sexta-feira, 19 de junho de 2009

Encarnação involuntária

Estou indo (se algo não der errado antes) para fazer a trilha dos Incas durante sete dias, caminhando, subindo e descendo. Isso é o o que me deixa feliz, e a sensação do antes me deixa também.
Estávamos amadurecendo a ideia de ir de carro com um grupinho de amigos e foi ai que começou o bate-boca do casal: Eu não vou se antes você não for comigo à Europa!!

-Eu não vou em porra nenhuma de Europa, eu vou com ela para o Peru!

-Epa! Comigo não, com todos nós - Me defendi logo.

A situação continuou, mudou o foco do objetivo e se perdeu pelas roupas sujas...

Ok, por que escrevo isso?

É tão complicado de eu entender o por quê é tão, tão difícil ter amizades masculinas sem que aja ciumes por parte das companheiras.

Eles se fitavam profundamente. E mais um instante e o sonho seria suspenso, cedendo à gravidade que se pediam.
Mas, peraí. Esse sonho também é meu! Cessa à vocês, eu irei (se algo não der errado antes).

Ela com sua infância impossível, o centro da imaturidade e mimo. Que se quebraria somente quando ela fosse uma mulher.
Entre tantos seres que estão prontos para se tornarem donos de outro ser, lá estavam eles, ambos se olhavam, irados.

Todos os problemas ja haviam sidos tocados, todas as possibilidades estudadas. E minha solidão na volta para casa era grande e árida. Cheguei em casa e fui ler para não me lembrar deles.

No fundo, você cria uma expectativa em torno de um projeto e se vê perdendo para os sentimentos mais primitivos do homem. Ciúmes de algo que não existe na minha ideia, nem na dele. Aquele sentimento que "ela" não assume, mas arruma um pretexto para dificultar e ocultar o próprio sentimento de sua imaturidade.

Bem, o mais que podíamos fazer era o que fazíamos: saber que éramos amigos.
O que não basta para encher os dias, nem as ferias futuras.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Você meio doida?


Acho engraçado as pessoas que dizem: Julie, você é louca! Algumas, como minha filha primogénita, eu acato e silencio por se tratar de uma adolescente. Os demais "não podem negar desconhecimento da lei".
Sou espontânea e alegre. Incomodo alguns que somente vive, não existe- Plutarco. O defeito não foi meu, foi de quem me entregava livros para ler e me instruir, lamentável pois, odeio ascender a inveja em outrem.
Estava lendo a Barsa, procurando um tema para meu filho e fiquei lendo a história de Dale Carnegie, o decano papa da auto-ajuda: "Qualquer louco pode criticar, condenar e reclamar, e a maioria dos loucos o faz." A pergunta é: Compensa fazer isso? Provavelmente não!
Porém, ate para criticar, condenar e reclamar, deve-se ser comedido e sábio. Vou deixar umas dicas:

Critica: Tem de ser construtiva, focalizar o comportamento e não a pessoa; deve ser feita em particular, com palavras suaves e respeito à sensibilidade do outro, verdadeira e bem- intencionada.

Condenação: Deve enfocar o comportamento não ético da pessoa, dar oportunidade de defesa, oferecer saída para a pessoa redimir-se.

Reclamar: Sobre os tópicos certos, quando houver realmente um motivo, com a pessoa certa e com o tom certo, feitas com suavidades e sem culpa.

E quem tiver esses cuidados vai parecer doido. Porque a maioria, chora, grita e o problema não se extingui.

E por eu agir assim, sou louca? Meio doida ou maluca?

Eu preciso apenas de um pouco de atenção, uma calmaria para que os ventos soprem e tudo tenha uma suavidade como a brisa do vento esfriando o rosto numa tarde ensolarada.

E você?



quinta-feira, 4 de junho de 2009

Ainda dissem que não são civilizados...

Antigamente, o abrigo da Funai ficava próximo da minha antiga casa. Não sei se ainda é lá, enfim, deixarei aqui um exemplo de analogia que ouvi, aprendi e me motiva cada vez mais a compreender e não somente entender o "outro". Estive de volta à cena de 4 anos atrás...

Quando trabalhava no Governo participei da comitiva que recepcionou um grupo de indígenas da região. Achava aquele povo vestido e pintado muito estranho. Uns pegavam em meu cabelo e riam, outros puxavam a alça do meu minúsculo soutien, outro enfiou o dedo no meu nariz, espirrei pacas e eles só riam de mim.

A comitiva os levou em alguns pontos turístico daqui, primeiro foi no mercado Municipal onde tem comida pra todo lado. Eles estavam pasmos com tanto alface, tomate, laranja. Lembro dos olhos deles latentes em minha memoria, olhavam como se fossemos nós entrando num cofre cheio de dinheiro, assustados com tanta fartura.
Um deles perguntou de mim: O que ele está fazendo?
-Apontando ao chão um menino negro, pobre (nós sabíamos pelas roupas que era pobre, eles não saberiam distinguir) pegando tomate estragado, batata já moída e colocando num saquinho.
Para nós, isso seria normal. Respondi a ele: -, ele está pegando comida!

Eles continuaram andando conosco, calados, atentos, os olhos arregalados.
E eu, prestando muita atenção naqueles seres estranhos*
Uns 15 minutos se passaram...O índio disse: Eu não entendi. Por que ele está pegando essa comida estraga aqui do chão, e se tem uma pilha de comida boa?
Respondi: é que para pegar comida boa precisa de dinheiro.
-E ele não tem dinheiro?
-Não tem.
-Por que não tem dinheiro?
-Ele não tem dinheiro porque ele é criança.
-E o Pai dele tem?
-Não, o Pai dele não tem.
-Não entendi. Por que você que é grande, tem e o Pai dele, que é grande, não tem? De qual pilha você come, dessa aqui ou a do chão?
-Dessa aqui.
-Por que?
-Sabe o que é? É que aqui é assim...

Os caciques falaram uma coisa que eu nunca esquecerei: Vamos embora. Disse o cacique.
Não, eles pediram foi para ir embora da cidade, do mercado, da vida junto do branco. Veja como são selvagens.
Eles não conseguiram compreender uma coisa tão óbvia. Que uma criança faminta diante de uma pilha de comida boa, pega comida podre.
"Eles não são civilizados"-diríamos

Sabe como eles passariam batido e nem repararia na cena?

