamente transmissíveis: cor da pele, dos olhos,ou dos cabelos,tendência a esta ou aquela situação, enfermidades, traços fisionómicos e coisas dessa ordem.
Quanto ao mais, não. Pais inteligentíssimos podem ter filhos medíocres, tanto quanto pais aparentemente poucos dotados de inteligência, podem ter filhos geniais. Pessoas pacificas geram filhos turbulentos e, virce e versa, pais desarmonizados produzem crianças excelentes, equilibradas e sensatas.
Por isso eu digo, cada criança, cada pessoa, é única, é diferente, e embora possa ter, duas ou mais, certas características em comum ou muito semelhante, cada uma dela é um universo próprio.
Estou divagando tudo isso, pois certa vez, meu amigo, pai de Kaio, disse-me: Kaio é diferente do irmão, se prometer algo a ele e não cumprir, ocorre a terceira guerra mundial.
E acima de tudo, quando se tem 2/3 ou mais filhos, por que são tão diferentes entre si, uma vez que foram gerados a partir do mesmo conjunto de genes e criados, no lar, sob idênticas ou muito semelhantes condições?
Algumas das minhas perguntas madrugadoras, ainda terão de esperar um bom punhados de anos. E, ainda nao encontrei em nenhuma religião, o que o Pai, Todo Poderoso, não teve pressa em explicar-nos aquilo que nós ainda não temos condições de entender.
Meus filhos, os amo de qualquer forma, em quase todas as situações...
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Pecado renovado
Fui remar !!
O medico disse que não deveria. Mesmo assim eu fui. Teimosa, louca ? Os dois...
Foram 32 km de remada em meio a natureza selvagem, belíssima,Guapo...
Acampamos, dormi perfeitamente bem. Fizemos uma fogueira, cantamos, fizemos os planos da próxima viagem, que será para Otavallo -Equador, na semana da pátria...E olhando aquele fogo, onde se tratava apenas de uma meditação visual. É que o perigo de meditar, é o de sem querer começar a pensar, e pensar já não é meditar, pensar guia para um objetivo. E o menos perigoso na meditação, é "ver", o que prescinde de palavras de pensamentos.
Se eu me enganei na minha meditação visual?
Absolutamente provável.
Fiquei ao redor da fogueira, e todos diziam: Saía dai, vai se queimar...E minha proximidade com a fogueira me deixava suada, enquanto uma gota de suor escorria de minha cabeça, pude sentir o quanto somos salgados (todos), pois que suar é a nossa exalação. E minhas pernas ardiam, eu mudava a posição na covardia de não aguentar a cena que me propunha a sentir.
Eu era o mesmo silencio do fogo -na noite a ansiedade suave se transmite através do oco do ar, o vazio é um meio de transporte. Juro! é assim o amor. Eu sei, só porque estava sentada ali e sabendo. Foi preciso o calor me arder as unhas, e então não suportei mais a tortura e confessei e estou delatando.
Não suportei mais e estou confessando que já sabia de uma verdade que nunca teve utilidade e aplicação, e que eu teria medo de aplicar, pois não sou adulta o bastante para saber usar uma verdade sem me destruir, sem me difamar. A sinceridade não é o bastante para os abastados instelectuais.
Quando uma pessoa é o próprio núcleo, ela não tem mais divergências. Então, ela é a solenidade de si própria, e não tem mais medo de consumir-se ao servir ao ritual consumidor. Ele queima!
E te chamam de louca! De perturbada...E o fogo é apenas um deserto.
A minha forma de viver é um segredo tão secreto que é o rastejamento silencioso de um segredo. É um segredo no deserto. E eu certamente já sabia, pois a luz do amor de duas pessoas me veio a lembrança de um amor verdadeiro que eu tivera e não sabia que tivera.
O amor é então o que eu entendesse de uma palavra. Não carnal. Palavra.
Eu te amo.
E não preciso de uma carta de condenada em uma cela. Estou livre!
