Fui remar !!
O medico disse que não deveria. Mesmo assim eu fui. Teimosa, louca ? Os dois...
Foram 32 km de remada em meio a natureza selvagem, belíssima,Guapo...
Acampamos, dormi perfeitamente bem. Fizemos uma fogueira, cantamos, fizemos os planos da próxima viagem, que será para Otavallo -Equador, na semana da pátria...E olhando aquele fogo, onde se tratava apenas de uma meditação visual. É que o perigo de meditar, é o de sem querer começar a pensar, e pensar já não é meditar, pensar guia para um objetivo. E o menos perigoso na meditação, é "ver", o que prescinde de palavras de pensamentos.
Se eu me enganei na minha meditação visual?
Absolutamente provável.
Fiquei ao redor da fogueira, e todos diziam: Saía dai, vai se queimar...E minha proximidade com a fogueira me deixava suada, enquanto uma gota de suor escorria de minha cabeça, pude sentir o quanto somos salgados (todos), pois que suar é a nossa exalação. E minhas pernas ardiam, eu mudava a posição na covardia de não aguentar a cena que me propunha a sentir.
Eu era o mesmo silencio do fogo -na noite a ansiedade suave se transmite através do oco do ar, o vazio é um meio de transporte. Juro! é assim o amor. Eu sei, só porque estava sentada ali e sabendo. Foi preciso o calor me arder as unhas, e então não suportei mais a tortura e confessei e estou delatando.
Não suportei mais e estou confessando que já sabia de uma verdade que nunca teve utilidade e aplicação, e que eu teria medo de aplicar, pois não sou adulta o bastante para saber usar uma verdade sem me destruir, sem me difamar. A sinceridade não é o bastante para os abastados instelectuais.
Quando uma pessoa é o próprio núcleo, ela não tem mais divergências. Então, ela é a solenidade de si própria, e não tem mais medo de consumir-se ao servir ao ritual consumidor. Ele queima!
E te chamam de louca! De perturbada...E o fogo é apenas um deserto.
A minha forma de viver é um segredo tão secreto que é o rastejamento silencioso de um segredo. É um segredo no deserto. E eu certamente já sabia, pois a luz do amor de duas pessoas me veio a lembrança de um amor verdadeiro que eu tivera e não sabia que tivera.
O amor é então o que eu entendesse de uma palavra. Não carnal. Palavra.
Eu te amo.
E não preciso de uma carta de condenada em uma cela. Estou livre!
Não tenho medo da dor. Sempre tive medo do amor.
O medico disse que não deveria. Mesmo assim eu fui. Teimosa, louca ? Os dois...
Foram 32 km de remada em meio a natureza selvagem, belíssima,Guapo...
Acampamos, dormi perfeitamente bem. Fizemos uma fogueira, cantamos, fizemos os planos da próxima viagem, que será para Otavallo -Equador, na semana da pátria...E olhando aquele fogo, onde se tratava apenas de uma meditação visual. É que o perigo de meditar, é o de sem querer começar a pensar, e pensar já não é meditar, pensar guia para um objetivo. E o menos perigoso na meditação, é "ver", o que prescinde de palavras de pensamentos.
Se eu me enganei na minha meditação visual?
Absolutamente provável.
Fiquei ao redor da fogueira, e todos diziam: Saía dai, vai se queimar...E minha proximidade com a fogueira me deixava suada, enquanto uma gota de suor escorria de minha cabeça, pude sentir o quanto somos salgados (todos), pois que suar é a nossa exalação. E minhas pernas ardiam, eu mudava a posição na covardia de não aguentar a cena que me propunha a sentir.
Eu era o mesmo silencio do fogo -na noite a ansiedade suave se transmite através do oco do ar, o vazio é um meio de transporte. Juro! é assim o amor. Eu sei, só porque estava sentada ali e sabendo. Foi preciso o calor me arder as unhas, e então não suportei mais a tortura e confessei e estou delatando.
Não suportei mais e estou confessando que já sabia de uma verdade que nunca teve utilidade e aplicação, e que eu teria medo de aplicar, pois não sou adulta o bastante para saber usar uma verdade sem me destruir, sem me difamar. A sinceridade não é o bastante para os abastados instelectuais.
Quando uma pessoa é o próprio núcleo, ela não tem mais divergências. Então, ela é a solenidade de si própria, e não tem mais medo de consumir-se ao servir ao ritual consumidor. Ele queima!
E te chamam de louca! De perturbada...E o fogo é apenas um deserto.
A minha forma de viver é um segredo tão secreto que é o rastejamento silencioso de um segredo. É um segredo no deserto. E eu certamente já sabia, pois a luz do amor de duas pessoas me veio a lembrança de um amor verdadeiro que eu tivera e não sabia que tivera.
O amor é então o que eu entendesse de uma palavra. Não carnal. Palavra.
Eu te amo.
E não preciso de uma carta de condenada em uma cela. Estou livre!
Não tenho medo da dor. Sempre tive medo do amor.