Se tivessem sido criados em algumas das nossas famílias, se tivessem ido em igrejas, frequentado algumas das escolas que frequentei, se tivessem acesso a net. Ai eles achariam aquela cena normal.
O que está acontecendo? Será que nos distraimos em algum momento e a nossa ética não é a da convivência, mas a do outro como inimigo? "Ah, mas aqui é assim." Violência? Aqui é assim. Eu já fui assaltada e agora tenho duas bolsas, a minha e a do ladrão. A minha fica embaixo do banco. Eu uso carro blindado, etc...Claro, a gente vai criando meios de nos acostumarmos ao "normal. Normal? Estamos anestesiados.

Ah Deus, como queria ter vindo árvore.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Como uma pedra

Um amigo visitou minha casa no domingo e perguntou: "Tem algum motivo especial para você ter tantas pedras em casa?

-Bem, essa última é do Cotopaxi, o maior vulcão ativo no mundo, trouxe na semana santa do ecuador, tive problemas na alfandega internacional mas a trouxe comigo. Paguei caro por ela em Guaiaquil, mas sentido teve para estar aqui. Sei que não estou conseguindo explicar minha ternura por elas. Sei que a letra dessa musica me revelaria.
Um corpo sem vida é uma pedra. E eu, preciso delas para me sentir Viva.


Em uma tarde monótona*
Em uma quarto cheio de vazio
De maneira livre eu confesso
Que estava perdido nas páginas de um livro cheio de morte
Lendo como morreremos sozinhos
E se somos bons nos deitaremos para descansar em qualquer lugar que queiramos ir
Em sua casa ficarei longamente
Quarto por quarto pacientemente
Vou esperar por você lá como uma pedra
Vou esperar por você lá Sozinha
Em meu leito de morte eu vou rezar aos deuses e aos anjos como um pagão para qualquer um que me levará para o paraíso para um lugar do qual me lembro
Eu estive lá há tanto tempo. O céu estava arroxeado. O vinho era como sangue
E lá você me conduziu
E eu continuei lendo até que o dia tivesse terminado. E me sentei em remorso por todas as coisas que fiz, por todas que abençoei, e por todas que errei.
Em sonhos até minha morte vou vagar

* A tradução correta de "cobweb" é "teia de aranha"; mas por questão de interpretação traduzi este termo como "monótona".

terça-feira, 19 de maio de 2009

As flores do meu jardim são feias...

Depois de ouvir de todos os lados...
Fiquei com aquela indagação inicial: Qual é a minha missão aqui na terra?
É ser reconhecida? Aprender a aprender? Saber o significado da minha poiesis? Saber o significado entre erro e negligencia? Saber que não sei? Ser humilde? Saber aproveitar as oportunidades? Saber o tamanho que tenho dentro do planeta? Enfrentar o medo da mudança? Saber o que a satisfação faz comigo? Saber a velocidade das mudanças? Combater o bom combate?
Confesso que não cheguei a uma conclusão definitiva. Talvez nunca chegarei.
Ao ser questionada quanto minha parcialidade
– Eu ouvira sua voz com a sintonia dos timbres, eu não ouvira as palavras conclusas, concisas. Só o timbre como as névoas do oceano. Lembrei-me das “Brumas de Avalon”-
Minha carência profunda é mais a necessidade urgente de vida do que a realização de uma missão na terra, mais do que um fardo que se carrega no dia-a-dia. Ah, esses traços do “dia-a-dia” foram retirados?
Então...a questão central é como você faz um pacto com sua família para que perceba que você esta oferecendo a eles uma condição absolutamente privilegiada de vida, com condições materiais, alto consumo et cetera.
Mas isto lhe esta matando, infelicitando-lhe, amargurando-lhe. O foda é que ninguém pergunta o que espero da vida. Só me cobram. Lógico que preciso de vocês para ter um pouco mais de vida. Deixe-me com minhas roupas loucas, minha aparência humilde, meu estilo próprio. Apenas um blush do Boticário já me basta. Eu sou uma vida concomitante mesmo. Visto-me, conforme meu espírito. Não espero elogios dos desconhecidos. É necessário que não esqueçam a distinção entre o que urgente e o que é realmente importante. E sou como a massa do pão: mais bate, mais cresce.
Meus amores proponho um basta a essas pequenas coisas, antes que a natureza me dê. Via saúde, por exemplo, ou via loucura. Alias, depois da catequese, minha filha esqueceu o caderno no computador, estava escrito: “De nada adianta a um homem ganhar o mundo se ele perder sua alma” (Mt 16,24).
Minha alma é Franciscana, deixem-me.
PS: Matriculada na escola de artesanato Coisytas...estou aprendendo cada coisa linda. Feliz!
Mas, para boa parte da escala do "sero umano", eu estar fazendo isso diminui meu status...VsF...

segunda-feira, 11 de maio de 2009

A simplicidade de amar é grátis, é bônus, é brinde.

Não é sentimento de pele, de tesão, de tocar, mas os corações se tocam. Basta lembrar um do outro.
Deve-se estranhar a aparição muda e diária em sua pagina do orkut. No MSN houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas e, achava-se cada vez mais estranho o fato de não está entendendo. Ate que essa boa mãe entendeu.
O amor é algo que transcende mesmo. Sem explicações, sem a tormenta loucura de querer elucidá-lo.
Mas, não ficou simplesmente nisso. Olhando bem em meus olhos, a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava a ver a esperança em olhos desconhecidos. Sabendo que o amor desconhecido me fez caminhar naquilo que não sou, mais estou.
Às vezes aceito: Como se quem me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.
Quanto tempo?
O dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira.
Só isso...Durou alguns minutos, esta durando a eternidade.
Assim como, ao ganhar uma música do amigo Marco Mência a dois anos atrás (nem ele lembra disso), via MSN, tomando vinho sozinha. Eu amara um amigo. Isso é amor. Qual tipo? Não classifico, não têm nada de carnal, sexo, desejo. É amor, é o que sinto.
Uns devem ler e pensar: Carência, carente, coitada... Somente o interior do pensamento sente.
Eu amo tanto a simplicidade. Me é tão cara e melhor de tudo.
Ganhei ontem uma pasta do Kid Abelha (via MSN). O dono? O presente? De um mineiro, radicado na Bahia, metamorfose como Eu. Amo.
Como posso amar sem ver, sem tocar?
Onde fica longe o lugar do passado?
A viajante segue o caminho do próprio pensamento.
Propôs uma pausa - Acabei de saber que minha cadelinha foi atropelada...
Mas á frente mato minha sede de entendimento.
Há meros devaneios tolos a me torturar...Chão de Giz

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Somos iguais em desgraça-frase de uma música que não lembro de quem é

A característica mais marcante em meu pai era sua rotatividade. Dizia-se inteligente sem livros e que sua fortuna era o pensamento.