Não tenho medo da dor. Sempre tive medo do amor.
O medico disse que não deveria. Mesmo assim eu fui. Teimosa, louca ? Os dois...
Foram 32 km de remada em meio a natureza selvagem, belíssima,Guapo...
Acampamos, dormi perfeitamente bem. Fizemos uma fogueira, cantamos, fizemos os planos da próxima viagem, que será para Otavallo -Equador, na semana da pátria...E olhando aquele fogo, onde se tratava apenas de uma meditação visual. É que o perigo de meditar, é o de sem querer começar a pensar, e pensar já não é meditar, pensar guia para um objetivo. E o menos perigoso na meditação, é "ver", o que prescinde de palavras de pensamentos.
Se eu me enganei na minha meditação visual?
Absolutamente provável.
Fiquei ao redor da fogueira, e todos diziam: Saía dai, vai se queimar...E minha proximidade com a fogueira me deixava suada, enquanto uma gota de suor escorria de minha cabeça, pude sentir o quanto somos salgados (todos), pois que suar é a nossa exalação. E minhas pernas ardiam, eu mudava a posição na covardia de não aguentar a cena que me propunha a sentir.
Eu era o mesmo silencio do fogo -na noite a ansiedade suave se transmite através do oco do ar, o vazio é um meio de transporte. Juro! é assim o amor. Eu sei, só porque estava sentada ali e sabendo. Foi preciso o calor me arder as unhas, e então não suportei mais a tortura e confessei e estou delatando.
Não suportei mais e estou confessando que já sabia de uma verdade que nunca teve utilidade e aplicação, e que eu teria medo de aplicar, pois não sou adulta o bastante para saber usar uma verdade sem me destruir, sem me difamar. A sinceridade não é o bastante para os abastados instelectuais.
Quando uma pessoa é o próprio núcleo, ela não tem mais divergências. Então, ela é a solenidade de si própria, e não tem mais medo de consumir-se ao servir ao ritual consumidor. Ele queima!
E te chamam de louca! De perturbada...E o fogo é apenas um deserto.
A minha forma de viver é um segredo tão secreto que é o rastejamento silencioso de um segredo. É um segredo no deserto. E eu certamente já sabia, pois a luz do amor de duas pessoas me veio a lembrança de um amor verdadeiro que eu tivera e não sabia que tivera.
O amor é então o que eu entendesse de uma palavra. Não carnal. Palavra.
Eu te amo.
E não preciso de uma carta de condenada em uma cela. Estou livre!
Não tenho medo da dor. Sempre tive medo do amor.
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Aqui em casa ? Foi possível...
Eu deixei embaixo do lep...
Sai correndo, queria ouvir o Zé no carro...Quando voltei...Ué, cadê o dinheiro que estava aqui?
Eu havia sacado R$ 800,00, próximo das 18:00hs...
Fui roubada dentro de minha casa. Os suspeitos ?
Alguém que deveras precisa mais do que Eu. Que não tem coragem, sem juízo. Mas, sempre há prejuízos por um ato esdrúxulo como este.
Eu perguntei de duas secretarias: "Vocês não viram o dinheiro que estava aqui ?
Como resposta: Não! A Louise que estava mexendo ai...As crianças não devem nunca ser vitimas dos adultos...
Me assustei com a verdade bruta de um mundo cuja verdade esta viva. Tento alcançar minha vida exterior a um ponto de crime contra a minha vida pessoal.
Eu nunca fui capaz de entender as coisas se encaminhando. Não aqui dentro da minha casa, do meu mundinho protegido por cerca elétrica, ronda diurna e noturna, câmeras.
Estou vivendo dentro de um espelho. Meu marido, disse: Mande embora as duas!
-Não! Preciso tanto delas! - Houve uma discussão saudável a respeito............................................................................................................................................
..............................................................................................................................................................
-Louca? Esse mundo é o lugar, que me serve para viver.
Tudo aqui nessa casa se reflete, na verdade, a uma vida que se fosse real não me serviria.
Portanto, esse roubo não me foi Real. Deixarei que o ladrão se auto esconda, como o fez. Se entregou, não compareceu à sua rotina matinal.
E eu? Felicíssima com a canção do Zé. Preciso aceitar como generosidade e graça. Assim, não me estressei nem perdi a graça que me encontrara desde ontem a tarde ate o momento.
Enquanto isso, eu mesma continuo limpa e correta, que não roí um homem, sou mulher que sorri e rir. Não me cumulo toda por um fato banal, mas trágico de um ser humano.
Já aprendi que dinheiro vai e volta, que amigos se vão e vai chegando novos...
Um dia, o roubo mais banal há de ser descoberto. Fica o sol de fim de tarde como testemunha.
Sai correndo, queria ouvir o Zé no carro...Quando voltei...Ué, cadê o dinheiro que estava aqui?
Eu havia sacado R$ 800,00, próximo das 18:00hs...
Fui roubada dentro de minha casa. Os suspeitos ?
Alguém que deveras precisa mais do que Eu. Que não tem coragem, sem juízo. Mas, sempre há prejuízos por um ato esdrúxulo como este.
Eu perguntei de duas secretarias: "Vocês não viram o dinheiro que estava aqui ?
Como resposta: Não! A Louise que estava mexendo ai...As crianças não devem nunca ser vitimas dos adultos...
Me assustei com a verdade bruta de um mundo cuja verdade esta viva. Tento alcançar minha vida exterior a um ponto de crime contra a minha vida pessoal.
Eu nunca fui capaz de entender as coisas se encaminhando. Não aqui dentro da minha casa, do meu mundinho protegido por cerca elétrica, ronda diurna e noturna, câmeras.
Estou vivendo dentro de um espelho. Meu marido, disse: Mande embora as duas!
-Não! Preciso tanto delas! - Houve uma discussão saudável a respeito............................................................................................................................................
..............................................................................................................................................................
-Louca? Esse mundo é o lugar, que me serve para viver.
Tudo aqui nessa casa se reflete, na verdade, a uma vida que se fosse real não me serviria.
Portanto, esse roubo não me foi Real. Deixarei que o ladrão se auto esconda, como o fez. Se entregou, não compareceu à sua rotina matinal.
E eu? Felicíssima com a canção do Zé. Preciso aceitar como generosidade e graça. Assim, não me estressei nem perdi a graça que me encontrara desde ontem a tarde ate o momento.
Enquanto isso, eu mesma continuo limpa e correta, que não roí um homem, sou mulher que sorri e rir. Não me cumulo toda por um fato banal, mas trágico de um ser humano.
Já aprendi que dinheiro vai e volta, que amigos se vão e vai chegando novos...
Um dia, o roubo mais banal há de ser descoberto. Fica o sol de fim de tarde como testemunha.
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Ganhei, foi mais feliz assim
Eu juro!
Sempre gostei de Zé Ramalho, desde a infância quando minhas tias choravam com seus muitos amores recalcados.
Cresci amando o Zé. Pude por diversas vezes, como hoje e sempre, comprar quantos e quais CDs desejasse. Não sei explicar por qual razão não o fiz.
Certa vez na casa de um amigo, em ritmo de festa, tocou o Zé (Chão de Giz), depois, (Garoto de Aluguel) , continuei sempre amando essas canções.
É como se eu pudesse, mas no intimo, quisesse ganhar. De forma simples, escondendo todo meu lado emocional. Certo modo, expressa meu lado trágico de sonhar, de sofrer.
Não estou falando de um olhar psicológico, isso me impacienta, é um instrumento que tenho que só transpassa. Acho que desde a adolescência eu saíra do estado psicológico.
Quero viver, deveras muitos fatos. A simplicidade, a felicidade.
Minha aventura maior, nunca se realizara em mim. Só o meu destino pessoal era o que eu conhecia. E o que eu queria.