Papai falava sempre emocionado que quando eu aprendesse a ler eu iria possuir de alguma forma todas as coisas, inclusive, eu mesma.
Não gostava de constatar o quanto me atormentava algumas coisas. Mas é segredo. Esse segredo alimentava o meu silêncio. E eu precisava desse silêncio para continuar ali. Mas, nunca consegui contar para ele o que acontecia comigo, com ele, com nossas vidas. Um deserto de almas.
Acontece que aos 13 anos eu não tinha preparo nenhum para dar nome alguns às emoções nem mesmo tentar entendê-las.
Apenas deixava cartas escondidas e secretas, como ainda hoje me são secretas algumas. Escondo-as tão bem que surpresa fico ao reencontra-las e me pergunto: Nossa, fui eu que as escrevi, que coisa pesada, o que eu pensara nesse momento?

Eu fui da primeira turma de mulheres do Colégio Militar, indisciplinada, pensadora, sempre ficava detida por uma ou duas semanas. Dependia muito do Sargento ou Tenente que recebia minhas ofensas cheia de silencio de mim mesma. Então, quem eu era?
Ah, sei, a maluca do colégio que ousava desafiar o Tenente Malta e o Sargento Mendonça e mandava a puxa-saco da aluna coronel Gomide para PQP. Essa era eu. Mas, por quê?

Ah, como me sinto guerreira de chegar ate aqui. Como se a partir de mim, e através do meu esforço, eu devesse conquistar outra pátria, nova língua, um corpo que pudesse sugar sem medo ou pudor. E tudo me treme dentro, olho os que passam com um apetite de que não me envergonharei mais tarde. Felizmente, é uma sensação fugaz, logo busco os olhares de meus filhos, neles a minha vida está estampada. Estes votos que ruborizam o corpo, mas não marcaram minha vida de modo a que eu possa indicar as rugas que me vieram através do meu arrebato.

Papai - in memoriam-era o único a trazer-me a vida, ainda que às vezes eu a vivera com uma semana de atraso. É que ele praticamente só viajava.

Não preciso interpretar os fatos, incorrer em erros, apelar para as palavras inquietas que terminam por amordaçar a liberdade. Não tenho que assimilar um vocabulário incompatível com meu destino capaz de arruinar meu casamento. É meu encargo podar meus excessos. O caso é que a natureza dotou-me com o desejo de naufragar e as vezes ir ao fundo do mar. E me serve para absorver meus sonhos, multiplicá-los no silencio borbulhante dos labirintos cheios de agua do mar, salgada, mas de gosto intragável.

Trair é muito prejudicial em todas as esferas.

Mamãe sabia disso?

sábado, 25 de abril de 2009

A moral do Jardim


No fundo, eu sempre tivera a necessidade de sentir a raiz firme das coisas.

E isso, só meu lar me dera. Ainda que por caminhos tortos, vieram cair num destino de mulher, com a surpresa de nele caber como se o tivesse inventado. E continuo a descobrir que sem a felicidade se vive.

Encontrando pessoas antes invisíveis, persistência, continuidade, alegria. Às vezes, acontece dentro do corpo uma exaltação perturbadora que tantas vezes se confunde com uma felicidade insuportável. Acho que é uma troca compreensível de uma vida de adulto, que eu quisera e escolhera.

Eu sempre dei tudo de mim.Até as árvores que plantei riem de mim. E quando nada e ninguém precisa mais da minha força, eu, inquieto-me. O calor se torna mais abafado, tudo ganha uma força e vozes mais alta. Ao meu redor os ruídos são serenos de jardim, cheio de árvores que ainda riem de mim. Pequenas surpresas entre cipós reaparecem. Enfim, todo jardim triturado pelos instantes já mais apressados da tarde, de onde vinha e vem o meu sonho pelo qual estou rodeada. Tudo é estranho, grande demais, suave demais. E, esse mundo, é tão rico que apodrece.




domingo, 19 de abril de 2009

O silêncio da Inocente

Tenho pavor de ficar indelimitada.
E que eu tenha coragem de resistir à tentação.
Esse esforço que farei agora por deixar subir à tona um sentido, qualquer que seja, esse esforço seria facilitado se eu fingisse escrever para alguém. Porém, receio começar a escrever para ser entendida pelo 'alguém imaginável', receio muito mesmo, começar a fazer um sentido, com a mesma mansa loucura que até ontem era meu modo sadio de caber num sistema.
E se eu me desproteger e ir falando para o nada e para alguém? E correr o risco de ser esmagada pelo acaso. Por essa transformação subita de ignorancia. Fatos.
Por que questiona minha solidão? Por que reclama de eu ficar deitada na rede admirando minha natureza?
Ouço suas indagações: 'Voce deve estar deprimida, levanta dai!
Vê meus olhos sorridentes onde só há silencios?
Não te respondo em palavras, retribuo em silêncio.
Quando fico sozinha não há uma queda, há apenas um grau a menos daquilo que sou para os outros. Isso sempre foi minha naturalidade e minha saúde. E minha espécie de beleza também.
E, é só isso que posso dizer a meu respeito? Ser sincera? Relativamente sou. Não minto para formar verdades falsas. Mas preciso dessa latente em mim e confessar que usei demais as verdades como pretexto. A verdade como pretexto para mentir?
Eu poderia dizer a mim mesma o que me linsonjea e fazer o próprio relato da sordidez. Mas, tomo cuidado de não confundir defeitos com a minha chamada 'nobreza' que omito, à minha sordidez que tabém omito.
E quanto mais sincera eu for, mais serei levada a me linsonjear, tanto com as 'ocasionais' nobrezas como sobretudo com a ocasional sordidez. E a mesquinhez? Essa Eu omito. A sinceridade não me faz vanglorizar a mesquinhez.
E não só por falta do autoperdão, Eu me perdoo a tudo o que for grave e maior em mim. A mesquinhez eu também omito porque a confissão me é muitas vezes uma vaidade, mesmo a confissão penosa.
Me ouça agora. Não estou : Você está muito para baixo, você parece num silêncio abismal Julie.
Eu fico em silêncio para saber não quem sou, mas entre quais eu sou. Se eu perder esse mundo, sei que não tenho capacidade para outro. Homem nenhum provou que "lá" tenha natureza.
QUAIS DELAS ??????