Fiquei tão feliz em ganhar a musica. Fiquei me questionando como existe pessoas que se prestam a fazer outros felizes. Talvez nem tenha a dimensão de como me deixou feliz, de como o sol teve mais beleza nessa tarde. De quantas lágrimas de alegria derramei ao ouvir a musica. Existe sim, choro e felicidade. Dentro da minha espécie estarei sendo perfeitamente humana.
E não me julgues, o ser humano como um todo, não é normal. Ser humano é ter sentimentos. Os sentimentos são muitos, a vida toda, a todo momento. E esse sentimentos são, muitas vezes, inevitavelmente contraditórios. A contradição faz parte da vida.
E não tentes me entender, que de fato, sou um mistério. Me lerás nas entrelinhas, mas só conseguira me ter, na simplicidade.
Quero muito te agradecer pelo presente, com um abraço de mãe, de filha, de amiga, de distancia, mas como ele, sempre, criador de um novo e novo amor.
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Quem poderia ele ter sido ?
"Todos somos iguais perante a Lei". Constituição Brasileira.
Vivia reclamando aos quatro ventos e quantos mais tiverem, que fico indignada em ter de pagar pensão alimentícia a ex-marido. Isso é ridículo! Mas, pago! É descontado em conta corrente com data e hora marcado. Isso porque ate hoje, não tive paciência de pedir uma Revisional de Alimentos. Mas se todos somos iguais, por que muitas mulheres, optam por ter família, filhos, cuidar da casa e afazeres domésticos e no final do relacionamento, custear um dinheiro como sustento próprio? Não estou questionando os direitos dos filhos. Falo das questões judiciais que se emperram por esse Brasil afora. Sempre recebo muitas criticas em função de "pagar" um ridículo valor a essa pessoa que, em alguns momentos não foi tão ruim na minha vida. É que o desgaste e a magoa predominaram no casamento. E o que tento dizer, não tem muito com minha vida particular, vim de uma resposta no post da Sara, http://ospensamentosdeeueela.blogspot.com/.
Muitas vezes a mulher acusa o marido da falta de dedicação à família, excesso de trabalho, e encara os amigos como inimigo. Esquece contudo que esse "inimigo", proporcionou condições de vida favorável a família. Porem, a mulher vai relembrar diversas vezes o fato dele não ter podido ir ao evento de formatura do filho, vai recordar as noites que o marido não passou em casa, et cetera.
Mulher. Você não perguntou ao seu marido, se foi difícil dormir em lugares que ele não gostaria de estar? A impotência em não poder acudir a filha com terror noturno? Acredito que a relação não era tão ruim assim. Ele, só pensava em proporcionar o conforto material para todos.
Mas você nunca o deixou confessar seus medos e inseguranças do trabalho. Tenha sempre o reconhecimento como habito. Assim, você não usará uma mascara de inocente por tantos anos.
Sou imparcial, coloco-me no lugar do outro sempre. Isso não é utopia. Estou aqui tentando dizer o que meus pais viveram.
E costumo dizer aos meus amigos que estou mais feliz hoje do que estava naquele momento da minha vida. E que por 10 anos me sinto no dever de paga-lo por me proporcionar momentos bons que passei ao lado dele. Os ruins, eu devo ter sido cúmplice em algum momento. Se o ex acredita que recebendo valores monetários estará sendo beneficiado por mim. Então que receba. Afinal de contas, meus filhos são seus e não os teria gerado sozinha. É como recompensa.
Louca? Por quê? Está tudo bem comigo!!
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Parabéns minha pequena!
Ebaaa, fiz dois aninhos ontem! Meu papai esteve comigo, meus irmãos e muitos amigos!
Adoro ir para a chacara, lá posso brincar com os cachorrinhos, ouvir os sons das araras, tomar banho de piscina e pular na cama elastica...
Adoro ir para a chacara, lá posso brincar com os cachorrinhos, ouvir os sons das araras, tomar banho de piscina e pular na cama elastica...