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Sensação II

Para tirar minha duvida maluca das ideias, ou tirar das ideias minhas duvidas malucas...Hoje, vi pessoas que só o olhar delas já me valeram a pena ter ido ao local.

Tem um ar de mistério nisso. Você não conhece as pessoas, mas se sente bem ao ve-las. Isso já aconteceu com voces??


Bem, se o bem me deixa bem, o que pensar do mal que me leva ao bem?


Hoje, percebi dois caras num carro escuro me seguindo. E depois de ser assaltada voce fica mais "ligada" ou se torna uma paranóica que usa a palavra Paranóica para justificar o modo livre de ser. Ate porque, como todos me sentem louca, tenho sempre a meu favor a fama. Posso falar e agir de qualquer forma que ninguem se importa, sempre dirão: a Julie é louca. Ou como meu amigo gatão me chama: Fala Insana!


Bem, os carinhas se danaram se tentavam algo, fiz uma curva louca numa rua que desconheço mas, já estive lá alguns dias atras para solucionar um problema e me deparei com pessoas doces, bonitas e interessantes. Deve ser por isso que hoje, como diz Daozin: Teoria do Corpo Fechado: Me levou na extremidade de me sentir melhor. Gostei de ver as extremidades. E somente eu mesma saberei do que tendo dizer. Mas deixo ao meu amado leitor uma icognita: O que será mesmo que voce queria ver???


Ahhh, essa eu levo ao túmulo.


EU NAO VIM PARA EXPLICAR, VIM PARA CONFUDIR...Chacrinha in memorian





terça-feira, 7 de abril de 2009

A sensação

Se pudesse ter escolhido queria ter nascido Tartaruga. Talvez, Ela mesma, não sinta o grande

símbolo da vida livre que eu sinto Nela.


Mas, isso não importa, a Tartaruga deveria, sobretudo,ser sentida por mim?

Ela não representa animalidade livre, solta do ser humano? Não.

O melhor que ela tem, o ser humano já têm, sempre mal aproveitado, bem mal aceitado em si.

Passo então, para a minha humanidade.

E, Ela, só me indica o que sou.

Tentando pôr em frases a minha mais oculta e sutil sensação. E desobedecendo à minha necessidade de veracidade eu diria: Minha liberdade é tão indomável que se torna inútil tentar-me aprisionar para que sirva aos homens.

E quero te pedir perdão, invejada Tartaruga. Eu te aprisiono em meu lago, para que você me dê uma pouco de felicidade no momento seguinte ao meu.

quinta-feira, 26 de março de 2009

O/as - OS/as

Gente arrogante é incapaz de prestar atenção. Você esta dialogando com o arrogante,ele não presta atenção no que você esta falando. Ele fica pensando enquanto você fala. Ele não quer nem saber o que você esta falando. Ele esta esperando você parar para ele continuar falando. E ele esquece uma frase de um grande filosofo catarinense Leonardo Boff, que diz que " um ponto de vista é a vista a partir de um ponto". A ética, entre outras coisas, nos obriga a perceber esse grande pasto de pontos de vista. O arrogante acha que só tem um ponto de vista que vale: o dele. Ele não tem a visão de alteridade. A capacidade de ver o outro como outro, e não como estranho. Alias, quem é o outro de nós mesmo? O mesmo que nós somos para os outros, ou seja, outros. Quer um exemplo? Outro dia eu falei para uma pessoa: acho engraçado o sotaque de vocês (amazonenses) e ouvi como resposta: Sotaque? A gente não tem sotaque, é você que tem sotaque! Realmente, eu aqui é que tenho sotaque. Mudei a prosa no instante seguinte... Somente será possível falar numa ética que promova a vida digna, se eu for capaz de olhar o outro, como outro, e não como estranho. é necessário esquecer essa forma indulgente de ser arrogante, essa situação negativa de ser. Supondo sempre que só exista um jeito de ser. E resolvi escrever porque ontem, meu marido me deu as costa numa conversa relevante para mim e, ainda se fez desculpado com a cadela que estava a fugir pelo portão. Aproveito que, ao ler meu blog, ele tenha a consciência do arrogante em si. Ah, sei que ele é um amor para mim, mas é arrogante também em alguns pontos. Não quero mexer com ele nem que ele se mexa por mim. Eu poderia reclamar em casa, ao vivo, mas em silencio, posso mudar muito mais coisas que em som. Tem gente (agora não to falando dele hem), que acha que é dono do planeta. Não entende que somos usuários partilhantes dele. Quais foram os animais mais poderosos do planeta antes de nós? Os dinossauros ? Dominaram o planeta por 110 milhões de anos. E nós, metidos a besta, estamos dominando a 40 mil anos e achando que podemos fazer qualquer coisa. E não podemos nada. N A D A. Imagine que para cada ser humano no planeta há sete BILHÕES de insetos. Já imaginou se, para entender o que estamos fazendo com o planeta partilhado, hoje à noite só os seus vierem lhe visitar? PS: E tenho certeza que alguns leitores me criticarão pela loucura. Mas, garanto! Não sou nadinha de nada louca.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Télos

Quando criei o blog imaginei escrever coisas sobre as quais eu já havia experenciado. Falei de mim, do vizinho, do cachorro, dos desafetos, dos sentimentos, das ideias, da minha mãe, dos meus filhos. Mas ainda não havia comentado sobre a essência do meu trabalho. Principalmente, do trabalho de dez anos atrás, que era o que eu me propus a fazer ao iniciar o blog. Falar do caminho sofrido e árduo do paciente com câncer, o momento traumático do diagnostico, o problema da verdade, as descrições das reações do paciente das várias etapas do tratamento ate a morte, as reações da família e da equipe que acompanha o paciente canceroso.
Convivendo diariamente com histórias impressionantes de perdas, fracassos e desesperança, anteriores a ocorrência da doença, pensei descrever aqui os aspectos altruísta para que, quem ler, possam refleti-los melhor sobre o verdadeiro sentido de suas vidas. Longe de ser uma pretensão, imagino que as pessoas possam ser mais felizes.
O câncer não tem cor, nem raça. E certamente já te levou alguém que você ama ou conhece. Ele não tem piedade. O câncer pode roubar-lhe aquela alegre ignorância que uma vez levou a acreditar que o amanha se estenderia para sempre.Cada dia é um dom precioso para ser usado, sabia e eternamente.