Parabénssss, Louise!! Minha caçula querida. Estamos felizes por você, por sua saúde, energia e carinho pelas coisas simples e esquecidas...Folhas...Como adora catar folhas do chão e deitar sobre-as.
No inicio eu achava estranho, mas deixava que fizesse, vez outra, era picada por formigas. Chorava, mas repetia a cena.
Alguns amigos sempre vão no socorro para dizer: 'Não" Isso é sujo!
Eu desminto! Não tem nada de sujo que a agua não possa tirar. Se você quer deitar sobre folhas, pode deitar...
Mas nunca havia pensado sobre o quão grande é o prazer de uma criança que completara ontem 2 anos, deitar sobre folhas...
Parece ser macio, ou deva ser o som do estalar das folhas secas.
Nessa situação, o que fazer com uma coisa que não se conhece? Eu permito! é incompreensível pela minha consciência e pela consciência dela. Há um entendimento que é nosso, individual, mas que nos ultrapassa e que não captamos. Mas, existe. Ela adora bichos, eu permito! Permito os abraços, os beijos, os carinhos, os mesmos dedicados a mim.
Só teme os bichos quem teme a própria animalidade. Vou deitar sobre folhas, sentir o que à acrescenta. Outro dia li um texto recebido por e-mail sobre folhas secas, que somente remete a lixo e caem das árvores, levadas pelo vento.
Penso que o vento deve ter um objetivo por derrubar tantas folhas. Deve sentir dó ou prazer em ver a pequena Louise deitar-se e em prazer absoluto, rir em euforia.
Eu não quero saber da resposta do vento. Que continue a soltar as folhas secas das árvores, me dão prazer em junta-las, nos dão o prazer de um sorriso inocente.
No inicio eu achava estranho, mas deixava que fizesse, vez outra, era picada por formigas. Chorava, mas repetia a cena.
Alguns amigos sempre vão no socorro para dizer: 'Não" Isso é sujo!
Eu desminto! Não tem nada de sujo que a agua não possa tirar. Se você quer deitar sobre folhas, pode deitar...
Mas nunca havia pensado sobre o quão grande é o prazer de uma criança que completara ontem 2 anos, deitar sobre folhas...
Parece ser macio, ou deva ser o som do estalar das folhas secas.
Nessa situação, o que fazer com uma coisa que não se conhece? Eu permito! é incompreensível pela minha consciência e pela consciência dela. Há um entendimento que é nosso, individual, mas que nos ultrapassa e que não captamos. Mas, existe. Ela adora bichos, eu permito! Permito os abraços, os beijos, os carinhos, os mesmos dedicados a mim.
Só teme os bichos quem teme a própria animalidade. Vou deitar sobre folhas, sentir o que à acrescenta. Outro dia li um texto recebido por e-mail sobre folhas secas, que somente remete a lixo e caem das árvores, levadas pelo vento.
Penso que o vento deve ter um objetivo por derrubar tantas folhas. Deve sentir dó ou prazer em ver a pequena Louise deitar-se e em prazer absoluto, rir em euforia.
Eu não quero saber da resposta do vento. Que continue a soltar as folhas secas das árvores, me dão prazer em junta-las, nos dão o prazer de um sorriso inocente.
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Feliz seja Sarah, se conseguir...
Ontem foi aniversario da Sarah! Meu grande amor, minha princess, como gosta de ser chamada.
O presente no mínimo foi inusitado - "Mãe, quero uma bíblia"- Bíblia?? Como assim??
-Nao vai me pedir algo do 'Jonas Brother', 'Camp Rock' et cetera??
-'Não, mãe, prefiro a bíblia!
Fui la e comprei o livro mais vendido do mundo.
E dediquei assim: " Filha, que este livro te livre do pecado, ou o pecado te livre deste livro".
Algumas pessoas ao ver o presente, disseram:
Ah, Julie, sacanagem, como que tu compra uma bíblia de presente para ela. Criança gosta de brinquedos...
Cara, não acredito que tu deu isso prá ela e, fulano...Olha a dedicatória...
Sabe, aquilo me deixou pasmem com a descrença ou o efeito moral do presente.
Como assim?? é bizarro uma criança pedir uma bíblia? E mãe será mais bizarra ainda?
Qual o preconceito então? Quantas mascaras querem que meus filhos usem, para compor a falsária sociedade?
Metafórica ou simbolicamente, dedicatória de opção dei a ela.
Comparo toda essa prosa de ontem uma mascara como forma do homem não expor sua personalidade a qualquer um, de modo a preserva-los a si mesmo, retraindo sua própria ignorância e estética da moda atual. A chamada caretice.
Comparada a mascara de oxigénio das aeronaves..."Caso ocorra uma despressurizaçao, se houver uma criança a seu lado, coloque a mascara primeiro em você e depois nela." Ate aqui parece uma fragilidade necessitando de uma assistência: Fortaleça-se e ajude-a a proteger-se.
Falta em nós pessoas, uma identificação em relação a si mesmo, essa tentativa de preservar-se dos outros, não parecendo fora de 'moda'. Por um lado, cumprem a função que lhes é destinada, a de esconder para os outros a identidade de quem as utiliza.
Eu não quero que meus filhos sejam co-autores do clássico de Alexandre Dumas, o homem da mascara de ferro, trancado por um cadeado cuja chave não possui, na verdade é um instrumento de tortura e aprisionamento.
Minha filha, tenha escolhas, não se deixe contaminar pelo modismo da sociedade. A simplicidade é o nascimento da felicidade.
Feliz aniversario por ontem. Te amo.
O presente no mínimo foi inusitado - "Mãe, quero uma bíblia"- Bíblia?? Como assim??
-Nao vai me pedir algo do 'Jonas Brother', 'Camp Rock' et cetera??
-'Não, mãe, prefiro a bíblia!
Fui la e comprei o livro mais vendido do mundo.
E dediquei assim: " Filha, que este livro te livre do pecado, ou o pecado te livre deste livro".
Algumas pessoas ao ver o presente, disseram:
Ah, Julie, sacanagem, como que tu compra uma bíblia de presente para ela. Criança gosta de brinquedos...
Cara, não acredito que tu deu isso prá ela e, fulano...Olha a dedicatória...
Sabe, aquilo me deixou pasmem com a descrença ou o efeito moral do presente.
Como assim?? é bizarro uma criança pedir uma bíblia? E mãe será mais bizarra ainda?
Qual o preconceito então? Quantas mascaras querem que meus filhos usem, para compor a falsária sociedade?
Metafórica ou simbolicamente, dedicatória de opção dei a ela.
Comparo toda essa prosa de ontem uma mascara como forma do homem não expor sua personalidade a qualquer um, de modo a preserva-los a si mesmo, retraindo sua própria ignorância e estética da moda atual. A chamada caretice.
Comparada a mascara de oxigénio das aeronaves..."Caso ocorra uma despressurizaçao, se houver uma criança a seu lado, coloque a mascara primeiro em você e depois nela." Ate aqui parece uma fragilidade necessitando de uma assistência: Fortaleça-se e ajude-a a proteger-se.
Falta em nós pessoas, uma identificação em relação a si mesmo, essa tentativa de preservar-se dos outros, não parecendo fora de 'moda'. Por um lado, cumprem a função que lhes é destinada, a de esconder para os outros a identidade de quem as utiliza.
Eu não quero que meus filhos sejam co-autores do clássico de Alexandre Dumas, o homem da mascara de ferro, trancado por um cadeado cuja chave não possui, na verdade é um instrumento de tortura e aprisionamento.
Minha filha, tenha escolhas, não se deixe contaminar pelo modismo da sociedade. A simplicidade é o nascimento da felicidade.
Feliz aniversario por ontem. Te amo.
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