Espero que eu tenha conseguido explicar o motivo da firmeza que tenho, em vivenciar cada dia com um sorriso no rosto, diante dos problemas. Sem dor, sem desesperança.Sem sentido.
Ter estado tão próximo da morte, é, com certeza, aprender coisas muito significativas e importantes sobre a vida.





segunda-feira, 16 de março de 2009

O Relógio


Estou melancólica porque estou feliz. Não é paradoxo. Depois do ato do amor, não dá uma certa melancolia? A plenitude. Estou com vontade de chorar. Mas, nem posso. Vão pensar que estou passando mal podem chamar o SAMU (serviço de ambulância na cidade).

Há alguns anos, minha capacidade para amar foi pisada demais. Só me restou um fio de desejo. E este se fortificou. Viver importa. Viver apodrecendo, importa muito!

Estou na Prefeitura, tentando pagar o IPTU, olho no relógio do celular, não uso no pulso, o do celular me basta, e pensando, formato as palavras, pois posso expressar meus pensamentos e somente depois formatar as palavras, o que faço agora.

Penso: e se ele (o relógio) não marcar mais as horas, se ele morrer? Não, ele não morre, apenas vai embora de si mesmo. É o relógio o culpado de todas nossas aflições. Por exemplo: eu passei 5 anos sem gripar e fiquei gripada 4 dias seguidos, tive febre e perdi o show, de credencial de palco e tudo, do Iron Maiden (q nem gosto). O culpado foi o relógio do tempo. Tomei remédio, o remédio é relógio. Permite apenas transmissão. O relógio conserva o anonimato. Nesse momento, tumultuado na Prefeitura, o tempo, é relógio. Na verdade, o relógio não tem nome intimo. Ele é perfeito. Alias, Deus não tem nome: conserva o anonimato perfeito. Não há língua que pronuncie o seu nome verdadeiro.
O relógio, o tempo, é burro. E vou dizer uma coisa grave, parece heresia: Deus é burro. Porque ele não entende, ele não pensa, ele é apenas. A verdade que é de uma burrice que executa-se a si mesma. E ele comete muitos erros. E sabe que os comete. Basta olharmos para nós mesmo que somos um erro grave. Basta ver o modo como nos organizamos em sociedade e intrinsecamente, de si para si.
Mas um erro Ele não comete. Ele não morre. Assim, como o relógio não morre.

Vou esperar as expressões de cada relógio humano.

Alguém o reconhece?

sexta-feira, 13 de março de 2009

A justiça Injusta.

Essa justiça dos Homens é uma sacanagem só.

Frequento um abrigo infantil desde 2001 aqui na minha cidade. O abrigo acolhe crianças e adolescentes de 0/18 anos, veja só: Vítimas de Abusos Sexuais.

Acontece que uma das adolescentes que receberam no tal abrigo, têm 12 anos e foi violentada pelo próprio Pai (FDP)!

Acompanhei essa menina várias vezes durante minhas visitas. Levará sempre minhas filhas com idades semelhantes para brincarem. A bebe nasceu, linda, forte e com saúde.

Ontem, fiquei sabendo que o dito VAGABUNDO, o Pai, conseguiu na justiça o direito de ter a filha de volta ao convívio familiar e criar a filha/neta. Há, como assim????

Também não sei explicar. Só sei que estou indignada com a situação!!

O que essa "juíza", ridícula e louca tem na cabeça? Como ela concede um absurdo desse??

Tomara que seja a cagada da vida dela, assim ela coloca o pijama e pára de cometer injustiça.

Isso é inaceitável para mim. O Pai estrupa, a menina é colocada num abrigo por 15 meses e, ao final, volta para casa, com o cara que a violentou????

Algo está errado!

E a Diretora do abrigo só soube me dizer: A juíza mandou ela voltar para o convívio da família!

Estou pasmem!!

quarta-feira, 11 de março de 2009

Manual da experiência


Não existe o manual. O título é falso.

Quem já é Mamãe sabe de cor as mudanças físicas e hormonais da gravidez.
Na teoria sabemos que nada mais será como antes, que não vamos mais dormir, que vamos gastar uma verdadeira fortuna com itens que há nove meses nem sabíamos que existiam...

Tudo bem. Isso tudo, todo mundo já sabe...E nada disso importa quando se decide ter um filho. Mas existem outras transformações, maravilhosas, mais profundas, que alteram a vida para sempre.
Agora que minha filha acabou de nascer, já de volta a cidade que moro, são tantas alegrias, novidades, medos e preocupações práticas que nem estou vendo as mudanças acontecerem. Mas elas acontecem: meus valores, minhas prioridades, minha capacidade de amar, minha paciência. Tudo mudou.

Quando vejo a menina que eu era e a mulher em que me transformei depois da maternidade, é que consigo compreender o tamanho das mudanças que meus filhos trouxeram. Vai muito alem das cinco estrias na bunda, a falta de sono, os olhos tomados por olheiras. E, acredite: é maravilhoso!

Estou de luto. O luto da barriga. Que representa o meu nascimento de mãe e a morte da gestante.

Era tão, tão bom. Um ar de arrogância direcionado aos maus educados predadores das filas de banco que reclamavam por a 'gestante' passar 'a frente. Ahh, que tempo gostoso. Ser paparicada, mimada por todos. Cade?? Quero de volta!

Se o Dr. Moron ler esse texto, vai me expurgar da terra. hhahahaha... Mas, para a miga Ly, garanto, não terei mais filhos. Mas por ela, emprestaria meu ventre e gerava seu tão sonhado filho. Xii, barriga de aluguel? Bem, por ela sim, eu faria.

O que mais muda na vida dos filhos? Com certeza: a mãe.

terça-feira, 3 de março de 2009

A próclise, ênclise ou mesóclise.

Os amigos os tinham prevenido. (Beth Santana)

Os presos tinham-se revoltado. (Jornal 'A Critica)

Muitas infelicidades me haviam perseguido. (Graciliano Ramos)

Ter-lhe-ia sido nociva algumas de minhas prescriçoes. (Gastao Cruls)

Nao devíeis te-los libertado. (Ana Miranda)

A conversa na mesa teria lhe dado suficiente prestigio para isso. (Jorge Amado)

Era como se tivesse ido muito longe ou se escondido atras de uma parede muito grossa. (Raquel de Queiroz)

O general Bagnuoli está plantado na sua colina de espera, depois de haver se recusado a enfrentar Nassau. (Assis Brasil)

A terra devia ter se contorcido, fervendo em lama. (Adonias Filho)

Melhor destino, nem ela propria havia se permitido. (Nelida Piñon)

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Voce se encontra aqui? Foi mera coincidência...

Ontem fui fazer exames em Valentina, estava demorando, resolvi assistir um filminho no cinema com a Sarah. Comprei os ingressos e o atendente do cinema estava demorando a devolver o troco. Faltavam cinco minutos para o inicio do filme. Ao ser cobrado, assim me respondeu: " Você esta fazendo questão de cinco centavos ??? R$ 0,05 (centavos).

-Não, senhor. Você que está fazendo questão, dos meus cinco centavos...

Acho inteligente, gente que usa cinto de segurança, gente que desliga o celular no cinema, gente que respeita o espaço alheio. Admiro a mulher que ganha seu próprio dinheiro, admiro homem que não tem preguiça em trabalhar duro, que estaciona o carro, mesmo longe, pra pegar os filhos na escola e, assim, não atrapalha o transito, respeitando a todos. Tenho quase orgasmo por gente que cobra nota fiscal na loja, por gente que pede desculpas no trânsito, por gente que dá bom dia para a natureza, para o vizinho, para o desconhecido. Chego a esboçar leves sorrisos quando vejo alguém ajudando os outros, devolvendo o que não é seu, tratando chefes sem bajulação, apagando o cigarro na presença de crianças.

Minha rejeição não é ao pecado, mas ao pecador. Não sou Deus, tenho a liberdade de ser e fazer o contrário dEle. Ele ama o pecador, não o pecado. Eu sou o inverso. Aceito o pecado, mas detesto o pecador. Detesto quem rouba, quem xinga, quem falta com o respeito. Acho brega, indulgente, gente que mente, acho cafona e subdesenvolvida gente que puxa saco, gente que desvia dinheiro público, gente que recebe pensão alimentícia e se esquiva em trabalhar, gente que maltrata bichos, gente que anda pelo acostamento e gente que fura fila. Falar alto ao telefone num restaurante é tão deseducado quanto arrotar em frente ao Padre, em seu próprio casamento. Receber troco a mais e não dizer nada é o mesmo que soltar um sonoro pum (o famoso peido) num lugar lotado. Pra mim, estacionar em vaga de deficiente no shopping é o mesmo que limpar meleca debaixo da mesa do escritório: espírito de porco.

Sim, porque no fim meus princípios agem mais como receptores do que como transmissores. Sinto atracão por gente simpática, por gente honesta, por gente elegante, por mais humilde que seja. A elegância dos bons costumes. Por isso e por um punhado de outras coisas tenho poucos e valiosos amigos, gente que tem endereço fixo, conta bancária modesta, ficha limpa na polícia, crédito livre no mercadinho da esquina.

Não há nada mais atraente do que gente humilde, gente honesta, gente trabalhadora, gente educada, gente asseada, gente elegante, gente bacana.

Que me perdoem os mentirosos e os espíritos de porco.

Honestidade é fundamental.

Respondendo ao e-mail que recebi, perguntando se eu sou metade do que escrevo.

Não...Sou muito mais...

Tudo é questão de respeito ao próximo e a nós mesmo.

Mas, por favor, só não vale pensar que em algum momento o texto foi pra você!

Bons costumes e elegância, faz um bem danado.

A Luz



Zé, será que é porque a LUZ viaja mais rápido que o SOM,

que certas pessoas parecem BRILHANTES até começarem a falar?

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

As mascaras que teimam em NAO cair

Como sempre estou com paixão...respondo em vermelho. bjs


From: UMA FULANA@hotmail.com
To: julie.rossi@hotmail.com
Subject: blog.
Date: Fri, 31 Aug 2007 03:59:15 +0300

Embora ja tenha ouvido muito falar de você, não te conheço nem suas amizades nem suas ideias.

Oi Fulana, boa noite!

Confesso que fiquei perplexa com a indagaçao. Tambem nao a conheço mas, tenho excelentes referencias de voce e de sua familia. Que alias, tenho grande respeito por osmose à Beth. Se ela admira vc e sua familia, eu tambm admirarei. Pronto e ponto!

Bom ontem terminei de mais uma vez formatar meu computador, então passei de blog em blog favoritando os blogs que gosto de ler. fui parar no seu e encontrei la um texto que me chamou a atenção pelo conteudo e titulo "conflitos e verdades" mas o nome do link é outro "eu e ela e o outro dela", cujo conteudo vai de encontro a um post meu, um não varios. ja que você admite que ele bem direcionado.

Eu fui ate o poeiras ao Vento, reler onde poderia ter algo a seu respeito. E cheguei a varias conclusoes. Primeiro que nao vi em meu texto sequer um adjetivo que voltasse ao seu blog e a voce, em especial. Nao vi nada que pudesse defini-la. Se tudo isso nao passou de uma "puta" coincidencia, o que teria a intrigado? Sem a necessidade de replicas. Que seja um ponto mortal, final!

Sinceramente espero não ter nada haver com meu blog, ja que nem nos conhecemos e a unica pessoa em comum é a beth, que por sinal eu adoro de verdade, e ela sabe disso, pode até não acreditar mas gosto e tenho um enorme carinho por ela.

No caso a Beth, pessoa muitissimo querida, acredito que ela sabe e acredita em seu carinho por ela, senao, nao passaria à mim, sua imagem de mae, guerreira, pessoa muito antenada, descolada, independente, e inteligente. Portanto, se fosse o contrario, eu nao perderia meu tempo te lendo e construindo um afeto por voce. Falo daquele afeto que nutre um possivel encontro.
Mas já adiantando raramente escrevo meu dia a dia o titulo do blog é "..." .

Sobre o tema que citei, sinceramente, nao deveria nem estar dando satisfaçoes, mas se tratando de voce, que considero alguem relevante. Vou explicar. Eu e ela nao é voce e o outro dela, nao seria alguem que voce imaginasse no planos da sua ideia. Pronto e ponto!
O que realmente não aceitamos e somos imparciais "(BLOG DA FULANA)" é mentira e intriga. Eu poderia estar aqui sem nem ao menos ter certeza de que escreveu pra mim, jogando merdas ao vento, te respondendo todas as questões colocadas no seu texto inclusive a parte em que fala de quem ajuda a comprar o pão.
Por que eu estaria escrevendo algo sobre voce? Isso nao é logico! Eu nao consigo mensurar a nao ser atraves de finito. Isso nao é racional. Nao conheço sua historia, para dar acrescimo de minhas opçoes materialistas.

Isso é como incomensurabilidade...Nao levarei nada disso em considEraçao. Nao tenho a pretensao de ultrapassar ninguem à minha propria frente!

Eu nao tenho segredos a nao ser somente, os mortais.

Como voce escreveu:
Se tudo não passou de conscidencia, desconsidere.

Te add no msn mas por favor não aceita, foi pura preguiça de digitar aquele monte de coisa pra abrir o email e te enviar

A FULANA
Por favor, desconsidere tambm, "porque por pura preguiça de digitar aquele monte de coisas para abrir o e-mail do hotmail", eu deixo de ver coisas uteis que me mandam. Quando quiser , se quiser, pode mandar para o e-mail@terra.com.br

Um abraço de uma futura bacana pessoa de se conhecer.
Julie

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Leve indigestão

Quando estava próximo de dar à luz a Valentina, estava numa loja fazendo umas compras para levar a maternidade. Quando entrei na loja vi um casal com um menino de uns 4 anos, gritando, se jogando no chão, gritando o tempo todo. Jurei ao meu marido que nossa filha seria uma criança gentil e respeitosa, assim como os irmãos os são. Bem, sempre que vou a restaurantes recebemos elogios pelo comportamento das crianças de pessoas estranhas que nos perguntam como conseguimos manter-los calmos. Sem estarem correndo por baixo das mesas e, incomodando as pessoas. Acho que ainda sou da moda antiga. Não que eu não tenha deslizes, logo, sou deselegante em algumas situações. Mas vim aqui escrever sobre valores. Aqueles que começam em casa. Como ajudar a carregar as compras do mercado, a guarda-las, a abrir a porta ou segurar ate o outro passar, agradecer com um 'obrigada' sem eu precisar mandar. Mandar um 'por gentileza' quando estiver fora de casa e ate em casa também, com os irmãos. E o que ele diz é muito importante também pois, ele pode ferir os sentimentos das pessoas. Como ele deve se comportar para todas as ocasiões, como comer na casa de um amiguinho, visitar amigos e principalmente quando os adultos estiverem conversando, não devem interromper. Não ensino a palavra magica (como se fosse magica) pedir "licença". Isso soa como se eu fosse parar a conversa com outro adulto e dar-lhe atenção. Lógico que não! A regra é "não interrompa". Logo, darei atenção a você, Et ceteras...
Sábado, fui levar minha filha mais velha e suas amigas para o parque. E no caminho elas falavam sobre meio ambiente. Sempre fui muito de interagir com ela e suas amigas, eu, indagava a todos com um ar sarcástico que tenho. Me senti vencida. Com um prazeroso incomodo. Nem vou me ater aos resultados do que ouvi, pois eles bem mereciam não um texto, vários textos. Mas adianto que deu o óbvio. Sim, eles são individualistas. Sim, eles tendem a uma total negativação do coletivo. Eles acham que se o mundo acabar, não tem problema, porque eles não estarão mais habitando o planeta. Claro, que soava aos meus ouvidos, uma turma mais consciente (a minha filha) mas, diante dos que acham que, se a agua do planeta acabar, vai ser bom porque aí ela pode vender mais caro, com um tom ingênuo.
Eu, juro! Tentei digerir aquela montanha de informações: tia, mas....tia se...tia, olha só...

EU FUI VENCIDA...

Achei que toda educação, consciência, bons modos que tento ensinar, estaria fazendo com que o mundo fosse melhor...

O MUNDO QUE VAMOS DEIXAR PARA OS NOSSOS FILHOS VAI DEPENDER MUITO DOS FILHOS QUE VAMOS DEIXAR PARA O MUNDO.

Entendeu o tamanho da indigestão?

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Amor e desapego. Desejo em 2009

Mas um ano de vida! Ele ta na reta final da corrida.
E o que você fez para mudar? Qual foi o maior desafio? Sem duvidas, foi mudar a si mesmo, algo dentro e fora de você. Mas...E ai? Vai colocar em pratica?

Ninguém muda de imediato. Para nos transformamos precisamos de muita compreensão. Deixar de desejar o que não se tem, na ilusão de ser, ou ter. Parar com essa historia de colocar nos atos externos ou em terceiros a nossa tão falada felicidade. Porque ela esta dentro de nós. Não ficar esperando que os outros resolvam as nossas dificuldades. Chega! Vamos nos assumir.
E falar também no amor e no desapego.
Amar mesmo de forma egoísta, todos os fazem, nem que seja a si mesmo. Porém amar de forma verdadeira, sem egoísmo e posse, demonstra que se aprende.
Amar e desapegar das pessoas que amamos não é fácil. Quando desprendemos do que amamos, chegamos a ter sensação de dor, porque sufocam a ilusão do TER.
Mas, temos que amar, amar a tudo, dando valor, mas sabendo que nos é emprestado. E por quem? Pelo Criador. Já que não somos donos de nada material, não possuímos nada. E temos que usar o que é permitido sem abusar. Dar valor a casa, às roupas que vestem nosso corpo, ao local que trabalhamos, onde dá o sustento para todo esse universo material. Enfim, a todos os objetos que nos são úteis. E que um dia temos que deixar tudo para os outros, e ainda, da melhor forma possível, para usufruir dos empréstimos da melhor maneira possível. Pois ate o corpo, temos que devolver a natureza.
Esse é meu desejo para meus companheiros de viagens por esse mundo virtual. E que muitas vezes, nessas caminhadas, somos levados a distanciar um do outro, mas afetos sinceros não se separam.. Podem estar ausentes, mas não separados. E quando eles seguem sem nós, devemos entender. É o tal DESAPEGO. Sem o sentimento de posse. Estaremos amando-os da mesma forma. Respeitando e ajudando.
Se em tempos fui o que escrevo no momento, foi o meu aprendizado desse ano.

QUE 2009 tenhamos mais humildade, paz, saúde e amigos. Que saibamos enfrentar os obstáculos e supera-los. E que ter amigos é a coisa mais gostosa desse mundo.

Amo vocês, mesmo distante, ausentes. Sonho os sonhos de vocês!

sábado, 13 de dezembro de 2008

Reflexos recessivos

Ando um tanto dilatada em todos os sentidos. Cansada...Não falo do próprio cansaço físico. Falo do cansaço de gente! Logo eu que amo gente, mas percebo que também amo a mim. E algum tempo tenho me dedicado gratuitamente, em amar gente. Gente boa, boa que finge ser má, má que finge ser boa, boa e má e, ao mesmo tempo, me enchi da própria sombra.
Aquele sol batendo em minha costa, formando apenas uma metade de mim. Não posso fazer nada por você, sombra. Não quero fazer nada por você. Preciso fazer por mim. Pois não estou mais suportando ficar apenas sentada e sendo. é necessário fazer e transcender, isso seria a saída.
É nojento o contato com essa coisa, sem qualidades, nem atributos, é repugnante a coisa viva que o nome é sombra. Não tem gosto, nem cheiro, nem vida. Dependente de mim, dos meus movimentos, um travo. Meu próprio travo. Somente o sol me fizera ver o neutro de mim.
O sol, teimava mostrar-me como sou neutra, contornos estéticos inútil. Onde as pernas me pareciam sumir.
Sempre me vêem como louca. Sempre aceito por caridade os resumos das pessoas ao meu redor. Mas, cansada de sempre ouvir sobre infidelidade, sacanagens, casamento, silicones, dinheiro, ricos, pobres, devassas...Isso me cansou. Por que não poderia falar da minha sombra, da insipidez do meu neutro? Do quanto me vejo ao espelho com meus longos cabelos coloridos de pequenas luzes para clarear meu rosto? Por que não falar da negra sombra que sou?
Ofensa? Falta de assunto? Não, estou tentando perceber minha raiz desconhecida. Em algum momento somos todos iguais, a sombra me fez ser 'negra'. Injusta seria discriminar meus descendentes, injusto são os humanos. Quero ser um bicho, nem que seja nesse momento que escrevo. Somos iguais sim, quando o sol mostrar sua sombra. Seremos iguais. Negros.

E assim ouvi: " bicho, tanto assunto e você teima em falar da tua sombra... Ah, filosofar não é minha praia"...

Mas, quem esta filosofando aqui? Estou falando da própria moralidade, fulano...

Seria simplório pensar que o problema moral em relação aos outros, consiste em agir como se deveria agir, e o problema moral consigo mesmo é conseguir sentir o que se deveria sentir. Sou moral a medida que faço o que devo. De repente essa questão moral me foi esmagadora, como extremamente mesquinha, da parte desse HUMANO.
É por isso que cansei...Com nojo, com desespero, com coragem, eu cedi...

Mudamos então o assunto... Roberto Valério foi preso???

Voltamos a moralidade, amigo fulano...

domingo, 7 de dezembro de 2008

A vida que se tira, ensina alguem.

Já sei que só daí a meses conseguirei recomeçar, enfim, integralmente a minha própria vida. Que, quem sabe, nunca tenha sido própria, senão no momento de nascer, e o resto da vida tenha sido encarnações. Mas, não! Sou uma pessoa. E quando o fantasma de mim mesma me toma - então é um tal encontro de alegria, uma tal festa, que a modo de dizer choro em cada ombro que tenho. Depois enxugo as lágrimas felizes, meu fantasma se incorpora plenamente em mim, e saio como alguma altivez por esse mundo afora.
Talvez quando eu saltar dessa terra provavelmente já terei esse ar de de sofrimento superado pela paz de se ter uma missão. E uso toda minha força para parecer ser frágil. Mas, falhou tudo!

Estava no sitio de um amigo, chegou três senhoras com idade entre 50 e 60 anos. Puxamos conversa e, quase nunca tenha a oportunidade de conversar com pessoas nessa fase de experiências de vida . E meu desejo é de absorver a pessoa toda. Consegui.

Uma delas disse : 'Meu marido se suicidou". - Respondi: Que cretino! Fazer isso com você!

Ele deu um tiro na cabeça faltando 15 minutos para a ceia de natal de 2006.

Uaaaaaaaaaaaaaaauuuuuuuuuu!!!!

A conversa se estendeu. Fiz caras, franzi testa, tentei mostrar-me fragilizada como ela. Essa vontade de eu ser o outro para uma unificação inteira, é um sentimento mais urgente que tenho na vida. Por isso quando digo que não sou eu, sou os outros. Não se torna uma retórica, se torna uma Eu.

Essa senhora teve câncer em dois lugares do corpo, conseguiu superar os dois, e naquele natal, o pós natal, teria o resultado do terceiro.
Ele (o marido), talvez por esse motivo, de não aguentar saber mais uma vez, benigno, maligno...Preferiu atirar sobre suas circunvoluções...

O resultado foi BENIGNO. Amém.
Eu sentada ali, não fiz mais nada. Deixei apenas o mundo ser.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Tears In Heaven

Quando estava trabalhando, transcrevia biografias de pessoas que de repente passavam a ser elas mesmas, e mudavam inteiramente de vida. Isso era muito satisfatório. Mas, representa o meu maior perigo de vida, parece a entrada nova do desconhecido.
Sim. Porque de alguma forma, instruía a mudarem seus pensamentos. Conforme os meus pensamentos, sendo que a metade das coisas que eu faria, não posso contar. Acho, por exemplo, que por um certo motivo eu terminaria presa na cadeia. E daria tudo que é meu, e confiaria o futuro ao futuro.
Tenho uma amiga que diz que sou engraçada. Mas, ela não me vê nas entrelinhas. Não sou engraçada, sou espontânea demais, o que me torna engraçada. Me chamam de perturbada, maluca, doida. Suporto bem.
Não é a toa que entendo os que procuram um caminho. Muitas das vezes, em mim. Prefiro falar, que são meus atalhos, porque hoje, já não ouso falar em caminhos.
Apesar que o atalho que eu seja realmente eu, isso ainda não encontrei. Culpa da culpabilidade de ter nascido assim. Meu caminho não sou eu, é outro, são os outros.
Já que em casa, tenho sempre que pregar o contrario de mim. Porém, meus filhos já me sacaram e me aceitam. Reforçam o coro: Mãe, tu é louca, mas eu te amo!

Puramente, para deixar algo nesse canto. Hoje falo de mim. Sem nenhum acontecimento me provocando, sem nenhuma expectativa, não esperada, vivo hoje.